“A paz vem de dentro de você mesmo, não a procure a sua volta”. (Buddha)

PVO Rosalie

(N/R – Finalmente essa autora chata fez um ponto de vista meu. N/A – Rosalie para de drama e vai logo, antes que me arrependa e tire. N/R – ta, ta, ta, já vou! Estressada!).

Muitos devem me achar uma intrometida por fazer às vezes de Esme como mãe da Bells, mas foram anos de convivência e sempre cuidamos uma da outra. Quando se trata dela tenho um sexto sentido incrível e algo em Edward estava me incomodando demais.

Olhei para Damon com certa pena, o bichinho não tinha culpa do que aquela vagabunda da ex dele havia feito; achei bem feito ele a ter empurrado e confesso que adorei o que minha amiga disse colocando-a em seu devido lugar, no chão!

Fui dar uma força para ele e notei Ed sorrindo pela atitude de Isabella ter se soltado do namorado para subir sozinha e olhando na direção de Damon parecia que estava ainda mais feliz, logo que encontrou meu olhar tentou conter o sorriso e recebeu um olhar de advertência.

Chamei Emmett e pedi que ele subisse até o quarto de nossa amiga e ficasse de guarda para que Edward não fosse até lá tentar fazer a cabeça dela colocando coisa que não existe.

Senti Esme me olhando aprovando minha atitude e pedi auxilio para Stefan e Elena que logo chamaram Damon para a biblioteca. Assim que sumiram de vista cochichei onde estava indo para Alice, Ness e Jacob e subi puxando Jazz comigo explicando as coisas

– Eu notei – disse ele com pesar – mas pensei que era impressão, mas pelo que vi todos notaram – suspirei, infelizmente Edward estava obcecado e faria de tudo para atrapalhar a felicidade de minha amiga e Damon – ficarei aqui com Emmett! – disse com firmeza, agradeci e passei pela porta.

A cena que vi a seguir me chocou, Isabella estava caída no chão desmaiada com sangue escorrendo por seus pulsos e maquiagem borrada, ela estava frágil e senti vontade de chorar. Sai e pedi que chamassem Jacob com urgência o que em questão de minuto estava lá comigo segurando nossa amiga no colo e colocando-a na banheira

– Vou descer! Acho que nós dois aqui, será demais para ela – ele passou e olhou com pesar para mim, suspirei e comecei a lavar a ferida aberta e tirar as roupas ensanguentadas. Isso me fez voltar no tempo, em lembranças:

Flashback

Havia se passado uma semana da morte de James e da partida de todos, não está sendo fácil para ninguém, mas Isabella anda demais calada. Era como se nada mais abalasse ela, como se ela apenas estivesse em corpo ali porque seus olhos estavam distantes.

Varias vezes ouvia-a gritando para que alguém ajudasse a salvar nosso amigo e nossa amiga. Ela chorava, chacoalhava e depois caia em inércia.

Essa situação arrastava-se por quase três semanas; sempre que eu ou Jacob tentávamos tocar no assunto ela sussurrava que estava bem, que logo passaria, que respeitássemos o luto dela.

Até que um dia fui trabalhar e quando voltei mais cedo fui ver como ela estava, vi a porta do banheiro aberta e sangue no chão, peguei a pequena arma que andava comigo e entrei no banheiro pronta para atirar em quem quer que estivesse ali e ferido minha amiga, mas qual a minha surpresa ao ver ela afundada em uma banheira sangrando com o punho cortado; gritei e tentei acordá-la, o que não funcionou

Liguei então para a emergência e depois para nosso amigo informando o que havia acontecido, ele fecharia a oficina e iria me encontrar lá! Eu tremia, tremia muitíssimo enquanto enfermeiros a retiravam da banheira e levavam-na para a ambulância.

Foram horas até estabilizarem o quadro dela e um dia para que eu pudesse vê-la. Mas assim que ela acordou fui ter com ela uma conversa séria. Discutimos feio, talvez a briga mais séria desde que nos conhecemos; mas no fim ela compreendeu o que eu estava tentando por em sua cabeça.

Depois de muito insistir ela concordara em ir a um analista e que iria voltar a ser aquela Isabella que todos conheciam.

Flashback

Chorei como não chorava há muito tempo, minha amiga estava tão frágil e eu me senti incapacitada de fazer algo por ela. Fechei seu corte, que por milagre não fora tão profundo como daquela vez, lavei seu rosto e tirei sua roupa. Deixei que a agua morna a acalma-se um pouco e depois a acordei com cuidado

– Bells? – toquei seu rosto com carinho – Amiga, vamos, abra os olhos – ela tremeu um pouco as pálpebras, suspirei – Isabella vamos, acorda, preciso que me ajude a te levantar – ela resmungou e abriu os olhos, era tristeza que via ali – está tudo bem pequena, já passou, vem! – ela apoiou-se na parede enquanto eu secava seu corpo e a enrolava na toalha

– Des...cu...l...pa! – ela tremia por estar frio e eu apenas balancei a cabeça e levei-a para o quarto, peguei uma roupa quentinha e a vesti; sentei na cama e ela deitou em meu colo.

– Você havia prometido! – disse baixo e Bella se encolheu como uma criança – mas só queria entender, porque fez isso? O porque disso? – ela me olhou e notei as olheiras fundas em seu rosto

– Quando eu vi a ex do Damon me senti ameaçada – ela começou tremendo – quando vi Edward ajuda-la me senti traída e quando ela disse aquilo no final eu me senti com medo. Mas também estava com raiva de Damon por ela tê-lo beijado e raiva de mim por estar com raiva dele, ele a empurrou, ele não foi com ela, ele ficou comigo – ela chorava, seu peito balançava como que respirando com dificuldade – eu sou tão idiota

Abracei-a e fiz carinho em suas costas – calma Bells, já passou, ninguém saberá disso, a não ser que queira contar ao Damon – ela assentiu com a cabeça – mas quanto ao Edward queria que soubesse de algo – ela me olhou como uma criança curiosa – ele estava sorrindo com a tristeza do seu namorado assim que você o largou lá em baixo –ela ia argumentar quando fiz sinal para que parasse – quando ele ajudou Katherine, não fui só eu, todos notaram, o sorriso dele – ela suspirou

– Não posso acreditar que ele faria algo de ruim para mim, ou que se divertisse com algo ruim que estivesse acontecendo comigo – colocou a mão na cabeça

– Você não precisava acreditar agora, basta que fique atenta e confie-desconfiando de tudo que venha dele, palavras, gestos, insinuações – ela concordou e deitou-se – vou deixa-la dormir

– Obrigada Rose – ela beijou minha bochecha e eu sorri – chame o Damon, não quero dormir longe dele, por favor! – sorri em resposta e me levantei indo para a porta, mas parei assim que escutei a pequena discussão lá fora

– ME DEIXEM PASSAR! – Edward falava duramente – não me façam forçar minha entrada – cerrei a mão em punho e olhei para Bella alheia a tudo que estava acontecendo, de fato ela deveria estar cansada. Bati na porta e eles ficaram em silêncio

– VAZA! – falei dura ficando em sua frente – ela está dormindo, cansada, quer ficar sozinha! – ele não se moveu

– Quero ouvir dela própria que é para eu ir embora – segurei sua camisa com raiva

– Ela está dormindo, agora vaza antes que eu mesma arrebente essa sua cara que está me irritando além do normal – ele me olhou irritado e soltou minha mão de sua camisa, quando foi passar por mim vi alguém colocar a mão em cima da sua e acompanhei o olhar dos meninos para Carlisle, com o restante da família atrás dele, só não estavam os Salvatore

– Edward se ela está dormindo deixe-a, o dia foi tumultuado amanhã poderá conversar com ela, ok?! – sua voz era baixa, mas seu olhar era duro, olhar de pai mesmo

– Não! Eu quero vê-la agora, aposto que ela precisa de mim – disse com petulância

– Edward – todos acompanhamos a voz de Isabella fraca ao abrir a porta – eu não quero vê-lo, não hoje, por favor chega de escândalo na porta do meu quarto. – sorri para a cara de cão sem dono dele

– Bells eu te conheço sei que precisa de alguém para te abraçar para dormir, sei que precisa de mim – ele disse tentando se aproximar sendo parado por Emmett que o olhava com raiva

– Eu preciso do meu namorado, que por sinal não é você – virou para mim – vá chama-lo Rose, por favor – sai dali correndo chamando por Damon que logo estava me acompanhando escada a cima; quando chegamos estavam todos em seus quartos restando apenas Emmett na porta.

Achei melhor deixar que Bells contasse o que havia acontecido e assim que ela e Damon se olharam puxei meu amorzinho para nosso quarto deixando minha amiga em ótimas mãos.

– Acho que esse problema obsessivo do Edward com a Bellinha vai acabar com a nossa família – disse meu grandão enquanto eu massageava suas costas

– Eu tenho quase certeza disso – apertei um nó em suas costas que o fez gemer, sorri me sentando em seu colo – mas podemos pensar nisso depois? Estou com saudades do meu grandão – beijei seus lábios e ele já entendeu o que eu queria.

A noite estava só começando para nós!