Quando a menina chega, já encontra o loiro encostado em uma pilastra.

– Oi. - Ela fala sem graça. Draco apenas acena com a cabeça e vai até a porta da Sala Precisa. Pede apenas um canto pra conversar e entra numa sala iluminada e confortável. A garota não sabia por onde começar. Mas, quando abriu a boca saiu de maneira errada.

– Draco... O que você viu no corredor... NÃO QUERO QUE SAIA ESPALHANDO POR AÍ. – Na verdade, ela queria saber o que ele tinha achado, se ele tinha ficada chateado ou alguma coisa do tipo, mas se achou meio ridícula. O MALFOY, aquele metido que vivi a chamando de sangue ruim, e que recentemente virou seu amigo (ela pelo menos acha) vai por acaso dar alguma bola. Só que não né? Ele a olhou meio estranho e disse:

–É com isso que você tá preocupada? Fica tranquila. Não vou dizer nada. – Sua voz estava meio rouca...

– Aawn... Então obrigado. - Me levantei e ele não disse nada. Virou e percebey sua cara triste – Tá tudo bem?

– Você se importa?

– Na verdade não. Mas não gosto de ver ninguém assim.

– É que... Nesse momento só uma amiga pode me entender. Então...

– Eu não sou sua amiga? Draco Malfoy, qual o nosso trato mesmo? - Disse rindo. Ele riu também e disse:

–Pensei que você me odiava.

– Eu também. - Ele olhou pra menina de maneira estranha, mas, por fim, disse>

– O que eu te disser aqui, fica aqui?

– Não! Vou arrumar um megafone e espalhar tudo que você me disse pra escola inteira. – Ele riu e disse:

– Bom, é que... Sei lá, mesmo tudo isso tendo acabado é como se Voldemort ainda fosse voltar... Tenho pesadelos com isso toda noite.

– Olha, eu...

– Obrigada.

– Pelo que? - Pergunta confusa.

– Você cumpriu sua promessa. – Foi ai que a castanha lembrou da promessa - Se importa se... Eu te der um abraço?

– Menos intimidade por favor– Ela riu da carinha de cachorro abandonado, mas, por fim o abraça fortemente e foi como se nada mais existisse. Se todos os problemas do mundo tivesse acabado. Foi como se nada mais importasse. Só ela e ele.

– Depois do que aconteceu, eu percebi o que realmente importa na minha vida.

– E o que realmente importa?

– Amigos, família, deixar de lado essa besteira de sangue-puro.

– Oláaa, quem é você e o que você fez com Malfoy? - Ele riu e me deu outro abraço.

Ficaram um tempo conversando por ali. E nenhum dos dois resolveu tocar no assunto Rony.

Se deram conta do horário e cada um seguiu pro seu dormitório.