O Garoto De Olhos Cor Chocolate. escrita por Luíza AD


Capítulo 12
Epílogo. Fim.


Notas iniciais do capítulo

olá pessoa ^^



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– Como assim? – Sadie arregalou os olhos, sendo enchida por um sentimento que ela nunca havia sentido antes. Paz.

– Você não tem doença alguma, Sadie. – Set disse sorrindo. – E eu sou o pai de Anúbis.

– Eu não tenho... – a garota de cabelos castanhos se confundiu. – Como assim? Mas e as dores de cabeça? E as minhas tonturas? E você é o pai? Eu acho que eu vou desmaiar.

– As dores de cabeça, era provavelmente, sim parte da doença anterior, mas acredito que tomando os remédios tudo vai ficar bem. – ele disse. – As tonturas também. Sim, sou o pai de Anúbis, e eu só estava brincando, sou sim um bom sogro. Não desmaie, tem que arrumar as malas para voltar para casa!

– Ah, sim! – ela se levantou de supetão. – E a Mor?

– Quem? – Set perguntou. – Mor?

– Uma garotinha baixinha, de cabelos loiros. – Sadie disse, colocando o braço na cintura, dizendo o tamanho da menina. – Ela disse que se chamava Mor.

– Ah, sei. – A expressão de Set tranqüilizou Sadie, que pensou que Mor fosse um fantasma, ou pior, a Morte. – A Mor. Ela é órfã e fica rondando por aqui. Ela tem leucemia, mas achamos melhor... Ela é uma criança, vamos esperar um pouco para começar o tratamento. A mãe dela morreu no parto, ela também tinha leucemia e passou para a filha. O pai, furioso, culpou Mor até o último segundo de sua vida, que se matou.

– Sim, eu sei. – Sadie engoliu em seco e tentou sorrir. – Eu vou arrumar as malas.

– Posso ligar para Anúbis e avisar que está tudo bem? – Set falou.

– Deixa que eu ligo. – Sadie disse, mentindo de leve. – Então... Eu estou bem? É só tomar os remédios?

– Sim.

Sadie estava arrumando suas malas, quando olhou para trás e viu um vulto loiro. Nem precisou se virar para saber quem era.

– Aonde vai? – Mor perguntou.

– Para casa.

– Por quê?

– Porque eu estou bem.

– Por quê?

– Porque a doença não voltou. – Sadie sorriu para Mor, que abaixou a cabeça. – E assim que você melhorar também, que tal aparecer lá em casa? Posso te apresentar para minha melhor amiga! Ela te adoraria.

– Mas eu estou bem. – Mor olhou nos olhos da garota.

– Vai ficar melhor.

– Como?

– Com o tratamento.

– Você fez esse tratamento? – a loira perguntou, sentindo os olhos lacrimejarem.

– Sim, fiz. – Sadie disse, lembrando-se de quando fez tudo aquilo. – Assim que terminar o tratamento venha me ver, o.k?

– Tudo bem.

Mor deixou Sadie terminar a mala, tomar outro banho e se vestir. Vestiu um short azul desbotado, um Converse e uma blusa amarela. Pegou a mala, e saiu de lá com um sorriso solene.

Escutou seu celular tocando quando chegou em casa e o atendeu:

– Alô? – a linha ficou silenciosa. – Alô? Oi? Anúbis?

– SUA IDIOTA! – Zia gritou, e Sadie ficou calada. – Eu estou preocupada com você! Te liguei achando que você estava morta! Aí você atende com esse timbre de garota colegial que acabou de sair com o namorado! Sua idiota! Eu só querendo saber se você está BEM!

– Me desculpa. – Sadie segurou o riso. – Estou bem, Zia.

– Está bem? – a voz esperançosa de Zia fez o coração de Sadie bater mais rápido.

– Sim, estou. – lágrimas silenciosas desceram pela bochecha de Sadie. – Estou bem.

– Bem mesmo? – Zia perguntou perdendo o ar. – Tipo, BEM?

– Sim. – Sadie sorriu. – Nada de ruim aconteceu ao meu cérebro, Zia. Estou muito melhor do que antes.

– Não acredito. – Zia sussurrou, maravilhada. – Você quer que eu vá aí?

– Não, a gente se vê amanhã.

Depois de dez minutos, Sadie já havia arrumado a mala, quando escutou a campainha tocando. Desceu as escadas, sorrindo ao imaginar ser Zia, ignorando seu falatório de ir amanhã para a escola.

Sadie abriu a porta e se surpreendeu. Não era Zia, nem Anúbis. Era...

– Quem é você? – Sadie perguntou, dando um passo para trás.

Era uma mulher esbelta, mesmo usando jeans e salto alto. Tinha cabelos castanhos iguais aos de Sadie e tinha uma expressão hesitante estampada em seu rosto.

– Oi.- a mulher conseguiu emitir. –Oi Sadie.

– Como sabe meu nome? – ela perguntou, arregalando os olhos.

– Sou eu. – a mulher abriu os braços. – Sou eu, pequena Sadie.

– Quem? – Sadie perguntou, franzindo o cenho.

– Ruby. – a mulher sorriu, enquanto Sadie arregalava os olhos.

– Você é... – Ruby aguardou o choque passar pelos olhos de sua filha. – Um fantasma, certo?

– Não, não. – Ruby riu se aproximando de Sadie. – Me deixe explicar tudo.

.

– Sadie! – Zia sussurrou a alguns metros de distância, antes de correr para um abraço de urso, deixando Sadie sem ar. – Você está bem? Não aconteceu nada, certo?

– Estou bem. – ela sorriu. – Mas não precisa se preocupar tanto agora. Eu estou perfeitamente bem. Sinto-me ótima.

– Isso é tão... – Zia parou de falar e olhou para frente. – Acho que tem alguém querendo falar com você.

Sadie olhou para onde Zia olhava e arregalou um pouco os olhos. Era Anúbis, indo em direção a ela com uma expressão nada boa. Mas seu rosto foi suavizando quando viu que Sadie estava bem, inteira, e mais bonita do que o usual.

– Anúbis... – Sadie estava frente a frente com ele, e Zia saiu de fininho. – Bem... Eu...

– Não precisa dizer nada. – ele se ajoelhou. – Meu pai me disse que você está passando por uma doença de novo, então Sadie Kane... Queria aproveitar com você ao máximo...

– Anúbis! – Sadie começou a rir, largando a mão dele, fazendo-o levantar. – Eu estou bem! Não tem mais nada disso! Estou ótima!

– O que você quer dizer com isso? – Anúbis levantou uma sobrancelha, com um meio sorriso.

– Eu estou BEM! – Sadie fez algo que surpreendeu Anúbis. Abraçou ele. – Viu? Estou aqui, e bem. E eu quero... Ficar com você.

– Casa comigo! – ele disse, sorrindo.

– Casar? – Sadie tentou se afastar, mas os braços dele não deixaram. Ela sentiu um sentimento quente a invadir. – Estamos novos demais!

– Namora comigo, então. – ele falou baixinho na orelha de Sadie, fazendo-a estremecer. – Fica comigo.

– Não vou sair do lugar. – ela riu. – Tudo bem Anúbis.

– Sadie... – ele disse, chamando a atenção da garota, que estava inebriada pelo cheiro do garoto.

– Sim? – ela cantarolou.

– Me promete uma coisa.

– O que?

– Não me deixe... Nunca.

– Não vou.

– Promete?

– Prometo.


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Notas finais do capítulo

É o fim. Ou será um começo? Sei que demorei, e me desculpe. Dedico esse capítulo a todos vocês, leitores, que não desistiram de acompanhar o final dessa história. Tenho em mente outra história AnúbisXSadie.... Quem sabe outro dia?