Eu sabia que eu não tinha feito nada errado, então fui a noite para a sala de Dumbledore.

-Com licença diretor. Eu disse empurrando a porta. Queria me ver?

-Sente-se Casey.

Ele estava calmo como sempre porém havia um tom de preocupação em sua voz. E ele continuou:

-Se adaptando bem a Hogwarts?

-Com certeza... Esse lugar é incrível

-Eu gostaria de falar sobre seus pais

Com um pulo eu levantei da cadeira

-O senhor tem notícias deles? Eles estão bem?

Ele simplesmente me entregou um pedaço de pergaminho dobrado. Era uma carta da minha mãe. Minha mãe nunca foi o tipo certo de pessoa que a gente pudesse considerar "educada"

" Francamente... Eu crio a menina como uma verdadeira membra da Sonserina, querendo garantir seu brilhante futuro, e de repente eu recebo uma carta com palavras que me deixam realmente desapontada... Grifinória... Só mais uma casa inútil. A única coisa que eu pedia, era algo para poder me orgulhar, mas depois disso fica difícil"

No final da carta havia o endereço de uma prima trouxa que eu tinha, e que meus pais sempre tiveram vergonha de admitir, pois o enorme preconceito contra trouxas falava mais alto...

Então era isso. Para a minha mãe, eu era só uma menina que ela estava criando para se tornar no futuro uma fria e vingativa Comensal da morte. E como eu não segui seus planos, ela me deixou com uma família trouxa

Eu não achei palavras para dizer a Dumbledore. Simplesmente joguei a carta no chão e saí correndo para a sala comunal da grifinoria.

Não teve como não acordar a Hermione com o meu choro. Naquele ponto, Hermione tinha se tornado minha melhor amiga.

-Casey? É você? Ela já estava descendo as escadas do dormitório. Casey.. O que houve?

Eu contei a ela,sobre minha mãe ser Comensal, sobre seu preconceito com as outras casas de Hogwarts, e sobre eu ir morar com minha prima. Eu realmente confiava em Hermione, e várias vezes passou pela minha cabeça, contar a ela sobre TUDO.. Contar que eu tinha que proteger Harry do perigo, e especialmente de Voldemort, para eu poder sobreviver, mas eu não podia. Ela me acalmou até eu dormir

No dia seguinte nossa primeira aula era de herbologia e Sonserina teria aulas com a gente. A senhorita Sprout queria que nós formássemos grupos de 8 pessoas... Quatro pessoas da Sonserina, e Quatro da Grifinória. Quando eu percebi, Draco, Crabbe, Goyle e Pansy Parkinson estavam se aproximando de mim, Rony, Hermione e Harry

-Weasley, Sangue-Ruim, Cicatriz e... Malfoy disse com desprezo, e eu entendi aquilo como se ele estivesse perguntando meu nome de uma maneira rude.

-Casey Thompson.

Malfoy me fitava com os olhos de uma maneira hipnotizante... Talvez ele não me tratasse tão mal pelo fato de meus pais serem comensais, e os dele também.

-SEM CONVERSA AÍ NO GRUPO DO SENHOR POTTER, a professora Sprout gritou para chamar nossa atenção.

-Claro.. Sempre é o grupo do "santo Potter", retrucou Parkinson.

Pansy me olhava com ódio. Talvez me olhasse com mais ódio do que ela olhava para os outros da Grifinória.

Os meses foram se passando e não havia do que proteger Harry. Talvez Voldemort não retornasse e eu poderia ser só sua amiga.

As aulas acabaram e me pensamento era só um: Será que minha mãe tinha pensado melhor? Será que a raiva dos meus pais teria passado? Minha resposta apareceu quando eu atravessei a parede da estação King's Cross, e vi minha prima me esperando