Não, eu não poderia ter uma vida mais anormal.

Quando eu cheguei na escola, meu pai estava me esperando na porta da escola, com o seu volvo prata. Minha mãe estava com uma cara péssima. O rosto do Sr. Edward estava praticamente pegando fogo, como se pudesse ter ficado realmente vermelho, mas os olhos deles estavam pretos, então. JÁ ERA!

- Onde é que você tava? - ele perguntou segurando firmemente o meu braço.

- Ai pai, me larga! Você ta em machucando! - Ótimo, tudo o que eu precisava agora era de um pouco de lágrimas!

- Moça, algum problema? - o taxista guerreiro saiu do táxi e olhou pro meu pai apertando meu braço e meus olhos vermelhos de choro.

- Nada demais moço, ela é só a irmã mais nova dele. - Minha mãe respondeu calmamente.

- Mas, você a está machucando! - o taxista guerreiro afirmou. - Solte-a rapaz, foi somente uma traquinagem de escola. Aposto que você faz a mesma coisa o tempo todo!

Minha mãe riu, e meu pai abaixou a cabeça e me largou. O que foi um alívio pra mim. - Isso não acabou, mocinha! - ele sussurrou rapidamente.

- Pronto, bem melhor assim. Mas então, você me deve 18 dólares! - ele estendeu a mão. Taxista guerreiro e mão-de-vaca. 18 dólares não iam o matar de fome.

- Pode ficar com o troco! – “Como assim ficar com o troco, você deu uma nota de 50 doláres pra ele!”

Rapidamente, o taxista-herói-guerreiro-salvador-mão-de-vaca, sumiu e meu pai voltar a segurar o meu braço.

- Vamos Renesmee, diga logo. Onde é que você estava? – ele estava nervoso, BEM nervoso!

- Pai, calma. Sério. Você está me machucando! – chorei novamente.

- Edward! Solte-a. Ela está chorando! Eu não quero voltar a fazer aquilo com ela. – minha mãe colocou a mão dela no braço dele, e ele me soltou. Fui rapidamente pros braços dela, e a abracei.

- Calma meu amor, ta tudo bem! Agora me conte, porque você fez isso? – meu pai revirou os olhos, enquanto ela passava a mão na minha cabeça.

- Mãe, eu estou perdida. Eu realmente não sei o que eu faço da minha vida, eu nem sabia que isso fosse possível de acontecer, eu simplesmente achei que não fosse necessário, na verdade eu esqueci... – comecei a desabafar entre soluços.

- É por isso que ela sempre faz o que quer, Bella! Você sempre a protege no final das contas! – meu pai falou irritado, cuspindo fogo, se fosse possível. – E pára de colocá-la no seu escudo!

- PÁRA DE INVADIR MEUS PENSAMENTOS! – gritei na cara dele, e me arrependi. Voltei a me abraçar com minha mãe e coloquei-a na frente dele, entre nós dois.

- Renesmee, eu estou tentando de verdade não perder a cabeça com você, mas você NÃO ESTÁ FACILITANDO AS COISAS! – ele berrou massageando as têmporas.

Apertei mais a minha mãe. E voltei a chorar.

- Vamos pra casa! – ela me abraçou e me conduziu até o carro.

Entramos todos no carro, minha mãe na frente ao lado do meu pai, fazendo com o que ele não perdesse a cabeça, parasse o carro e me batesse ali mesmo. E eu atrás, com os pensamentos protegidos pelo o escudo da minha mãe, e chorando veemente com toda a minha vida desmoronando. Eles teriam que saber, uma hora ou outra.

Chegamos na casa do meu vô Carlisle, e todos estavam em casa, exceto o meu avô, que estava trabalhando no hospital.

Sentei no sofá, longe do meu pai, e fiz a minha declaração para a família:

- Pre-preciso con-contar uma uma coisa pra pra vo..cês! – falei entre soluços.

O tio Jasper fez com que eu me acalmasse mais, e a Tia Rose pegou um pote de sorvete pra mim, sempre funciona. Tia Alice doce como sempre, pegou uns lencinhos de papel, e minha vó Esme junto com a minha mãe, estavam me abraçando no sofá. Meu pai? Estava andando de um lado pro outro na sala.

- Mas eu preciso do meu avô aqui! – consegui falar mais calma.

- Vou ligar pra ele. – minha vó Esme pegou o celular, digitou o número dele e pronto. – Ele já está a caminho!

Não demorou muito, na verdade, uns 10 minutos no máximo até que ele estivesse em casa. Então eu tive que contar a bomba.

- EU TÔ GRÁVIDA!

Dia 12 de setembro - 1:15 da tarde, Casa do vô Carlisle

- Grávida? Como assim grávida? Para as pessoas ficarem grávidas elas precisam... – tio Emm falou com desdém, e parou assim que reparou que as coisas teriam sentido se...

- Renesmee, eu não acredito que você transou com o Jacob! – minha mãe falou incrédula com aquilo.

- EU. VOU. MATAR. AQUELE. CACHORRO! – meu pai rosnou e foi em direção a floresta!

- Alguém segure o meu pai, por favor! – choraminguei, e o meu võ Carlisle, o Tio Jasper e o tio Emm foram lá detê-lo. E eu fiquei só com as mulheres em casa.

- NESSIE! VOCÊ NÃO TEM NEM 5 ANOS AINDA! – minha mãe continuava exasperada.

- Como é que você teve coragem! Nessie, você nos escondeu isso. – Tia Alice espantada falava do sofá.

- Como se eu já não imaginasse que isso fosse acontecer! – Tia Rose revirou os olhos e se sentou na poltrona.

- VOCÊ TEM ALGUMA IDÉIA DO QUE VOCÊ FEZ? – minha mãe berrava do sofá como uma louca.

- Sei né mãe! A gente já passou da fase de achar que bebês chegam da cegonha! – brincar agora não foi nada legal, minha mãe voou pra cima de mim.

- SUA INGRATA! SUA IRRESPONSÁVEL! VOCÊ FAZ IDÉIA DE COMO AS COISAS VÃO SER DAQUI PRA FRENTE? – ela berrava enquanto me estapeava com a mão.

- Ai, ai, ai, mãe! Você ta me machucando! – falei tentando me desvencilhar dos tabefes dela.

- Pára, Bella! Está não é melhor maneira de resolver as coisas. – Tia Alice tentava tirar minha mãe de cima de mim.

Ela se sentou no sofá, completamente fora de si, e Tia Alice pra assegurar a minha vida, e a do meu bebê, a segurou firme.

- Desculpa, eu sei que eu não fui responsável, eu só achei que eu ia dar tudo certo. Eu tinha planejado tudo, ninguém tinha desconfiado de nada, eu já estou crescida mãe, não sou mais um garotinha.

- Planejou tudo né? Bom, você esqueceu da parte da camisinha, Renesmee! – Tia Rose falou irônica da poltrona onde ela estava.

- É. Mas na verdade, eu não pensei que isso pudesse acontecer. Eu sou uma vampira! Vampiras não ficam grávidas!

- Mas você não está completamente estável, Renesmee. Você ainda está em idade de crescimento, e como você cresce, necessariamente, você muda, então, o seu corpo está perfeito pra reproduzir. – meu avô falou entrando na sala, com o meu pai bem mais calmo graças ao Tio Jasper.

- Eu só não sabia. Eu não posso ser culpada. Vocês sabiam que uma coisa dessas iria acontecer uma hora ou outra. Não o fato de eu ter ficado grávida, quer dizer, o fato de eu transar com o Jacob!

Minha mãe veio pra cima de mim de novo e eu comecei a chorar. Eu estava completamente acabada. Minha vida tinha se perdido. O que eu ia fazer agora? Tem um humano-vampiro-lobo crescendo dentro de mim...

E foi ai que minha visão escureceu completamente.