Rangers -ordem Dos Arqueiros -a Lealdade escrita por Veritacerum


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Oi amigos!! Mais um cap para vocês! Vamos fazer um trato? Se eu tiver duas recomendações, posto outro cap amanhã ou terça! Combinado?



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Capítulo 29

Fazia duas semanas que Alyss cavalgava com o grupo do imperador Shigeru. A princípio, ela queria seguir direto para o Castelo Redmont, mas Shigeru não tinha aprovado a Idéia:

-Nós não podemos te escoltar até esse castelo, porque estamos sendo esperados no castelo do rei – disse ele fazendo um esforço para se lembrar das palavras certas. -Além do mais, aqueles bandidos podem te encontrar outra vez. – depois disso, Alyss decidira ir com o grupo.

Eles estavam atravessando o Rio Vermelho – que tinha sido um mero canal do rio Slipsunder, principal campo de guerra da batalha de Hackman Heath. O Rio Vermelho, era um pequeno canal que seguia no meio da Floresta, e serpenteava entre os grossos troncos de árvores – era um rio sem nome, mas, conforme a batalha seguia, os guerreiros empurravam os corpos sem vida para esse canal para desbloquear o caminho. Com tantos corpos cortados em diferentes locais, as águas cristalinas do canal ficaram vermelhas. Um vermelho sangue.

Depois que a vitória de Duncan em cima dos Wargals de Morgarath foi confirmada e  o trono ocupado, o jovem nomeara o pequeno canal de Rio Vermelho, onde tinha sido o leito de milhares de seus melhores guerreiros. Hoje, o Rio Vermelho era conhecido e venerado por toda Araluen.

Eles chegaram a outra margem do rio, e Alyss agindo sem pensar, cortou uma flor do campo e jogou nas águas do canal. “É para você, papai”, – ela pensou.

Shigeru percebeu o gesto e levou seu cavalo ao lado da jovem.

-Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou cismado.

-Nada – respondeu a jovem se sobressaltando com a voz dele.

-Desculpe se eu te assustei, mas eu... – ele parou e olhou para trás, em direção ao rio. -Eu vi você jogando uma flor. Por quê?

-Ah... o senhor viu? Perguntou a jovem se virando no cavalo para encarar o imperador. – Ao fazer isso, ela se surpreendeu ao olhar nos vivos olhos de Shigeru. “Ele não é um imperador comum”, – pensou a jovem. – Shigeru era conhecido, principalmente por ela, Will, Halt, Horace e Cassandra, por colocar os nortenhos – o povo pobre – os lenhadores que moravam nas montanhas geladas de Nihon já, com privilégios iguais aos do sul, localizados em Hito – a capital do reino. Quem sabe ele até os valorizasse mais.

-Por quê você fez isso? – perguntou o imperador, tirando Alyss de seus pensamentos.

-Bem, – ela começou. –O senhor sabe o que aconteceu por aqui a 30 anos atrás?

-Não – respondeu ele.

-Bem, um dos nossos barões queria tomar o trono para si mesmo – ela parou para pensar em como iria contar essa história. –Bem, o rei tinha acabado de morrer e não tinha filhos para o substituir. Esse barão, que tinha sido expulso do reino, soube da morte do rei e planejou um ataque. Nas montanhas da Chuva e da Noite, Morgarath reuniu um exército de Wargals, animais parecidos com ursos e cachorros juntos, e os levou para esse rio. Duncan, que hoje é o nosso rei, juntou o máximo de guerreiros que podia e os trousse para cá. Os outros barões fizeram o mesmo, mas chegou em um momento em que os nossos exércitos estavam sendo massacrados, e como um milagre, Halt saiu do meio da floresta conduzindo uma tropa de cavalaria, que atacou a retaguarda de Morgarath. Os wargals, temendo os cavalos e as espadas que cortavam qualquer coisa que encontrasse na rente, resolveram abandonar a luta e voltaram para as Montanhas deixando Morgarath furioso, mas sem poder reagir. Duncan conquistou a vitória e foi coroado como rei de Araluen, mas nessa guerra morreram muitos homens. O meu pai foi um deles, o de Will... Chocho – ela se corrigiu – -Também e o de Horace. Assim um dos barões criou nós três até os 15 anos, quando Halt pegou Will para treiná-lo, eu virei uma diplomata e Horace entrou para a Escola de Guerra para se tornar um cavaleiro. Por isso eu joguei a flor. Meu pai foi jogado para esse canal quando foi morto no rio principal.

Conforme Shigeru escutava a história, ele tentava imaginar a batalha e ia formando imagens em sua cabeça.

-Muitos homens morreram aqui? – ele perguntou.

-Milhares – respondeu a jovem. –Muitos filhos ficaram sem pais e muitas mulheres perderam seus maridos e até seus filhos.

-Como pode alguém ser tão mal – Shigeru disse a ninguém em especial.

-Estou tentando entender até hoje – respondeu Alyss.

-Mas esse Morgarath... está morto?

-Sim. Depois de uma segunda rebelião em que ele capturou Chocho, ele desafiou Halto-san para um combate. Halto-san, que estava morrendo de raiva de Morgarath por ele ter pego Chocho, ia aceitar, mas, antes que pudesse dizer as palavras Morgarath foi desafiado por outra pessoa.

-Quem? – perguntou o imperador.

-Acho que você já ouviu falar nele – disse a diplomata sorrindo. –Conhece o Kurokuma?

-O Kurokuma? – perguntou ele perplexo.

-Sim – respondeu a menina.

-Kurokuma desafiou esse morgarath? O que aconteceu depois? – Shigeru estava curioso e orgulhoso de Horace.

-Eles tiveram um combate duro, e teve um ou dois minutos que pensamos que Kurokuma ia morrer, mas, como ele tinha passado um tempo com os arqueiros, aprendeu alguns golpes de perto alcance, como só os próprios arqueiros fazem. Morgarath quebrou a espada dele, mas Kurokuma puxou sua adaga e bloqueou os golpes mortais do inimigo cruzando as duas lâminas. Quando Morgarath se aproximou, Kurokuma deu um golpe por trás e enfiou a adaga na garganta dele.

Shigeru estava fascinado com o relato.

-Que bom que ele conseguiu – falou baixinho. – Antes que Alyss pudesse responder, eles viram uma movimentação a frente, e Reito abria caminho até eles.

-Senhor! – ele gritou. -Assaltantes a frente!

Shigeru, envolto na batalha que acabara de ouvir, se assustou com a vós do capitão de sua guarda.

-Mikeru e Eiko, fiquem ao lado de Ariss-san! – ele bateu os calcanhares nos flancos do cavalo e galopou para a frente do grupo. – Os dois jovens Kikori cercaram Alyss para que ninguém pudesse se aproximar o suficiente para feri-la.

A frente do grupo, 6 assaltantes estavam lutando com 6 guardas do imperador. – Shigeru galopava a toda velocidade sendo seguido de perto por Reito. Antes que chegasse até o grupo, Reito ouviu um zumbido conhecido passando por ele, e logo reconheceu uma flecha voando em direção ao seu imperador. Sem pensar, Reito se abaixou e deu um empurrão no ombro do imperador. Shigeru caiu do cavalo e Reito jogou um escudo em cima dele.

-Desculpe, senhor! – ele gritou se ajoelhando ao lado do homem deitado no chão. –Aqui está com arqueiros e não podemos arriscar que o senhor seja ferido. Aqui não!

Dois dos assaltantes estavam mortos no chão – um com a cabeça separada do tronco e o outro com o corpo dividido ao meio. “Eles pediram isso”, - pensou Reito.

Shigeru se levantou a tempo de uma flecha não acertar sua perna desprotegida, e viu o arqueiro que tinha disparado. Ele pegou uma das lanças que Halt tinha inventado durante a guerra em Nihon-jan – que agora era obrigatório todos os homens carregarem 4 ou 5 para onde forem – e jogou uma na direção do homem. Segundos depois, a figura de preto caiu morta de costas no chão.

-Sempre gostei dessas lanças – comentou o imperador retirando outra das costas e atirando no bandido mais próximo. Esse também caiu morto.

Reito estava lutando com outro, mas logo a luta terminou. Mais um inimigo estava morto. – O outro, vendo que só restava ele, jogou a espada e as facas no chão em forma de rendição.

-O rei Duncan irá adorar ter uma conversa com você – informou Alyss se aproximando com um kikori de cada lado.

-O Rei... Duncan? – perguntou o bandido.

-Sim – respondeu Alyss. -Ele está ansioso para te ver.

-Não! Não! O Rei Duncan não, por favor! – Alyss reparou que o homem não estava mais perigoso, e sim assustado.

-O Rei Duncan sim – afirmou a diplomata. -Eico e Mikeru, será que vocês poderiam prender esse sujeito?

Os dois Kikoris avançaram na direção do bandido, mas o homem se virou e tentou correr. – Reito e Shigeru, que estavam logo atrás, derrubaram o homem e Mikeru prendeu seus braços e suas pernas com um pedaço de corda, enquanto Eiko revistava o sujeito para se certificar que não havia mais nenhum tipo de arma que pudesse o favorecer.

-Se eu fosse você – Alyss começou. -Não entraria assustado desse jeito na sala do trono.

-Não... não! – implorou o bandido enquanto Eiko e Mikeru o prendiam em cima de uma das carroças.


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Notas finais do capítulo

Gostaram desse? Reviews e recomendações! Bjão...