Trying To Stay Alive escrita por Ingris, soph


Capítulo 7
Capítulo 7 - Algumas confissões.


Notas iniciais do capítulo

Olar :B
Pensei em postar só semana que vem... Mas olha, aproveitem esse cap que ficou beeeem maior do que os outros. Me arrependi de não ter feito os outros capítulos também maiores pra ser sincera :s Enfim, pretendo manter essa meta nos próximos (meta que no caso seria de 3 a 4 mil palavras, nesse eu meio que exagerei ficou umas 5 mil...).
Ah, gente, só falando que eu não estou seguindo nada fielmente a série, estou mudando diversas coisas que aconteceram então não me xinguem.
Sem mais delongas, nos encontramos nas notas finais.
Espero que gostem: Lembrando que no cap. anterior, Rach estava prestes a dizer algo para Quinnie. ♥



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— Sabe, todo esse tempo eu ando tensa por algumas lembranças e por um outro fato... — Rachel fala se afastando um pouco, encostando na parede.

Nós estávamos paradas no hall da entrada, logo a nossa frente estava a escada para o segundo andar, a esquerda o corredor que dava respectivamente no banheiro, porão e então a cozinha, e o lado direito ia de encontro com a sala de estar aonde o pessoal estava entrando pela garagem, era possível ouvir eles conversando, mas a sala tinha certa distância então conseguíamos conversar com privacidade.

— Parei para pensar bastante, inclusive pensei em tentar esquecer novamente..., mas é impossível esquecer isso, faz parte de mim. — Ela continua, me deixando agora um pouco confusa. Do que diabos ela estava falando? Será sobre Leopold? Faz parte dela? Fiz menção de que iria responder. — Não, Quinn, me deixa falar. Por favor, se não for agora, será nunca. — Ela me interrompeu, então esperei paciente. – Nós estamos em um apocalipse zumbi, e esse fato só me fez ficar mais alarmada, posso morrer a qualquer momento, e não quero morrer com isso guardado, acho que você merece saber o mais rápido possível, porque por muito tempo tentei me convencer de que você não poderia sentir nada parecido, mesmo não entendendo eu sempre senti um tipo de tensão contigo, é simplesmente incontrolável. E todos os olhares... — ela parou por alguns segundos e me observou.

Sim a tensão de sempre estava ali presente... e todo esse tempo achei que isso era coisa da minha cabeça, e eu mal conseguia entender o que eu sentia agora, parecia que eu tinha corrido uma maratona porque meu coração estava tão disparado... Aquele era o momento que eu tanto imaginei, idealizei na minha vida. Acabei desviando meu olhar para seus lábios carnudos que sempre me chamavam a atenção, esperando uma continuação que ela não demorou em soltar.

— Eu... eu sei que não é algo somente carnal, já desejei que fosse só atração física, mas você me atrai de todas as formas possíveis! É imprescindível... é a primeira vez que sinto isso por alguém, até mesmo com Finn nunca foi tão intenso. E tem como algo que nem aconteceu ser intenso?  Eu definitivamente sou louca... sim, louca por você, Quinn... eu realmente gosto de ti... mesmo que de uma forma que até eu mesma considero inesperada. — Ela então parou de falar olhando em volta, aflita. Parecia ter muito mais a falar ainda, eu parei para perceber que ela sequer tocava no assunto de como nosso passado foi, ela havia me perdoado... não guardava rancor algum, e isso me fazia pensar que talvez Rachel fosse perfeita até demais para mim.

Por um momento não tive reação... afinal... ela definitivamente admitiu que gosta de mim, que quer algo comigo? Wow! EU não estava imaginado coisas, nem sonhando... E acho que minha expressão não foi a das melhores, porque ela começou a falar novamente, porém com certo desespero.

— E-eu... – ela gaguejou um pouco envergonhada desviando o olhar nervosa. — Entendo se você quiser que eu me afaste... pode jogar na minha cara que eu sou totalmente idiota e que...

— Não. - Sequer deixei ela completar aquela frase estupida. – De forma alguma, Rachel... a última coisa que você é, é idiota. Mas uma coisa eu tenho certeza, você é perfeita para mim.  

 A felicidade me ganhava por completo. Não sei como conseguia me sentir tão feliz no meio do maior desastre mundial com morte para todo lado. Eu entendia tudo o que ela tinha acabado de falar, porque também me definia.

Não sei de onde tirei calma, mas com calma eu me aproximei dela com um sorriso enorme no rosto, vendo seu sorriso ainda hesitante crescendo também com a esperança de um sentimento reciproco, que com certeza era talvez até mais do que reciproco.

Segurei seu rosto com ternura e encostei nossas testas.

— Quinn... – ela fechou os olhos agora tocando seu nariz no meu.

Então eu pude finalmente fazer o que desejava, mesmo que secretamente fazer há anos... A beijei com um carinho imenso primeiramente, mas Rachel logo procurou por algo a mais deixando o beijo, meio que, bem mais agitado. Eu entendi muito bem essa necessidade, mas eu estava me segurando um pouquinho afinal era nosso primeiro beijo. De qualquer forma não consegui evitar em acompanha-la, desci minha mão para sua cintura e a puxei com certa força fazendo nossos corpos se colarem enquanto sentia suas mãos puxando meu cabelo diversas vezes.

Paramos por um segundo para conseguir um pouco de ar e nesse meio tempo ela começou a dar beijinhos em meu rosto e desceu até meu pescoço. Estava ficando definitivamente muito quente.

Porém um barulho nos tirou desse momento incrível. Que ódio... de qualquer forma, melhor assim, não queria acabar fazendo sexo na entrada da casa da Britt... não que eu fosse fazer sexo... que isso, Quinn, calma lá.

Olhei para o lado e ali estava Leopold nos encarando com um grande sorriso malicioso no rosto.

Nunca senti tanta repulsa na minha vida toda.

Instintivamente me posicionei a frente de modo defensivo para que ele sequer olhasse para Rachel novamente.

— Hum, então quer dizer que vocês são um grupo de sapatonas, né? — Falou dando uma risada. — Acho que isso é falta de homem na vida... – completou fazendo sinal de negação, como se estivéssemos erradas.

— Acho bom você cuidar da sua própria vida. — Falei com raiva.

Então o som e paços se fez presente e uma Susan apareceu alheia a situação que se passava.

— Ei, meninas... não vão para a sala nos acompanhar? — Perguntou suavemente.

— Estamos indo, Su. — Falei tentando soar calma, e até que consegui.

— Ok, eu vou na cozinha pegar algumas coisas, estão com fome? — Neguei com a cabeça – Ta bom... achou o banheiro, Leopold? - Questionou ainda sendo simpática. Susan é um amor... Pena que não percebeu o canalha que Leopold é.

— Oh, não, estava indo quando encontrei essas duas aqui. — Falou como se nada tivesse acontecido.

— Eu te acompanhando então, é no corredor da cozinha, por aqui mesmo. — Falou Susan seguindo em frente sendo seguida por Leopold, falso! Na frente dos outros finge que nada aconteceu. Maldito.

 Me voltei para Rach que agora parecia chateada, peguei em suas mãos dando um beijo em cada uma.

— Eu definitivamente não suporto esse cara... E por que diabos ele estava te encarando com a aquela cara? Sério, não sei se vou aguentar continuar convivendo com isso. — Falei indignada enquanto ainda encarava suas mãos, eu estava feliz demais, mas como eu poderia aturar aquilo?

— Ele... – hesitou. — É só um babaca, Quinn... não vamos deixar ele interferir nisso, em nós, de forma alguma. Deixa ele para lá, nós ficamos na nossa e ele na dele, ponto final. — Completou.

— Rach... O pior é que esse babaca que invade nosso espaço... isso que aconteceu foi, ridículo... eu gostaria muito de saber se você já teve algum problema com ele.  — Questionei com o máximo de cautela possível.

— E-eu... ah. Isso é passado, Quinn. Eu digo que não importa mais, quero deixar isso no passado. Eu não gosto dele, assim como você pode ver ele é extremamente rude e mesquinho. E... — Suspirou — Não quero falar disso. — Terminou desconfortável.

— Certo... tudo bem. Não falamos mais disso. Só mantemos nossa distância. Desculpa. – Falei um pouco arrependida de ter questionado sobre.

— Não... — Suspirou. — Não precisa pedir desculpas, eu agradeço você por me entender. — Sorriu, me puxando para um beijo que dessa vez foi mais calmo.

Assim que procuramos por ar trocamos alguns olhares que falavam por si só e logo caímos na gargalhada...

— Não consigo acreditar que é reciproco. Imaginei todos os tipos de rejeição possíveis, Quinn. — Rach falou procurando um abraço apertado.

— Eu estava na mesma situação. Mas saiba que é muito mais do que reciproco. Eu entendo exatamente o que você me disse. Tudo em você me fascina, Rachel. Tudo. Até quando você fala sem parar. Eu adoro isso. E tenho sentido falta desse Rachel super animada. — Falei passando minhas mãos em seus braços com carinho. — Mesmo assim... Estou tão feliz. – Falei com a voz embargada, eu estava prestes a chorar de felicidade.

— Oh, Q. não vai chorar! Por favor! — Falou tocando meu rosto. — Eu estava tendo aqueles problemas com o passado. — Desviou o olhar. — E realmente entrei em um grande conflito aqui. — Colocou minha mão em seu coração. — E um pouquinho aqui né... — sorriu agora apontando para a cabeça. — Em relação a meus sentimentos. Fiquei entre seguir meu coração ou seguir racionalmente. Uma coisa eu me lembrei agora Q... Não posso ter medo de coisas novas ou até da rejeição. Porque, no final tudo passa. Sempre. — Agora ela tinha lagrimas nos olhos. — Nunca pensei que alguém iria sentir falta disso... sinceramente, todos parecem estar gostando do jeito que estou ultimamente.

— Não fala bosta, todos sentiram falta da tagarela do Glee Club, você é alma daquilo. — Dei uma risada me referindo a sua última frase. — E tudo passa nessa vida, o tempo cura todas a feridas, até as mais profundas... menos a de uma mãe que perdeu seu filho. — Completei tristemente.

— Ei... Beth ainda está viva. Não fale assim. — Acariciou meu rosto. — Olha, aqui. — Pegou seu celular e me entregou. — Mande uma mensagem para Shelby, se ela não responder, ligaremos para ela assim que possível. – Deu um sorriso contido.

Aquele ato podia ser o mais simples de todos, mas me fez amar Rachel, muito mais do que eu já amava...

— Muito obrigada, mesmo. — Respondi encostando novamente minha testa na dela, mas dessa vez fechando meus olhos.

Então senti um simples beijo nos meus lábios, me fazendo tão feliz quanto os outros.

— Santana—

Eu não estava acreditando que finalmente a Q. pegou a Hobbit, já estavam dando beijinhos de pombinhas apaixonadas! Não creio!

—Finalmente, finalmenteeeeee! Eu deveria cantar uma super musica agora, uma super musica gay! Até que enfim Fabray! É isso ai Hobbit! Vem cá Britt, traz o bolo também viu. — Cheguei perto delas acabando com o momento romântico. — Eu devia gravar isso! Achei que só ia acontecer quando eu estivesse idosa... — continuei rindo.

— Que bolo, S.? — Britt veio da sala perguntando confusa.

— Nenhum amor. — Ri — Só, estou brincando porque essas duas estão finalmente juntas. — Falei segurando sua mão e apontado para Q. e Rachel que estavam a nossa frente. — Vocês sabem que o show de vocês era bem visível né, qualquer um que viesse para o corredor conseguiria ver. – comentei e fui prontamente ignorada.

—Mentira!? — Britt exclamou feliz. — Que bom, meninas, agora podemos ter encontros de casal juntas! Nós quatro. – Foi abraçar as duas que estavam vermelhas e constrangidas. A cena foi engraçadíssima, não consegui evitar minha gargalhada.

— Ei, melhor você rir mais baixo, Satã. Não queremos zumbis dentro dessa casa. — Falou Q. querendo deixar de ser nossa atração principal.

— Cala a boca, Q. essa casa é tão segura quanto a tua. Tem até algumas cercas no quintal... agora, façam o favor e venham pra sala, estamos conversando aqui... Só falta vocês duas pombas. Depois vocês vão ter onde ficar, agora precisamos decidir coisas mais serias. — Terminei.

Nesse momento Susan e Leopold voltam do corredor, ela estava segurando duas bandejas com alguns petiscos.

— Deixa que eu te ajudo, Susan. — Falei logo pegando uma das bandejas, e olhando feio para Leopold que só seguiu na direção da sala como se fossemos invisíveis.

— Não precisava, mas obrigada, San. — Ela sorri agradecida. — Vamos lá. — Chamou indo em direção da sala.

Colocamos as bandejas na mesinha central e sentamos no tapete, pois todos os dois sofás grandes estavam ocupados. O pessoal estava conversando entre si, até Sr. Schue pedir atenção.

— Gente... acho que precisamos chegar em um consenso aqui. O que vamos fazer, agora que temos um lugar seguro para ficarmos e também um pouco de armamento. Precisamos decidir o próximo passo... – começou.

— Sim..., mas antes de qualquer coisa, o que conseguimos na loja? — Quinn questionou. Ela estava encostada no sofá, com Rachel sentada no meio de suas pernas essa que parecia ver algo bem interessante no celular... estava tão romântico. Engraçado era a cara de Finn para elas.

— Nós conseguimos pegar algumas armas e bastante munição... – falou Sam.

— Alguém sabe usar arma aqui? - Perguntei meio confusa, realmente para que pegar armas sem saber usar? É... Ok teríamos que aprender, andar sem armas também seria muito arriscado...

— Sam é o único que teve algumas aulas. – Fala Puck.

— Tive somente cinco aulas, no total eram dez, mais algumas de só pratica com alvos... então eu sei o básico... como segurar, mirar e etc. Posso ajudar vocês em tentar ensinar pelo menos o que sei. — O bocudo diz.

—Certo... podemos usar o jardim talvez?  — Sugeriu Puck.

— Claro que não! Não é boa ideia usar armas de fogo. Só em caso extremo, obviamente o som de um tiro vai atrair todos os zumbis que estiverem por perto somente vagando, não foi você que me disse que eles são atraídos por som?  — Rachel se pronunciou pela primeira vez deixando o celular agora de lado, nunca pensei que iria me sentir aliviada ouvindo aquela voz.

— Na verdade foi a Santana... — Puck murmurou. — Mas ok, vamos deixar isso para algum momento possível então.  

— Concordo, deixa isso para quando não estivermos mais no apocalipse zumbi Puck porque pelo amor de deus, você fica responsável pela manutenção dos carros e só. – Falei caçoando de sua incapacidade mental de matar zumbis e fui acompanhada de algumas risadas. – Ah, não esqueçam que temos alguns alimentos que pegamos na escola... — apontei para as bolças que coloquei ao lado da porta da garagem. — Acho que devíamos levar para sua dispensa depois, Susan.

— Oh, sim com certeza, é só levar para a cozinha. Infelizmente a dispensa não está muito cheia... essa semana eu tinha me programado para ir ao mercado, mas imprevistos acontecem. — Falou com pesar se referindo aos zumbis.

— Certo... então de qualquer forma temos que planejar uma ida ao mercado, para conseguir comida. Mas tem um fato além disso. Nossas famílias. — Rachel se pronunciou novamente. — Eu sei que meus pais estão em um cruzeiro... eles só chegariam em terra daqui alguns dias, então o mais provável é que estejam a salvo... agora, e vocês? — Perguntou ao resto do grupo.

— Ó, céus... — Susan falou. — É verdade... Quinn, você tem notícias de sua mãe? — Perguntou preocupada.

— Minha mãe está em Washington, Su... consegui trocar algumas mensagens com ela a alguns minutos e agora mesmo meu celular ficou sem bateria. Ela me disse que lá, os militares estão conseguindo manter grande parte da população a salvo. Fizeram quase que uma base, ou melhor, cercaram a cidade e estão tentando impedir que o vírus se espalhe. — Completou encostando o queixo na cabeça de Rachel.

— Oh sim... isso é ótimo! Eu vi algo sobre isso na Tv... Washington está protegida... o grande problema é que é uma grande distância de Ohio até lá, principalmente de carro.

— É verdade, Susan. — Sr.Schue começou. — Mas por acaso falaram de alguma outra cidade que estão protegendo que seja mais perto daqui? Não é possível que as forças militares tenham ajudado somente uma cidade.

— Então... Tem Boston, e algumas outras que ficam do outro lado do país. Ou seja, uma distância muito maior do que Washington. — Ela reprimiu os lábios como se dissesse “não temos outra escolha aparente. ” E Sr. Schue só concordou. — Mas vamos primeiro resolver com a família de todos vocês, depois podemos pensar nisso. — Falou olhando em volta então parando seu olhar sobre mim. — E você San, me diga, tem notícias?

— Não sei, Susy... — Falei com um apelido carinhoso que adoto em alguns momentos. — Não consegui contato via celular... e na verdade nem sei onde minha mãe estava. — Falei com pesar, tudo em relação a minha família era um desastre, não sei como eu não era extremamente traumatizada. Mas Susan sabia muito bem dos meus problemas familiares, ela era um grande apoio que eu tinha encontrado, outro presente que veio junto com Britt.

— Ah, querida... isso é uma pena, podemos ir a sua casa, talvez ela esteja lá... — eu concordei sem muito entusiasmo, minha mãe não aparecia em casa a dias.

— Bom... Nós queríamos falar uma coisa pessoal. — Mike se apressou assim que um silencio quase constrangedor se instalo na sala. — Eu e Tina queremos ir para nossas respectivas casas, conseguimos entrar em contato pelo celular com nossas famílias... E sei que eles estão vivos. — Deu um pequeno sorriso, com um certo pesar. — Então queria agradecer todos por tudo, antes de ir.

— Somos muito gratos pelo Glee e tudo mais. Obrigada Sr.Schue. — Dessa vez tina falou, já de pé ao lado de Mike.

— O que? Não. Como assim? Vocês querem sair assim só vocês dois? — Mercedes falou incrédula. Eu também não estava acreditando no que esses coreanos estavam falando não.

— Mas, isso é muito perigoso. Não posso deixar vocês irem Tina. De forma alguma... Mike... — Sr.Schue começou.

— Não... eu vou, vocês querendo ou não... não me importo de vou ficar pouco, mas quero meus últimos momentos com minha família ou pelo menos tentando chegar a eles. —Mike falou olhando em volta. — Me desculpem pessoal. Mas é quase como uma tradição, vou estar com eles todos os momentos difíceis. Mesmo vocês sendo minha segunda família.

Todos da sala pareciam incrédulos, menos Leopold que lia uma revista sentado no braço do sofá e Antony que por sua expressão parecia não entender muito o que estava acontecendo.

— É muito arriscado! Tina, você também vai mesmo assim? — Falou Blaine choroso. Quase esqueci que ele e Kurt estavam conosco, estavam até agora vivendo em um mundo só deles.

— Sim... nós sabemos que não é a melhor escolha em si..., mas já estamos no fim do mundo pessoal... e se tudo ainda der certo temos chances de nos encontrar futuramente. Acho que como vocês estavam falando, essas cidades que estão sendo protegidas são lugares que devemos procurar ir. – Terminou.

— Nossa...  Certo. Mas vocês já querem ir agora? Daqui algumas horas vai anoitecer. Vocês pelo menos moram perto? — Quinn perguntou incrédula.

— Se vocês realmente vão, então pelo menos peguem meu carro e vão em segurança. — Susan levantou e entregou a chave que estava em cima da mesa central para Mike.

— Obrigado Sra. Pierce. — Falou agradecendo. — Nós realmente vamos agora. Principalmente antes que anoiteça... enfim. Muito obrigado a todos. Foi muito bom ter participado de algo tão especial como Glee. — Eles começaram a abraçar cada um dos membros que estavam presente. Inclusive a mim.

Depois de uma longa despedida com Mercedes, Rachel, Kurt e Blaine chorando eles se foram, Sr.Schue estava quase chorando também.

— Mal consigo acreditar que eles tiveram realmente coragem de fazer isso. — Fungou Kurt. — Eu estou muito preocupado com nossos pais, Finn... mas moramos do outro lado da cidade, o que vamos fazer? —Se direcionou ao bonecão de posto.

— Não sei. Não consegui ligar para eles. — Finn respondeu.

— Bom, só podemos esperar que eles cheguem lá bem... — Sr. Schue falou. Nesse mesmo momento a energia acabou. — Isso é um péssimo sinal... é bom que tenhamos lanternas para iluminação noturna... porque eu tenho plena certeza de que ninguém vai arrumar o problema com energia. — Falou entortando a boca em sinal de decepção.

— Bosta. — Susan sussurrou. — Por sorte tenho duas lanternas aqui em casa, mas me parece mais interessante conseguirmos algum lampião em algum hipermercado que vende de tudo. – Completou em voz alta.

— Sim. É uma boa ideia, o problema é conseguirmos ir a um hipermercado Susy. Quando formos acho que vocês podem passar na casa de vocês, Kurt, porque o único mercado desse tipo que eu conheço fica também do outro lado da cidade. E infelizmente sem energia não temos em internet nem forma de carregar nossos celulares. — Rachel falou decepcionada.

— Verdade... Af, isso é péssimo, sem formas de comunicação. — Kurt disse chateado.

— Gente, eu estava aqui pensando, e pelo jeito não tenho cama para todos. — Susan começou. — Lá em cima tem três quartos contando com o meu. Todos com cama de casal... nós estamos em quatorze. Contando com um coxão inflável de casal e os sofás tenho dez lugares para vocês dormirem. Quatro pessoas vão ter que dormir no chão... eu obviamente vou dar para vocês algumas cobertas para forrarem...

— Oh, sem problemas..., mas eu já logo digo que vou dormir em alguma cama lá em cima. Pode deixar Puck no chão. — Comentei rindo.

— Ow... — reclamou. — Não quero dormir no chão... aceito um sofá poxa... — falou fazendo cara de choro.

— No chão eu que não durmo. Esse sofá aqui, é meu. Tire o olho vocês. — Leopold se pronunciou batendo no sofá. Ugh, insuportável.

— Bom. Nada mais justo do que, eu e Leopold dormimos nos sofás, e vocês que são mais jovens se virar no chão, não acham? — Sr. Schue disse com um meio sorriso.

No final das contas ficou decidido que Sam, Finn, Antony e Puck dormiriam no chão da sala, Q. e Rachel ficariam na mesma suíte que a gente, com o tal coxão inflável, felizmente o quarteto mais gay da cidade! Depois de discutirmos mais coisas, estudamos o mapa da cidade vendo como poderíamos ir ao hipermercado no dia seguinte, fomos para a cozinha guardar o que conseguimos na escola e assim que anoiteceu Susan distribuiu algumas velas pela casa para manter a casa pelo menos um pouco iluminada e mandou todos para seus respectivos “dormitórios” deixando também uma lanterna com nós quatro e outra na sala com o pessoal.

Quando você subia as escadas na casa de Britt, a sua esquerda ficava o banheiro e o quarto de hospedes que se diferenciava dos outros porque não era uma suíte, nesse quarto Kurt e Blaine iam ficar e depois no corredor da direita tinha o quarto de Britt e de Susan, essa que aceitou dividir a cama com Mercedes... não sei como, coitada. Primeiro fui ao banheiro e assim que entrei no quarto de Britt encontrei Quinn e Rachel aos beijos enquanto minha Britt fuçava em seu armário parecendo alheia a esse fato. E tudo isso a luz de velas, era quase romântico, se não fosse ridículo.

— Ei vocês duas, arranjem um quarto! – Falei com um tom de falsa irritação.

— Sant, deixa elas... você também adora me beijar, qual o problema? — Falou Britt rindo.

— Não vem com essa para cima de mim, B, não fico te beijando na casa dos outros assim não. Ainda mais quando a dona da casa está presente no mesmo quarto! — Continuei provocando deixando as duas que agora tinham se distanciado um pouco vermelhas.

— Verdade... que feio, meninas. — Falou ainda rindo enquanto pegava roupas no seu armário com a intenção de emprestar para Q. e Rachel. — Olha, Rach, vai ficar um pouco grande, mas acho que você pode usar como pijamas. Vou deixar aqui em cima da cama, quando nós formos dormir, vocês pegam.

— Tudo bem Britt, agradeço você por me emprestar, não vejo problema nenhum nisso. — A anã respondeu sorridente. — Ah, Britt! Ouvi dizer que você tem um gato... cadê ele? — Questionou logo em seguida.

— Está lá em baixo, tenho que trazer ele para o quarto afinal, não posso perder ele de vista... você gostaria de me acompanhar? Não gosto muito desse escuro... — falou meio sem jeito.

— Ah, mas é claro, Britt! — Falou com ternura. — Eu levo a lanterna com a gente, mesmo sua mãe tendo colocado vela em todos os lugares... — murmurou, Rachel fez questão de dar outro beijo em Quinn. — Logo voltamos.

— Não vai acabar com a bateria dessa lanterna, hein. — Provoquei fazendo Rachel me xingar antes de sair do quarto. — Toma Q. vai encher seu coxão, afinal quem vai dormir nele são vocês. — Falei jogando a caixa na mão dela.

— Ei! Vai com calma. Não estava preparada, nem consigo enxergar direito... é difícil se acostumar com pouca iluminação, ok? — Reclamou tirando o coxão de dentro da caixa e colocando no chão ao lado da cama de Britt.

— Claro que não né, estava aí babando olhando pra porta como se a Berry ainda estivesse ali olhando pra você, nem vem com essa de iluminação pra cima de mim, cê acha que eu não sei? – Dei uma risada enquanto me sentava na cama observando ela encher o coxão de ar.

— Sant... você nem me deu tempo de explicar o que aconteceu ainda. — Falou com um sorriso, a felicidade da garota era tanta que nem eu conseguia me conter por ela.

— Não, calma, não quero saber. Já sei tudinho! Você jogou ela na parede e falou “Berry eu sou louquinha por você” aí ela não resistiu e te beijou. — Gargalhei imaginando a cena.

— Pior que... quem teve a inciativa foi ela. — Comentou levemente envergonhada, aumentando meu ataque de risos.

— E eu achando que tudo isso já era impossível de acreditar, você me fala que não teve coragem de ter atitude, Fabray? — Fingi limpar lagrimas de tanto rir. — Então quer dizer que, Berry te jogou na parede e te tascou um beijão? Caraca Q. essa me deixou pasma.

—Sabe que quando eu estava prestes a ter uma ação, alguém me interrompeu numa certa sala de coral... – falou com os dentes serrados.

— Ui ui, agora a culpa é minha? — Dei uma risada maldosa. — Nem era uma boa ideia você falar isso pra ela lá... você queria todo mundo assistindo vocês duas se pegando loucamente?

— É, pensando assim... — ponderou. — É melhor você tirar esse sorrisinho do rosto, Santana! — Reclamou então voltando sua atenção para o coxão.

— Aí, poxa... não consigo me conter, você está irradiando viadagem Q. — ri um pouco mais.

Era muito bom ver Quinn daquele jeito, a mudança foi visível... qualquer um que a conhecia bem conseguia identificar uma diferença nela. Nunca pensei que aquela Anã realmente teria um efeito tão grande. Mas era algo interessante, era exatamente o que B. conseguia fazer comigo... me tornar alguém, nem que só um pouquinho, melhor.

E Quinn nunca vou alguém ruim, todos somos humanos e erramos, mas por Rachel ela fez questão de realmente mudar sua forma de agir e pensar deixando de ser aquela líder de torcida mesquinha que um dia já foi.

Ela olhou para a porta aberta como se checasse se tinha alguém, levantou e a fechou encostando na mesma logo em seguida.

— San... Rachel está me ajudando em relação a Beth, digo, ela me deu o contato de Shelby... — seu semblante ficou um pouco mais triste.

A tempos Quinn tentava contato com Shelby, mas a mesma não queria muito que Beth convivesse com sua mãe biológica que era supostamente má influência.

— Oh, Q. isso é ótimo... você tentou ligar para ela? Mandou alguma mensagem? — Esse assunto precisava ser tratado com muito cuidado... se tinha algo que afetava Quinn, era Beth... e a Hobbit também. Era ótimo Rachel se mostrar presente e ajudando Quinn nisso.

— É, sim, mandamos uma mensagem do próprio celular de Rachel... e bom estamos à espera da resposta... não tenho como saber se ela recebe ou não..., mas agora só nos basta esperar... o pior é que estamos sem a merda da energia... e aparentemente o celular de Rach não vai durar muito. — Falou um pouco irritada.

—Calma, Q. vai dar tudo certo, amanhã se conseguirmos energia no hipermercado nós resolvemos isso. — Tentei conforta-la.

— Verdade... espero que nós tenhamos sucesso amanhã... ah, outra coisa San... eu perguntei a Rachel se tinha acontecido algo em relação ao Leopold. E ela me disse que queria esquecer isso. — Comentou, e pude ver em seus olhos uma grande preocupação.

— Caraca... então quer dizer que realmente tem algo ai! Que merda. O pior é que ninguém enxerga o babaca que esse cara é. Sr. Schue sempre acaba meio que defendendo ele e para ajudar, agora ele se aproximou mais da Susy. — Falei me levantando e andando de um lado para o outro dentro do quarto.

— Mas ela me pediu para deixar isso de lado. Ela não quer pensar nisso, seja lá o que for. Eu só realmente tenho esperanças de que ele não tenha assediado ela. Não sei como não meti um soco na cara dele ainda. — Sentou de novo no chão com certa irritação.

— Calma Q., nem sei como eu não chutei a boca daquele sujeito. Afinal, por que continuamos aturando ele?  — Questionei, pensando em realmente jogar ele para fora da casa e deixar ele apodrecer no inferno que estava nas ruas de Ohio.

— Você acha que concordariam com isso?  Nem... — Nesse momento a porta foi aberta e Rachel entrou conversando animadamente com Britt que estava com Lord em seus braços.

— Isso mesmo Quinn, termina logo de encher isso. — Falei dando uma risada meio sem graça, tentando disfarçar nosso clima meio tenso.

— Sabe Satã... é uma graça ver você chamando sua sogra de Susy. — Fabray falou rindo enquanto voltava a encher o coxão.

— Urg, cala essa boca. — Xinguei. — Termina esse negócio logo, amanhã vai ser um longo dia. Planejamos acordar cedo, não se esqueça que vamos ter que atravessar essa cidade, cheia de zumbis, para ir naquele tal hipermercado, correndo sérios riscos de morte e também a chance de aquele mercado já estar vazio. — Falei ainda irritada. Eu sei que ta acontecendo um apocalipse zumbi. Mas ninguém merece acordar cedo pra tudo isso. — Nossa... falei tanto agora, me senti como você, Berry. — Ela revirou os olhos irritada com minha pequena provocação me fazendo rir.

 — Calma San, vem cá. — Britt deixou o gato com Rachel que estava sentada na cama e veio em minha direção me abraçar. — Sabe que não temos outra escolha, sem reclamações, vai... você realmente está ficando pior do que Rachel! — Nessa hora Berry colocou a mão em seu peito fazendo a maior cara de ofendida possível me fazendo gargalhar de novo junto com Britt. — Por acaso roubou toda a capacidade dela de falar sem parar? — Questionou fazendo um biquinho que não consegui resistir em beijar.

— Você vai continuar aí só enchendo o coxão sem sequer me defender, Quinn? — Rachel falou com falso tom de decepção.

— Aí vocês duas, arranjem um quarto. — Escutei Quinn supostamente imitando minha voz seguida dá risada escandalosa de Rachel.

— Quietas vocês duas, pelo menos estou beijando a proprietária da casa no quarto dela! — Dei ênfase no “dela” recebendo outras risadas como resposta.

— Vou dizer que na verdade, a casa é toda nossa, inclusive delas, San. Então estão livres para ter beijinhos em qualquer cômodo da casa. — Britt respondeu, atrevida!

 — Ah, mas você é! — Gargalhei ao mesmo tempo que fazia cocegas em sua barriga.

— Para, San, sabe que te amo. — Deu vários beijinhos em meu rosto e foi se sentar com Rachel que nos observava com um sorriso no rosto, dava para ver que a nariguda estava bem melhor do que antes..., mas esse lance todo com Leopold ainda me deixa intrigada, vou descobrir isso de alguma forma.

— Eu também, meu amor... — respondi sorrindo um pouco.

— Awwwwn, que amor, Santana sendo amável de novo, viu Rach é a gente vir para cá que conseguimos enxergar o amor que Santana é! Chamando a sogra por apelidos fofinhos... falando muitos eu te amo... — Quinn começou a me encher novamente, e eu só consegui ouvir gargalhadas de Rachel e Britt.

— Fabray. Termina isso logo. E você Hobbit, trate de para com esses seus risinhos. — Falei com fingindo autoridade me encostando na escrivaninha que havia no quarto.

— Eu sei que você não é de ferro, Santana, sei que não... – escutei Rachel murmurar docemente acariciando o gato.

Talvez ela estivesse certa. Só talvez mesmo.


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Notas finais do capítulo

heyeye, espero mesmo de corasaum, que vocês tenham gostado de como as coisas estão indo... Espero comentários, viu?
Estão curtindo faberry? Brittana? Querem algo a mais? me esqueci de algo?
Eu reli esse cap umas 600 vezes... e realmente espero que não tenha nenhuma falha... Mas se tiver, me perdoem :D
Bom... se gostaram desse cap, saibam que os proximos caps podem ser infelizmente um pouco mais sombrios uheuhehehe
Um abração! Comentem, plz. Até mais.