Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 4
Capítulo 4 - LAR DOCE LAR


Notas iniciais do capítulo

capitulo especial para Joana Rubin , pela primeira recomendação da fic obrigada amada !!!bjs !!!
Se Lar e Casa fossem iguais não teriam nomes diferentes. A maioria vive a vida na busca de uma Casa e esquece de edificar um Lar.
Jean Carlos Sestrem



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Lar doce lar Nessie :

Eu já estava completamente tonta. Jake não parava de me rodar. Estava cega, ele tinha posto uma venda em mim com um de meus xales, e agora me rodava como um peão.

– Chega, Jake! Eu tô complemente tonta

– Tem certeza que não está vendo nada? Não tente me enganar, Nessie.

– Pare com isso! Para onde estamos indo?

Jake não me respondeu. Em vez disso, pegou minha mão e colocou em seu quadril. Toquei sua blusa, e imediatamente, minha mão foi para debaixo dela. Queria sentir sua pele. Ele agora anda de blusa, por causa do trabalho, e isso é estranho pra mim. Sempre procurava me desviar desta barreira que impede minhas mãos de tocar sua pele quente. Senti ele reagindo ao meu toque e logo me puxou para si, me beijando com paixão. A sensação de estar tonta, de olhos vendados e recebendo aquele beijo delicioso, me fez me acender em fogo de desejo por ele. Claro que ele já sentia meu estado. Colou mais nossos corpos, me apertando a carne por cima do meu vestido. Levantou uma parte, percorrendo a minha coxa, e eu já respirava ofegante para ele. Ele me soltou com dificuldade

– Assim você me desconcentra, Nessie. Não dá! Olha meu estado agora. Ri com vontade, dele.- Não posso ver nada, Jake. Estou vendada, esqueceu? Ouvi seu suspiro próximo do meu rosto e o calor que vinha de seu corpo próximo ao meu.

– Hahaha , você e essa boca gos -to-sa.

Ele disse, me dando estalinhos a cada sílaba da palavra. Eu ria com ele.

– Agora, para. Vamos, pegue na minha cintura e seja comportada. Nada de ficar me alisando por debaixo da minha camisa, sua assanhada.

Toquei sua cintura e ele ficou de costas pra mim, me direcionando o caminho que iriamos. Estavamos no meio da floresta. Isso eu sabia, pelo som e o cheiro que vinha. Andamos mais alguns metros, e já ouvia o barulho do marSabia que estavamos em La Push. Eu queria tirar a venda, mas Jake me deteve, segurando minhas mãos como algemas.

– Nada disso. Mas que trapaceira você é. Não vai olhar nada. Só quando eu mandar.

– Tá demorando, Jake. Logo as crianças vão chegar e ainda estamos aqui

– Tá bom! Vem então nas minhas costas, sobe.

Subi em suas costas e ele segurou em minhas pernas. Ele corria rápido e eu ria com medo que ele me derrubasse. Ele não fazia isso. Geralmente, faz como lobo. É a primeira vez que eu ,literalmente, o montava como humano. Riamos como dois bobos. Quando senti que ele parou, saí de suas costas, descendo. Ele me pegou no colo, caminhou por um assoalho de madeira. Eu reconheci pelo barulho que suas botas faziam no chão. Me colocou no chão, me beijando novamente, ao mesmo tempo que tirava minha venda. Não abri os olhos de imediato. Ainda saboreava o gosto da boca de Jake. Fui soltando dele devagar, olhando aonde estávamos. Levei um susto quando vi a imensa casa de madeira escura em meio à floresta, tendo a praia a poucos metros. É linda! Fica protegida e escondida pelas árvores altas, mas tem a vista livre para o mar. É perfeita! Cheia de janelas de vidro. A varanda é um deque enorme, que tem uma piscina. Eu não conseguia acreditar no que meus olhos viam. Minha boca estava aberta. Subi as escadinhas que levavam para parte de dentro da casa. É uma porta de vidro, que nem mesmo fechadura tem. A sala imensa, só tem dois enormes sofás brancos no centro. Do outro lado, é a cozinha toda aberta, que encontra com a sala. Já tem alguns eletrodomésticos. Tem uma enorme mesa em outra sala . Olhei para Jake e ele sorria orgulhoso.

– Você! Você disse que ela era simples. Não me deixou vê-la, porque estava tramando issso, seu lobo mentiroso.

Olhei, com falsa revolta para ele, que me abraçou, me beijando com amor.

– Não posso mentir para você, amor. Você sabe. Mas posso te fazer surpresas, e esta é uma surpresa que demorou muito para ficar pronta. É o presente mais demorado que eu fiz pra você.

– Ô, meu amor! Isso só a torna mais especial. Porque foi você que a construiu para nós. Para nossa família.

– Não fiz sozinho. Os rapazes me ajudaram. Foi até terapêutico. Assim, pude manter os mais agitados, ocupados.

– Como eles estão?

– Mais calmos. Não estão se transformando com frequência. Parece, que finalmente estão mais tranquilos. Eu acho que posso começar a descansar um pouco e deixa-los por conta própria um pouco. Mas você ainda não viu tudo amor. Tem lá em cima os quartos. O nosso quarto._ Jake falou, me abraçando, beijando meu pescoço.

Me desvencilhei de seus braços, deixando ele insano por minha fuga. Subia as escadas, correndo, abrindo todas as portas dos cômodos. Voltei calmamente, percorrendo o corredor. Vi o quarto que será de Edmond. Tem lobos de pelúcia espalhados. Uma cama infantil. O closet. Está lotado de roupinhas, dando sinal que Alice já tinha passado por alí. Tem um banheiro espaçoso e branquinho. Fui para o outro quarto, que será o de Sarah, e estava cheio de borboletas penduradas na cortina. Tem um tapete rosa, uma pequena penteadeira de criança, e a cama mais parecia a da bela adormecida. Também tinha um luxuoso banheiro, mas é verde água, que lembra a cor de seus olhos. O closet é enorme e já está cheio de roupas. Mas tem mais sacolas, com coisas novas para enche-lo ainda mais. Jake acompanhava cada reação minha. Continuei pelo corredor, abrindo o outro quarto. É simples. Não tem muita coisa lá. Uma cama, alguns aviões de brinquedo na cômoda de madeira escura. Abri a janela, para que o quarto recebesse luz. É triste saber que ele ficará assim, vazio por um longo tempo. Mas sempre estaria pronto para recebe-lo. Eu mesmo cuidaria disso, arejando ele, deixando a luz do dia entrar. É do mesmo tamanho dos outros quartos. Também tem um banheiro branco, como o de Edmond, mas o closet está vazio. Jake me abraçou por trás, beijando meu ombro.

– Não vai ficar vazio pra sempre, amor. Ele vai voltar e tudo estará como deve estar. Esse é o quarto dele e sempre será, até sua volta. Concordei com a cabeça, me virando pra Jake.

Dei um selinho demorado nele, o puxando para os outros quartos. Eram mais dois quartos menores, mas também com banheiros. Comecei a olhar especulativamente para Jake.

– Cade nosso quarto, Jake? Vamos dormir na floresta?

– Não é má idéia, mas não. Não vamos dormir na floresta.

Ele me puxou para um pequeno salão no final do corredor, que tinha uma escadinha singela. Subi, abrindo uma porta grande. Era enorme, mas o mais impressionante não era o tamanho. Era a vista. Tem uma parede toda de vidro e a vista é a praia de La Push vista do auto, como um mirante. A cama fica no centro do quarto e o closet é indecente de tão grande. O banheiro é um luxo, com uma banheira que parecia uma mini piscina.

– JAKE!! Você, como?

– Antes que você pense que foi seu pai que me deu dinheiro pra isso, vou logo dizendo que ele até tentou, mas não. Tudo aqui, foi graças ao meu esforço e ao trabalho das oficinas, que estão indo muito bem.

– Jake para com isso. Meu pai não se importa em nos ajudar. Ninguém da minha família se importa

– É! Mas eu me importo, Nessie. Eles já fizeram muito. Ficamos no chalé este tempo todo, com sua família bancando tudo, porque eles insistiam e se faziam de ofendidos quando nos recusavamos. Mas agora, já tá bom. Vamos morar aqui com as crianças e eu já fiz um novo tratado com Carlisle. Agora toda a sua família pode ir e vir quando quiserem na reserva. Os anciões concordaram. Tá tudo certo. Eles vem aqui a qualquer hora que eles quiserem.

– Você fez isso, amor? _ Meu coração era só orgulho do meu lobo nessa hora. Olhava orgulhosa para Jake. Eu sei o quanto ele estava batalhando por isso, mas os mais antigos ainda implicavam. Tudo tinha ficado mais fácil depois que meu avô abiu o hospital na reserva. Agora as famílias não precisavam ir até Forks para coisas simples. Emily, Claire e até Leah o ajudavam. Claire ensinava ao meu avô sobre as ervas que curavam. Ele estava fascinado e sempre as estudava. Estava catalogando tudo, os remédios que receitava, quase sempre eram naturais do próprio povo Quileute, o que fez aumentar e muito, a confiança em nossa família, mas era sempre complicado. Meu avô, toda vez que precisava vir a La Push, tinha que vir com Sam ou Jake, mas agora, não mais. Pulei no colo de Jake, beijando em agradecimento

– Obrigado, amor. Isso é tão bom, tão importante para meu avô. Ele deve estar muito feliz.

– Ele ficou sim, Nessie.

– Agora ele vai ficar mais tempo aqui. Não vai partir com meus tios.

– Ele e Esme vão ficar com seus pais na mansão. Esme vai ajudar na coperativa de Sue, com as outras mulheres da aldeia. Ela vai ensina-las a pintar, fazer artesanato para ajudar na renda das famílias e vender aos turistas. Sua mãe e seu pai vão ajudar Carlisle no hospital. Mas seus tios vão em viagem pelo mundo, como eles já tinham programado.

– Vou sentir tanta falta deles.

– Eles vão sempre voltar, Nessie. A cada aniversário, natal ou festa. Sabe como Alice é. Ela não vai deixar nada passar sem uma comemoração. Que seja ela a fazer, é claro.- Pobre daquele que tentar tirar isso dela. Acho que fica sem um braço. Rimos. Jake parou, me olhando com intensidade.- Então, senhora Black, o que achou de sua humilde choupana?

– É linda! Perfeita demais. Não vejo a hora das crianças verem. Vão ficar loucas, correndo para todos os lados. Mas poderia ser uma humilde choupana. Eu estaria muito feliz se estivese lá com você e com todos os meus filhos. Seria perfeito também.

– Eu sei que sim, minha vida . Mas agora, esta é oficiamente a casa dos Black, e a senhora vai decorar e arrumar do seu jeito. Juntei as mãos em espectativa, louca para começar a arrumar tudo. Meu lar. O lar da minha familia. Meu coração devia estar feliz e estava. Mas sempre haverá uma sombra de dor. A falta. A ausência. Me virei para olhar a vista. Jake abriu a grande janela, e vi que não era uma janela. Era uma porta de correr, que dava para uma pequena varanda particular. Sorri, seguindo ele, e havia um lindo banco de balanço, com um balde de gelo com champanhe e duas taças.

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( Enquanto isso em Volterra )

– O que foi, Felipe?

O vampiro a frente de Alec fez uma respeitosa mesura ao entrar no quarto de Alec. Ele é um vampiro mais velho. Não por ter sido mordido há muitos séculos, mas por sido mordido em idade já avansada, nos seus sessenta e poucos anos de idade humana. Ele sempre trabalhou no castelo, desde sua idade mais jovem, quando era um garoto de quinze. Marcus o transformara, atendendo a um pedido do próprio Felipe, quando soube que sofria de uma efermidade cancerosa. Ele é uma figura distinta e estremamente leal a Volterra, e fidelícimo a Marcus, o qual considerava seu próprio salvador, por seu ato de bondade, segundo ele, é claro. Servia somente aos reis em particular. E agora, a Alec, por Lucian, que é um príncepe. Mas sempre tinha uma ligação com Alec e um laço de amizade zelosa, já que confidecias trocadas em Volterra não eram muito apreciadas, e nem muito inteligente de se fazer.

– Os mestres estão chamando-o, meu senhor.

Alec levantou-se da escrivaninha, guardando os papéis na gaveta. Olhou para Lucian, que bincava com seus aviões, espalhados pelo tapete do quarto. Felipe percebeu o olhar preocupado de Alec

– Eu olharei o jovem príncepe, senhor. Não se preocupe. Ninguém entrará aqui enquanto não retornar.

– Obrigado, Felipe. Fique bem garoto, eu já voltarei.

Alec se abaixou, dando um beijo na cabeça de Lucian, que se virou em um ok com as mãos. Ele achou o gesto familiar, mas não disse nada e saiu para a sala dos tronos. Somente Aro e Caius estavam na sala. Alec estranhou, mas não disse nada.

– Alec! Como está, meu caro? E nosso pequeno Lucian, progredindo a cada dia?

– Muitissimo bem, mestre Aro. Eu o trarei para vê-los, assim que ele tomar as lições do dia, mestre.

– Ótimo! Faça isso, meu querido. Muito me alegra ver nosso pequeno e poderoso bambino. Bem! Mas agora, Caius vai colocar você a par de nossas decisões, quanto ao futuro do nosso menino.


Caius deu um sorriso maquiavélico, se levantando em direção a Alec. Parecia analisar com muita atenção as reações de Alec, a cada palavra dita .




– Vamos resolver como será contada a história de Lucian, Alec. Obviamente, ele é o filho da híbrida com o lobo. Mas para Lucian, ele só saberá que sua mãe era uma porca vadia, que foi casada com você e te traiu levianamente com um homem desconhecido. Ficou grávida e você logo soube que ele não era seu filho, quando ele nasceu tão diferente. Ela morreu dando a luz. E Lucian não saberá nada da família Cullen. Eles não serão nem mencionados neste castelo. Nunca mais. Você será o marido traído, que teve que cuidar da criança bastarda e que nós o acolhemos novamente, mesmo depois de você ter nos abandonado pela vadia. Porque ficamos comovidos pela pobre criança orfã e Aro se apegou a ele de imediato, o consagrando seu príncipe e herdeiro legítimo de seu trono, caso algo lhe aconteça. Isso é tudo que ele saberá. Espero ter sido bem claro a você, meu leal Alec.




Alec teve que usar de todo o seu autocontrole, adquirido em Volterra por séculos, para controlar sua mente e seu corpo, que queria saltar e arrancar a cabeça de Caius e faze-la ricochetear por todo o salão do trono, enquanto ele esfarelava o restante do corpo dele nas paredes de pedra até virar pó. Mas deu o seu melhor sorriso, sem mostrar nenhum dente e disse:


– Não me importo de ser o marido traído, mestre Caius. Mas talvez não seja saudável para uma criança, pensar que sua mãe era uma porca vadia.

Alec pôde notar uma leve sombra de insatisfação no olhar de Caius. Ele obviamente não tinha conseguido atingir seu objetivo de humilhação.

– Lucian é um princepe Volturi agora! As regras não se aplicam mais a ele. Ele está muito acima disso. Moral e ética, quanto a sua linhagem. Isso de nada importará! Ele é um soberano príncepe, e é tudo que importará! Seus pais ou sua real família não serão nada para ele e para ninguém aqui.

Caius queria testar Alec. Ele queria ver até onde ia a sua lealdade. Queria obviamente humilha-lo também, fazendo-o passar por um marido traído. Mas denegrir a memória de Nessie, era seu golpe de misericórdia. Se ele não aceitasse suas condições, ele provavelmente o afastara de Lucian.

– Como queira, mestre Caius.

E mais uma vez, seu olhar o perfurava em busca de alguma reação contrária as suas palavras. Mas nada sairia de Alec. Era uma parede de gelo, a qual ele não tinha uma maldita picareta para penetrar em busca da verdade. Mas ele estaria bem encrencado, caso Aro decidisse por a mão sobre ele. Mas Aro nem mesmo se moveu do trono, quando decidiu intervir.

– Perfeito! Então esta será a versão contada a todos. Incluindo o pequeno Lucian.

Aro deu um sorrisinho satisfeito, com suas palavras triunfantes e fez um sinal para que Alec saísse. Alec sabia que eles estavam tentando o punir ainda mais com aquilo. E o fato de Marcus não estar naquela sala, só podia significar que ele não concordava com isso, ou não fazia idéia dos planos dos dois, e isso significava muitas coisas. Talvez, pela primeira vez em muitos séculos, havia uma rachadura no poder Volturi. Uma rachadura, que poderia vir para o bem, ou para o mal.


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