O Sonho De Uma Imperatriz escrita por Kori Hime


Capítulo 1
O sonho de uma Imperatriz Pirata (Capítulo Único)


Notas iniciais do capítulo

É capitulo unico, não tem continuação, é classificação livre, não tem emoções fortes, não seja pervertido. Não consigo escrever e dificilmente ler historias com o Luffy fazendo sexo, então se esta esperando por isso, feche a pagina KKKKK
Continuando, boa leitura :D



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Os anos passaram desde que o bando do chapéu de palha deixou a ilha dos tritões para se aventurarem no Novo Mundo. Eles viveram aventuras incríveis e realizaram seus sonhos, atravessando os mares mais perigosos. Agora, Luffy, o rei dos piratas, buscava novas aventuras.

 

— Eu já disse que não vou me casar com você, Hancock. – Luffy rasgou um pedaço da carne com os dentes, salientando que chamá-la pelo nome não quer dizer que eles tinham uma relação séria, porque, senão, ele já teria se casado com Nami, Robin, Vivi, etc...

— Como você é cruel! – Boa pôs a mão na testa, dramática como sempre. Estava sentada do outro lado da mesa onde foi servido um banquete para a tripulação do chapéu de palha, que havia retornado para uma antiga ilha que visitara há alguns anos no Novo Mundo.

Monkey D. Luffy completava vinte e nove anos naquele dia.

— Onde foram todos? – Luffy olhou ao redor e se deu conta de que estava a sós com a Imperatriz dos Piratas, que nome apropriado ela ainda sustentava. Posto esse que jamais nenhuma mulher ousou tirar.

— Devem ter ido lá fora ver os fogos de artifícios. – Hancock falou sem importância, sentia seu coração bater de tal maneira que parecia que ia saltar pela boca. Estar sozinha com Luffy, como aconteceu há anos atrás quando ela o levou para Impel Down. Ele apertando as mãos em torno de seu corpo. Foi tão excitante e mágico que desejava repetir a dose outra vez.

Mas essa vez demorava para chegar.

Boa segurou as bochechas, e sua imaginação fértil ganhou vida. Ela abriu os olhos e Luffy já não estava mais lá, deu um salto da cadeira que ocupava à procura dele.

Luffy estava parado em frente à janela do casarão que ficava no alto da vila, onde tinha uma vista perfeita para toda a ilha. O lugar era lindo, e tinha um clima tranquilo. A vila estava em festa, comemorando o aniversário do rei Pirata. E Luffy, como foi prometido, teria todas as carnes que pudesse comer.

Hancock aproximou-se dele, um tanto tímida, mas logo deu atenção para o espetáculo de cores que abrilhantava o céu com um por do sol esplêndido. Assim como em seus sonhos. Sozinha com seu amado marido, e os fogos de artifício iluminando o amor dos dois...

— Oh! Luffy. – A Imperatriz se desmanchou toda.

— Quê?

— Você acredita que sonhos impossíveis podem se realizar? – Ela o olhou com os olhos brilhantes, apertando os lábios, trêmula.

Luffy piscou os olhos devagar, deixando de admirar as luzes no céu. Virou-se para Boa Hancock, pensando em como ela não desistia nunca. Mesmo recebendo um não como resposta diversas vezes. Era uma mulher atraente, afinal, era inteligente e poderosa. Tão forte quanto as mulheres que conheceu em sua vida. Talvez a mais forte delas.

Mas romance era algo que Luffy não sabia lidar com muita destreza e não queria ser o motivo de sofrimento de alguém.

— Boa... – ele suspirou, sem saber mais o que dizer. – Eu estou seguindo o meu sonho, e nele há espaço para uma amiga. – Ele olhou novamente para a janela, e sorriu para ela. – Você é tão bonita, deve achar alguém legal pra casar.

Luffy acariciou o rosto dela, e deu-lhe um beijo nas maçãs coradas, deixando-a sozinha. Ele achou que a festa estava muito mais divertida do lado de fora.

Hancock paralisou.

Ficou ali, estática, durante alguns minutos olhando para o nada. Ouvia repetidas vezes em sua cabeça, Luffy lhe chamar de Boa, quando que ele a chamou assim? Nunca!

E ainda, arrumar alguém legal para se casar?

— Legal... legal? – Hancock inclinou a coluna para trás, esticando o braço e apontando para a janela. – Eu sou a Imperatriz Pirata, Boa Hancock. Não me casarei com alguém simplesmente legal. Eu me casarei com o Rei dos Piratas. Monkey D. Luffy. Quer ele queira, ou não.

 

O navio das piratas Kuja estava ancorado ao lado do Sunny, no pequeno porto da Ilha das Conchas. Boa Hancock não queria comer, beber, nem receber a visita de ninguém. Estava trancada em seu quarto no navio há horas. Todas estavam preocupadas com ela, porém, respeitaram seu pedido de ficar sozinha.

As palavras de Luffy não saíram da cabeça dela. Soube que o bando do chapéu de palha iria partir logo pela manhã, em busca de novas aventuras. Hancock não iria deixar aquele navio partir. Não antes de ter uma conversa séria com o capitão. Ela chamou alguém para que enviasse um recado a Luffy, pedindo para que ele a procurasse imediatamente. O recado foi dado, e logo mais a noite o capitão apareceu no navio das piratas, não foi imediatamente, mas ele apareceu.

Sanji queria muito acompanhá-lo, mas levou um soco tão forte de Nami, que ele desistiu na hora. Na verdade, não desistiu, mas mudou de ideia por algum tempo.

Quando Luffy chegou, as piratas desesperadas informaram que Hankock não parecia bem. Luffy, preocupado, achando que ela poderia estar doente, foi logo ver como a Imperatriz estava.

Encontrou-a sentada sobre a Serpente.

— Ué. Me falaram que você estava doente. Parece bem saudável para mim. – Ele entortou a cabeça e coçou o queixo, os fios de barba cresciam em desordem.

— Eu estou em perfeitas condições. – Hancock se levantou e caminhou até Luffy,

— Você está estranha.

— Acha mesmo? – já estava quase se derretendo toda quando Luffy respondeu.

— Se tivesse ficado na festa ontem à noite, estaria melhor. – Ele deu seu melhor sorriso e Boa não tinha armas contra aquele sorriso.

— Oh! Luffy. Por que me trata dessa forma? – Dramatizou, levando uma das mãos a testa.

Luffy, por sua vez, desviou da Imperatriz e foi na direção da mesa de comida.

— Eu não entendo você, Hancock. – ele caminhou pelos aposentos da Imperatriz, enquanto ela o admirava a luz da vela acessa. O homem que se transformou no rei dos Piratas. Conquistou ilhas, aliados, inimigos poderosos. E em todos esses anos, ele não havia mudado. Continuava justo, forte. Boa nunca o achou ingênuo, mas sim puro de coração.

— O que você não entende?

Ela continuava sentada, observando-o. Luffy parou diante de um quadro de um mapa preso a parede.

— Por que eu? O que você viu em mim? Sou uma pessoa como qualquer outra. – Ele a olhou.

— Você não é como qualquer outra pessoa. Você é o Rei dos Piratas.

— Ah é! – disse despreocupadamente. – Mas, fora isso.

Hancock se levantou e caminhou devagar até Luffy. Ela estava descalça, e pisava na madeira fria do navio, quase que nas pontas dos pés. Seus cabelos soltos e finos caíam em suas costas, a saia se movia conforme suas pernas trançavam o caminho até o rei.

— Porque você é especial. É o único homem que eu confio. – Boa levou as mãos ao seu peito, sentia o coração disparar.

— Zoro, Sanji, até o Usopp são homens confiáveis. – Ele respondeu.

— São seus homens de confiança. Mas para mim somente um homem é digno da minha confiança e do meu amor eterno.

Luffy sorriu. No começo achava aquelas coisas que Hancock falava fossem bobas. Depois de uns anos o incomodava não poder retribuir o sentimento. E agora. Agora ele não achava ainda que pudesse retribuir. Mas quando a ouvia falar daquele jeito, sem o teatro todo e as dramatizações. Quando era Boa Hancock quem falava, com sua sinceridade absurdamente doce, o rei dos piratas sentia algo criar vida em seu peito.

Uma chama se acendia.

— Acho que não adianta eu citar o Brook, Chopper e Franky. – Ele ainda sorria para ela, captando as cores mudarem em seu rosto. Ficando mais corada. – O que faz de mim tão especial assim?

A imperatriz girou o corpo e foi em direção a cama. Sentada, ela olhava fixamente para um ponto qualquer. Luffy permaneceu em pé, ao lado do mapa pregado a parede de madeira do navio. Ele tinha a impressão de tê-lo visto em algum lugar.

— Suas ações. Elas são a maior prova de que é um homem único. Me diga, porque você não revelou o conteúdo do baú de Gol D. Roger? Por que você não contou a todos o significado do One Piece? Que tesouro era esse que você preferiu esconder no mundo ao invés de mantê-lo seguro em seu próprio navio?

— Por quê? – Luffy se aproximou de Hancock. – Minha vida mudou desde que eu decidi ser um pirata. Muitos homens e mulheres assim como eu correram perigo e se fortaleceram em busca do One Piece. Quando eu cheguei lá, no fim do mundo, percebi que estava ali graças aos meus companheiros, aliados e aos inimigos também. Eu vivi aventuras e sofri também, porque perdi pessoas que amava, inclusive o homem que me deu esse chapéu. Eu fui tão longe, porque não estava sozinho.

— Mas o título de Rei dos Piratas você manteve.

— É um título pelo qual eu sonhei por anos. Só que o mais importante que meu sonho ter sido realizado, é manter viva a herança de Gol D. Roger. Para que novos piratas sonhem como eu. Seria egoísmo guardar o baú no meu navio. Já que o maior tesouro, eu conquistei e estão sempre ao meu lado.

Hancock se levantou da cama e ficou em pé, de frente a Luffy. Ela levou a mão até o rosto dele. Os cabelos estavam bagunçados, o chapéu de palha gasto, caído sobre suas costas. Boa o acariciou, a pele queimada pelo sol que fazia nos mares daquele mundo. Suas mãos desceram pelos ombros e os braços fortes. Eles se olharam em silêncio por alguns segundos.

— Veja, então, porque acho que é um homem especial. Qualquer outro capitão pirata revelaria o conteúdo daquele baú. Qualquer homem ou mulher, que tivesse em mãos o segredo do One Piece, iria se gabar por tê-lo. Mas você Monkey D. Luffy. Você fez melhor.

— Eu só fiz o que achei certo.

— Sim. E eu o amo por isso.

Luffy segurou as mãos de Hancock e beijou seus dedos, delicadamente. Ela estremeceu, até a ponta dos pés

— Você é forte. É decidida e eu a admiro muito.

— Mas não me ama!

— Não diga isso tão dramática, Hancock. – Ele soltou as mãos dela.

— E como devo reagir ao ter meu coração despedaçado?

— Eu não sei como isso funciona. Quando estou triste eu como carne.

Ela suspirou. Luffy era um homem difícil, mas o amava demais para desistir. Finalmente quando o silêncio já estava cansativo, Luffy perguntou de onde era aquele mapa.

— Esse é um antigo mapa. Diz que é a ilha onde a primeira mulher nasceu. Somente depois foi levada para Amazon Lily. Uma lenda, não é real, apenas histórias.

— Lenda? – Luffy coçou o queixo. – Uma vez me contaram sobre uma lenda e eu fui parar no céu por causa disso. – Luffy segurou a mão de Hancock e a levou até o mapa. Ela sentiu o coração retumbar com a proximidade. – Me fale mais sobre essa ilha.

— A história diz que uma descendente retornará para a ilha, seguindo os passos de sua antepassada, e lá, ela encontrará o maior tesouro que uma mulher pode desejar.

— Qualquer coisa que ela desejar vai realizar na ilha?

— Sim, qualquer coisa impossível. Mas não existe nenhuma rota conhecida nesse mapa. Pode estar em qualquer lugar no mundo.

— Eu viajei todo o mundo, Hancock. E nele não encontrei nenhuma ilha como essa.

— Então ela não existe.

— Pois eu digo o contrário. – Luffy apertou os dedos entrelaçando com os da imperatriz. – E se ela não existe nesse mundo. Pode ser que exista em outro. – Ele a olhou animado, com um sorriso iluminado nos lábio. Boa podia traduzir aquele olhar excitado.

— O que pretende fazer?

— Bem, eu já tenho um mapa e uma descendente de Amazon Lily com um desejo impossível. Um ótimo navio, uma navegadora que desenhou o mapa de todo o mundo, o melhor espadachim. Um guerreiro forte e corajoso, e mentiroso. O cozinheiro com mais habilidade de todos os mares. O melhor médico, a mulher mais inteligente do mundo, um carpinteiro capaz de fazer robôs gigantes, um músico que nos diverte e agora... Acho que nada me impede de procurar um novo mundo e novas rotas.

— Luffy...

— Mas você terá de vir comigo. – Luffy a girou, fazendo Boa ficar de costas para o mapa preso a parede. – Você viria comigo?

— Eu, eu... – Hancock fechou os olhos. Sentindo as mãos de Luffy apertarem suas mãos. Mas era tão obvio que ela jamais o deixaria na mão. – Sim. Eu vou.

— Ótimo! – Luffy tirou o mapa da parede e o enrolou. – Vou juntar o pessoal para fazer uma reunião. A Nami e a Robin com certeza vão decifrar esse mapa. Quero partir o mais rápido que for possível. – Luffy queria ir logo dar a notícia para seus nakamas, ele já estava de saída quando retornou a Hancock. – Eu acredito que sonhos impossíveis podem se tornar realidade, Hancock. E você?

Ele partiu.

Hancock permaneceu no mesmo lugar que estava, seu coração batia tranquilamente. Seu corpo não tremia e nem sentia o calor queimar a pele. Ela nunca se sentiu tão próxima de seu sonho como naquele momento.


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Notas finais do capítulo

Final, se acha que te emocionou de alguma forma, me diga o que achou no comentário aqui embaixo.
Beijos, até a próxima pessoal ♥