Rangers -ordem Dos Arqueiros -a Lealdade escrita por Veritacerum


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores, escrevi mais!



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Capítulo 12


Will e os outros já estavam a quase um mês na estrada quando viram as sólidas muralhas de Macindaw. Eles puseram os cavalos para um galope rápido, quando escutaram o grito de Crowley que estava na retaguarda.

–Will!

Will puxou as rédeas de Puxão e Abelard também parou.

_O que aconteceu? Crowley apontou para Halt. Will seguiu seu olhar e se apavorou. Halt não estava respirando.

_Ajudem! Berrou para todos.

Eles desamarraram a maca dos cavalos e pousaram Halt no Chão. Will fez força em cima de seu tórax, e Halt deu um fraco suspiro que estremeceu o corpo inteiro. Parecia que estava lhe faltando o ar.

Will tirou a capa e a dobrou colocando em baixo da cabeça do arqueiro.

–A mão dele, disse Horace tentando chamar a atenção de Will.

–O que tem a... Meu deus! Como eu deixei isso acontecer?

Will tirou os panos que cobriam a mão machucada de Halt e torceu o nariz.

–Nós vamos parar aqui por uma hora. - disse o jovem.

Os dois homens afrouxaram as barrigueiras de seus cavalos e enquanto Crowley fazia o mesmo com Puxão, Horace foi na direção de Abelard. Quando estava chegando perto, o cavalo relinchou nervosamente e saiu de perto do guerreiro. Will, que tinha visto a cena, se levantou e foi na direção do cavalo.

_Venha aqui, garoto – chamou ele. _Está tudo bem, venha.

Abelard olhou para ele, então começou a trotar na direção do jovem. Enquanto Will afrouchava sua sela, Abelard o empurrava gentilmente com o focinho.

_Ele irá ficar bem, eu prometo – disse o menino dando tapinhas no pescoço do cavalo. Abelard foi com o focinho até o bolso de sua calça e começou a farejar. Will enfiou a mão no bolso e entregou a maçã para ele.

–Só uma, você sabe o que Halt pensa sobre isso! - Abelard resfolegou alto. Aparentemente não era só Puxão que discordava de Halt quando o assunto era sobre quantas maçãs um cavalo pode comer por dia. _Bom rapaz, disse Will esfregando o focinho macio do cavalo.

Ele deixou o animal saboreando a fruta, e viu que Horace já tinha assendido uma fogueira e posto água para ferver. Crowley estava pegando panos limpos e seu kit de primeiros socorros. Ele foi até Puxão e pegou o seu próprio kit e seu cantil de água fresca. Ele voltou até onde Halt estava, e se ajoelhou para escorrer um fio de água pela garganta do arqueiro.

_Você vai usar os pés da maca? Perguntou Crowley.

_Sim, respondeu Will fechando o cantil.

–Ajude aqui, pediu a Horace que estava cuidando da fogueira. Enquanto os dois homens levantavam a maca do chão, Will puxou os pés dobráveis que ficava em baixo, e os travou.

–Pronto, podem abaixar. A maca ficou cerca de um metro e dez acima do chão, o que iria facilitar o trabalho.

_Eu não disse que seria bom? Perguntou Will a Horace, que tinha questionado seu projeto no papel.

_Ainda bem que eles não seguiram seu desenho arrisca na hora de montar, respondeu o guerreiro.

Will deu um olhar maligno a ele e se afastou para pegar a água que estava fervendo. Quando voltava, despejou a água em uma pequena bacia e revirou em seu alforje para retirar uma pequena garrafa de vinho tinto escuro. Will despejou na chaleira de cobre e deu a Horace, que foi depositá-la em cima do fogo. Will se abaixou e começou a tirar o pus que tinha acumulado no ferimento. Ele ficou aliviado de ver sangue fresco saindo do machucado. Will estancou o sangue e pôs um pano com água fervendo para limpar em volta. Alguns minutos depois, Horace voltou com o vinho fervendo e Will mergulhou um pano limpo na chaleira. O jovem colocou o linho embebido em vinho em cima da ferida, e o corpo de Halt estremeceu.

–Deve ter ardido, comentou Crowley.

–Isso é um bom sinal, respondeu Will que tirava o pano e o mergulhava no vinho outra vez. –Me passe aquela pomada por favor.

Depois que tinha secado a ferida e passado a pomada, ele embrulhou a mão de Halt em panos limpos, deixando alguns lugares que o ar pudesse entrar. Depois de terminado, Will chamou Crowley em um canto para conversar.

–Temos que entrar nessa floresta ainda hoje, - falou Crowley olhando para o sol - _Temos duas horas.

–Certo, - disse Will - _Mas essa maca não conseguirá passar entre as árvores, e, colocá-lo em cima de Abelard não é uma boa idéia.

–Concordo, disse o arqueiro mais velho. _O que você sugere?

–Teremos de levá-lo no colo, falou Will. Um leve sorriso tocando em seus lábios.

–No colo? Perguntou Crowley.

–Sim, no colo.

Eles cavalgaram até a entrada da floresta, e a muralha oeste do castelo.

Will desceu de Puxão e foi até o outro lado da maca para soltar Abelard.

–Está na hora horace, disse Crowley ao jovem.

_Certo. Eu vou até o castelo, comunico Horman sobre o que está acontecendo e envio uma mensagem para Lady Pauline, disse Horace para ter certeza que não se esquecera de nada.

–Certo, respondeu Will levantando o corpo de Halt para que a cabeça do arqueiro repousasse em seu ombro.

–Você vai carregá-lo sozinho? Perguntou Crowley vendo Will ageitar o peso das pernas de Halt no seu braço esquerdo, enquanto o direito segurava firme o tronco.

–Vou, respondeu o jovem. _Vamos!

E se virando para a esquerda, começou a andar entre as árvores com Halt resmungando baixinho em seus braços.



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Notas finais do capítulo

Estão Gostando? Tem muito mais a caminho!