A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 24
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oi!! Consegui terminar o capitulo!! Uhuull!! Pelo menos não demorei tanto dessa vez hehe.
Brigada pelos comentários no capitulo anterior!
Boa leitura!



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   Meu irmão está paralisado. Eu estou paralisada. Cato esta paralisado. Lucy esta paralisada. Jena continua a examinar suas unhas.

   Sinto como se um nó tivesse se formado em minha cabeça. Não era Cato todo esse tempo, era Jena! Por que ela queria ter um “relacionamento” com Jack? Por que favor me diga que tipo de ser humano doente faz isso?!

   Só agora percebo que Jena não bate muito bem da cabeça, só pode.

   Vejo a confusão no rosto de meu irmão. Cato também parece tentar entender. Lucy olha indignada para Jena, Lucy era burra, mas não ao ponto de falar pra namorada de um cara que os dois ficaram. Por que tipo...NINGUÉM FAZ ISSO.

   -F-foi... você?- gagueja Jack.

   -Sim.-diz ela finalmente tirando o olhar de suas unhas.- Você gosta de mim eu gosto de você, aquela Johanna era só um contratempo que nos mantinha afastados.

   -Não acredito que fez isso.- diz Lucy franzindo a testa.- Na verdade, quem é que faz isso?!

   Viu até Lucy achou estranho!

   -Eu faço.- Jena parece realmente surpresa com nossa reação. Então ou ela é burra mesmo ou é uma atriz incrível.- Qual é o problema?

   Nenhum de nós consegue responder. Sim ela era burra.

   -Ah amor.-diz ela.-Antes que eu esqueça vou dar uma festa hoje a noite, Lucy e Cato podem vir se quiserem.

   Como sempre ela não incluiu meu nome.

   -Tenho que sair pra compras as coisa.- ela sorri novamente para Jack e sai.

   Depois de três minutos Jack se vira pra mim.

   -Te devo desculpas maninha.-diz ele.- Nunca imaginária que tinha sido Jena...

   -Mas acreditou que tinha sido eu.-digo triste mente.

   -Desculpa mesmo, Clo... acho que mais uma vez fui um idiota completo.

   Ele espera minha resposta.

   -É você foi um idiota completo.- concordo e consigo arrancar um leve sorriso dele.

   Ele me abraça.

   -O que vai fazer?- sussurro para ele.

   -Johanna nunca vai me perdoar.-ele me solta.- Acho que tenha que simplesmente seguir em frente.

   -Mas ela gosta de você... podia, sei lá tentar explicar o que aconteceu...

   -Já tentei, ela nunca mais me ouviu.

   -Se eu falasse, talvez...

   -Não Clo, valeu pela preocupação, mas pense como ela, você voltaria pra alguém que fez isso com você?

   Não respondo, apenas olha imponente para a cara tristonha de meu irmão. É obvio que eu não voltaria, mas... não quero mais ver meu irmão chateado.

   -Sinto muito.- digo.

   -Você não tem culpa, mana.- ela da uma batidinha de leve em meu nariz e vai lentamente para dentro de casa.

  Apenas agora me lembro de que Lucy e Cato está aqui e viram tudo.

   -Er... vou ver como Jack esta.- diz Lucy entrando em casa igual a Jack.

   Ela provavelmente percebeu o olhar de Cato para mim. Algo como “eu não te disse?”.

  Seus braços estão cruzam sobre seu peito. Sinto-me culpada por tê-lo acusado, mas não quero pedir desculpas a ele. Podemos, talvez só talvez, não ser mais inimigos mortais, mas mesmo assim não consigo pensar em desculpa-lo. Talvez seja meu ego estúpido, ou talvez o meu medo de me machucar mesmo não havendo motivo.

   Ele tosse de leve  me fazendo sair de meu pensamentos. Ele continua me olhando da mesma maneira.

   -E então...?- ele me pressiona.

   Continuo em silencio e me finjo de desentendida.

   -Clove.- ele deixa os braços caírem ao lado do corpo.- Você me deveria, no mínimo, um pedido de desculpas não acha?

   -Tem certeza? –pergunto.- E você não me deve também?

   Ficamos em silencio por vários minutos. Apenas nos encarando. Sim, eu devia desculpas a ele. E sim também, ele me deve desculpas. O único problemas é que nosso ego é grande demais para admitir isso.

   Cato deve ter aquela filosofia idiota de não se desculpar, mesmo que já tenha o feito antes. E eu sou burra demais pra pensar em qualquer coisa agora. Acho que deveria falar isso para ele. Estou confusa.  E não tenho culpa! Afinal, como eu iria imaginar que havia sido Jena a contar e não ele?! Ele poderia olhar pelo meu lado também.

   -Eu não vou...- sussurro as palavras, mas cato conseguiu ouvi-las.

   -Clo, você me culpou todo esse tempo por uma coisa que eu não fiz, tem que pedir desculpas, isso no mínimo te faria uma pessoa justa.

   -E seu eu não for justa? E se eu for como você?- me arrependo de ter falado isso no momento que as palavras saem da minha boca.

   -Ok então.-diz ele, sei que ficou magoado com o que eu disse, sinto isso em seu olhar, por mais que ele tentasse não demonstrar, eu o conhecia bem demais para ele conseguir esconder de mim.- Sim eu sou uma pessoa injusta! Só esperava que você fosse diferente!

   Ele da as costas para mim e começa a se afastar. Entre em pânico nesse momento. Brigar com ele era a ultima coisa que eu queria agora, já estava cansada de fazer isso. Isso não tem sentido, eu sei,mas simplesmente não posso.

   Corro e pulo em suas costas.

   -Não.- sussurro.

   Ele não consegue me segurar e eu quase caio, mas ele consegue se virar rapidamente e me segurar.

   -Clove! Você é maluca por um acaso?- pergunta ele.

   Penso em dizer desculpas, mas se eu o fizer ele terá vencido, de novo.

   Percebo que estava agarrada a ele, como se fosse uma criança que tinha acabado de reencontrar a mãe depois de muito tempo perdida em um parque de diversão ou supermercado, com medo que ela desaparecesse novamente. Acho que no fundo tenho medo que ele desapareça, mas nunca irei admitir isso. Cato também me abraçava não tão forte como eu, mas mesmo assim estava, o que me confundia ainda mais.

   -Eu sou muito idiota.- digo a ele, por que não consigo em desculpar?!

   -Nós dois somos, pequena, nós dois somos.

   Ele para de me abraçar, mas eu fico por mais alguns segundos.

   Tinha a necessidade de ficar com ele longe de todos, só queria que ninguém nós visse e tirasse conclusões precipitadas como sempre. Um lugar vem a minha mente.

   -Quero te levar a um lugar.-digo.

   -Onde?-ele parece confuso.

   - Um lugar.

   Começo a andar e ele me segue. Saímos do terreno por trás do quintal. Alguns metro e tínhamos adentrado um pequeno bosque que quase ninguém se lembrava que existia.

   -O que está inventando?-pergunto ele agora ao meu lado.

   Olho para ele e sorrio.

   -Você vai ver.

  Ele suspira e eu rio. Acho que ele sempre vai achar que irei fazer alguma coisa chata e sem sentido, mas hoje tinha certeza que não seria isso para ele.

                                                                                                           

   Consigo escutar o barulho da água caindo. Cato também consegue e olha para mim curioso.

   -Chegamos.- aviso quando avisto a pequena queda de água e o lago onde brincava quando era pequena.

   Cato olha fascinado ao redor. As arvores cobriam quase todo o sol e a luz entrava pelos espaços das folhar deixando o lugar com um iluminação muito diferente de qualquer outro lugar.

   -Uau.- ele continua olhando para cada detalhe do lugar.- Como sabia daqui?

   - Eu sempre vinha aqui quando era pequena, meus pais depois de um tempo simplesmente esqueceram que isso existia... eu esqueci por um tempo.

   - Como pode esquecer um lugar como esse?- ele olha para mim.

   -Sei lá... tinha uma época em que eu achava que tinha crescido demais pra brincar ou me divertir em um lugar como esse.

   -Que coisa mais idiota pra se pensar. - comenta ele.- Acho que nunca iria ter crescido o suficiente para deixar de gostar de um lugar desse.

   -Agora acho que percebo isso, talvez.

   Ele sorri para mim.

   -Quer voltar a ser criança, por hoje?

  Olho para ele, um pouco confusa, mas ao ver seu sorriso todas as minhas duvidas desaparecem.

   O que me lembro do resto da tarde foi Cato e eu no lago, rindo, jogando água um no outro, mergulhando e esquecendo de todos os problemas que estava em nossas cabeças. Era simplesmente aqui e agora, nada mais importava além disso. Havia tempo em que não me divertia desse jeito. Todas a risadas, os sorrisos tudo foi verdadeira. Não tinha que fingir perto de Cato ele conhecia todos os meus defeitos, e eu os dele.

                                                                                                           

   Saímos da água apenas no final da tarde. Cato se senta encostado em um arvore eu sento-me perto dele. Ele me puxa para cima dele e suas mão se entrelaçam em meu cabelos. Não falamos nada, apenas continuamos olhando para o lago.

   Juro que nunca havia me sentido tão viva. Era estranho saber que Cato não se importava de agir naturalmente perto de mim, e era estranho perceber que eu também não me importava de agir naturalmente perto dele.

   Tenho certeza que essa foi a melhor tarde da minha vida.


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Notas finais do capítulo

E ai? Merece comentários? Favoritos? Recomendação?
Falem ai!! ;) E escutem essa musica que eu achei muito linda http://www.youtube.com/watch?v=1fU0FgFNMYA
kkkkk não sei por que falei isso, mas ok neh
Beijos até o próximo capitulo!