O Mundo Secreto De Ágatha. escrita por Koda Kill


Capítulo 19
A peituda e a despeitada.


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sei que vocês já estão cansadas (os) de ler isso aqui mas eu preciso me desculpar. Sei que não foi legal eu ter demorado tanto pra postar. Mas acabou que nas férias tive um bloqueio criativo muito serio. Tive quer refazer a história desse ponto, mas acho que a coisa vai ficar legal. Vou tentar postar com mais frequencia e vou tentar sempre lembrar de vocês. :D Muito obrigada pelos que continuaram acompanhando e favoritando e espero que aproveitem o capitulo. Daqui a pouco to postando outro e nem vai demorar tanto serio. kkk Beijocas e espero que gostem. Até lá embaixo.



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Quando eu sai da sala do trono real eu estava meio enjoada, e por meio entenda-se muito, mas definitivamente estava tonta. Talvez fosse um efeito retardatário do remédio que Dante me deu, talvez o nervosismo e toda aquela poluição visual de cores e luxo por todos os lados, ou pelo fato de eu ter sido chamada para trabalhar na guarda real, ainda poderia ser apenas a consequência de uma tonteira passageira, ou talvez só talvez seja tudo junto. O que sinceramente era a opção que eu estava mais inclinada a aceitar. Tentei sair da sala dignamente e se não consegui, ninguém além do guarda da porta, que tentou me segurar, demonstrou algo.

Minha visão, que já não era a sétima maravilha do mundo, escurecia e voltava ao normal e eu não tinha certeza se estava em pé ou deitada. A única coisa que eu consegui ver em meu deficitário campo de visão era Jotta sentado no peitoril da janela, sua expressão não pude ver, e Diogo que subia as escadas. Jotta estava longe demais para participar da cena, a meu ver, e eu poderia, ou pelo menos queria trucidar Diogo. Me larguei do guarda e cambaleei até o cavaleiro negro, mas de repente a tontura piorou me fazendo pisar em falso quando cheguei ao primeiro degrau da escada. Preparei-me então para atingir o tapete e provavelmente quebrar a coluna em, no mínimo, dois lugares, nada demais. (só lapsos, lapsos)

O impacto veio mais rápido do que eu esperava, é possível que eu já estivesse caindo antes mesmo de tropeçar. Minha boca bateu com força na quina do degrau e senti meus dentes latejarem, a pele do meu rosto formigar e um gosto forte de sangue. Minhas mãos tentaram agarrar algo em vão. Pensei em quão patética eu parecia agora e odiei Diogo só mais um pouquinho. Então houve um segundo impacto e eu apaguei.

***

Quando voltei à minha consciência normal, minha cabeça parecia tentar estourar, meus lábios latejavam e meu corpo estava meio dolorido, por meio você já sabe o que entender. Eu estava sem armadura o que me pegou desprevenida quando Diogo entrou em foco. Puxei as cobertas que já chegavam até quase o meu pescoço. Eu não reconhecia nem de longe o lugar em que estávamos. Era um quarto simples, sem atrativos, não havia muita coisa para olhar, então me parecia um quarto de pousada ou algo do gênero. Ou talvez a casa de alguém conhecido para Diogo. Uma garota bonita de exóticas feições e corpo proeminente espreitava a cena da porta e me perguntei quem era ela e o que estava fazendo aqui.

– Você está finalmente acordada! - Disse ela entrando delicadamente no quarto e... Espera, ela acabou de colocar a mão em cima do ombro de Diogo? - Você nos deu um trabalhão e um grande susto também! - Ela tinha um sotaque estranho e feio, algo entre o polaco e o russo. E eu sabia bem disso porque os erres dela estavam socando meus tímpanos junto com aquela risada aguda. "ho-ho-ho"

– Quem diabos é você? - Perguntei de maneira ríspida e nada cordial. Ah e a coisa que me fez odia-la mais, se você quer mesmo saber, era o fato de que ela tinha peitos. De verdade, parecia uma mutação genética de tão grandes, ela praticamente da porta conseguia me sufocar com aquilo.

– Nossa ela é tão gentil Senhor Diogo ho-ho-ho! - Disse ela rindo ridiculamente. Ela estava rindo da minha cara! E o Diogo ainda estava rindo com ela! Mas isso só pode ser um pesadelo. Pode parar com a palhaçada aqui mesmo. E além disso eu não gostei nada nada do jeito que ela falou "ela" e muito menos "Senhor Diogo".

– Tenho certeza de que o machucado piorou a situação. - Falou ele voltando a sorrir. Imbecil, vou te fazer engolir esses dentes. Não tinha nada que ficar dando trela para essa peituda.

– Nossa Senhor Diogo, sua amiga é tão engraçada. - Disse rindo falsamente e depois voltando à minha carranca natural. A garota riu novamente fazendo meu sangue ferver nas veias e Diogo me encarou com cara feia. Isso ai pra mim é fome viu?

– Ágatha... - Serio mesmo que eu estava ouvindo Diogo me repreender? Na frente da peituda? É isso mesmo produção? Eu devo ter batido a cabeça muito forte e estar tendo alucinações. Olhei sarcástica para ele e foi nesse exato momento que eu percebi que seu lábio estava cortado.

– Você brigou com alguém? - Perguntei confusa.

– O quê?

– Seu lábio está cortado. - Falei arqueando uma sobrancelha. Eu só espero do fundo do meu coração que não seja nada envolvendo a peituda ou eu vou surtar.

– Ah isso... - Disse ele tocando no corte e corando? Eu disse: Corando? Não posso acreditar. Será que? Mas eu vou enforcar essa mulher até que a risada dela vire um guincho de porco! Comecei a respirar pesadamente.

– Onde conseguiu isso, Senhor Diogo? - Insisti.

– Ah você caiu por cima de mim, só isso. - Respirei um pouco mais aliviada, e por pouco entenda-se quase nada. Eu estava mesmo estranhando o fato de eu ter chegado tão rápido ao "chão". Ele cutucou mais uma vez a ferida e desviou o olhar de mim. Mas espera se o que eu bati não era a quina do degrau... Meus lábios também estavam machucados. Arregalei os olhos, eu não podia acreditar. Isso só poderia significar uma coisa: Eu havia beijado Diogo Alcantara.

– Ah sim. - Falei tentando voltar à minha carranca, mas ainda um pouco atordoada. E o que aquela peituda ainda estava fazendo ali por falar nisso?

– Senhor Diogo sua filha é uma gracinha. Vou preparar uma sopa para os dois. - Filha? É o que ela achava que eu era? E o que ela estava tentando ser ali? Minha madrasta? Vaca. Arqueei novamente uma sobrancelha e cruzei os braços fumaçando de raiva.

– Ah foi isso que você disse que eu era, Senhor Diogo? - A mulher olhou confusa para nós. Ele esfregou o rosto visivelmente estressado.

– Ela não é minha filha. - Disse ele irritado.Levantei da cama e saquei minha adaga apontando-a para a mulher.

– Fique longe. - Disse para ela. A peituda me encarou assustada.

– Ela estava só brincando.- Disse ele gentilmente. Claro vamos brincar de gato e rato peituda? - Não é Ágatha? - Fiz um sibilo animalesco e avancei falsamente em sua direção ela recuou e anunciando que iria fazer a sopa se retirou. - Ágatha! É assim que você retribui a pessoa que nos acolheu?

– Eu não pedi e nem concordei com isso. - Reclamei.

– Mal agradecida. - Resmungou ele.

– Ah claro Diogo, estou agradecendo horrores por você me largar em um lugar que não conheço com um cara que nunca tínhamos visto antes na vida que poderia muito bem ter me estuprado, me matado e comido o meu coração e você nem ia sonhar! Muito obrigado por me dar um remédio que me fez passar aquele vexame ainda a pouco e me matar de vergonha logo agora que fui chamada pra integrar a guarda real. Nossa Diogo, estou me derretendo de agradecimentos! - Gritei.

– Porque você está agindo feito uma criança? - Gritou ele de volta. Bufei de raiva. Agora ele queria bancar o pai e brincar de casinha com a madrasta peituda, é isso? E só pra fechar o pacote minhas costelas estavam me matando.

– Sério que depois que tudo que eu disse é isso que você tem pra me dizer? Esse é seu melhor argumento? Muito maduro da sua parte! Quer saber? Ótimo! Quer ficar com ela? Fique! Divirta-se! Eu estou indo embora. - Disse contendo as lágrimas.

– Você que sabe! Quer ser cabeça dura? Escolha sua. Só não venha bater na minha janela durante a noite. - Encarei-o magoada. Por mim tudo bem. Nunca pedi pela ajuda dele mesmo, nunca precisei e não seria agora que eu iria começar a precisar. Coloquei minha armadura enquanto Diogo tentava me ignorar olhando através da janela. Peguei minha mochila manquei para fora da casa, batendo a porta ao passar.

Não vou mentir, precisei parar em alguns pontos do trajeto porque minhas costelas doíam muito e porque eu chorava convulsivamente. Porque eu tinha que ser tão ridícula? Porque não podia ser bonita como a mulher da pousada? Não que me importe com Diogo, eu nunca quis ele por perto. Tudo que ele fez foi me fazer sofrer! Me magoando daquela maneira. Eu odiava o fato de ele já ter me ajudado. Eu preferia ter morrido a ter sido salva por ele. Andei errante pela cidade deserta, evitando os lugares povoados e me perguntei onde eu iria passar a noite afinal. É, seria a noite mais longa da semana.



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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam do capitulo? E principalmente o que acharam da peituda? kkkk Briga pesada né? Sugestões de onde ela vai passar a noite? Beijos meus aspargos até a próxima.



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