Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, gostaria de agradecer às minhas lindas leitoras que estão sempre comentando e me incentivando a continuar. Obrigada a todos que favoritaram e sempre deixam seus reviews. Sério, sem vocês eu jamais teria continuado essa fic. ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/314032/chapter/11

— Violetta! Que saudades de você! — Tomás deu alguns passos à frente, aproximando-se de mim. León imediatamente me abraçou, como forma de proteção.

Ludmila não tinha limites mesmo. Logo agora que estava tudo tão bem e tranquilo. Eu estava feliz vivendo em paz com o meu namorado, e já completamente esquecida de Tomás. 

Olhei para León, e o mesmo estava tremendo em raiva. Ele fuzilava Tomás com os olhos. 

— Tomás, o que você faz aqui? — perguntei mais uma vez.

— Ludmila me ligou e disse que você estava sentindo muito a minha falta. Então, tirei umas férias e resolvi passar uns dias aqui. — Ele deu mais dois passos, cada vez mais próximo de nós dois.

— O que? — Eu quase gritava.

León me apertou com ainda mais força. Eu estava aflita. Não sentia mais nada pelo Tomás, porém, a presença dele ali poderia trazer inúmeros problemas. Não por me confundir nem nada disso, eu amava meu namorado e ele era o único que ocupava meu coração. Entretanto, Ludmila poderia inventar coisas que fizessem com que León ficasse com raiva ou tivesse uma impressão errada.

— Olha Tomás, isso é mentira. Em momento algum eu disse uma coisa dessas, principalmente para a Ludmila. — Lancei um olhar irritado para a loira, que sorria maleficamente para mim. Senti um ódio profundo.

— Não sentiu minha falta? — perguntou Tomás.

— Não da forma que você está pensando. — disse-lhe. Seu rosto desmoronou um pouco ao ouvir isso. Era duro, mas era a realidade. Não tinha sentimentos por ele além de amizade. 

Meu namorado, que ainda me abraçava de forma compulsiva, relaxou um pouco ao ouvir minhas palavras. Eu sabia que, no fundo, ele ainda tinha a dúvida de que eu gostava do Tomás. 

— Amor, vamos? — O mesmo perguntou já um tanto impaciente diante daquilo.

— Vamos. — falei, libertando-me de seu abraço e segurando sua mão.

— Espera... Vocês voltaram a namorar? 

— Sim, nós voltamos. — disse León, com um sorriso não tão amigável no rosto.

Aquilo me lembrava de todas as vezes que ele e Tomás brigaram. As confusões, as ameaças. As coisas que faziam para atingir um ao outro. 

Também me lembrei da época em que comecei a namorar com León. Tomás fazia de tudo para confundir minha cabeça, dizia que eu estava fugindo de meus sentimentos e que era com ele que eu deveria estar.

Ele realmente foi um egoísta. Enquanto eu namorava com ele, León jamais fez algo para atrapalhar nós dois. Só dizia algumas coisas um tanto orgulhosas, mas nunca fez nada que nos prejudicasse. 

— É, voltamos. — confirmei. — Agora vamos, amor. Estou com fome. — disse-lhe, e não era de todo uma mentira.

— Ah, então... A gente se vê. — Tomás falou baixinho, um tanto desnorteado. Senti-me um pouco culpada ao ver aquilo, porém, a culpa não era minha. Ele criara expectativas sozinho. 

León puxou-me para fora dali quase correndo. Ele realmente temia que algo entre mim e Tomás acontecesse. Fomos para o Restó Band completamente em silêncio. Eu até queria falar alguma coisa, mas ele parecia nervoso e aflito demais. 

Sentamos em uma das mesas. Olhei para as minhas próprias mãos. Tinha certeza que em algum momento ele falaria alguma coisa. 

— Me desculpa por ter sido tão exagerado e obsessivo. — Sabia que ele falaria algo, mais cedo ou mais tarde.

— Tudo bem, amor. — Tranquilizei-o, pondo minhas mãos em cima da dele. 

— É só que... Tenho medo de que sinta algo por ele e me deixe. — falou, olhando para qualquer canto, menos para mim. — Claro que, se você me deixasse para ficar com ele, eu entenderia. Você tem que ficar com quem você gosta e te faz bem. Entretanto, seria muito doloroso. 

— Deixa de ser, bobo! Eu não vou te deixar pra ficar com o Tomás. — Eu ri diante daquela blasfêmia. Deixá-lo para ficar com o garoto que mais me trouxe sofrimento do que felicidade? Meu namorado era um tolo. — Eu te amo, e é só com você que eu quero estar. 

— Bom, se você diz...

— Você é tão inseguro! — Ri, dando-lhe um beijo no rosto. 

Ele deu aquele sorriso meigo e lindo para mim. O seu sorriso era uma das coisas que mais me encantava nele. Tão lindo e tinha um ar tão infantil. Aquele sorriso me derretia por completo.

— É. Eu realmente tenho andando muito inseguro, mas é porque eu não quero te perder.

— Você não vai me perder. — disse-lhe com a maior certeza do mundo. — Eu sou só sua, de mais ninguém.

— O Tomás não parece entender isso. — falou ele, em um tom irritado.

— Mas vai ter que entender! 

Levantei-me e contornei a mesa, esgueirando-me para o seu lado. Ele me puxou para o seu colo e ficou acariciando o meu rosto suavemente. Encostei a cabeça em seu peito, desejando que o tempo congelasse naquele momento e ficasse assim para sempre.

Ficava tão lindo quando sentia ciúmes de mim. Era linda a forma como aparecia ruguinhas no canto de seus olhos e o seu nariz ficava franzido. 

Eu podia ouvir seus batimentos cardíacos, tão suaves e ritmados. Eles me deixavam tranquila. 

— Você vai pedir alguma coisa, ou prefere ir para casa? — perguntou alguns minutos depois.

— Acho que quero ir pra casa. Você vem comigo? 

— Não acho que seja uma boa ideia. 

— Relaxa! Meu pai não vai fazer nada. — Rolei os olhos.

— Tudo bem então. Vamos. — disse. Levantei-me de seu colo, e fomos para minha casa. 

Também ficamos em silêncio enquanto íamos. Não por ter algum problema, nem um clima ruim. O silêncio pode muitas vezes ser bom e não trazer desconforto algum. 

Chegamos e entramos pela porta dos fundos. Não queria entrar pela porta principal e dar de cara com meu pai. Eu estava indignada por ele, além de ser extremamente super protetor e exagerado, ter chamado o León e tê-lo acusado de coisas sem sentido. 

— Sabe, tem uma pergunta que não quer sair da minha cabeça. — Ele se encostou em uma das bancadas, e pôs o braço em volta de meus ombros.

— Qual?

— Por que será que a Ludmila chamou o Tomás e inventou aquilo sobre você?

— Porque ela gosta de me ver infeliz, simplesmente por isso. — Grunhi. — Eu não entendo, León. Antes ela fez de tudo para me separar do Tomás, agora quer que eu me separe de você. Não entendo o porquê dessa conspiração contra mim. 

— Ludmila sempre foi assim. Ela se sente ameaçada por você, e quer te superar em tudo. — disse-me, pensativo. — Ela tem pura inveja de você.

— Inveja de mim? Por favor, ela não tem o que invejar. — Revirei os olhos, diante daquela calúnia. Me invejar? Ludmila tinha tudo. Era milionária, podia ter o que quiser e quando quiser.

— Violetta — Ele segurou o meu queixo, fazendo-me olhar para ele. — Você é linda, talentosa, humilde, generosa, tem vários amigos. Ludmila pode ter beleza e talento, mas é mesquinha e vulgar, além de não ter lealdade suficiente para ter amigos de verdade, muito menos para ser uma amiga de verdade.

— Esqueceu de uma coisa que ela não tem. — falei, dando um sorriso maroto.

— Que coisa? 

— O melhor namorado do mundo. — Ri, dando um beijo nele de leve.

Passamos mais algum tempo conversando, mas ele teve que ir embora, pois teria que sair com os pais. Subi para o meu quarto e fiquei cantarolando algumas músicas, já que eu não tinha mais nada para fazer. 

Quando estava sem ele, o tempo passava bem mais devagar. A ansiedade de vê-lo era grande demais. Quando escutei o toque do meu celular, uma pontada de esperança me atingiu. Levantei-me rapidamente, na expectativa de que fosse ele.

Porém, fiquei confusa ao ver quem era no identificador de chamadas. Tomás.

Me vi em um dilema. Atender ou não atender? Não estava preocupada nem nada disso, só fiquei com medo de que León ficasse com raiva.

Conclui que nada de ruim poderia acontecer, então apertei na opção "Atender". 

— Oi. — cumprimentei-o com certa frieza.

Oi, como está?

— O que você quer, Tomás?

Porque está sendo tão fria comigo? O que eu te fiz?

— Só não quero ter problemas com o meu namorado.

Violetta, eu sei que ainda sente algo por mim.

— Não Tomás, o único sentimento que eu tenho por você é amizade. — falei com um ar cansado, ele não entendia nunca?

Não pode fugir dos seus sentimentos.

— Fugir dos meus sentimentos? — Ri amargamente. — Tomás, acho que você retrocedeu há uns meses atrás. Já tivemos essa conversa antes. Eu amo o León, e dessa vez é de verdade. Não estou mais confusa entre você e ele.

Como você mudou tanto? Onde foi parar aquela garota meiga e doce que eu conheci?

— Só porque eu disse que eu não sinto mais nada por você, quer dizer que eu me tornei uma pessoa ruim? — Fiquei incrédula. — Reconheço que mudei, Tomás. Aprendi que a vida não é fácil e que as pessoas são cruéis, se você for sempre doce e despreocupada, pode acabar se machucando. 

Talvez tenha razão... — Ele hesitou. —Só não suporto te ver com ele

— Mas vai ter que aceitar! — exclamei, já irritada. — Eu amo o León, ele foi a melhor coisa que já me aconteceu. Sempre cuidou de mim e se preocupou comigo. Ele é a melhor pessoa que eu conheço e me faz feliz. Então, por favor, não me perturbe mais. Não quero problemas. — Apertei no botão de cancelar e pus o rosto entre as mãos. 

Sabia que Tomás não se daria por vencido e Ludmila deixaria as coisas ainda piores. A única coisa que eu podia fazer era torcer para que ele fosse logo embora, e que Ludmila não fizesse nada que me deixasse mal com León. 

Deitei-me na cama e deixei os pensamentos fluírem. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tomás sempre atrapalhando tudo u-u
NÃO SE ESQUEÇAM DE DEIXAR REVIEWS E FAVORITAREM ESSA HISTÓRIA, POR FAVOR! Eu sei que é meio chato pedir, mas entendam que é super importante e que fico muito feliz quando vocês fazem isso.