Meu Amor Imortal 2 - O Legado escrita por LILIAN oLIVEIRA


Capítulo 19
Capítulo 19 - MENTIRAS BEM CONTADAS


Notas iniciais do capítulo

A verdade é tão preciosa que precisa de tantas mentiras para não ser revelada
Pedro Bial



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LUCIAN






Lavei o rosto com água fria tinha dormido umas doze horas, dês da minha transformação eu podia ficar dias sem dormir, mas quando dormia era quase um dia inteiro, olhei meu rosto. No espelho, me senti cansado, ainda e fraco. Preciso caçar, talvez seja isso. Vesti-me. Colocando meu uniforme militar da guarda foi quando eu senti o papel ainda amaçado do bolso, o bilhete de Nerida, eu tinha esquecido completamente dele, cheirei, ainda tinha seu perfume doce de mar, sorri ao lembrar-me da bela hibrida seus olhos azuis, e sua pele morna. Abri o bilhete, escrito à mão em uma letra delicada:







Como esta meu menino? Já desabrochou? Já se transformou num belo homem? Aposto que sim, e uma mulher de sorte já deve ter provado o seu gosto doce. Mas diga a essa sortuda mulher que seu coração já tem destino, ele será meu doce Lucian. Espero que tenha seguido meus conselhos e tenha saído para ver o mundo, não se prenda a estes portões e a estes muros de pedra meu príncipe, não deixe seu fogo sucumbir, veja o mundo, conheça os prazeres que a nele, mas guarde seu coração somente pra mim. Espero ansiosa nosso reencontro, meu corpo anseia pelo seu com ardor. Minha boca ainda treme ao lembrar-se de seu beijo quente.







Com amor. De sua Nerida





Sorri guardo a carta em uma gaveta da mesa de estudos. Sai à procura de Felix precisava me desculpar com o vampiro por meu comportamento descontrolado. Encontro ele polindo seu mimo na garagem, o vampiro só me deu um olhar frio sem dizer nada. Encosto na parede, sem ainda conseguir encara-lo. Demoraria ainda algum um tempo, para olha-lo sem me sentir, envergonhado


–Te devo desculpas Felix

– Vampiros não pedem desculpas Lucian, não os de Voltera. E você e um príncipe não precisam pedir desculpas a ninguém, muito menos a um guarda como eu _Felix falou de forma calma sem parar de polir seu carro

– O vejo, como um amigo Felix.

– Não deveria. Não temos amigos aqui, podemos sair caçar juntos, mas não somos amigos Lucian... Não busque isso aqui dentro destes muros, não vai encontrar

– Eu entendo Felix.

Abaixei a cabeça respirando fundo, absorvendo suas duras palavras. Eu o tinha magoado? Nem sabia que ele era tão sensível assim. Já ia sair dali.

– Onde pensa que vai garoto?

Ele parou de polir seu carro e me encarava divertido. Era o velho Felix de volta já

– Essa foi sua primeira lição, ainda não acabamos Lucian.

– Dogue esta falando Felix?

Não entendi onde ele queria chegar com aquilo.

Felix soltou o pano que estava polindo o alto móvel, vindo em minha direção.

– Alec cometeu alguns erros em sua educação Lucian. Erros que podem custar muito caros a você aqui dentro. Eu pretendo corrigir essas falhas na sua educação. Até que ele volte, e tente me impedir.

– O que esta falando afinal de contas?

Felix tinha agora, um sorrisinho, quase maligno nos cantos dos lábios.

– Tenho, mas de quinhentos anos como vampiro garoto, todos cumpridos aqui dentro deste castelo. Conheço cada canto, cada vampiro, cada esconderijo, segredo e historia, desta cidadela, e seus moradores. Alec fez sua parte te ensinou as firulas matemáticas, e todas as matérias escolares, a ser educado e tudo isso. Mas eu vou encima-lo a ser um vampiro Volture, vou fazer disso minha meta, e só descansarei quando vê-lo pronto. Um verdadeiro príncipe de Volterra E não um garotinho assustado com medo de garotas de rua. Vamos Lucian seu treinamento já começou.

Ele saiu e eu fui atrás ainda meio confuso.

– Pra que tudo que tudo isso Felix?

– Ora garoto, o que pensa, ganhou uma luta com Nahuel, mas ele logo vai esmaga-lo como uma mosca se descobrir que você não tem o que e preciso para liderar ainda. Não quero aquele pulha se gabando, mas ainda. Você vai aprender a lutar eu vou ensiná-lo todas as técnicas as estratégicas e tudo que precisa saber.

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Felix se mostrou um verdadeiro professor. Ele sabia realmente sobre cada morador ali, quem traia quem, quem era confiável, quem não era, e quase ninguém era. O interesse de cada um. Sabia até mesmo, o ano da transformação de cada vampiro, que morava no castelo. Treinávamos luta todos os dias técnica de guerra tudo. Fui a cada lugar que tinha naquele castelo, conheci as masmorras. Vi alguns presos, eu nem sabia que vampiros podiam ficar presos. Felix disse que eles simplesmente deixavam o vampiro sem sangue algum, e isso os enfraquecia totalmente, não os matava, mas, quase os leva a loucura ao ponto de nem, mas se lembrarem porque estavam ali. Foi terrível vê-los, eles nem pareciam vampiros. Pareciam animas moribundos, e sujos, sai de lá, não teve como não vomitar. Felix me olhou contrariado.

– Tem que ser, mas forte Lucian. Isso não e o pior que você vera aqui em Volterra. Por que você acha que Alec te mantem preso naquele quarto dês que você chegou aqui?

Levantei as sobrancelhas. Curioso.

– Cheguei? Eu não nasci aqui Felix?

Ele me olhou surpreso.

– Não. Eu pensei que você soubesse. Alec trouxe você, ele nunca te contou.

– NÃO! Ele não fala sobre o passado nunca.

– Deve ter um motivo garoto, não serei eu, a te disser então.

Franzi os olhos já me sentindo impaciente com ele, o encarei de forma a desafia-lo a me revelar o que sabia.

– E se eu te ordenar a disser Felix.

– Eu não vou disser principezinho pode desistir, mas pode perguntar a Caios ou a Aro eles te dirão tudo que eles gostariam que você soubesse.

Não perdi, mas meu tempo era um assunto que há muitos anos atormentava minha mente não encontrei Aro, mas Caios estava como sempre em sua biblioteca com mapas e cartas antigas espalhadas por sua mesa, estranhou minha aparição repentina com Felix ao meu lado, que parecia arrependido de ter me falado algo. Saldei Caios e ele me manda sentar em uma cadeira enfrente a sua grande mesa.

– O que traz aqui Lucian?

Fui direto ao ponto, sem rodeios, sabia que isso aborrecia Caius ele gostava das coisas fáceis e sem firulas, e precisava contar com sua quase inexistente boa vontade de me falar algo.

– Preciso saber do me passado, Caios.

Ele me olhou intrigado. Se recostando em sua cadeira, abandonando os documentos que antes olhava com muita atenção.

– Alec não contou a você sua estória Lucian?

Seu tom era quase aborrecido, olhou rapidamente para Felix que se manteve perto da porta, mas sem se mexer. Não respondi, não sabia o que responder. Alec simplesmente me pedia para não perguntar e foi sempre assim por quase cinco anos, eu somente sabia, que minha mãe tinha morrido no parto, que meu pai era um lobo que provavelmente tinha morrido, por não aguentar a perda de sua companheira é era só. Caios percebeu que o meu silencio era a resposta, eu não sabia se aquilo colocaria Alec em algum problema, mas minha urgência por respostas era maior que tudo naquele momento.

– Alec era o general de nossa guarda, como já sabe. Apaixonou-se perdidamente por sua mãe, nos traiu, abandonando o castelo. Eles se casaram.

Ele fez uma pausa me encarando, com curiosidade, mas eu apenas o ouvia, sem mover um único musculo facial. Ele então continuou a falar.

– Você nasceu. Sua mãe morreu no parto. Mas ele logo percebeu que tinha sido traído, pôs você não era filho dele. Sua mãe era muito volátil Lucian, uma hibrida, muito encantadora, e usava isso para seduzir muitos homens. Alec só foi, mas um, em sua cama. Mesmo Nahuel, compartilhou de seus encantos, pelo que eu sei. Deve ser difícil ouvir isso meu príncipe. Deveria ser Alec a te contar, mas acho que ele pretendia guardar para si, este seu deslize de conduta. Mas enfim, depois do seu nascimento, ele percebeu seu erro. Ele veio até nos, com seu bastardo em baixo do braço. Nos o acolhemos, por que somos generosos. Aro se encantou com você, o transformando em príncipe seu herdeiro legitimo ao trono, caso algo lhe aconteça evidentemente. E essa e sua estória Lucian. Espero ter esclarecido essa lacuna em sua vida.

Eu não falei nada estava parado como uma estatua ouvindo a estória da minha vida como se fosse à estória de outra pessoa e não a minha. Caius tinha as mãos entrelaçadas sobre a mesa, e seu olhar era vazio e sem nenhuma sombra de emoção sobre a estória que me narrara. Ele parecia como um juiz que lera a centena ao condenado, por ter cometido um crime terrível. O meu crime? Pra começar eu nasci. E a imagem que eu tinha de uma doce mãe que tinha dado a vida por mim, começava a se desmanchar na minha mente.

– Obrigado Caios, foi muito esclarecedor.

Sai e Felix me acompanhou. Mas precisei me escorar nas paredes de pedra, para não cair ao sair da biblioteca de Caius. Felix me segurou, e eu me desvencilhei rápido dele, me obrigando a caminha ereto. Precisava manter-me sozinho.

– Eu nunca soube quem era meu pai Felix, mas nunca pensei que minha mãe fosse uma vadia... Eu tinha uma imagem meio heroica dela... Não entendo , Alec devia ter me contado por que ele não me contou que foram casados? E que ela o traiu.

Felix olhou em volta, sem saber o que fazer alisou seus cabelos em um claro gesto de impaciência e contrariedade.

– Ele deve ter seus motivos Lucian não o julgue precipitadamente.

Esfreguei minhas mãos no rosto, como se pudesse me fazer acordar , caso aquilo fosse um pesadelo.

– Ele devia ter me contado mil vezes ouvir dele a ter que ouvir isso de Caius.

– Eu não sabia que ele iria contar assim pra você. _Felix continuava com sua expressão de contrariedade.

– E como ele deveria me contar?_ Ele parecia vacilante agora, nem me encarava.

– Não sei, mas a verdade, às vezes, não e aquela que todos contam.

Felix saiu, mas uma fez com cara de arrependido, como se tivesse falado, mas que deveria... Qual verdade afinal? Eu descobriria. E sabia muito bem quem poderia me dizer.

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Nahuel estava entrando na sala dos tronos. Sua presença tinha sido solicitada, mas não viu ninguém ali, já começava se irritar, se tratava de uma brincadeira, ia surrar a cara do mensageiro, o ate se arrepender de ter feito ele de idiota.

Mas logo percebeu que não estava ali sozinho Lucian saiu das sombras com um andar silencioso o olhando firme nos olhos. Nahuel logo consertou sua postura de espanto e manteve-se preparado para um possível ataque do lobo. Mas Lucian apenas o olhou, de cima a baixo, se encaminhando para o trono de Aro. Nahuel estranho à empáfia do menino em se sentar no trono do rei.

– Aro não vai gostar garoto de sentir seu trono quente, e fedendo a cachorro.

Lucian não o respondeu sentou-se de maneira displicente no trono e não tirou seus olhos de Nahuel. Que já se preparava para proferir, mas um insulto a ele.

– Cale a boca Nahuel, ou apodrecera nas masmorras deste castelo, por insultar seu superior!

Nahuel se calou. O menino nunca se valia de seu titulo para se defender antes, mas parecia que as coisas estavam diferentes agora. Observou Lucian, mas atentamente e pode perceber que o brilho nos olhos do garoto estava, mas apagado era um olhar diferente de nada lembrava o garoto que andava pelos castelos, ao lado das asas protetoras de Alec, conhecia aquele olhar, o garoto estava mudado. Algo tinha acontecido com ele.

– O que quer meu príncipe deste humilde general._ Nahuel disse de forma a deixar Lucian desconfortável, mas isso não aconteceu.

– Quero que me diga onde conheceu minha mãe e qual era sua relação com ela?

– Sua mãe?

Nahuel, não teve como esconder o espanto pela pergunta. Lucian não respondeu, e Nahuel percebeu o quanto ele estava se segurando para não ataca-lo ferozmente, podia ver seus tremores levemente, mesmo Lucian tentando controla-los. Mas não teve medo, se lembrou da estória que Caius e Aro já tinham lê contado. A estória que Lucian deveria saber como sendo a verdadeira estória do passado dele. Um brilho intenso surgiu nos olhos de Nahuel e seu sorriso debochado se alargou, mas em seu rosto de índio, que fez com que um rosnado violento sair da garganta de Lucian.

Lucian já pulava a sua frente. Ficando a menos de um palmo de distancia de seu corpo.

– Hora se vai me atacar garoto, e melhor que eu nem comesse.

Lucian se afastou tentando manter seu alto controle. E falou entre dentes.

– Diga.

– Sua mãe era uma moça muito bela. Cheia de encantos, jovem Lucian, e eu como muitos, sucumbimos ao seu charme. É claro que Alec foi além, se casou com ela. E ele foi traído. Ele pagou seu preço bem alto, por ter fugido do castelo. Por isso até hoje e tratado como cidadão e segunda classe aqui. Nunca mas terá o respeito desta corte, abril mão de tudo que tinha por uma meretriz...

Nahuel começava uma pequena marcha ao redor da sala de tronos, na verdade ele se deliciava com a estorinha formada pelos reis. Tinha perdido a esperança de ter esse momento, já que Lucian nunca o tinha interpelado sobre o assunto. Mas agora se dava conta do motivo, para essa entrevista nunca ter sido agendada. A babá nunca contou essa versão sublime da estória. Tentou de forma falsa se lamentar, juntando as mãos em uma palma oca. Dando mas ênfase a sua narrativa da estória.

– E depois Alec, teve que voltar, com o rabinho entre as pernas, trazendo com ele o fruto da traição. E ele teve coragem! Não posso negar... Eu teria deixado você morrer... Junto com a vadia.

Lucian se aproximou de Nahuel. E o hibrido deu um passo pra traz, mas Lucian sorriu um sorriso de puro escarnio, que fez Nahuel temer muito, mas que seu olhar de morte.

– Você a amava.

Não foi uma pergunta Lucian confirmou isso na cara de Nahuel em um entendimento muito claro. O sorrisinho de Nahuel sumiu pela surpresa, do entendimento de Lucian. Nahuel não entendeu como o lobo tinha chegado a essa conclusão. Tentou buscar em sua mente as palavras que tinha dito, e qual delas o havia entregado para que o lobo chegasse a essa verdade. Não ele não tinha dito nada, que o denunciasse, então como ele poderia saber? Lucian balança a cabeça de forma negativa com um sorriso seco no canto da boca. Era um duelo, de palavras e mente cada um, tentava atingir ao outro. Se testando mutualmente.

Dessa vez, foi á vez de Lucian fazer o percurso pela sala dos tronos, se sentando novamente na cadeira de Aro. Nahuel se mostrava mortificado, pela mascara que tinha escorregado sem ele se dar conta.

– Ninguém fala de uma mulher que foi só um caso passageiro com tanto ódio Nahuel, mesmo Caios quando me contou me disse com indiferença e trivialidade, mas você falou com eloquência e detalhes, e mesmo despreciando Alec, senti sua inveja, por ela ter preferido a ele em vez de você.

– É um tolo garoto, já tive muitas mulheres. O fato de eu lembrar tão claramente de sua mãe, e a sua presença aqui. E nada, além disso,

– Claro. Que sim deve ser isso mesmo.

Lucian disse de forma falsa e cínica, o que não passou despercebido por Nahuel. Que bufou irritado.

– Mas alguma coisa jovem príncipe? Posso me retirar?

Nahuel perguntou de forma debochada.

– Não ainda não. Não me disse como, ha conheceu.

– Aqui. Como Alec em um baile de mascaras. Ela ficou um tempo hospeda aqui no castelo, depois da festa, depois partiu com Alec indo atrás dela, como um colegial apaixonado, Ele deve se odiar até hoje por seu ato adolescente, ser um vampiro traído pela esposa, e muito humilhante. Não concorda jovem príncipe?

Lucian ignorou a provocação obvia de Nahuel, e continuou com suas perguntas.

– Quero perguntar, mas uma coisa.

Nahuel fez um sinal para que ele prosseguisse logo.

– Quem e meu pai?

Nahuel soltou uma gargalhada sonora e cruel.

– Não sou eu que vou lhe disser garoto isso e assunto seu já lhe dei informação de mais.

– Você o conhece disse que guardava a espada dos laicans pra ele.

– E fato eu disse, mas não vou disser a você seu nome, pergunte a sua ama de leite. Se me der licença eu preciso voltar ao meu posto.

Nahuel fez uma reverencia forçada a Lucian. Virou as costas deixando Lucian na sala dos tronos.

Lucian sabia que Alec nunca diria isso a ele, se sentiu culpado por ter tratado Alec tão mal nos últimos dias e agora nem mesmo ele estava perto para se desculpar, pediria desculpas a ele, ele o ajudara o salvou quando o trouxe para Volterra poderia ter feito como Nahuel disse poderia ter o abandonado para morrer com a mãe já que não era seu filho. Mas e seu pai onde estava? Por que não o reivindicou quando nascera? Teria morrido como afirmará Alec? Casado com minha mãe? Por que não me contou Alec?

As perguntas dançavam uma dança sem musica na sua mente

Ainda havia muitos mistérios ali, a verdade ainda estava incompleta precisava, a saber, de tudo. Apertou seu medalhão contra o peito, como se pudesse arrancar dele. Respostas, as suas inúmeras perguntas.

A imagem da bela mulher de cabelos de bronze voltou a sua mente, a mesma imagem que ele usava sempre para se acalmar quando esta em sua forma de lobo, seu sorriso doce seus olhos brilhantes de chocolate, sua mãe, não era a pessoa que ele imaginara não era. Tinha sido uma mulher que foi capaz de trair seu marido , o enganando , fazendo-o abandonar tudo que ele conhecia sua irmã seus mestres, para seguir com ela. E depois o trai. Que tipo de criatura faria isso? E como entregar a ele o filho de outro homem para que ele possa cuidar? Como pode ser tão egoísta? Maquiavélica, destrutiva. A imagem doce, de sua mãe foi se desvanecendo de sua mente, aquela que tinha sido em tantos momentos a imagem de tudo que ele podia entender como família ia se desmanchando, se tornando apagada. Naquele momento Lucian tomava muitas decisões, decisões perigosas e irrevogáveis, não iria, mas usar a imagem de sua mãe para se acalmar quando lobo, na verdade iria esquecê-la apaga-la para sempre de sua mente. Ela era má uma mulher que usava de sua beleza para obter aquilo que precisava dos homens, tinha seduzido Alec para depois condena-lo a cuidar do fruto de sua traição por toda sua eternidade. Uma Medusa maldita! A imagem da mulher mitológica com rabo de serpente e cabeça de cobras vivas invadia sua mente e ela tinha o rosto daquela que era dês de sempre a imagem que ele tinha de sua mãe.

Lembrou-se de uma vez Alec tentando alerta-lo sobre isso;

`–Cuidado, garoto. As híbridas são diferentes. São muito passionais e apaixonadas. Podem ser perigosas e letais, como qualquer vampira. Já falamos sobre isso. ``

Alec estava tentando alerta-me. Pensava. Não posso confiar em híbridos! São perigosos como minha mãe, como Nahuel.

Lucian saiu da sala dos tronos indo para o jardim a atmosfera fechada e fria do castelo o estava sufocando profundamente. Mas não ficou sozinho por muito tempo, assim que se recostou em um Salgueiro de copas baixas do jardim do palácio, pode ouvir os passos sutis de Haide. Mas não se virou para olha-la, mas sentia sua presença bem atrás de suas costas.

– Algo o atormenta, meu príncipe? Sinto que esta andando em nuvens negras de tempestade.

Lucian sorriu fracamente pelas irônicas palavras de Haide se virou para vampira, e ela se sobressaltou a um passo atrás , quando viu o olhar de Lucian , ele sempre tinha seus olhos negros e tempestuosos, mas eles pareciam assustadores agora atormentados e sem brilho algum, era o olhar dos sem esperança, daqueles há quem algo muito caro o tinha sido tirado e só fúria tinha restado, conhecia aquele olhar, a muitos já tinha visto em vampiros perigosos e mortais a quem tinha sido tirados deles suas companheiras ou tido seu clãs dizimado. Era o olhar da morte. Lucian era sempre um sopro de luz naquele castelo sóbrio, ela como ver um sol em meio a sombras frias, mesmo tendo seu olhar tempestuoso, sua energia e vida eram vibrantes ele emanava energia, era um príncipe de luz. Mas o homem a sua frente não!

Ele não era o sol. Era como se a tempestade que esteve sempre presa em seu olhar tivesse tomado conta de tudo ao seu redor , sua áurea não era, mas dourada e vibrante era negra e brutal, era um príncipe ainda seu porte elegante sua beleza sem igual estava lá, mas nada, mas de antes. Ele se tornará o príncipe negro de Volterra, seus lábios era uma linha dura de escarnio e dor. Haide deixou os braços caírem por seu corpo. Sentiu-se intimidada por ele. Falou com uma voz que ela nem mesmo reconheceu como sua, de tão baixa e vacilante como saiu.

– O que aconteceu com você Lucian?

Lucian coça o queixo e franze os olhos, analisando a expressão assustada de Haide.

– Porque acha que aconteceu algo comigo cheri?

Haide não demostrar o calor repentino que surgiu em seu corpo quando ele a olhava assim tão profundamente.

– Seus olhos estão estranhos e seu corpo parece tenso. Algo ou alguém esta aborrecendo você.

Lucian se aproxima de Haide, e ela não consegue se mover, apesar se seu extinto dizer-lhe corra dele.

– Esta com medo de mim Haide?

Lucian fala, mas sua voz sai, mas rouca que o esperado, Haide começa uma respiração desnecessária e ofegante.

– Não claro que não!

Haide mente tentando escapar de seu olhar, se desviando se concentrando na arvore a sua frente.

Lucian sorri percebendo sua mentira isso o diverte um pouco, fazendo ele se esquecer das suas ultimas e tenebrosas descobertas. Percorre em volta do corpo de Haide parando de novo a sua frente, buscando seu olhar fujão, sem recebê-lo. Para sua mão no queixo da vampira para que ela o encare finalmente.

– Temos assuntos pendentes a tratar Haide.

Ela o encara com duvida, sem saber direito do que ele fala. E Lucian continua sem soltar sua mão do rosto dela.

– Alec nos interrompeu aquele dia do chafariz Haide, ainda me deve um beijo.

Haide sorri se lembrando do dia em que foi pega por Alec o dia daquela confusão toda. Encara Lucian se aprofundando naqueles olhos negros, se deixando ser seduzida por aquele homem agora a sua frente, aquele homem de olhar de tempestade, que nem mesmo lembrava que era o mesmo menino que tinha lhe roubado um beijo no chafariz do castelo. Inclina-se a frente inalando seu hálito quente e poderoso, Lucian não se move a espera sem pressa ou expectativa, isso a incentiva de certa forma, como se para ele fosse indiferente ela decidir beija-lo ou não. Sua vaidade se sente ofendida até, decidi devorar aquela boca e dar um beijo avassalador naquele menino petulante, mas ela foi pega de novo desavisadamente, não era, mas o menino petulante ali. Era um homem, e ele parecia faminto e cheio de ódio, a prende fortemente em seus braços de fogo, a devorando em um beijo indecente e cheio de segundas e terceiras intenções, se vê rendida excitada e loca para ter, mas daquilo, mas antes de conseguir, mas dele, ele a solta bruscamente fazendo ela meio que cambalear, mas se mantendo firme, ao se recontar na arvore. Lucian a olha profundamente. Ela sem entender encosta os dedos em seus lábios que parecem ter perdido o frio e estavam quentes e tremendo levemente. Lucian se aproxima a prendendo ali na arvore a queimando, mas com seu olhar. Mas ele para a poucos centímetros do seu corpo, apenas seu calor do inferno a percorre, e como brasa se esfregando em sua pele de pedra fria e morta. Ele afasta algumas mechas de cabelo de seu pescoço apenas para sussurrar algumas palavras roucas em seu ouvido.

– Te espero em meu quarto Haide.

Ele sai, deixando-a encostada na arvore, sem olhar para traz, sem chama-la de novo, nem, mesmo uma olhada sorrateira para ver se ela esta o seguindo ou não, nada. Some castelo adentro, Haide abandona sua cabeça na arvore sentindo o quanto e inútil lutar contra aquilo que obviamente ela quer fazer, quer segui-lo quer senti-lo de novo, seus por quês foram abandonados em um canto escuro do seu subconsciente, junto com outras coisas que tinha decidido deixar lá há muitos séculos, foi caminhando devagar, sua dignidade pedia que pelo menos se mante-se indiferente, não uma colegial loca para se entregar a ele. Estava a menos de um corredor dos aposentos de Lucian sua mão já prestes a virar a maçaneta do quarto quando ouve alguém se aproximar. Seu corpo para, mas já e tarde para uma fuga dali.

Haide? O que faz ai?

Haide fita os olhos inquisidores de Shelsea, já esperando algo, como um ataque de ciúmes ou algo assim, mas a porta do quarto de Lucian se abre deixando as duas mudas e petrificadas. Lucian as olha de uma para outra, seus olhos se prendem um tempo em Shelsea, que parecia esboçar algumas palavras que morem em seus lábios ao receber uma balançada negativa de cabeça de Lucian, seu semblante escurecido era um aviso bem claro de cuidado com o que vai disser! E ela se cala. Lucian desvia os olhos para Haide estendendo a mão para ela, que a pega, ainda meio sem saber o que fazer.

– Por que demorou Cheri! Não gosto que me façam esperar!

Haide entra com ele e a porta e fechada. Do lado de fora Shelsea faz um movimento torpe para intervir no que obviamente iria acontecer ali, mas para vacilante, o olhar de Lucian a ela era um aviso muito claro de advertência, não se meta aqui, isso e assunto meu. Desiste abaixando a mão da maçaneta saindo do corredor do quarto de Lucian.

Esgueira-se pelos jardins em busca de Felix, ele poderia esclarecer algo sobre isso. O encontra na sala dos tronos discutindo algo com um guarda, lança a ele um olhar para que ele a seguisse, ele a entende dispensa o guarda e a seque indo em direção a ela que entra em uma sala pouco usada no castelo.

Chelsea esta parada olhando pela janela a noite que chegava seus olhos vagavam sem um ponto especifico o jardim lá fora. Mas ouvia claramente os passos de Felix se aproximando e a porta sendo aberta e fechada em seguida por ele. Que decide ficar estranhamente quieto, algo bem contrario a sua natureza canastrona e faladora. Chelsea se vira para ele para confirma se ele tinha entrado mesmo ou se tinha feito uma brincadeira ridícula como sempre de bater a porta e sair. Mas ele este lá calado a olhando com um olhar defaso de sempre. Chelsea ignora seu olhar e caminha até ele, que percebe o semblante preocupado dela e resolve se comportar.

– O que ouve Chel?

– Passou o dia inteiro com Lucian o que aconteceu com ele?

Felix bufa contrariado.

– E sobre ele que quer falar, e para isso que me chamou, e eu pensando coisas interessantes Mom Cher.

– Pare com isso, o que ouve com ele? Eu o encontrei no corredor de seu quarto, me olhou como se eu fosse uma estranha, seu olhar era de morte Felix, o que aconteceu com ele?

– O que estava fazendo no corredor do quarto dele?

– Não esta me ouvindo? Ele esta, estranho Felix, algo aconteceu! O que eu vou disser a Alec? Que o garoto pirou, ele saiu com você. Vocês foram caçar ele volta todo estranho se tranca no quarto dorme por quase dois dias acorda passa dias andando com você pelo castelo e agora isso?

– Isso?

– Esta trancada, com Haide, fazendo você, sabe o que. Ele não e, mas o mesmo, e foi você que fez isso com ele!

– EU?... Eu não fiz nada com o garoto, só mostrei o castelo a ele o levei para passear um pouco, foi Caius que despejou um monte de baboseira sobre Renesmee para ele, e depois eu não o vi, mas.

– Caius? O que ele disse para Lucian?

– Aquela historinha que eles já tinham contado a nos, você sabe, aquela que Alec tentava esconder dele, Caius esta furioso com Alec agora, tinha dito para revelar isso a Lucian, mas parece que Alec não o fez.

– Claro que não fez, e uma mentira Felix.

– Como muitas coisas aqui minha querida, mas e isso. Esse é nosso fodido trabalho feliz. .E você parece não esta fazendo muito bem, por que garanti a obediência de Alec e a fidelidade dele aos reis e sua função!

– Cale-se Felix, não me diga o que devo ou não fazer. Eu sei de minhas atribulações.

– Parece ter esquecido esta preocupada demais como o fedelho todo quente, e com quem ele leva para o quarto dele. E isso não e? Esta se roendo por ter sido Haide a escolhida da hora, a desfrutar de uma noite como o principezinho todo quente, e você foi deixada de lado. Carne nova, Chel, o garotão gosta de novidade.

Chelsea lançou a Felix seu olhar mordaz queria afundar os olhos dele até o seu crânio se aproximou em sua velocidade de vampira, mas foi agarrado praticamente no ar por Felix que a tombou no chão segurando fortemente em seu pescoço a mantendo ali imobilizada. Ele que tinha o joelho pousado em sua barriga a prendendo bem sem ela poder se mexer, mas ainda tentava se desvencilhar dele inutilmente.

– Pare de se debater pantera. E inútil. O que ia fazer? Atacar-me?Eu bem que iria gostar vampirinha, mas você me deixou meio enciumado hoje, eu não gosto de vela com ciúmes de outro Chel.

– ME SOLTE FELIX!

– Vou solta-la, mas guarde esses dentes e estas garras. Não que eu não as aprecie, gosto muitíssimo delas, adoraria senti-las em mim, mas não assim. Não quando e por outro toda essa fúria.

Felix a solta de forma cautelosa, e Shelsea se levantam arrumando sua roupa e cabelo, mas sem desviar os olhos raivosos de Felix.

– Não estou preocupada com quem ele dorme. Seu estupido!...Ele esta diferente não viu ele depois que falou com Caius e como se fosse outra pessoa, esta sofrendo Felix, ouvir as mentiras de Caius deve ter sido muito duro para ele, não entende?

– Não esta com ciúmes?

Shelsea bate com os braços sobre o próprio corpo demostrando sua impaciência com Felix.

– Foi tudo que ouviu do que eu falei? Você não tem jeito Felix, estou preocupada com Lucian, no que eu direi a Alec quando ele voltar e não encontrar, mas aqui o bom menino que ele deixou e sim, um homem escurecido e cheio de ódio no coração, que já saiu para caçar e descobriu a mentira sobre a sua estória da pior maneira!

– Calma Chel! O garoto não matou ninguém ainda. Mas Alec não vai conseguir segura-lo para sempre, ele precisa saber se defender aqui Chelsea, você viu Nahuel, esta espumando ódio pelo garoto, acha o que? Como ele vai se defender disso? Ele lutou bem, mas precisa de, mas. Se e isso, se ele esta aqui, terá que agir como um Volture. Eu estou ensinado ele a lutar, ele esta bem. Ouviu as besteiras de Caius, mas e dai? Sua mãe esta morta é isso já acabou. Ele vai superar com o tempo.

Chelsea para de andar de um lado para outro fitando o semblante despreocupado de Felix. Cruza os braços sobre o peito. E puxa um ar para dentro em resignação.

– Não tem o que ser feito, mas, nem sei por que estou discutindo com você Felix, sinto muito, por tentar ataca-lo, mas o humor de Lucian me afetou de certa forma negativa, velo assim como se uma sombra negra pairasse sobre ele, foi muito ruim, ele sempre foi tão bom, tão doce... Eu me pergunto o quanto de mal uma pessoa pode absorver estando aqui dentro deste castelo.

– Estou aqui há quinhentos anos Chelsea acha que sou tão ruim assim?

A pergunta parecia, mas importante do que Felix tentava demostrar.

– E diferente com você Felix, nada e muito serio para você. Você se diverte aqui dentro.

Ele cruza os braços, com uma falsa expressão aborrecida.

– Acha que eu sou um idiota?

– Não! E. Só despreocupado, não se importa quer fazer o que tiver que fazer e só!

– Não tenho opinião própria? Isso deve ser culpa sua então, sua, e desse seu dom que nos liga a eles.

– Não preciso usar meu dom em você Felix, nunca precisei você sempre esteve aqui por vontade própria e um Volture por livre e espontânea vontade, se sente muito feliz com isso.

– Qual o problema com isso, somos importantes Chelsea fazemos o que temos que fazer para manter a ordem das coisas.

– Eu sei disso, mas a que preço Felix?

– Não acredita que fazemos o que e preciso? Por que ainda esta aqui então?

– Acha que Aro permitiria que eu saísse? Quem manteria toda estas pessoas leais a eles Felix? Ainda acha que eu não cuido das minhas atribulações? São bem poucos aqui Felix que não são influenciados pelo meu dom. Essa cidade andaria bem vazia se eu resolvesse simplesmente sair. Mas isso não vai acontecer não se preocupe tenho que ficar aqui.

– Por quê?

– Para cobrar uma divida. Acertar para ser mais exata.

Felix descruza os braços, e seu corpo fica tenso, por alguns estantes.

– Como pode manter isso na sua mente sem Aro saber?

– O que acha que tem na minha mente que Aro não sabe Felix?

– Quer vingança pelo rei dos Laicans, quer vinga-lo! Isso e suicídio Shelsea, não sejam loca.

– Não se meta nos meus assuntos grandão, isso não e da sua conta!

– Aro sabe! Ele sabe!

– Temos um acordo. Eu fico aqui ele me deixa fazer o que tenho que fazer quando chegar a hora.

– QUANDO CHEGAR A HORA? Ele não vai cumprir com isso Chel!

– Ele não tem escolha. POR QUE ESTAMOS DISCUTINDO ISSO?

Felix se concentra para não gritar de novo com ela. E sua voz sai, mas calma agora.

– Sempre me perguntei o que a mantinha aqui, pode obrigar a todos estarem aqui, mas o quem obrigava você a estar. Sempre tinha sido um mistério para mim.

– O, fico feliz em sanar sua duvida secular.

Chelsea já se preparava para sair da sala, mas foi impedida pela mão forte de Felix que a segurou pelo braço impedindo-a de prosseguir.

– Não estou aqui só por que achar que o nosso trabalho e importante, tenho outro motivo, um bem, mas urgente até.

Chelsea se desfaz da mão pesada em seu braço, abaixando os olhos para o chão.

– Isso não e, mas para mim Felix, eu não tenho nada a lhe oferecer em troca, terá meu corpo vazio, meu coração não.

– Esta dizendo que posso ter seu corpo algum dia?

– Há, por favor, você só escuta o que quer!

Shelsea encara Felix sem acreditar, na capacidade dele de distorcer o que ele queria a seu próprio entendimento.

– Não só escuto o que e importante e você disse terá meu corpo.

– Vazio Felix! Vazio! Isso e o suficiente para você?

Felix frase a testa em uma expressão divertida e seu olhar provocativo já esta lá novamente.

– Eu posso cuidar do seu vazio vampirinha. Muito melhor que o garoto quente lá em cima.

Um O mudo sai da garganta de Shelsea. E... Ispch! Uma belo tapa deixa a marca de cinco dedos raivosos de Chelsea no rosto de pedra de Felix, e alguns palavrões em Espanhol e lançado e ele também. Mais isso não faz seu sorriso de vitória se desvanecer de seu rosto.

– Terei seu corpo! Você disse ,e eu, esperarei por isso. _Felix quase canta essa frase, esfregando o rosto no lugar da bofetada.

A porta da sala e quase arremessada longe por uma furiosa Chelsea que dispara pelos corredores do castelo.


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Notas finais do capítulo

O capitulo atrasou, desculpem tive que revisar sozinha e muito difícil assim ,,,Se tiver algo errado me perdoem .
bjs



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