O Garoto De Olhos Cor Chocolate. escrita por Luíza AD


Capítulo 9
Capítulo nove


Notas iniciais do capítulo

Capítulo da Sadie hoje. Vou alternar, só depois vocês vão ficar sabendo quem o Anúbis viu ^^.^^ Então gente, eu sei que demorei. A volta das aulas me deixa realmente sem tempo, então, vou fazer o possível para postar hoje e amanhã.



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Abri os olhos lentamente. Por um segundo, pensei estar em meu quarto, pronta para mais um dia de aula. Mas não. Eu estava naquela clínica que eu prometi nunca mais ir.

Suspirei. Ontem á noite eu recebi uma ligação do meu pai, que estava surpreso por eu estar voltando para o tratamento. Na verdade, hoje eu quero muito que tudo dê certo.

Não precisarei de quimioterapia se não estiver doente. Não precisarei disso. É, mas é muito pouco provável que eu não tenha nada de errado. Quando a doença vem quando é uma criança, a chance de voltar é ainda mais forte.

Tomei um banho rápido. Vesti roupas de hospital, as quais eu odeio, mas é preciso. Quando saí do minúsculo banheiro, percebi que havia uma janela.

Uma janela. Nada mais que isso. Respirei fundo. De repente, escutei um barulhinho. Abri a porta, uma garotinha estava sentada, jogando pedrinhas na minha porta.

Eu já tinha... Visto essa garota antes, certo? Faz algum tempo, mas eu ainda me lembro.

– Mor? - minha voz saiu rouca, porque havia acabado de levantar. - O que você faz aqui?

– Ah, Sadie. - a garotinha olhou para mim e não sorriu. - Só estou.. Esperando alguém.

– Você tem alguém doente da sua família? - perguntei.

– Não... - ela revirou os olhos. - Exatamente. Todos nós somos uma grande família, certo?

– É. - falei. - De certa forma, sim.

– Então. - ela se levantou, e pegou minha mão. - Vem comigo, vou te mostrar uma coisa.

– Mas... - ela já estava me levando.

Passamos por dois corredores, e depois paramos em frente á uma porta. Mor olhou para a porta e suspirou. Depois a abriu.

Era a de um homem. Velho, muito velho. Respirava por aparelhos e tinha os olhos fechados.

– Você o conhece? - sibilei, entrando, e sendo seguido por Mor.

– Não.. - ela disse. - Exatamente. Vamos dizer que ele... É alguém que vai precisar da minha ajuda.

– Ajuda? - perguntei sem entender. - Que tipo de ajuda você vai dar para ele?

– Ah... - ela olhou para baixo. - Se lembra daquele garoto?

– Garoto? - falei. - Qual?

– Aquele que você estava junto no dia do circo. - ela olhou para mim.

– Ah. - corei. - O Anúbis?

– Sim. Esse garoto. - ela acenou. - Ele... Está com alguns problemas.

– Problemas? - meu coração acelerou. - Quais problemas? O que houve? Como você ficou sabendo? Ele está com algum problema de saúde? Meu Deus, eu tenho que ver ele agora!

– Não. Ele só está com saudades de você. - mas eu não ouvi, já havia saído correndo.

Passei pelas enfermeiras, e fui em direção á saída. Grande erro. Além de estar sem calçado, esqueci que os seguranças são bem barra pesada.

– Calma aí garota. - um deles segurou o meu braço.

– Não! - tentei me livrar dele. - Eu tenho que ir! Agora!

Dei uma joelhada no lugar que mais dói e ele me largou. Passei pela porta e fui para a rua. Ok, eu sei que é loucura. Mas mesmo assim, não sei o por que de ter feito isso.

Provavelmente tem pessoas me procurando agora. Mas eu só quero ver o Anúbis. Corri pelas ruas chamando á atenção. Claro, eu poderia pelo menos ter trocado a camisola da clínica, e calçado um tênis.

Mas não.. Eu tinha que sai correndo agora. Senti meus pés doerem quando pisei em várias pedras. Amaldiçoei Anúbis por eu ter que fazer isso. Foi quando eu achei a escola. Olhei no relógio, estava na hora do intervalo.

Com cautela, olhei para ver se o guardinha que fica lá estava lá. Sorte, ele não estava. Entrei dentro da escola ofegando, e olhei para os dois lados.

Meu cabelo deveria estar um ninho de ratos. É incrível que eu não possa passar dois dias sem ver ele. Sorri sem querer pensando nisso.

O pátio estava cheio, e somente algumas pessoas estavam me vendo, mas elas me olhavam estranhamente. Meus olhos lacrimejaram quando eu já ia desistir de procurar, mas quando senti uma aura depressiva perto da sala.

Pulei as escadas e bati em algo. Caí em cima dela. Na verdade, era Anúbis. Meu sorriso foi... Malicioso. Ele olhou para mim sem entender nada.

Foi aí que eu beijei ele. Sim, eu beijei Anúbis. E sim, foi como um sonho. Aproximei meus lábios dos dele com desejo e o beijei. No instante em que nossos lábios se tocaram, me estremeci toda. Coloquei a minha mão na nuca dele, e o puxei para mais perto.

Era travada uma batalha de línguas, mas parecia uma dança ao mesmo tempo. E ele venceu. Ele mordiscou meu lábio inferior e eu gemi involuntariamente. Quando nos separamos por falta de ar, eu olhei para ele. Ele estava sentado, e eu também.

– Você está bem? - minha mente me lembrou o motivo de eu ter ido até lá para ver ele. - Aconteceu algo? Está com febre? Você tomou café da manhã?

– Eu estou... - ele corou. - Muito bem.

Foi aí que ele viu meu estado. Cabelos totalmente desengrenhados, com alguns ninhos da pássaros. Pés quase totalmente roxos.

– Aconteceu algo que você quer me contar? - ele me puxou para perto, me colocando em seu colo. - Onde você estava? Você nem me ligou. Você sabe o quanto eu me preocupo com você?

Senti meu estômago cheio de borboletas. Era tão calmo quando eu ficava com ele.

– Me desculpa. - me aconcheguei nos seus braços. - É que eu... Bem... Me desculpa! Quando eu fui, eu pensei que tudo iria melhorar! Nem pensei em como você se sentiria! Me desculpa!

– Olha. Eu quero falar com você uma coisa... - mas ele foi interrompido não por uma, mas sete pessoas.

Era quatro guardas e três mulheres. Eles estavam nos olhando com olhares assassinos. Senti uma onda de desespero me preenchendo.

– Você é doida? - o guarda me puxou dos braços de Anúbis e me levou para longe.

Eu estava tentando soltar desesperadamente. Anúbis se levantou , e pasmo, tentou me livrar dele também! Uma das enfermeiras foi falar com ele, e o meu desespero aumentou.

Pisei com força no pé do guarda, e ele afrouxou o braço, me larguei e segurei o ombro da enfermeira, antes dela falar uma palavra com ela.

– Anúbis! - gritei, tentando alcançá-lo. - Não se preocupe comigo! Quando eu voltar, nós dois vamos poder conversar direito!

Pensei se eu IA voltar algum dia e meus olhos se encheram de lágrimas.

– Sadie! - ele falou. - O que está acontecendo! Me explique!

– Anúbis... - e elas escorreram. - Eu te amo! Eu gosto de você! Não importa o que acontecer! Não se esqueça disso! Por favor! Anúbis, seu maldito filho da mãe! Eu te amo!

E fui levada por todos.

P.O.V Anúbis

Primeiro ela some, depois ela aparece, e é levada de novo. Deixei meu corpo cair, e fiquei sentado. O que ela queria dizer com aquilo? " Eu te amo! Não importa o que acontecer.." Ela me ama. Tenho que me acostumar com a ideia. Na verdade, eu amo ela, é claro que sim.

Desde a primeira vez que eu a vi, eu já sabia. Mas não importa o que acontecer? O que ela quis dizer com isso? Parecia mais uma previsão. Senti meu corpo todo amolecer. Se algo acontecesse com ela... Se algo acontecer com a minha Sadie... Eu não o que eu vou fazer..

P.O.V Zia

Escutei boatos que a Sadie tinha aparecido na escola de camisola e saiu correndo. Bem, comparando do jeito que ela é, isso é com certeza verdade.

Subi as escadas, mas parei ao ver a cena. Anúbis sentando, colocando as mãos nos olhos, emitindo o som que os homens fazem quando estão tentando impedir o choro. Suas lágrimas caiam. O que houve?

Por que Anúbis estaria chorando? Provavelmente culpa da Sadie! Mas.. Pelo que eu saiba, a Sadie GOSTA dele, então por que ele está chorando?

Será que ele descobriu que a Sadie teve leucemia? E alguns tumores? Corri até a sua frente e me ajoelhei.

– Anúbis... - sibilei. - O que houve?

– Nada. - sua voz saiu chorosa.

– Sei. Nada. - falei. - O que a Sadie fez?

Ele ficou em silêncio.

– Olha, Anúbis. - disse. - Eu sei que você está chorando, não precisa fingir que não está, entendeu? O que houve? Escutei que a Sadie estava aqui.

– Ela estava, mas não está mais. - ele fungou. - Umas mulheres e guardas levaram ela.

– Para onde a levaram Anúbis? - perguntei, com a voz temerosa, porque o pai dela estava viajando.

Então, se a explicação da Sadie para mim era outra... Aquela Vadia!

– Eu não sei. - ele falou. - Ela falou que me amava... - ele estremeceu nessa hora. - E depois disse que não importasse o que acontecesse, ela me amaria mesmo assim..

E a ficha caiu.

– Certo... - falei séria e ele olhou para mim. - Preciso fazer uma ligação, com licença.




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Notas finais do capítulo

Só depois vocês vão ficar sabendo o que houve de noite! E que beijo foi esse hein Sadie? Não sabia que ela era assim! E a revelação dela? Gostaram? E a Mor? A garotinha que aparece em todos os lugares! Quem será que ela é realmente? O Anúbis chorando, eu me senti comovida com ele, e vocês?
Então, galera, minhas aulas voltaram, então só poderei postar nos fins de semana! Droga! Comentem, recomendem.. Tudo isso aumenta meu humor!