Beauty And The Beast escrita por Annie Chase


Capítulo 42
Continuando a história


Notas iniciais do capítulo

Eu sei. Eu provavelmente sou uma garota morta, mas antes que eu possa me defender ou sair correndo, acho que mereço uma chance de me justificar. Não, eu não abandonei a história e nem fiz isso de maldade ou coisa parecida, mas estive me reabilitando de um problema no braço, devido a digitação. Mas eu estou bem agora, porém tive de passar esse tempo afastada, além do fato de meu PC ter ido dessa para uma lata de lixo. Espero que gostem, não estou em minha melhor forma, mas amanhã prometo postar "UM CAPÍTULO MELHOR", uma vez que esse é apenas um capítulo de continuidade. Okay?



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Pov: Narradora.

Percy colocou-se de pé cambaleante, lutando para manter o equilíbrio e começar a andar como uma pessoa normal. Sentia-se melhor, quase revigorado por completo. Tivera de se virar com o que tinha na floresta, sem arriscar, é claro, ser visto por algum camponês ou caçador perdido. Sua máscara fora destruída com a fuga e provavelmente agora encontrava-se queimada em algum pedaço do caminho que fez correndo até o lugar que ocupava agora.

Os ferimentos em sua pele estavam quase cicatrizando totalmente, na falta de néctar e ambrosia, a água de um rio próximo veio muito bem a calhar, além de, é claro, a eventual ajuda de umas ninfas da água. Ele supunha que cinco ou sete dias haviam se passado desde que a mansão fora invadida. Durante esse tempo, só conseguira pensar em Annabeth, o que, mesmo sendo nobre, o fez perder tempo e negligenciar sua própria recuperação.

Percy não sabia dizer ao certo onde estava, mas algo o mandava seguir para o norte -talvez fosse apenas um palpite, ou talvez seus instintos meio-sangues estivessem voltando a se comportarem como deveriam. -Imaginou que teria, no mínimo, mais três dias de caminhada até chegar a cidade e depois, bem, ele deveria dar um jeito de encontrar Annabeth e em um plano ainda mais arriscado, teria de levar sua esposa para longe e em segurança.

Mas ele não sabia que procurar Annabeth não seria a parte mais arriscada de seu plano, na verdade, a pior parte ainda seria praticamente roubar a moça das garras do pai. Em parte porque a cidade não seria nem um pouco amistosa com ele e em parte porque Percy desconfiava fielmente que seu sogro não era mais algo "humano" . Ele não sabia explicar direito, mas o fato de Frederick Chase tê-lo atacado daquela forma e mostrado seus assustadores olhos dourados era mais do que a comprovação necessária para saber que precisava levar Annabeth para casa -mesmo não tendo certeza se ainda poderia chamar outro lugar de "casa".

Juntou em uma sacola tudo o que tinha colhido na floresta e se prestou começar uma longa caminhada. Sabia que não poderia fazer isso sozinho, mas encontrar Rachel e Nico, no momento, não era mais sua prioridade. Mesmo assim, contava com a sorte para encontrar os dois no meio do caminho.

...

Dias antes...

Frederick Chase não era mais um homem normal. Até certo ponto ele estava plenamente ciente de que não era mais o mesmo, mas outra parte ainda conseguia deixá-lo quase que completamente inerte sobre o que estava fazendo, era essa parte que o controlava. Suas ações, suas necessidades e carências estavam todas agora voltadas para um único feito maior: servir sua nova senhora. É bem provável que nem mesmo lembre de como foi parar naquela situação, em parte porque não sabe o que está realmente ocorrendo e em parte porque seu mergulho foi tão profundo que não sabia mais voltar à superfície, apenas afundava cada segundo mais.

Sua senhora pedia encontros periódicos, nestes ele deveria relatar a situação e ouvir as análises e novas ordens que ela fazia questão de dar logo que ele terminava. Sempre que encontrava com ela, tinha ainda mais certeza de que estava sendo consumido pelo poder da deusa. Sim, alguém tão poderosa e cativante como ela só poderia ser uma deusa, mas não pura e delicada como Atena, da pele dela exalava uma força maligna e, ao mesmo tempo, sedutora.

Mas quem era ela? Por que tinha tanto interesse em sua filha? Ou, para ser mais preciso, em acabar com a relação que mantinha com Perseu?

No último encontro ele ainda teve o atrevimento de perguntar a ela a questão que mais o incomodava:

–Quem é você?

A mulher lhe sorriu, era jovem, bela, dona de cabelos castanhos longos e lisos, olhos escuros, pele morena clara e um sorriso um tanto quanto cínico. Se fosse mais jovem teria se encantado por ele, assim como por Atena, mas mesmo pouco consciente do que fazia, ainda sabia que não devia se meter com aquela mulher.

–Você logo saberá. -ela disse e logo depois sumiu em uma luz forte, que obrigou Frederick a cobrir os olhos, deixando para trás apenas o cheiro de maresia.

Ele voltou para casa ainda sem suas respostas.

Mas ele logo as teria. No momento deveria voltar para a casa e continuar com o teatro, fingindo ser um homem normal. Queria mais do que tudo voltar a ser o homem que costumava ser. Sua filha precisava dele, sua mulher também e mesmo que fosse quase um monstro agora, deveria manter as aparências para protegê-las de tudo. Antes de mais nada, pelo menos, ele ainda era responsável por muita gente, sendo servo, ele poderia fazer parte dos dois mundos -apesar de não aproveitar nenhum.

...

–Temos de contatar os dois! -exclamou a ruiva enquanto andava de uma lado para o outro rapidamente.

–Não podemos, ainda estamos sendo procurados pela cidade inteira, só os deuses sabem o que o pai de Annabeth disse aquelas pessoas sobre nós. -respondeu Nico calmo, eles já tiveram aquela conversa muitas outras vezes.

–E você acha que eu já não sei disso? Não importa! Annabeth está presa naquela casa e eu não faço ideia se Percy está vivo ou morto, já faz uma semana... -ela disse perdendo o fôlego na última frase, estava trêmula, já a algum tempo tentava convencer Nico a sair em busca de Percy ou mesmo dar sinal de vida para acalmar Annabeth.

–Eu entendo sua posição e você deve saber que eu também quero encontrá-los, mas simplesmente não podemos dar bandeira agora. Finalmente encontramos um lugar relativamente seguro para passar o tempo sem chamar a atenção de monstros, então, por favor, vamos ao menos respirar e nos estabelecer um tempo até que possamos mesmo procurar por eles sem risco.

–Sempre haverá riscos! -ela disse cruzando os braços na frente dele e batendo os pés bem na frente dele, em prova de que ela não mudaria de ideia tão facilmente.

–Por favor, não insista mais. -ele disse segurando a mão dela delicadamente. -Estamos fazendo isso para nossa proteção, que raio de missão seria essa se colocássemos em risco Annabeth e Percy. -ele disse e dessa vez a ruiva perdeu um pouco da pose determinada, talvez porque soubesse que ele estava certo e em parte porque os olhos negros de Nico a deixavam um pouco atordoada.

–Dou apenas mais uma semana que tentemos contatá-los. -ela disse por fim e ele soube que seria o melhor que conseguiria no momento, mas talvez fosse o tempo já necessário para que Percy desse notícias ou mesmo que ele mesmo pudesse encontrá-lo -mesmo que isso significasse deixar a companhia da ruiva por um tempo, uma vez que nunca pudesse arriscar a segurança da moça mais uma vez.

Ele se sentia estranho perto dela, ela o fazia ficar perdido. E um viajante solitário filho de Hades não pode se dar ao luxo de ficar perdido por um tempo, mesmo que distração seja persistente e... linda. Rachel, porém, para ele estava fora de cogitação. Ele tinha quase certeza que a preocupação desesperada que ela tinha por Percy era na verdade ainda um efeito colateral do amor que ela ainda nutria por ele. Rachel, por outro lado, não conseguia se concentrar nos sonhos e previsões que sabia que podia realizar, uma vez que Nico não estava deixando sua atenção se fixar nos enigmas que encontravam em seus sonhos. Ambos sabiam que uma hora ou outra teriam de encarar o mundo fora do abrigo que montaram as pressas. Muito gente dependia deles... Não tinham mais tempo para serem orgulhosos ou até estrategistas. Logo estariam outra vez colocando o pé na estrada, aproximando-se da floresta pela direito, perto dos lagos mais próximos, com a fiel esperança de encontrar Percy. "Movimento é vida" -fora o que Percy lhes contara antes de mandá-los para longe e encarar as chamas e a população revoltada. Eles trocavam de esconderijo a cada dois dias, às vezes horas dependendo dos instintos de Nico. Monstros trambém eram um grande problema, tinham de se esconder de seres mágicos e pessoas comuns. Era quase impossível. Precisvam encontrar Percy e precisavam avisar Annabeth, só sem serem vistos ou levantarem suspeitas ou fazerem barulho. E isso deveria ser rápido, estavam perdendo muito tempo.

...


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Notas finais do capítulo

Sinto muito pela pobreza do capítulo, mas estou de volta e espero que ainda tinha meus leitores aqui *-*
Amo vocês gente, até mais *-*
Beijos :)