Begin Again escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 40
Descobrindo a verdade


Notas iniciais do capítulo

É HOJE !! MAR DE MONSTRO
AHHHHH
PIRANDO AQUI
Boa leitura demigods



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‘’Neste jogo que chamamos de vida, ninguém disse que seria justo’’

~Alx Rose~

P.O.V. Annabeth

Percy desceu do carro e caminhou até encostar-se no capô. Suas mãos adentraram no cabelo. Podia vê a preocupação que ele estava sentindo, algo o incomodava e muito. Me aproximei.

- E agora – perguntei, o moreno preservou o silêncio, estava submerso em seus próprios pensamentos. A noite estava fria, o vento batia em minha pele, fazendo-me estremecer. A lua que até pouco tempo parecia estar nos seguindo, se escondeu atrás de nuvens carregadas.

- Vem cá – Percy disse estendendo os braços me envolvendo em um abraço caloroso, pude ouvir seu coração fora do ritmo – Pequena, você foi a melhor coisa que o universo me presenteou. Com esse seu jeitinho tímida e engraçada, você conseguiu sem esforço nenhum laçar meu coração, e hoje eu posso dizer com toda a certeza do mundo que ele é seu e de mais ninguém.

Minha respiração ficou descompassada, e quase de imediato em lábios um sorriso se forma, mas atrás de minha orelha continha um pequeno formigamento, eu costumava a sentir isso, quando algo estava errado, mas ignorei, Percy estava ao meu lado, então nada poderia me acontecer.

- Te amo, te amo com toda força do meu ser – sussurrou, sua voz estava trêmula como se estivesse prestes a chorar, seus braços se apertaram mais em volta do meu corpo. Percy juntou nossos lábios em um beijo que fez o frio se transformar em um suave calor. Nossas línguas em uma disputa de qual dava mais prazer.

- E eu te amo meu amor – falei entre o beijo - Te amo como nunca amei ninguém.

Seus lábios eram quentes e gostosos, fazendo meu corpo todo arder. Em minha boca sinto o gosto de alguma coisa salgada. Percy acelerou mais o beijo e rapidamente o ar acabou. Assim que nos afastamos pude vê as lágrimas sendo derramadas em seu rosto, tentei limpa-las com o polegar, mas sem sucesso.

- Por favor, Percy, me fala o que houve – ele encostou a cabeça meu ombro e chorou mais, seus soluços ecoavam na calada da noite. Uma de minhas mãos mexia em seu cabelo, enquanto a outra acariciava sua nuca. Deixei que ele se libertasse dessa angústia.

- Não quero te perder Annabeth, não quero – sua voz possuía algo como dor.

- Você não vai Percy, meu ser pertence somente á você.

Ficamos abraçados por cerca de vinte minutos. Sua respiração ficou calma, mas vez ou outra ele soluçava devido ao choro.

- Quero lhe mostrar um lugar – disse hesitante, seus olhos começaram a marejar, mas ele se conteve. Dei-lhe um último beijo, esse mais demorado, e lento, estávamos apenas se deliciando com os lábios um do outro. Juntos atravessamos a cidade.

(...)

Tínhamos chegado á um lugar bem afastado de Bakersfield. A mata tomava conta da pequena casinha abandonada que tinha ali, havia poucas telhas em cima da casa, e as que restaram estavam quebradas e destruídas. As paredes com diversas rachaduras e lodo cobrindo metade da pintura, pintura esta que estava desgastada devido às chuvas que ocorria, e ao tempo que ninguém a habitava. Olhei mais para o fundo, onde dava para uma imensa floresta, pinheiros e outras variedades de árvores que me eram desconhecidas enfeitavam á mata, dando ao lugar cara de cenário para filme de terror, e a escuridão não ajudava em nada. Ao descer do carro, estremeço com o vento pesado que batia contra meu rosto desarrumando meus cachos. Poderia ser coisa da minha cabeça, mas esse lugar cheirava á sangue.

Olhei para Percy que mantinha os olhos em um ponto fixo, seu cabelo que cobria suas órbitas verdes estava esvoaçado. Eu queria sair correndo dali, aquele local me dava medo.

- Você é pontual Jackson - ao ouvir aquela voz meu sangue gelou e os pelos do meu braço se levantaram. Lentamente, virei-me na direção do barulho e minhas pernas bambearam.

Meus pulmões imploraram por ar, de repente tudo ficou mais sombrio, a escuridão mais negra e o vento mais frio, cortando como uma navalha em meus ouvidos.

Parado á uns cinco metros de mim, estava um sujeito alto e musculoso, seus lábios curvados em um sorriso maligno. Vestia uma camiseta preta com o desenho de uma boca ensanguentada e um casaco de couro estava jogado sob seus ombros. O jeans também escuro, rasgado nos joelhos. Parei para encarar seu rosto, os mesmo traços de Bob, exceto pelo brilho de maldade que iluminava seus olhos azuis e pelo cabelo ainda loiro, porém cortado em estilo militar.

- Mattew – sussurrei, meu corpo todo tremia, não conseguia formular algo coerente. Mattew solta uma risada, ecoando pelo silêncio que pairava ali.

- Ora, ora, ora se não é a doce e linda Annabeth Chase – ele se aproximou, ficando cara a cara comigo – Olá irmãzinha.

Meu peito subia e descia de maneira rápida demais.

- O que...como...você – minha boca estava completamente seca, na minha frente estava meu irmão Mattew Chase, isso era surreal.

Outra risada o escapa.

- Presumo que várias perguntas rodam sua cabeça – Mattew levou a mão para tocar meu rosto, mas recuei – Me mudei para Bakersfield, não tinha dinheiro nem onde morar, então me envolvi com alguns caras, digamos da mesma laia que eu. No começo roubávamos apenas coisas para matar a fome, mas logo vimos que tínhamos potencial para mais.

Seu sorriso fazia minha pele formigar, meu irmão era um grande bandido.

- Comecei a saquear lojas e logo evoluir, passei para bancos e mais que rápido eu já estava contratando pessoas para trabalhar para mim. Exemplo disso, acho que você conhece meu braço direito, Ethan Nakamura.

Só de ouvir aquele nome, meu estômago já embrulhava, e meus pulsos onde eu costumava a me cortar doíam. Então da casinha abandonada sai meu pesadelo, Nakamura com mais três pessoas amarradas e amordaçadas. Estreito meus olhos para enxergar direito quem são, e quando percebo, meu coração para, e o mundo ao meu redor gira lentamente.

Bob, Poseidon e Sally estavam com seus rostos machucados, a pele dos três denunciava que havia sendo maltratados, suas roupas só estavam os farrapos, mal conseguiam se colocar de pé.

Eu preferia ser esmagada com mil caminhões a ver meu irmão daquela maneira. Percy estava com os olhos marejados e lutava contra algo dentro de si. Posicionei-me para correr, mas Mattew me segurou.

- Calma loirinha – riu com escárnio, o que me deixou com bastante raiva.

- ME SOLTA SEU FILHO DE UMA P...

- Cuidado com certas palavras Annabeth – Mattew me solta – Percy e eu tínhamos um trato.

Olhei para Percy, tentando entender o que ele tinha haver com a história, foi ai que me dei conta.

- Percy você...

O moreno apenas abaixou a cabeça confirmando minha suspeitas. Pude ouvir meu coração de despedaçando, lágrimas tomaram conta do meu rosto. Meu peito abria espaço para a chegada de uma dor insuportável de sentir. Eu estava em queda livre, meu chão havia sumido, minha felicidade se esvaziou de mim deixando apenas a mágoa e a tristeza.

Mattew, por outro lado se divertia com a situação.

- Cansei de viver de roubos – disse, como se aquilo fosse uma profissão normal – Com tráfico de pessoas vou ganhar bem mais, e Percy concordou em trazer você para mim. Quem não compraria uma linda garota com incríveis olhos cinzentos.

Eu continuava a encarar o Jackson, que chorava agora sem vergonha.

- Por favor, Percy fale que isso é mentira.

- Me desculpe Annie - a raiva falou mais alto.

-Você é um canalha Jackson, um imbecil que me enganou esse tempo todo, que apenas me iludiu. Agora eu sei que todas aquelas juras de amor, todas as palavras trocadas por nós, todos aqueles momentos que passamos juntos, é a mais pura mentira. Eu tenho nojo de você. NOJO – corri para quebrar a cara de Percy, mas Mattew novamente me segura, ele e Ethan eram os que estavam se divertindo mais. Poseidon, Sally e Bob, estavam deitados no chão assistindo a cena, mas não tinham forças nem para falar.

- Não Annie – Percy estava em desespero, dava para ver em seus olhos agora vermelhos, suas mãos tremiam – Tudo que lhe disse é verdade, eu te amo e...

- MENTIRA – gritei, me esperneando nos braços do meu irmão traidor – Você nunca me amou. Eu te odeio Perseu. Te odeio.

Seus olhos se arregalaram, seu lábio inferior tremia, as pernas de Percy perderam as forças e se vergaram, fazendo-o cair de joelhos. Vi seu peito subir e descer de maneira descompassada. Ele me olhou, demostrando o vazio que agora ocupava o lugar de seu lindo brilho verde que tinha em suas órbitas.

Mattew gargalhou, uma risada que fazia qualquer um sair correndo chamando a mamãe. Ethan bateu palmas.

- Que cena mais linda – disse fingindo limpar uma lágrima – Sabe Annabeth, você não tem sorte no amor mesmo. Primeiro eu, depois o Jackson. É, tenho muita pena de você.

Apenas o ignorei já que sabia que ele estava certo.

- AHH !! Percy, grampeamos seu celular e a ligação que você fez á Grover pedindo ajuda, não deu muito certo.

Mattew balançou a cabeça, em questão de segundos Ethan entra na casa e sai trazendo um garoto, moreno com a boca sangrando e o olho roxo.

- Grover – fala Percy se levantando, mas Nakamura o impede de prosseguir – O que vocês fizeram com todos eles? – sua voz demostrava toda a raiva e tristeza que o Jackson estava sentindo.

- Apenas deixamos bem claro que é que manda – disse Mattew – Nakamura termine o trabalho, vou levar a loirinha para o aeroporto, nos encontramos lá.

O pânico me dominou.

- Você disse que não ia machuca-la – Percy esbraveceu caminhando em minha direção – Disse que não machucaria ninguém.

- Meu querido Jackson, e você ainda confiou em minha palavra? – perto de Bob, Ethan riu – Não posso deixar vocês vivos e me entregarem para policia.

Percy olhava para mim, mas eu estava com tanta raiva que desviei o olhar. Mattew me arrastou até o camaro do moreno e me jogou lá dentro, dando-me um golpe na cabeça.

- Annabeth – a voz de Percy gritando meu nome, foi a última coisa que ouvi antes de perder a consciência.



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Notas finais do capítulo

Gostaram??
Quero reviews
Beijos
Karol Oliveira



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