Find Me escrita por Sky Salvatore


Capítulo 2
Capítulo 1 - A Vida Continua


Notas iniciais do capítulo

Hoooy >
Bem eu prometi voltar com 20 reviwes mais foi 19 então tá bom né? KKK.
Find Me é bem diferente do que vocês já leram nas minhas histórias, espero que gostem e mergulhem a misteriosa vida da Detetive Grey.
Boa Leitura !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/320002/chapter/2

Sete Anos Depois

Hoje completavam exatos sete anos que meus pais foram cruelmente assassinados, desde esse dia minha vida tinha mudado completamente e realmente percebera que estava sozinha no mundo.

Nos primeiros meses após o fatídico acontecimento parentes brotaram de todos os lados e mostravam o falso interesse em cuidar de duas crianças, mas, quando viram que os bens deixados por nossos pais,embora altos em valor monetário, apenas eu e Esthela poderíamos colocar as mãos e então simplesmente todos perderam o interesse, as visitas foram diminuindo até não existirem mais.

Eu me lembrava de acordar em um hospital com um corte na cabeça e uma marca horrível no pescoço, apenas uma garotinha de dez anos procurava por mim, Esthela não chorava, estava séria e comportava-se como adulta, mostrou aos médicos quem procurava e quem éramos, mas, assim que eles saíram do quarto a pequena correu para os meus braços e me abraçou forte chorando me fazendo prometer que não sairia mais do seu lado.

Quando todos foram embora eu tive que assumir o papel de mãe com apenas 18 anos, acordava todos os dias às quatro da manhã arrumava Esthela lhe dava café, e a levava para a escola as 5:30 da manhã, corria para um serviço de meio período como garçonete e as três da tarde corria para a faculdade, quando saia da mesma iria pegar a Esthela por volta das nove da noite, em uma escola com período integral.

Ser mãe é uma responsabilidade além de qualquer outra e às vezes eu acho que sempre vou ser mãe acima de tudo, Esthela hoje tem 16 anos ainda nos damos muito bem e nos apoiamos sempre que podemos e além da relação de irmãs construímos a relação de mãe e filha também.

A minha persistência me levou a lugares altos, consegui terminar minha faculdade de psiquiatria e graças aos estudos por fora e ao meu empenho conseguiu entrar dois anos atrás no grupo forense da polícia de Nova York.

O trabalho paga muito bem, por isso vivemos uma vida boa, Esthela não trabalha por insistência minha apenas estudava, ela deveria ter as oportunidades que eu não tive.

Hoje eu sou a segunda melhor detetive dos Estados Unidos e a mais jovem a ser condecorada com apenas 25 anos, o trabalho às vezes me consumia e quase sempre ele era a única coisa que eu enxergava a minha frente.

Terminava de colocar os meus brincos, estava atrasada, com um elástico amarrei meus cabelos em um coque milimetricamente bagunçado arrumei a gola da minha jaqueta de couro mostarda e desci as escadas correndo, quase estragando minha cara com o chão com o último degrau.

-Você não deveria estar na escola? – questionei enquanto Esthela comia bolachas esparramada no sofá rindo ao som de Bob Esponja.

-Não tenho aula hoje, conselho de classe – disse ela de boca cheia.

-Quer vir comigo? – perguntei geralmente Esthela adorava passar as tardes comigo, o meu departamento gostava das soluções surreais dos crimes que ela palpitava.

-Claro que sim, Detetive Grey – disse ela me chamando do nome que todos me conheciam.

Ela correu até o andar de cima e pegou uma jaqueta de couro vermelha, penteou os cabelos deixando-os com longos cachos dourados e só então nós corremos para minha pajeiro preta 4x4.

[…]

Ao som de uma música qualquer que tocava em uma rádio local, dirigi rapidamente até o departamento de polícia e em menos de dez minutos estávamos no mesmo, estacionei na vaga que tinha meu nome inscrito em uma placa, depois de desliga ló peguei minha bolsa do banco de trás e nós duas entramos.

A movimentação estava normal para sexta-feira de manhã, cumprimentei todos com um bom dia alegre e caminhei graciosamente até minha sala, que já havia sido arrumada antes da minha chegada e isso explicava o cheiro do álcool fresco.

Esthela se jogou no sofá de couro preto que ficava na espaçosa sala, pendurei minha bolsa nos ganchos na parede e me sentei na cadeira giratória, só agora depois de ligar meu notebook eu havia notado o envelope pardo com o meu nome em cima da mesa.

A caligrafia clássica estilo rasurada me saltava aos olhos, sabia exatamente a quem ela pertencia e o que fazia em cima da minha mesa.

Era do médico legista, Vincent Sanders, eu e ele éramos amigos desde que eu entrei Vincent me apoiava na maioria das minhas insanidades, eu sabia o assunto que continha dentro do envelope e sorri astutamente com isso.

Abri o envelope tentando não chamar a atenção da minha irmã, mas, fora uma tentativa um tanto em vão, logo sua curiosidade se eriçou e seus olhos cresceram para o pacote cheio em minha mesa.

O caso dos meus pais fora arquivado há três anos, porque não havia pistas o suficiente e tudo o que falei na época fora considerado como se eu estivesse com depressão pós-traumática, afinal a única coisa que eu consegui dizer foi que um homem me atacou quando os especialistas diziam que era apenas um animal.

Como eu tinha acesso a todos os casos das pericias e de todos os crimes, Vincent me ajudava a pesquisar e terminar de investigar o caso por conta própria, ele buscava pistas e eu os endereços e às vezes nós íamos a cidades ou até as delegacias que tinham casos parecidos e eram registrados como mordida de animal.

O que verdadeiramente me intrigava era que esse “animal” nunca era pego e mesmo sete anos depois, ele continuava atacando e matando pessoas.

-O que tem aí Ally? – questionou ela.

-Nada – disse fabricando um sorriso sínico tentando desviar o foco da conversa.

Só que a minha irmã era mais esperta, percebeu que o meu nada significava tudo, arregalou os olhos e o queixo caiu de pura curiosidade, arfou e disse:

-Não me dia que reabriu o caso dos nossos pais de novo?

-Esthela… – tentei argumentar.

-Você quase foi demitida uma vez por isso – repreendeu.

Não respondi, apenas voltei a mexer nos papeis e então ela por si só entendeu o que aquilo queria realmente dizer, que eu sabia o que estava fazendo.

Tirei as folhas de dentro, havia fotos e registros de casos com corpos que haviam ficado exatamente iguais aos dos meus pais, mas, dentre tudo o que realmente havia chamado atenção era que a maioria dos casos do país se encontrava na pequena cidadezinha de Mystic Falls no norte da Virginia.

-O que tem aí Ally? – perguntou ela curiosa.

-Corpos que foram encontrados no mesmo estado dos nossos pais – disse sem olhar para ela, meus olhos estavam fixos nas folhas.

-Há mais casos?

-Eu não achava que havia tantos, eram raras exceções aqui em Nova York.

 O celular tocou em cima da mesa, me tirando do meu transe como os papeis agora já estavam espalhados por todo o perímetro, demorei segundos o procurando em cima dela, quando finalmente encontrei olhei no visor e vi que era Vincent.

-Gostou da encomenda? – disse ele do outro lado da linha.

-Como conseguiu reunir tantas informações? – perguntei curiosa.

-Um amigo trabalha no departamento de Phonix conseguiu as fotos e tudo mais.

-Os corpos ficaram exatamente iguais aos deles – disse perplexa.

-O que achou de Mystic Falls?

-Eu realmente gostaria de investigar isso a fundo, ir à cidade.

-Eu conversei com a Woolf, ela achou os casos anormais também principalmente por ser uma cidade tão pequena, ela ligou para algumas pessoas do departamento geral e eles disseram que ela deve reunir a melhor equipe para ir a Mystic Falls.

-Geralmente nada chama a atenção da Woolf, principalmente em relação a mortes e corpos dilacerados, quando você diz departamento está mesmo se referindo ao FBI?

-Claro que estou Detetive Grey, pela cidade ser um caso muito isolado dos lugares maior, Mystic Falls pode abrigar assassinos procurados no mundo inteiro, devido ao fato de ser esquecida, por isso até mesmo o FBI decidiu investigar mais a fundo a cidade – respondeu com sarcasmo na voz.

-Já disse que você é o melhor? – disse alegre com a descoberta.

-Eu sei que você é apaixonada por mim – disse irônico – Que tal para comemorarmos o seu amor por mim, você vir jantar comigo hoje?

Vincent sempre fora atirado, mas, ao mesmo tempo incrivelmente tímido talvez ele fosse assim comigo devido ao tempo que nós nos conhecemos.

-Não sei tenho a pirralha, não gosto de deixar ela em casa sozinha – disse olhando para Esthela que mostrou a língua e revirou os olhos.

-Eu cuido de mim – murmurou ela – Vá ao jantar.

-Viu Esthelinha tem razão, você deve ir jantar comigo – disse ele rindo.

-Está bem, eu aceito seu jantar – disse corando por algum motivo.

-Te pego as sete, agora tenho que ir trabalhar – disse ele.

-Imaginei que estivesse sendo pago para trabalhar mesmo – sorri.

-Até as sete Grey – disse ele desligando o telefone.

Coloquei o celular em cima da minha mesa e guardei o envelope e suas folhas em minha pasta que levaria para casa mais tarde, Esthela me olhava sinicamente enquanto com seu dedo indicador enrolava a ponta dos cabelos.

-O que foi? – perguntei com um sorriso no canto da boca, um sorriso bobo que eu sempre abria quando alguém fazia eu me sentir bem.

-Acho que o legista é afim de você – afirmou ela.

-Ah claro que é – sorri mexendo nos papeis.

Batidas leves surgiram na porta, disse cordialmente para entrar e Lucy apareceu sorrindo, ela era minha companheira era apenas um ano mais velha, nos dávamos muito bem, embora eu ficasse a frente na maioria dos casos por sua falta de qualificação.

-A que devo a honra da sua visita? – perguntei com humor.

-Woolf quer falar com nós duas, parece que vamos viajar.

Woolf como era conhecida, era a nossa chefe na verdade ela se chamava Anastácia Woolf, mas, parecia que aqui no departamento todos éramos mais conhecidos por nossos sobrenomes do que pelos próprios nomes ditos.

[…]

Estávamos na sala da Woolf, ela sorriu ao nos ver entrar e orientou que nos sentássemos nas cadeiras frente a sua mesa, ela sorria e isso era difícil considerando que ela tinha um péssimo relacionamento com a filha de 17 anos e quase sempre perguntava o que eu fazia para manter Esthela na linha.

-Creio que já deve estar ciente sobre os corpos em Mystic Falls Grey, informei mais cedo para você Winslett, chamou a atenção da central e com isso eu tenho que reunir minha melhor equipe e enviar a cidade, algo está se descontrolando sobre os nossos narizes – disse ela.

-Investigação por quanto tempo? – perguntou Lucy.

-Estimados para mais de um mês – disse ela séria com os braços cruzados sob o peito.

-Quem ira conosco? – questionei.

-Vincent Sanders, vocês duas, Scarlett Morgan e eu.

Scarlett Morgan era policial tinha quase 30 anos, dificilmente ela errava em seus palpites e ela era responsável por nos dar a maioria dos mandados para invadir casas, embora eu não gostasse dela nem no escuro por ser atirada de mais.

-Quando prende ir?

-No fim de semana, não podemos deixar que outras organizações maiores tome nota do problema que deixamos passar por descuido, vocês vão receber uma quantia para alugar uma casa espalhados pela cidade mais não muito longe, não podemos mostrar o que estamos procurando.

Ela fez uma pausa e olhou para nós duas, certificado se de que estávamos absorvendo suas palavras, depois voltou a falar.

-Entrei em contado com a Xerife Forbes, ela vai nos receber e nos dar o apoio com seus policiais e a catalogar suspeitos e interroga lós, estão dispensadas.

[…]

Terminava de me arrumar para o meu jantar com o Vincent, havia colocado um vestido e arrumado meus cabelos soltos em forma de cascata até um pouco abaixo dos meus ombros.

Esthela tinha acabado de dormir, ao menos eu não teria que ouvir suas piadinhas engraçadas e sínicas, ela estava cansada havia ajudado Lucy a reorganizar os casos em sua sala, ela adorou claro, mas, se cansou e por isso estava no mundo dos sonhos à uma hora dessas.

Não encontrava a chave do meu carro, havia vasculhado a casa de ponta cabeça e nada de eu encontra lá, droga eu estava atrasada, eu nunca conseguia fazer nada no horário era uma maldição, conseguia sempre ser a última a chegar até na minha própria formatura.

-Está procurando por isso meu amor? – perguntou alguém atrás do balcão da cozinha.

Virei subitamente meu corpo à posição parecia até humanamente impossível, meu coração desacelerou como se fosse parar com o susto, no momento em que vi seu rosto brilhar a meia luz na cozinha como em uma premonição sabia que a noite não iria acabar bem.

-Brian – sussurrei.

Brian Walters, meu namorado desde a oitava série, atualmente se encontrava no status de ex-namorado, eu havia terminado com ele depois que meus pais morreram quando eu não tinha mais vontade de nada, só que desde então ele nunca havia superado e sempre dava um jeito de aparecer e fazer coisas horríveis.

-Como entrou aqui? – disse andando para trás, sorri infeliz por ter deixado minha arma no andar de cima.

-Você não mudou o lugar onde deixa a chave reserva, sempre embaixo do vaso de plantas – sorriu sínico.

-Eu estou de saída – disse tentado ir para a porta.

-Eu não disse que você podia ir princesa – disse ele saindo de trás do balcão e vindo em minha direção.

-Você sabe que eu tenho poder suficiente para prender você não sabe?

-E nós sabemos que você não seria capaz de fazer isso, porque você sabe que nada, nem ninguém pode me fazer ficar longe de você, além do, mas, acho que não vai querer seu nome estampado no jornal como a Detetive que vasculhava registros proibidos do FBI, aí gata é você quem seria presa.

-Como sabe disso? – perguntei receosa, mas, mantive a voz firme.

Ele andava para próximo de mim e eu dava passos pequenos para trás, sem que eu percebesse apareceu ao meu lado sorrindo de forma demoníaca, me pegou pelos ombros e jogou meu corpo no sofá fazendo minha coluna chocar-se com a madeira que o sustentava.

-Por favor, Brian minha irmã está dormindo no andar de cima.

-Se você ficar quietinha ninguém vai ouvir.

Tentava me soltar, mas, Brian possuía uma força descomunal e embora eu o chutasse, mordesse e batesse ele não me soltava e me mantinha presa em seus braços.

-Você precisa ficar quieta, para eu poder brincar docinho – disse ele – Se não eu vou ter que ser mais agressivo.

Brian fechou suas mãos em meus cabelos os puxando para cima, começou a me arrastar como um saco de qualquer coisa puxou-me escada acima, sentia a dor de minhas costas batendo em cada um dos degraus, mas, não gritava e nem demonstrava dor, por sorte Esthela dormia.

Quando chegamos à porta do meu quarto, ele abriu com a mão que não puxava os meus cabelos, terminou de me arrastar para dentro do quarto e me arremessou na cama fazendo com que a minha cabeça batesse na cama, encolhida na mesma ele vinha se aproximando sinuosamente até que suas mãos começaram a tocar em meu corpo e sua boca a encostar-se à minha.

Brian passava suas mãos pesadas por debaixo do meu vestido, apalpando minhas curvas, as lágrimas que estiveram contidas saiam em abundância pelo meu rosto pálido, não havia nada que eu pudesse fazer.

-Você fica linda desse jeito – disse ele apertando minha bochecha e eu apenas virei o rosto, mas, no momento em que fiz isso ele o estapeou, fazendo arder– Fica quietinha Ally.

Arrancou meu vestido em um só gesto e o jogou em algum canto no quarto, imaginava que ele havia o rasgado e sem ele conseguia apalpar os cantos do meu corpo, enquanto eu só conseguia sentir nojo de mim mesma.

 Fechei os olhos apenas esperando que a noite passasse, mas, parecia infinita e sombria, o corpo de Brian fazendo uma fina pressão por cima do meu, me deixava dolorida todos os momentos realizados eram grosseiros e fortes.

Ele havia tirado alguma coisa do bolso da sua jaqueta, olhei melhor e vi que era uma seringa com um líquido verde, arregalei meus olhos e comecei a debater dessa vez gritando, Brian levou a mão a minha boca e sorriu de forma maléfica.

-Fica quietinha Ally, você está começando a me irritar de verdade sabia? Mas, com isso você vai ficar em silêncio meu amor – disse grosso.

Brian empunhou a seringa e a injetou direto no meu pescoço, assim que o liquido passou da seringa para dentro de mim, uma forte sonolência e uma dor extrema no corpo surgiram, tudo foi ficando aos poucos escuro e eu escutava seus risos de fundo e ele me dizia alguma coisa que eu não conseguia entender e por fim como um anestésico que acaba com a dor, tudo se apagou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviwes? Recomendações? Gostaram? Sugestões?