A Filha de Poseidon e o Filho de Hades escrita por Rocker


Capítulo 11
Decapitamos algumas dracaenae


Notas iniciais do capítulo

[REESCRITO]

Mais um cap õ
percebi que alguns estão acc a favoritos, mas nem comentam
gostaria de pedir que comentassem, para que eu saiba como está
e o que estão achando... Seria muito mais fácil do que tentar adivinhar



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Decapitamos algumas dracaenae

– Belíssima ideia, Ronnie! Faremos o que agora? – perguntou James, assim que pisamos fora das fronteiras do Acampamento.

Ainda estávamos em cima da Colina Meio-Sangue, próximos a Peleu. E eu não tinha a menor ideia de onde ir agora. A profecia dizia para os instrumentos divinos recuperar e pelas portas da vida eterna irão passar. Mas mesmo assim eu não sabia o que deveria fazer.

– Bem... – comecei, obrigando meu cérebro a trabalhar a mil por hora, coisa que não dava muito certo quando eu estava nervosa.

E eu posso ser inteligente, mas não era uma Filha de Atena.

Eu entendia porque deveríamos ser tantos, apesar de atrair mais monstros. Cada um teria uma função naquela missão. Virei-me para Annabeth e ela mordia o lábio inferior, claramente nervosa.

– Annie... Você deduzira que pelas portas da vida eterna irão passar falava sobre o Mundo Inferior. – comentei.

– Como iremos até lá? – perguntou Lannah.

– Ah, você não é a vidente?! – provocou Percy. – Deveria saber.

– Posso ver o futuro sim, mas não durante uma missão!

– E porque não? – perguntou Hailley, se aproximando.

– Os deuses proíbem. – explicou Evanlyn, aproximando-se também, junto com Edward.

Percebi que Nico ficara mais afastado.

Aproximei-me dele e perguntei. – O que foi, Nico?

Ele não meu olhou nos olhos. Eles estavam sombrios e distantes, o que me fez hesitar por alguns instantes, mas tinha força de vontade suficiente para não recuar. Ele não me respondeu, mas virou-se de repente para os outros.

– E se fôssemos no táxi da Tormenta Eterna?

Percy falou um pouco pálido e com cara de enjoo, relembrando algo bem desconfortável.

– De jeito nenhum! Não ando com aquelas doidas de novo não!

– Táxi da Tormenta Eterna?! – perguntei a Nico, confusa.

– Dirigido pelas Irmãs Cinzentas. – respondeu-me sem olhar em meus olhos.

– Aquelas três que dividem um olho e um dente?! – perguntei, um pouco receosa, tentando desenterrar antigas aulas de histórias.

– Elas mesmas. – sorriu de lado, ainda sem me olhar.

– Calma, Cabeça de Alga, vamos dar um jeito! – ouvi Annabeth falando com meu irmão.

– É melhor dar um jeito o mais rápido possível, pois temos companhia! – falou Edward.

Virei-me para onde ele estava apontando. Vimos cinco dracaenaes. Espécie de mulheres metade serpente demoníacas. A parte inferior de seus corpos apresentavam dois troncos de serpentes no lugar de pernas, tinham olhos felinos e seus pratos favoritos somos nós, humanos – de preferência dez semideuses a porta do Acampamento quase sem defesa. Seres mitológicos que meio sibilam, meio falam, criando sons estranhos. Seu andar era rastejante, como uma cobra, só que ereta.

Tremi da cabeça aos pés. Não imaginava que minha primeira batalha seria assim tão cedo. E justo com dracaenae, só porque eu não gosto de cobra. Rapidamente arranquei o cordão de Tridente quando vi Nico retirar a espada negra da bainha. Logo Percy pegou a caneta do bolso e tirou a tampa, transformando-a em Contracorrente; todos pegaram suas armas, preparando-se para a batalha. A dracaenae do meio deu um passo à frente e sibilou.

– Entregue-nosss a garota e não osss machucaremosss... – sibilou olhando diretamente para mim. Senti um forte tremor percorrer todo meu corpo e recuei um passo. Nico, para minha surpresa, deu um passo, postando-se na minha frente.

– Não me esqueci da promessa. – sussurrou para mim e depois falou mais alto, dirigindo-se à dracaenae. – Nunca!

Maravilhossso... – depois fincou o olhar em mim e sibilou. – Vai messsmo deixar o namoradinho morrer por vossse?!

Isso foi a gota d’água para mim. Em segundos superei meu medo de cobras, com a espada em mãos, corri até aquela maldita dracaenae e a decapitei rapidamente antes que ela tivesse qualquer reação. Menos uma. Mas, diferente daquela que parecia ser a líder, as outras foram mais espertas, desembainhando as espadas e tentando me cortar em pedacinhos, simultaneamente. Calculei rapidamente minhas chances enquanto bloqueava os ataques. Senti um arrepio na nuca e, quando me virei, Nico acabara de enfiar a espada no coração da uma dracaena que tentava me acertar por trás.

– Ronnie, atrás de você! – ouvi Lannah gritando e tive tempo apenas de raciocinar a fuga junto com o ataque.

Girei meus braços para a direita e saltei, dando um giro no ar, na horizontal, com o corpo deitado. Ao aproximar-me do chão novamente, levei a espada à frente, cortando a dracaena ao meio, desde a cabeça até os pés. Rapidamente senti alguém puxando meu pulso para trás e eu tentei me soltar, mas um braço me puxou pela cintura e pressionou minhas costas contra um corpo forte.

A pessoa não tinha cheiro e constatei que era Nico.

Hailley veio para o nosso lado e vi seu corpo ficar tenso e ereto. Seus olhos ficaram brancos. Totalmente brancos – como o olho direito de Evanlyn. Ela levantou o queixo e abriu a boca, murmurando algumas palavras em grego antigo. De repente uma nuvem cinzenta aproximou-se e lançou um raio nas dracaenae, que foram queimadas. Os olhos de Hailley voltaram ao azul normal e ela se virou para mim sorrindo. Ao fazer isso, a nuvem dissipou-se.

– Dessa vez foi fácil! – riu.

Eu estava assustada, mas consegui engolir o nó de minha garganta e ri junto. Os outros, que ficaram paralisados durando o ataque das mulheres-cobras, aproximaram-se e James falou, convencido.

– Ensinei tudo que ela sabe!

Revirei os olhos e, ao baixar meu olhar em Nico, percebi que fazia o mesmo. Sorrimos cúmplices.

– Deixa de ser convencido, James, eu ajudei também! – reclamou Lannah.

– Já chega, né gente! – interrompi-os. – Temos apenas que saber agora como chegar ao Mundo Inferior.

Virei-me para perguntar o que Nico achava sobre tudo isso, mas não o encontrei. Ao girar o corpo para tentar achá-lo, notei que ele descia a Colina.

– NICO! – gritei. – O que está fazendo?!

Ele virou-se para mim e sorriu. Não seu jeito de sorrir que eu já estava acostumada. Um sorriso sombrio e sarcástico.

– Temos que ir até New York. – falou pra todos nós.

Os outros deram de ombros e começaram a descer também. Eu ainda estava um pouco atordoada. E como não?! Nunca o vira agir desse jeito. Depois que todos já estavam uns dez passos de mim, finalmente saí de meu transe e corri para acompanhar Nico.

– Como sabe?!

Não era exatamente essa pergunta que eu queria fazer. Na verdade, nem sabia qual eu queria fazer. Queria apenas puxar assunto com ele. Sua voz fria a calma me acalmava, principalmente quando acabo de matar meu primeiro monstro, mas eu sentia que ele estava diferente e eu faria de tudo para tentar descobrir. Desde o momento que ele salvara minha vida, quando eu chegara ao Acampamento, ele era importante para mim. Tanto que eu não sabia nem como explicar. Só queria passar cada segundo que posso ao seu lado.

– No Central Park tem uma rocha, A Porta de Orfeu. Foi por ela que ele desceu ao Mundo Inferior para recuperar a alma de sua esposa.

– Sinceramente, foi um dos poucos contos da mitologia grega que eu acreditava que poderia ser verdade. – falei. – De certa forma, pelo menos.

Ele me olhou confuso.

– Por que acreditou justo neste?! – perguntou.

– Por Orfeu ter ido até o Mundo Inferior para tentar trazer de volta o amor da sua vida.

– Ah, quer dizer que a sereia durona é romântica! – ele riu.

Abaixei a cabeça, um pouco envergonhada.

– Ei, Ronnie! – ele me chamou, mas eu preferi não passar mais vergonhada.

Ele segurou meu queixo delicadamente e o levantou, fazendo-me olhar diretamente em seus olhos negros. A essa altura, os outros já haviam passado na nossa frente. Meu coração falhou por um segundo e voltou com força total, bombardeando grande quantidade de sangue para minhas bochechas, deixando-as muito rosadas. Senti um grande nó em minha garganta e um desconforto na boca do estômago. Mas um desconforto bom.

– E quem disse que isso é ruim? – ele sussurrou, sua voz falhando um pouco.

De repente, uma lembrança me assombrou. O dia em que quase o beijo. O dia em que briguei com Percy. Não podia deixar isso acontecer de novo. Não quando teria que passar um tempo indeterminado com ele em uma missão. Mas meu corpo já não me obedecia mais. Simplesmente havia sido desconectado de minha mente. Senti-me inclinando em direção a Nico, enquanto ele se abaixava. Eu podia sentir meu estômago revirar-se cada vez mais, a cada milímetro que nossos lábios se aproximavam. Já podia sentir sua respiração quente sobre meu rosto e isso me fez arrepiar. Senti sua mão envolver minha cintura, puxando meu corpo para mais perto, mas sem alterar a aproximação lenta de nossos lábios.

Estava prestes a envolver sua nuca, quando ouço uma voz familiar e irritada, mas tentando não demonstrar.

– Ronnie, Nico! Hailley está chamando vocês! – gritou Percy, metros à nossa frente, mas eu já podia imaginar como estava vermelho de raiva e Annie segurando seu braço para que não viesse até aqui.

Já é o segundo – quase­ – flagra para minha lista.


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Notas finais do capítulo

E aê, mereço reviews? Sei que n foi o melhor cap, mas vou tentar melhorar >.



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