Poeticamente escrita por Máh Scary Monster


Capítulo 1
ONE SHOT


Notas iniciais do capítulo

Nunca escrevi NADA relacionado a AHS e olha que eu curto muito, então arrisquei xD



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"Oi, eu sou o Tate. Estou morto. Quer dar uns pega? " Isso foi a última verdade que lhe disse e foi a última vez que vi você sorrindo.

"Adeus, Tate.” E isso foi a última verdade que você me disse enquanto nossos olhos ardiam entre lágrimas de despedida.


O rosto de esqueleto!

O massacre na escola!

A polícia me baleando!

A casa que me aprisionou, pra sempre!

A garota que nunca esquecerei!


A mente entra em pane quando somos sinceros com o próximo, não é? Creio que não fomos verdadeiros um com o outro, embora me arrependa de não ter lhe dito a verdade quando percebi que de fato te amava.

Fico pensando o que poderia ter acontecido, como eu estaria hoje em dia se eu não tivesse metralhado quinze jovens na escola; caso eu não queimasse setenta por cento do corpo do meu padrasto; fico pensando como minha vida estaria se eu não tivesse estuprado sua mãe e a engravidado. E juro, de todas as atrocidades que fiz e reconheço, essa última foi a única impensável, até porque não sabia que isso fosse possível.

Mas resumindo, provavelmente eu estaria casado com alguém que fingiria amar, estaria em um emprego de merda, talvez até com filhos e... Deus... Esses objetivos mundanos são doentios e vazios. Eu queria que você entendesse, nada mais, o mundo não é lugar para pessoas como nós, como você... Somos puros e fortes... E no momento, não somos nada mais nem nada menos que meros fantasma esquecido em um porão de uma casa antiga.

Oh, Violet! Sabe o que dizem sobre as violetas? Elas são admiradas por sua delicadeza, são flores fáceis de cuidar e enfeitam muito bem os ambientes. São associadas aos sentimentos de amor, humildade e inocência, por isso muitas vezes são usadas como plantas funerárias. De propósito ou não, seus pais escolheram um nome que faz jus a você. Desde a primeira vez que lhe vi percebi que você era diferente, não só bela, você era inteligente, meiga, geniosa e não tinha medo de nada, exceto de monstros... Exceto de mim.

Eu nem sei os motivos reais de desperdiçar meu tempo eterno escrevendo coisas que você nunca lerá. Claro que sempre admirei Byron, Poe, Shakespeare, e meus relacionamentos amorosos, enquanto vivo, não eram nada comparados às histórias deles, até você aparecer nessa maldita casa. Na época, era um ser mortal, frágil sem nenhum histórico indesejável ou passagem pela polícia, enfim, daríamos uma boa história romântica: O Psicopata e a Suicida... Se por algum segundo o amor que eu senti por você não fosse verdadeiro, eu seria mais feliz.

Preste atenção, Violet! Eu tentei salvá-la, assim como tento me redimir por coisas que no fundo, sei que nunca terei perdão, mas entenda, se em algum momento em todos esses anos eu fui são alguma vez, foi quando eu descobri as sensações que você causava em meu peito. A ternura, a graça, a ânsia de viver mesmo sendo um morto... Você pode rezar para eu ir embora, pode implorar para eu não voltar, mas eu tenho a eternidade pra fazer isso daqui ficar pior, eu tenho a eternidade pra sofrer e viver por um amor não correspondido... E viver assim soa quase que poeticamente.


Seu, Tate.



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