– O Aprendiz do Lord ataca as casas de famílias de sangue puro e ameaças os lideres dela. Dizendo que se eles não se tornarem um Comensal, ele matara todos da família. Era isso que ele pretendia ao atacar nossa casa e é por isso que o pessoal do Ministério está desparecido.

Capítulo 10 – A luta.

Depois de muito discutir, Thiago e Anne voltaram para Hogwarts e agora estavam na Sala Precisa discutindo sobre como iriam fazer para ir para a Floresta Proibida.

– Podemos usar a capa do meu pai para chegar até lá sem que ninguém nos veja – sugeriu Thiago.

– É uma boa, você está com ela ai? – perguntou já se levantando.

– Sim.

Depois de ver pelo Mapa do Maroto qual o melhor caminho para seguir até a floresta, assim que decidiram o caminho, Tiago passou a capa pelos dois e saíram juntos da Sala Precisa.

– Teremos que ir pela trilha, dentro da Floresta a vegetação é bem fechada, quase impossível de passar – diz Tiago.

– Muitas vindas para cá, Potter? – brincou Anne.

– Você nem imagina – respondeu rindo.

Depois de adentrar a floresta e caminhar por algum tempo apenas com a luz que o feitiço “lumus” produzia, Anne o viu. Era igual ao filho, a não ser os olhos.

– Seu avô – ela sussurrou.

– O que? – Tiago Sirius perguntou confuso.

– Seu avô está aqui – Anne sorriu para o “fantasma”.

– Vim ajudar vocês a encontrarem a Pedra – Tiago respondeu.

Tiago gostaria de ver seu avô também. Todos diziam que Harry tinha muito do pai, tanto na aparência, quanto nas atitudes e Tiago gostaria de ter conhecido os avôs paternos.

– A Pedra acabou sendo soterrada pelos Centauros com o passar dos anos – informou o fantasma.

Anne assentiu, não queria assustar Tiago começando a falar sozinha.

– Feitiço Convocatório poderia ajudar a acha-lo – sugeriu.

Tirou a capa e Tiago fez o mesmo.

– Nox – murmurou e a luz que vinha da varinha se apagou depois a garota se virou para Tiago – Preciso que você preste atenção.

– Ok.

– Accio Pedra da Ressureição – falou apontando para o chão.

Das primeiras vezes, não obteve resultado e a cada tentativa ela mudava de lugar tentando achar a pedra. Quando estava prestes a desistir a terra remexeu. Ela se ajoelhou no chão e começou a tirar a terra de cima.

Estava tão distraída que não se deu conta da presença de outras pessoas ali. Foi só quando Tiago a puxou pelo braço e a colocou atrás de si que ela se deu conta que havia mais duas pessoas ali.

– Tenho que agradecer você garota – disse um dos mascarados – você nos poupou tempo.

– Não fale nada a eles – disse o fantasma de Tiago.

Transmitiu as palavras para Tiago Sirius em sussurros e ele apenas assentiu empunhando a varinha ainda mais no alto e se pondo de forma protetora na frente da garota.

– Que bonito, o garoto defendendo a namorada – disse a segunda pessoa, porém a voz era feminina – não vão falar nada crianças? Vamos ver o que faremos com vocês... Sangue puro?

– Sim – os dois responderam juntos.

– Sobrenomes?

– Brown – respondeu Anne.

– Moore – disse Tiago.

– Interessante... Mas temos apenas duas opções para vocês. Ou vocês se rendem ou nós os matamos – falou o homem.

– Nenhuma das opções – Anne se manifestou – nós só estávamos procurando um lugar para namorar em paz.

– Que bonitinho, mas não sei o que cavar em busca de uma Relíquia da Morte tem haver com namorar, mas vamos relevar esse fato.

A mulher levantou a varinha e conjurou contra Tiago:

– Estupefaça.

Antes que o feitiço os atingisse, Anne gritou:

– Protego.

– Expelliarmus – Tiago aproveitou a distração deles para desarmar o homem.

– Eu odeio esse feitiço. Mate-os agora! – ordenou ele.

– Precisamos da Pedra – Anne sussurrou a Tiago.

– É perigoso.

– É a nossa única chance, se eles pegarem... – ela foi interrompida pela mulher.

– Crucio.

Como eles estavam distraídos, não perceberam o ataque, por isso, o feitiço atingiu Anne, que caiu no chão se contorcendo e gritando de dor. Tiago tentou desarma-la, mas viu o homem pegando a Pedra e antes que pudesse ataca-lo a mulher conjurou contra Anne:

– Estupefaça.

Dessa vez, ele não conseguiu defende-la e a sua varinha estava longe demais para que ela conseguisse fazer isso. Tiago apenas se cobriu com a capa e pegou no colo o corpo desacordado da namorada e correu entre as arvores.

(...)

– Sr. Potter o que aconteceu? – Minerva perguntou entrando na enfermaria.

Depois de conseguir sair da floresta, Tiago trouxe a garota direto para a Enfermaria de Hogwarts, onde Madame Pomfrey cuidou da garota.

– Nós fomos buscar uma coisa que meu pai pediu, mas os Comensais estavam lá e nos atacaram – contou o garoto.

– E a “coisa”?

– Eles pegaram – falou derrotado.

– Tudo bem, Sr. Potter. Creio que Eric gostaria de ver a irmã, se importaria em chama-lo?

Mesmo odiando o filho mais velho dos Carter, Tiago assentiu. Sabia em que aula o garoto estaria agora, já ele também deveria estar na sala de Defesa Contra As Artes das Trevas, da Sonserina com a Grifinória.

Deu duas batidas na porta e a abriu, fazendo todos olharam para ele e como havia faltado a praticamente todas as aulas do dia, os olhares que eram lançados a ele, eram todos surpresos.

– Professor Lupin, a diretora pediu que eu chamasse Eric Carter.

– Ah, claro. Sr. Carter – Teddy apontou para a porta.

Eric levantou e lançou um olhar confuso para Tiago, que apenas ignorou e saiu da sala, sendo seguido pelo garoto.

– Potter, o que aconteceu?

– Várias coisas, mas o mais importante é que Anne está na enfermaria.

– Que diabos aconteceu com a minha irmã? – perguntou nervoso começando a andar.

– Ela foi atacada por uma Comensal, a Maldição Cruciatos e em seguida foi estuporada.

– Como ela está? – perguntou claramente preocupado com o estado da irmã.

– Desacordada, mas Madame Pomfrey garantiu que ela estava bem.