Penny Jackson E O Resgate Do Tártaro escrita por Redbird


Capítulo 19
Sonhos e estranhas discussões matinais


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, desculpem mais uma vez. Eu demorei eu sei, para variar. Mas a verdade é... eu tardo mas não falho. Enfim, mais um capitulo para vocês. Eu realmente espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/315294/chapter/19

Acordei com Alex chamando meu nome. Eu estava um pouco assustada por que tinha tido um pesadelo. Eu odiava o jeito como eles podiam ser bem vividos às vezes. No meu pesadelo o acampamento estava intacto, mas toda vez que um mestiço ou um romano passavam eles eram hostilizados.

Quando o sonho mudou para o acampamento júpiter, o que eu suspeitava ser o acampamento romano já que nunca tinha estado lá, a cena era a mesma. Depois eu pude ver o acampamento dos Menelaus. Eu achava que eles não tinham mestiços lá, mas me enganei. Só que o problema é que os mestiços eram nada menos que escravos.

Uma garota ruiva de olhos castanhos andava rapidamente entre eles, levando um balde cheio de água.

– Mestiça, suja, aberração.

Quando um dos gregos que estavam treinando luta com um companheiro atirou a adaga dentro do pote que ela carregava, o susto fez a garota deixar o pequeno pote cair no chão. Os soldados começaram a rir.

–Droga!- sussurrou ela

– Você continua inútil não é mesmo Cassy?- diz Octavian.

– Não me chame assim. Você não tem o direito.

–Tenho sim você sabe. Sou o seu dono, o seu responsável.

A garota soltou um palavrão que soou muito como “Coma minha bosta” em grego.

– Pare de falar a língua desse maldito povo sua aberração.

– Engraçado, quando você está usando esse “maldito” povo para conseguir o que quer eles não parecem tão malditos assim.

Octavian apenas revirou os olhos.

– Klato, leve a escrava de volta para seu quarto. Ela já está torrando minha paciência.

–Sim senhor- disse um dos soldados.

–Pode deixar senhor, eu me encarrego dela- disse um garoto que estava próximo dali. O garoto lançou um olhar assustado para a garota.

Octavian olhou para o menino.

–Você, o filho de Perséfone. Talvez o filho da deusa da primavera seja mesmo o mais indicado para tarefas menores como acompanhar garotinhas. Vá.

O garoto ficou vermelho, mas engoliu a humilhação e escoltou garota de volta para seu quarto enquanto ela protestava pelo caminho. Antes que eu pudesse ver mais sinto alguém me chamando e abro os olhos e dou de cara com Alex.

– Vamos lá Bela adormecida, temos um resgate a fazer- diz ele no seu habitual bom humor matinal (já disse o quanto odeio pessoas com bom humor matinal? Por que, na boa, elas são insuportáveis, principalmente quando se está no Hades)

– O que você tem? – Perguntou ele percebendo o quanto eu estava calada.

–Tive um sonho ruim- disse simplesmente.

– Algo que eu deva saber?- Perguntou ele num tom atencioso.

Olhei para ele. Como eu iria contar o que estava acontecendo no mundo exterior. Que pessoas como ele estavam sendo mal tratadas só por serem o que eram. Senti meu estômago revirar ao pensar que ele já poderia até ter sofrido aquele tipo de violência.

– Não, apenas não quero falar sobre isso.

Ele me olha e revira os olhos, mas quando está prestes a dizer algo é interrompido por Tales.

–Bom, acho melhor irmos pessoal- Diz ele atirando uma mochila para mim. Espero que estejam prontos.

–Estamos, vamos lá- diz Alex, não sem antes lançar um olhar inquisitivo para mim.

Saímos diretamente pela porta da frente do Palácio de Hades (acho que essa era uma façanha que nem mesmo meu pai poderia se orgulhar de ter feito.) Se não fosse o fato de que estávamos numa jornada para resgatar duas almas no Hades, eu teria rido da discussão matinal do casal de deuses responsáveis pelo local.

Ao que parecia Perséfone tinha descoberto mais uma das infidelidades do marido.

–Você acha que vou ser como Hera? – Perguntou Perséfone aparentemente furiosa.

– Eu gostaria que você fosse como Hera. Pelo menos, ela não sai tendo filhos por ai. Ou vai dizer que aquela coisinha nasceu sozinha há dezessete anos atrás?

– Não mude de assunto – diz a deusa perigosamente queimando uma das samambaias penduradas ao lado do trono dela.

– Eu sou mais fiel que você Perséfone. Quantos filhos você teve no último século? 10?

–15, mas isso não vem ao caso. Eu...

–15.. eu tive 3. 3 Perséfone.

– E está fazendo mais um.

– Estamos num novo século, não esqueça.

Alex e Tales se entreolharam.

–Eles passaram o tempo todo discutindo isso – disse Alex num suspiro que parecia conter toda a sua exasperação.

– Nossa. E eu achei que o meu avô era o mais fiel dos deuses.

– E é. Você não sabe nem a metade sobre Zeus e Poseidon- Digo lembrando das histórias.

– Não se preocupem. Daqui a pouco os dois estão fazendo as pazes- diz Alex dando de ombros.

– Sinceramente agora não me importo nem um pouco com o relacionamento de dois deuses temperamentais. Vamos, temos muito o que andar ainda.

Alex me lançou um olhar como se dissesse “você não tem coração?”(netos de Afrodite!), mas assim como Tales me seguiu. Quando eu disse que tínhamos que caminhar muito eu não estava brincando. Passamos um bocado de horas andando no mundo inferior.

Era estranho reparar como ele estava diferente agora. Parecia mais sombrio. Eu sabia que havíamos destruído a maioria do exército de Tifão e Octavian, mas mesmo assim, eu temia que isso não fosse o suficiente. Quando passamos por umas fúrias que estavam tomando conta de uma parte do submundo não pude deixar de pensar em quantos monstros ainda eram leais a Hades. Era assustador pensar que a maioria deles poderia não ser mais.

O colar ia guiando o caminhando, e parecia que ele ia ficando mais estreito a medida que íamos nos aproximando da entrada do Tártaro. O bom é que, apesar de tudo, não teríamos que adentrar profundamente no Tártaro. As almas de semideuses aprisionados nele estava um pouco antes de onde ficavam os monstros. Uma exigência de Zeus ao que parece. Mas sinceramente isso não diminuía nem um pouco minha apreensão, já que estaríamos no tártaro e haviam milhares de monstros que adorariam nos ter como próxima refeição.

Chegamos na entrada da caverna e eu pode sentir o clima mudando bruscamente. “Nossa ficou frio por aqui, não é?”- Disse Alex tremendo.

– Com certeza. Bem vindos ao Tártaro semideuses!- disse uma voz sombria saindo das sombras a frente de nós.

Senti meu sangue gelar. Estávamos finalmente no Tártaro. Esperava conseguir tirar Nico Thalia e meus amigos daqui. Se eu sobrevivesse ao monstro que estava a minha frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

This is it. Espero que tenham gostado. Bjaum



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Penny Jackson E O Resgate Do Tártaro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.