Depois do Fim escrita por Agatha Lovato


Capítulo 1
Capítulo 1 - Sacrificing yourself for a farewell


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu nome é Agatha, podem me chamar de Aghs... Não sei bem o porquê de ter colocado +16, só tô me prevenindo (é)... A história ainda não está completamente terminada, escrevi bastante, mas só tem 4 capítulos prontos, e não revisados. Só esse, o primeiro, e mesmo assim, me deixem dizer: DESCULPEM QUALQUER ERRO. Bem, postarei novamente na quarta-feira. Eu não sei se vai ser longfic, depende da minha criatividade (ela não é lá essas coisas rs). E a Clara me ajudou a escolher a capa, obrigada, biscoito. Bem, acho que não esqueci de nada, é isso. Boa leitura. [=



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(POV Sam)

Olhei para o que estava acontecendo diante dos meus olhos, a menos de três metros de mim, e não pude acreditar. Eu não queria acreditar. Era como se algo me impedisse de respirar. Era sufocante. Mesmo assim, continuei no mesmo lugar, paralisada. Senti como se uma adaga penetrasse minhas costas. Na verdade, era bem assim que eu me sentia: traída.

"Certo, Sam, por que você está preocupada? Sai daí e finge que nada aconteceu". Dizia para mim mesma tentando banalizar a cena.

Já não bastava a minha melhor amiga ir embora e a única coisa pela qual eu realmente me comprometo acabar? Não, ainda não bastava.

Senti um gosto salgado e o rosto esquentar.

Merda.

Enxuguei as lágrimas e, logo se formaram novas. Enxuguei de novo. Não podia ficar com o rosto vermelho. Uma Puckett não chora em público.

Desci as escadas com pressa, tentando ao menos não fazer barulho, mesmo assim, saí aos tropeços por conta do nervosismo.

– Onde está a Carly? O Mr. Shay já está esperando no carro. – Perguntou Gibby.

– Ela já vai descer. – Disse suspirando o mais forte que podia. – Ela poderia ter esperado até a formatura... – Fixei os olhos no chão e encostei na parede ao lado do elevador.

– Mas é isso o que ela quer, certo? E nós insistimos. – Disse Spencer, com a voz já rouca.

Um tempo depois eles desceram as escadas.

Nos despedimos mais uma vez, e demos um abraço grupal. O último momento em que todo o iCarly estaria junto antes da Carly viajar e passar um longo tempo fora. E se ela decidisse nunca mais voltar? E se ela arrumasse um novo namorado e uma nova melhor amiga?

Quando enfim nos desvencilhamos, a Carly pronunciou um “Eu amo vocês”, e aquilo foi como o xeque-mate. Foi como se fosse definitivamente o fim.

Eu e a Carly demos as mãos e entramos no elevador juntas. Conversamos.

Não sei se passava desconfiança, mas realmente fiquei esperando ela comentar sobre o acontecido...

“Somos melhores amigas, certo? Contamos tudo uma pra outra.” Pensei.

E na mesma hora lembrei que a Carly já havia me feito essa pergunta há uns anos atrás, acho que ela também se sentiu assim naquele dia.

Tentei ser o mais natural possível.

Eu podia nunca mais vê-la de novo. Não podia estragar, talvez, nosso último encontro, comentando algo insignificante – que sinceramente me matou por dentro.

Foi como se tudo tivesse voltado ao começo, ao marco zero. Era um reinício? Ou será que eu só me iludi mais uma vez?

Lembro claramente que perguntei ao Freddie um tempo atrás se ele estava afim da Carly novamente. Ele apenas bufou. Depois viu que não fez efeito e deu um sorrisinho. Olhei em seus olhos castanhos. Então aquilo era uma resposta? Era a sua resposta? Será que eu merecia só isso?

“Pode ir”, eu disse.

Tudo o que eu mais queria era tirar aquilo a limpo. E bem, parece que hoje eu tirei. Então concluo que fui apenas algo que ele poderia usar e jogar fora, ou talvez ele achasse que poderia me usar pra fazer ciúmes a Carly, ou... Bom, acho que não é dia de pensar nisso.

– Fica bem. Eu te amo muito. Me desculpa por qualquer coisa, na verdade, por tudo. – Disse a Carly, me abraçando o mais forte que podia.

Afastei-a segurando seus ombros e olhei no mais fundo de seus olhos.

– Se desculpar pelo quê, Carly? – Perguntei com os olhos marejando.

– Por tudo. – Ela repetiu firme – Eu... E... Eu... Ah, Sam, você sabe, você é minha melhor amiga. Você é a pessoa mais importante do mundo pra mim.

– Carly Shay, não se desculpa comigo, eu tenho que te agradecer por ser a única pessoa que me aturou todos esses anos, ou a primeira pessoa que me aturou. Se você me fizer chorar, eu juro que eu vou te bater. – Nós demos um sorriso fraco.

– Você já tá chorando, Sam... – Ela sorriu.

Acompanhei-a até o carro. Ela balbuciou algo como “Se cuida” e entrou nele. Acenei dando um sorriso de lado e ela fez o mesmo. Depois de 3 minutos o carro já tinha ido embora.

Suspirei e subi o Bushwell – pelo elevador – para buscar minha moto. A moto que o Spencer tinha me presenteado.

– Sam?! – Spencer estranhou me ver.

Eu assenti entrando no apartamento e sentei ao seu lado. Ele parecia abalado internamente, mas aparentava calma. Sim, o Spencer Shay estava calmo quando sua irmãzinha tinha ido embora. Isso não é normal, ele deveria estar pirando! – O Gibby já foi, se você quer saber. E o Freddie...

– Eu só subi pra pegar minha moto... Não é minha? – O interrompi.

– Ah, é... Eu tinha esquecido. – Ele sorriu fraco.

– Ela vai ficar bem. – Eu disse. Não conseguia encará-lo, caso o fizesse, seriam mais e mais lágrimas. Nunca fui tão fraca.

– Eu sei que vai, mas e quanto a mim?

– Spencer. – Disse seu nome de um modo que pudesse soar reconfortante. Baguncei seu cabelo e sorri. – Você também vai ficar bem. Todos vamos.

Me levantei do sofá. Precisava sair dali e não desabar na frente da pessoa que está mais frágil com isso tudo.

O Spencer me ajudou a levar a moto pra fora.

– E você? – Ele perguntou enquanto descíamos.

– Hã?

– Você vai ficar bem, Sam?

– Eu sou a Sam Puckett, é claro que eu vou ficar bem. – Disse em tom óbvio. Ele assentiu sorrindo com um ar de “é claro que sim”.

Na verdade, me esfaquear seria menos doloroso. Contudo, subi na moto, coloquei vagarosamente um pé sobre uma das pedaleiras, passei a outra perna sobre o banco e em poucos segundos estava pronta para ir ao meu destino. Destino esse que ainda não sei qual é.

Olhei pra trás e observei aquele lugar como nunca antes.

Não achei que chegaria ao dia de me despedir dali, ou que fosse me afastar.

Enxerguei os olhos brilhantes do meu irmãozinho mais velho a distância. Com certeza brilhantes de lágrimas reprimidas, era como se elas quisessem sair, mas era algo dele, só dele. Algo me dizia que elas escorreriam assim que eu desaparecesse de vista.

Coloquei o capacete, liguei a moto e em pouco tempo o vento daquela noite de Seattle mexia com as minhas madeixas louras.

O vazio preenchia meu corpo e esperava que ele desocupasse o lugar logo.


Não via a hora de saber o que aconteceria depois do fim.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, comentem o que acharam, por favor, isso ajuda muito. POSTAREI DE NOVO NA QUARTA-FEIRA. =] (Esse capítulo é o menor, eu acho) Tô bem confiante com essa fic, espero que essa dê certo. Não sejam malvados comigo. E aí, gostaram de alguma coisa? Nhá!