MEL ON.

Chegamos no restaurante e a família do Lucas ainda não tinha chegado. O restaurante era muito chique mesmo, tinha até elevador, eu nunca vi um restaurante com elevador. Mas enfim, ficamos esperando na frente do restaurante a outra família chegar. Chegaram depois de uns 5 minutos .

Natalia: Olá Megan. - deram dois beijinhos na bochecha cumprimentando.

Megan: Olá Natalia. Olá Marcelo. - o cumprimentou. - Oi Lucas , oi Beatriz. - Lucas e Bia cumprimentaram minha mãe.

André: Vamos entrar pessoal, já reservei nossa mesa. - todos assentiram e entraram. - fui cumprimentar Bia, jádentro do restaurante.

Mel: Oi Bia. - abracei ela.

Bia: Oi amore. 

Mel: O que você queria me falar hoje na escola ?

Bia: Ah, deixa pra lá, já até esqueci.

Mel: Ah, tudo bem. - disse meia desapontada. Eu tava super curiosa. Eu sou uma pessoa gulosa e curiosa, isso me define.

Fomos em caminho a uma mesa no canto do restaurante e todos sentaram e começaram a conversar sobre negócios, eca. Recebi uma mensagem da Ju.

"Desce ai rapidinho, to aqui em frente ao restaurante, tenho que falar com você."

Mel: Aãhn... Mãe, vou no banheiro rapidinho e já volto.  - fui em direção ao elevador , porque o banheiro era no andar de baixo. E Lucas parece que deu uma desculpa e entrou no elevador também. O ignorei e apertei o botão para descer. Ele estava me encarando, até que o elevador para. Por um momento as luzes apagam e acendem rapidamente, mas o elevador continuava parado. Comecei a bater na porta do elevador pra ver se alguém ouvia. Sem resultado, estava presa no elevador com Lucas. Virei pra ele e falei.

Mel: Lucas, me ajuda a gritar. Eu não posso ficar aqui muito tempo. - disse já nervosa.

Lucas: Nem adianta, ninguém vai ouvir agente aqui. - sorriu malicioso. - Mas por que você não pode ficar muito tempo aqui ? - foi se aproximando de mim. 

Mel: Para Lucas. Eu tenho claustrofobia, ficar presa aqui vai atacar minha asma. - disse já meio tonta.

Lucas: Ah desculpa. Você ta bem ? - disse parecendo nervoso.

Mel: Não, já to começando a ficar meio tonta, Lucas. Me tira daqui. - disse meio sonolenta. Eu não via mas quase nada, já estava ficando tudo escuro, até o momento que nao via mais nada, me senti caindo no chão.

LUCAS ON.

Dei uma desculpa esfarrapada pra minha mãe e fui atrás de Melany no elevador. Ela estava realmente linda. Ia ser agora. Entrei no elevador e ela estava quieta. até que a luz do elevador cai por um segundo e volta. O elevador parou ! Perfeito. Melany começou a gritar pedindo ajuda.

Mel: Lucas, me ajuda a gritar. Eu não posso ficar aqui muito tempo. - disse nervosa.

Lucas: Nem adianta, ninguém vai ouvir agente aqui. - sorri malicioso. - Mas por que você não pode ficar muito tempo aqui ? - fui se aproximando dela.

Mel: Para Lucas. Eu tenho claustrofobia, ficar presa aqui vai atacar minha asma. - disse se apoiando na parede do elevador.

Lucas: Ah desculpa. Você ta bem ? - disse nervoso. Eu não sabia o que fazer.

Mel: Não, já to começando a ficar meio tonta, Lucas. Me tira daqui. - disse meio sonolenta. Até que ela caiu em meus braços. Meu Deus, o que eu faço, ela pode morrer aqui. Comecei a gritar, mas foi em vão, ninguem ouvia. Me sentei no chão e coloquei ela com a cebeça sobre meu peito. Eu realmente não sabia o que fazer. Fiquei esperando ela acordar. Uma vez minha irmã teve isso e minha mãe disse que o melhor é o calor humano e esperar apenas. Lembrei disso que minha mãe me disse uma vez e apenas esperei. 

Enquanto ela estava deitada sobre meu peito, fiquei observando como ela era linda. Soltei os cabelos dela com cuidado, pois estavam presos, e soltei para não machucar a cabeça dela. Aqueles longos cabelos loiros dela, eram lindos. Fiquei fazendo carinho em seus cabelos, até que ela se mexe.

Lucas: Mel, Mel ?! - disse acariciando seu rosto.

Mel: Lucas ?! O que aconteceu ? - disse se levantando do meu colo e coçando os olhos como uma criança que acabou de acordar.

Lucas: Você desmaiou, e a gente ta preso aqui. - ri fraco, quando ela coçou seus olhos.

Mel: A ta. Minha bolsa ficou na mesa, e meu celular ta lá.

Lucas: O meu também ficou lá. O melhor é esperar. 

Ficamos sentados em silêncio esperando. Até que ela quebra o silêncio que prevalecia.

Mel: Será que a gente vai ficar preso aqui por muito tempo ? - ela disse com voz de choro e com a mão na barriga.

Lucas: Não sei, parece que ninguém escuta. Por que ? Ta passando mal de novo ? - disse preocupado.

Mel: Não, é que eu to com uma puta fome. - Eu ri. - É sério. - ela disse com cara de brava.

Lucas: Eu sei que é sério. - ri abafado - Pelo jeito, você ainda é muito gulosa. Só vive comendo. - ri um pouco alto.

Mel: É mesmo. Por isso que eu to engordando. 

Lucas: Ah, para de palhaçada. Acho que você é a unica garota que eu conheço que come igual a uma leoa e não engorda nem um pouco. 

Mel: Mentiroso. - exclamou irritada. - Engordei 2 quilos já. - Ela ficou séria e eu comecei a rir, ela não se conteve e riu também. Ficamos ali uns dois minutos nos encarando. Olhei fundo naqueles olhos azuis que mais pareciam um oceano.

MEL ON.

Estávamos nos encarando. Eu olhando aqueles olhos verdes que pra mim, é a coisa mais linda nele. Até que ele quebra o silêncio com uma frase que eu nunca esperaria ouvir dele.

Lucas: Eu sinto sua falta. - disse olhando em meus olhos e abaixou a cabeça.

Eu não sabia o que dizer. Mas senti uma lagrima escorrer dos meus olhos. Ele me olhou, sorriu de canto, limpou minha lágrima com seu dedo.

Lucas: E pelo visto, continua a Melanita sentimental de sempre. - abriu aquele sorriso que eu sempre amei. 

* Melanita é como ele me chamava quando éramos melhores amigos.

Mel: Idiota. - sorri e bati no braço dele.

Lucas: Ei, eu não sou idiota. - passou a mão onde eu bati e fez cara de dor. Eu gargalhei. 

Mel: Desculpa. - disse fazendo biquinho.

Lucas: Ta desculpada. E para de fazer esse biquinho que comigo não cola. - ele sorriu e eu mostrei a língua. 

Mel: Mas você continua sendo idiota.

Lucas: Um idiota que você amava e que te ajudava em matemática. - sorriu vitorioso.

Mel: Ei, eu não amava você. E eu melhorei em matemática tá ! - ele me olhou como se estivesse dizendo "você não precisa mentir pra mim" . - Ta, ta. Eu continuo péssima em matemática. - bufei.

Lucas: Eu sabia. - sorriu sem mostrar os dentes - Se você quiser eu ainda posso te ajudar como antigamente. - olhou em meus olhos.

Mel: Se não for te encomodar, tudo bem.

Lucas: Você não incomoda. - ele disse e eu corei. 

Ficamos ali conversando. Até que as luzes apagam e acendem rapidamente e a porta se abre. Estavam todos ali fora, e eu saí correndo com o salto na mão, finalmente conseguia respirar melhor. 

Megan: Filha, você ta bem ? - disse preocupada.

Mel: Estou sim mamãe. - ela me abraçou.

Megan: Sua asma atacou não é ?

Mel: Sim, mas o Lucas me ajudou. 

Megan: Ta bom. - voltamos todos para a mesa e pedimos nossos pratos. Os pratos chegaram e comemos. 

Depois do jantar, fiquei conversando com Bia, e esqueci que Ju tinha me esperado lá em baixo e olhei meu celular. Tinham 9 mensagens dela perguntando onde eu tava, e pra mim descer logo.  Depois de tudo que aconteceu mandei uma mensagem pra ela avisando porque eu não desci.

"Ju me desculpa, não deu pra eu descer, eu fiquei presa no elevador, minha asma atacou e tal... amanhã de conto tudo. Beijos."

[...]

Chegamos em casa eu fui tomar um banho. Me despi e tomei um banho quente. Me sequei e coloquei uma camisola. Me joguei na cama e dormi na mesma hora.