The Dreamland In A World Of Nightmares escrita por TheDifferentGirl


Capítulo 3
A Um Passo Da Loucura Interior.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Mais um capítulo aeee o/ Bem desculpem a demora... Mas como disse eu tenho alguns problemas com a minha imaginação as vezes e perco as ideias justo na hora que pretendo escrever... Mas vamos lá.
Desculpem qualquer erro de gramatica... E... Boa Leitura! (:



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“Olhe os modos Alice! Você é uma menina, uma doce menina não deve subir nas árvores e correr por ai querida!”

“Tudo bem mamãe, irei parar de subir nas árvores e correr por ai!”

“Isso meu bem, sem insanidades!”

    Quando acordei na manhã seguinte me deparei com o céu alaranjado e as cortinas abertas, me levantei com calma e deixando Mellanie na cama e fitei o céu. As nuvens tinham formas de bichinhos e pareciam que eles corriam, ouvi um barulho nas escadas e fui olhar me deparei com uma criança sentada brincando com um jogo de chá quebrado e velho, fiquei a fitando por longos minutos.

-Olá? Olá! Oras me responda! Eu lhe disse olá! – falei impaciente e um tanto raivosa.

    Assim que a criança virou me assustei e dei um pulo para trás, ela estava com o rosto contorcido com ferros, havia vários cortes na mesma, suas roupas eram rasgadas e ensanguentadas, ela me olhou e sorriu de forma monstruosamente feliz.

-Olá! Quer brincar comigo?

    Ela foi se aproximando aos poucos de mim, andando de maneira torta e desengonçada me assustando, seu sorriso permanecia no rosto me assombrando ainda mais, quando ela chegou perto o suficiente me olhou e começou a rir de forma histérica e puxou-me pela mão. Levou-me até o jogo de chá e se sentou me fazendo sentar também.

-Vamos brincar! Eu sou o chapeleiro e você a Lebre!- ela dizia sorridente. – Vamos! Vamos brincar!

    Eu estava assustada e receosa.

-Tome chá comigo, vamos! Tome chá comigo! – ela dizia fazendo bagunça com o jogo de chá, derrubando ali uma grande porção de um liquido viscoso cor escarlate, me assustei mais, aquilo era... Sangue.

    Levantei-me com pressa me afastando vendo minhas roupas manchadas com aquele liquido, fiquei horrorizada, por Deus! O que era aquilo?

-Oh céus! Oh céus! Suma! Suma! Suma por favor! – eu falava com pressa e medo para a criança.

-Mas... Temos que brincar!

-Não!

-Vamos tomar chá por hora então!

-Não! Oh por Deus! Suma!

-Não posso...

-Ora e por que não? Diga-me afinal!

-Porque eu faço parte da sua mente Alice!

     Meu horror aumentou senti como se meu coração fosse parar a qualquer instante de bater, vi o mesmo liquido escarlate escorrer por minhas mãos, pavor. Era isso que eu sentia no momento, pavor. Minha mente estava rodando de uma forma delirante, corri até o quarto e tranquei a porta, olhei-me pelo espelho e vi que minhas roupas estavam limpas, intactas! Senti-me mais tonta ainda, me sentei na beira da cama e fiquei ali até que tudo melhorasse um pouco.  Levantei-me e retirei a roupa, colocando um de meus vestidos cinza e deixei o cabelo solto, abri a porta com receio e não vi nada no corredor nem mesmo nas escadas.

    Fui até a cozinha e tomei café um pouco pensativa, logo que terminei fui até a sala e pus-me a ler outro livro de minha preferência para que minha mente se distraísse.

-Alice querida, eu e mamãe vamos fazer compras na cidade quer vir conosco? –Lizzie perguntou sorridente.

-Oh! Sim, quero muito!

    Levantei-me e deixei o livro sobre a estante próxima à lareira e fui com elas até a cidade, lá comprei um vestido novo, três livros, uma bola de lã na cor turquesa para Mellanie e um novo abajur.  Andamos pela cidade conversando, até que minha irmã e minha mãe resolvem entrar em uma loja para enxovais de casamento, fiquei do lado de fora, afinal quem irá se casar é Lizzie e não eu. Fiquei observando a vitrina de uma loja de animais quando escuto alguém me chamar, viro o rosto em direção à voz e não vejo ninguém, fico confusa mais ainda procuro por alguém, logo vejo alguém acenar para mim sorrindo de forma distorcida, não consigo reconhecer a pessoa, mas minha curiosidade fala mais alto e eu vou até ela.

    Aos poucos a pessoa começa a andar me deixando para trás, me aborrecendo. Começo a andar mais rápido na intenção clara de ir até a pessoa e lhe perguntar o que queria comigo, vejo com clareza que ela foge de mim, começo a correr até que entro na parte afastada da cidade, nos becos onde os trens passam a noite, vejo a pessoa parar e vou até ela.

-O que queres comigo?

-Vim te buscar Alice.

    Vejo o mesmo sorriso monstruoso e maníaco do gato que esteve em minha janela na noite anterior, me assusto e vou para trás, vejo aquele homem desconhecido tornando formas horríveis e isso me amedronta por completo.

-Não se aproxime de mim!

-Temos que conversar... – ele agora tinha uma voz monstruosa e assustadora, tão destorcida quanto seu corpo e rosto.

-Não se aproxime de... MIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM!– vejo-me caindo em um buraco escuro e estranho, lá continha um piano de cauda, cadeiras, poltronas, camas, livros, luzes acesas, abajures, e varias outros móveis. Fico olhando aquilo curiosa.

    Sinto sendo puxada para baixo com força e logo me vejo caindo em queda livre, logo me vejo caída no... Teto? Olho estranha e logo me sinto cair para o chão com força.

-Isso me dará um grande hematoma.

    Vejo que estou em um salão com várias portas, das grandes as pequenas, curiosa tento abrir todas e a única que abre é uma mediana, pela qual passo engatinhando quando chego ao final escuto a risada de criança e olho para frente, não vejo criança alguma apenas um lugar fantástico, bonito e encantador. Levanto-me e limpo os joelhos, percebo ai que meu vestido já não era o mesmo, ele era azul, continha um avental branco com bolsos eu estava usando botas e meias em listras brancas e pretas, olhei-me por inteira e fiquei mais confusa e curiosa.

-Não me lembro de ter me trocado e... Cada vez mais curioso. –pus-me a andar e ver o lugar tinha animais um tanto quanto exóticos, peças de dominó gigantes, estátuas que choravam uma água limpa e cristalina e uma calmaria.

    Logo ouvi um miado estranho, era uma mistura assustadora de um ronronado com uma voz do demônio, olhei para trás de vi o gato. Gato maldito! Ele e o seu sorriso!

-Olá... Alice!

-O que você quer? Não quero ver você suma! Desapareça seu maldito com sorriso assombroso!

-Ora, mas é claro! Eu sumo e você ficará trancada aqui para sempre.

-Filho de uma... Ora!

-Isto é apenas um aviso Alice! Preste bem atenção um aviso...

-Do que exatamente? – perguntei arqueando uma das sobrancelhas.

-Do que irá lhe acontecer! – ele disse sorrindo e logo em seguida sumindo como pó no ar.

-Ora... Maldito! Explique direito! Torno a dizer... Maldito! Ora que lugar mais curioso!

    Volto a andar e analisar o estranho lugar me sinto estranhamente calma com a situação. Andando encontro a criança com ferros no rosto, ela e seu conjunto de chá quebrado, minha reação é diferente do que eu imaginaria, olho para ela e não sinto medo ou o pavor de antes apenas... Sorrio.

-Como faço para voltar para casa? Pode me dizer?

-Casa? Mas você já está em casa Alice! – ela me responde simplória.

-Não... Eu não estou!

-Sim está... Pode demorar um pouco para perceber, mas...

    Do nada começo a ouvir a voz de minha irmã me chamando, sinto o chão me faltar e olho ao redor eu estou sendo sugada pelo mesmo buraco de antes, me sinto perdida e minha cabeça gira de uma maneira insana. Em pouco tempo me vejo no colo de minha mãe, estávamos no mesmo beco de antes, só havia nós três ali, eu, minha mãe e Lizzie, fico olhando confusa, perdida, não é possível! Cadê a pessoa de antes? Ora pelos céus! Cadê aquela pessoa?

-Ora Alice! O que você veio fazer nesse lugar tão... Sujo! Minha filha você não deve vir aqui sem ninguém Alice! –minha mãe dizia nervosa.

-Ninguém? Mas mamãe havia alguém aqui sim! – respondi assustada e confusa.

-Como? Ora não diga coisas assim Alice! Não havia ninguém aqui com você! Segui-te assim eu vimos pelo vidro da loja você correr como uma louca! Não havia ninguém com você... – respondeu minha irmã incrédula. – Logo mamãe pôs-se a ir atrás de mim, e ela também não vira ninguém com você!

-Mas havia uma pessoa! Era um homem... De principio, ele não parecia ser tenebroso, mas ficou assustador minutos depois! Ele até gritou meu nome!

-Não havia ninguém, você estava correndo sozinha, chegou aqui sozinha e desmaiou logo em seguida! Vi com estes olhos Alice! – minha irmã dizia um pouco mais calma passando a mão em meus cabelos. – Talvez você precise ir para casa descansar, pode ser cansaço, isso! Vá para a casa e descanse!

    Levantei-me e peguei a cesta que carregava minha mãe me olhou com ternura e me virei começando a andar apressada pelas ruas movimentadas da cidade, assim que cheguei a casa fui para o quarto e joguei a cesta com violência desnecessária na cama e me sentei. Ora como pode!Existia alguém sim naquele lugar me chamando! Eu o vi e o ouvi também! Não estou maluca nem insana! Tenho plena consciência de meus atos! Apesar de que quando desmaiei me vi em um lugar estranho... Mas é apenas o lugar quem sonho sempre, deve ser apenas um reflexo involuntário de minha mente! Sim apenas isso... Ou... Não Alice você não é insana!

“Até Logo! Em breve nos veremos Rainha.” 


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Notas finais do capítulo

Bem... Só teremos palavrões e coisas assim quando Alice estiver no País das Maravilhas okey? Okey!
Reviews?
Kisses =*