O Cara Certo E A Mulher Certa. escrita por Novacullen


Capítulo 6
Capítulo -6


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA !



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PV EDWARD

Bella já estava com seis anos, como o tempo passou rápido... Hoje de manhã ela nos surpreendeu bastante, não esperávamos que iríamos ter que lidar com essa situação tão cedo.

— Olha eu venho sendo paciente esperando que vocês tomassem a atitude...

Bella começou a falar como se fosse uma adulta e todos nós voltamos nossa atenção para ela. Essa maturidade precoce dela ás vezes nos assusta. Tem vez que se comporta como se fosse uma adulta presa num corpo de uma criança.

— Mas acontece que minha curiosidade está me matando, não consigo mais contê-la.

— Do que está falando filha? – perguntou Carlisle dando uma olhada discreta, mas significativa para Alice perguntando se ela sabia do que se trata.

— Não tenho ideia. - falou Alice num só inaudível para Bella.

Odiávamos ficar no escuro com relação à Bella, pois ela sempre nos surpreendia.

— Porque eu sou a única diferente nessa casa? Porque vocês são frios, e tão fortes? Porque às vezes vocês fazem as coisas ou se movem tão rápidos? E porque eu nunca vejo vocês indo dormir ou acordar e também não os vejo comer. Até o Ed apesar de ele comer, dormir e ser quente, é diferente, ele é mais quente que eu, e mais rápido e forte do que o normal. E porque vocês têm que sair de repente não sei para onde dando desculpas esfarrapadas ou dizendo que vão acampar e não me levam por que é perigoso e porque vocês... - Bella começou a falar sem nem ao menos parar para respirar.

E nós ouvimos aquilo chocados, ela é perceptiva de mais. E a ouvi-la falar tudo isso percebemos que o fato de ela se sentir tão a vontade com a gente nos fazia relaxar em certos momentos e acabar mostrando algo relacionado à nossa verdadeira natureza.

— Respire Bella. - pedi depois de me recuperar do choque de suas palavras e preocupado que ficasse com falta de ar.

E ela respirou fundo e estabilizou sua respiração.

— O que vocês são? 

— Filha. – Carlisle chama sua atenção - Promete que não vai sair correndo e nos ouvir até o fim.

— E porque eu sairia correndo? 

— Bom seria uma reação normal ao se ouvir o que temos a dizer.

— Eu prometo pai.

Carlisle sorriu quando ela o chamou de pai, isso significa que não está magoada com a gente.

— Bom primeiro quero que saiba que não pretendíamos te esconder isso a vida toda, mas estávamos esperando você crescer mais um pouco, mas eu devia saber que deveríamos dizer mais cedo, pois sua mente evolui mais rápido que seu corpo.

É verdade Bella sempre se mostrou ser mais esperta para a idade dela.

— Todos nós com exceção de Edward somos vampiros. – Carlisle fala calmamente, mas por dentro ele estava tão nervoso quanto nós temendo a reação de dela.

Bella ficou encarando o nada por um bom tempo.

O que eu não daria para saber o que se passa na mente dela, nem que fosse só naquele momento, nos ajudaria bastante na situação.

— Vampiros. - Bella respirou fundo - Certo. E o que o Ed é pai?

E todos ficamos aliviados, ela não só não havia ficado com medo, mas como também estava curiosa para saber mais de nós. Isso era um bom sinal de que ela poderia ainda continuar a querer ficar conosco após saber de toda a verdade.

— Um híbrido.

— O que seria um híbrido?

— Uma mistura de vampiro e humano.

— Ele se parece muito com você pai e um pouco com a mamãe também. 

Perceptiva ao extremo.

— É porque ele é nosso filho biológico.

— Se vampiros podem ter filhos, porque o Ed não é totalmente vampiro?

— Somente os machos podem, mas as fêmeas não.

— Então como o Ed pode ser filho biológico de vocês?

— Me casei com Esme quando ela ainda era humana. Ela engravidou de Edward, e ele nasceu assim metade humano e metade vampiro. O parto foi complicado, eu tive de transformar Esme para não perdê-la.

Bella assentiu compreendendo.

— Bom eu fui a segunda filha deles. – Rosalie toma a vez de falar- Não biológica é claro, mas adotiva. Minha história é um pouco pesada para te contar agora, mas quando você for adulta e quiser saber eu te conto.

Bella assentiu em compreensão.

— Mas por hora posso te dizer que Carlisle me encontrou a beira da morte e me transformou e eu sou muito grata a ele por ter me dado a oportunidade de continuar viva de certa forma.- Rose dá um sorriso a Carlisle que a retribuiu- E depois de um ano eu encontrei Emmet quando fui caçar.

— Caçar?

— Vampiros se alimentam de sangue Bella.

Bella ficou apreensiva.

— Fique calma, nós só nos alimentamos de sangue animal. - garantiu Rose.

— Ah. Por isso essas saídas misteriosas. – diz Bella compreendendo por que não a levávamos.

— Sim. E bom eu estava caçando...- continuou Rose.

— Quando ela me viu lutando com um urso. – Emmet se apressou a dizer.

Ele preferia essa versão fantasiada a realidade.

— Lutando não, apanhando.

— Não era bem assim Rose. – Emmet fala com ódio do urso. – Ele me atacou e eu estava me defendendo e eu ia me sair bem daquela situação.

Ele nunca superou isso, sempre que caçava e encontrava um urso, ele o matava com requintes de crueldade.

— E sair quase morto fazia parte? – diz Rose olhando para o Emmet com a sobrancelha arqueada.

— Er... não. – Emmet fala constrangido.

E a gente sorriu. Era impossível um humano vencer uma luta contra um urso, mas ele odiava o fato de sair perdendo nessa.

— Acredite, mas não sei como, mesmo vendo Emmet todo machucado a beira da morte eu me apaixonei por ele imediatamente e o levei até Carlisle, pedi para ele transformá-lo, pois eu temia não ter controle suficiente para isso. Eu sei que fui egoísta ao fazer isso sem o consentimento de Emmet ,ele estava desmaiado quando fiz o pedido, mas no momento que Emmet acordou e me chamou de anjo eu vi ali que fiz o certo. E estamos juntos até hoje.

— E ficaremos juntos para sempre. - garantiu Emmet abraçando Rose por trás.

— Como pode afirmar isso com tanta convicção Emmet? 

— Quando vampiros encontram seus companheiros é como alma gêmea Bella, é para sempre.

— Ah, entendi.

— Depois eu e Jasper fomos o quarto filho adotivo por assim dizer, já que viemos juntos, pois já éramos vampiros e companheiros antes de entrarmos para essa família. Quatro décadas depois que Emmet entrou para essa família eu previ que eu e Jasper faríamos parte dessa família também então nós passamos a procurar os Cullen para se a juntar a eles.

— Quatro décadas? Previu?- perguntou Bella a Alice sem entender.

— Somos imortais, teremos a idade de quando fomos transformado para sempre. 

— Até você Ed?

— Sim pequena, eu parei de envelhecer quando completei sete anos.

Ela me olhou confusa.

— Meu crescimento foi acelerado aos sete anos eu tinha a aparência de dezoito.

— E a parte do previu Alice?

— Alguns vampiros têm dons.

— Que dons?

— Eu, por exemplo, vejo o futuro.

— Mas você me pareceu surpresa quando eu comecei a falar, você não havia previsto que eu ia perguntar?

— Bella você não escolheu essa data para nos perguntar isso, não foi?-Alice diz mais afirmando do que perguntando.

— Não, foi de supetão mesmo.

— Veja bem, o futuro não está cravado numa pedra, eu só vejo as decisões premeditadas das pessoas. Meu dom é muito instável, eu vejo um futuro incerto, e só sei o que acontecerá depois que as pessoas tomam uma decisão.

— Então você não vê tudo.

— Não, não vejo decisões não premeditadas. Mas consigo ver a indecisão. Tive vislumbres de que você nos perguntaria, mas a visão era vamos dizer borrada eu não te via direito então eu não sabia com quantos anos você faria essa pergunta. Poderia até ser que revelaríamos antes de você perguntar. O futuro sempre há muitas possibilidades Bella. E bom eu também vejo decisões sabre o clima, mas com relação a isso eu sempre acerto funciono melhor que qualquer equipamento meteorológico.

— Você daria uma ótima mulher do tempo então. - diz Bella divertida.

— Sim eu daria. – Alice fala sorrindo.

— Acho que entendi. Mas algum de vocês tem dons?

— Meu dom é a força, não há vampiro mais forte do que eu. – diz Emmet.

— E eu sou um empata, eu sinto as emoções de quem está perto e posso manipulá-las também.

— Já fez isso comigo Jasper?- perguntou Bella.

— Não costumo interferir nas emoções dos outros, mas usei meu dom algumas vezes em você para deixá-la calma quando estava com medo de algo ou com dor, mas só fiz para ajudar nunca com a intenção de brincar com suas emoções, espero que não fique chateada comigo.

— Não, eu não estou.

E Jasper assentiu feliz por Bella não ter ficado com raiva dele.

— E eu leio mentes. 

— Você sabe o que eu sempre penso? –Bella diz horrorizada.

Eu sabia que meu dom era bem inconveniente e difícil de se conviver, mas felizmente minha família já havia se acostumado. Eles sabiam que eu me esforçava para ser o menos invasivo possível.

— Não.

— Mas ...

— Eu lei os pensamentos de cada um que está aqui menos os seus.

— Porque não? – perguntou aliviada por ter seus pensamentos protegidos e ao mesmo tempo curiosa para saber por que eu não os lia.

— Você tem um dom. Eleazar que tem o dom de identificar dons, nos confirmou que você é um escudo mental. O meu dom não consegui atravessar seu escudo, então sua mente é fechada para mim. Ele acredita que seu dom é tão poderoso que nenhum dom mental é capaz de ultrapassar seu escudo.

— Mas eu não sou vampira, como pode isso?

— Existe uma teoria que vampiros com dons já era um humano com dom que o usava involuntariamente sei nem saber que tem, como no seu caso, mas existem alguns que até tinham algum controle quando humanos. E com a transformação o dom fica exponencialmente mais forte e o vampiro que se dedicar a treinar pode dominá-lo por completo. 

— Entendi pai. Espera... então os Denali são vampiros. 

— Sim, mas vegetarianos como a gente. Você percebeu que nossos olhos são dourados isso quer dizer que nos alimentamos de sangue animal. - diz Carlisle.

— E que cor ficam quando se alimentam de sangue humano?

— Ficam vermelhos. E quando se está com muita sede tanto os nossos como os dele ficam pretos. – respondeu Carlisle.

— Existem muitos de vocês? E a maioria se alimenta de que?

— Bom a população humana sem dúvida é a maioria, mas existe um número considerável de nossa espécie. E infelizmente até onde sabemos apenas nós e os Denali nos alimentamos de sangue animal.

— Há muitos humanos que sabem da existência de vampiros?

— Filha humanos não devem saber de nossa existência é contras as regras.

— Regras?

— No nosso mundo existe um clã de vampiros que são os Volturi, eles são poderosos por terem uma guarda com vampiros extremamente talentosos, Aro, Caius e Marcus são os líderes, eles recrutam vampiros com dons para fazer parte da guarda, ninguém é obrigado, mas os que fazem parte veem isso como uma honra. Eles estão há cerca de três mil anos governando. E são responsáveis por manterem a ordem. Sem regras e punições os vampiros iriam sair matando descontroladamente, e já pensou se humanos sabem que nós existimos? Seria o caos. Tenho certeza que a maioria não reagiria tão calmamente como você. - Carlisle estava impressionado com a calma dela assim como nós também estávamos.

— Existem muitas regras?

— Não, apenas se alimentar de forma discreta e não deixar que os humanos saibam de nossa existência.

— Então vocês acabaram de quebrar uma regra.

— Sim. 

— E qual as consequências pai?- Bella diz temerosa.

— Não se preocupe Bella, eles não sabem de você. E talvez nem descubram, os Volturi não tem como saber de absolutamente tudo o que acontece no mundo todo. 

— E o que acontece se por acaso eles descobrirem?

— Todos nos seremos condenados a morte, ou você seria transformada em vampira.

Mas acho que seria a segunda opção por conta do talento dela. Aro é ganancioso, ele já convidou algumas vezes Edward e a Alice para fazerem parte da guarda, então ele certamente faria o mesmo com Bella na esperança de que um dia ela aceitasse fazer parte da guarda. - pensou Carlisle.

— Se eu soubesse eu não teria perguntado, vocês estão em risco por minha causa não está certo isso. 

— Filha fique calma. – Carlisle a abraça. – Eles não sabem que você está aqui conosco.

— E além do mais eu estou de olho Bella. - Alice lhe dá uma piscadinha se referindo ao seu dom.

— Caso não veja qualquer coisa vocês me transformam né? Aí fica tudo bem. 

— Isso é uma opção Bella, mas só se for realmente o que você quer. Jamais será por obrigação ou para nos proteger. Daremos um jeito se vier acontecer. - garanti Carlisle.

— Certo. E como eu vim parar aqui com vocês?

— Quando retornamos para essa casa no Alasca, ela precisava de uma reforma. Eu e Esme fomos comprar o material e na volta para casa damos de cara com um acidente, seu pai já estava morto e bom sua mãe ela ainda estava viva, mas não havia nada que eu pudesse fazer para salva-la, ela pediu para ficarmos com você, já que não tinha mais nenhum parente e não queria que você fosse para um orfanato, argumentamos que não poderíamos ficar com você, mas ela parecia saber ou suspeitar o que éramos e mesmo assim queria que cuidássemos de você, ela disse que só partiria em paz se aceitássemos e foi o que fizemos. Ficamos com você e você é um belo presente que a vida nos deu.

— Então filha depois de saber tudo isso, ainda nos quer como sua família?- perguntou Esme temendo a resposta de Bella.

— Ainda pergunta? É claro que quero, eu tenho a melhor família que alguém poderia ter.

E nós a abraçamos felizes.

— Não tem nada aí.-  Tanya fala ríspida.

— Nem que tivesse chá de verdade você não tomaria de qualquer forma. – diz Bella de forma rude perdendo a paciência com a Tanya.

Sai das minhas lembranças e prestei atenção na Bella, pois ela não costuma ser rude com as pessoas. Ela estava brincando com seu novo brinquedo que era uma mini lojinha que vendia chá, chocolate quente, biscoito, bolo... tudo de mentirinha é claro. E olhei a sua expressão ela havia realmente perdido toda a sua paciência e eu achava que estava até demorando a Bella se estressar com a Tanya. Tanya sempre fazia questão de mostrar hostilidade para com Bella.

Então Bella resolveu ignorar Tanya e andou com a bandeja que havia a xícara em minha direção ela ia me oferecer o chá de mentirinha já que Tanya havia recusado aceitar, e todos os outros já tinham aceitado uma xícara e fingiam tomar chá e comer os biscoitos que Bella havia posto sobre a mesa de centro entrando na sua brincadeira.

Mas antes de chegar a mim ela deixou à bandeja cair e pôs a mão no peito.

— Bella?– a chamei.

Ela começou a respirar rápido.

Eu e Carlisle nos aproximamos dela.

— Filha o que está sentindo? – perguntou Carlisle preocupado.

Ela tentava puxar o ar cada vez mais rápido, mas parecia não conseguir.

— Ela não consegue respirar pai. – a deito no sofá.

— Deem espaço para ela. - pedi para minha família que havia se aglomerado ao redor de Bella.

Todos estavam assustados, Bella não estava conseguindo fazer algo que é vital para ela.

— Pequena olha para mim, tenta puxar o ar devagar.

— Eu n..- Bella tentou falar.

— Tente. - a incentivei e coloquei meu ouvido sobre o peito dela para auscultar seus pulmões.

— Os pulmões dela está com um ruído estranho.

— E a pulsação dela está alta. – constatou Carlisle ao checar a pulsação dela.

— Temos de levá-la ao hospital imediatamente. 

— Eu vou com o Edward, e os demais ficam, muita gente lá só vai atrapalhar. – diz Carlisle quando viu que mamãe e meus irmãos faziam menção de ir também- Mas eu mando notícias assim que as tiver. - os tranquilizam.

Bella já estava em casa e dormindo tranquila agora.

Eu e Carlisle estávamos na sala para explicar o que aconteceu a nossa família.

— Foi diagnosticado asma.

— É muito sério Edward?- perguntou Esme.

— Não se tomarmos todas as precauções. 

— Tem cura? 

— Infelizmente não Rose.

— O que é  a asma exatamente?- perguntou Emmet.

— A asma é uma doença que causa inchaço e estreitamento das vias aéreas dos pulmões, causando dificuldade respiratória, falta de ar, aperto no peito e tosse. É causada por inflamação nas vias respiratórias. E quando ocorre um ataque de asma, os músculos ao redor das vias respiratórias ficam apertados e a parte interna das passagens de ar incha. Isso reduz a quantidade de ar que pode passar. Os desencadeadores comuns da asma incluem: stress, emoções muito fortes, poeira, mudanças climáticas, com mais frequência em clima frio, produtos químicos no ar ou nos alimentos, exercícios intensos, mofo, pólen ,infecções respiratórias como o resfriado comum, fumo. 

— Teremos de mudar, aqui é frio pode piorar a asma dela. - diz mamãe preocupada.

— A princípio não querida, se tomarmos as devidas precauções ela poderá viver aqui numa boa, mas caso o lugar possa vir ser um problema com certeza nos mudamos. 

— Quais as precauções querido?

— Ela terá de ter isso– Carlisle mostrando o remédio- sempre perto dela é um broncodilador ou “bombinha” como é mais conhecido, ele abre as vias respiratória e o ataque é parado imediatamente. Ela não poderá fazer exercícios físicos muito intensos, e nem se estressar, temos de ter cuidado para evitar a poeira, mofo, não usar produtos químicos com o cheiro muito forte na limpeza da casa, eu vou mandar melhorar o sistema de aquecimento daqui para ficar mais quente. Mas não vamos colocá-la numa redoma de vidro ela terá uma vida normal é só tomarmos as devidas precauções. – os faz entender que não era para exagerarem nos cuidados.

E esperamos que Bella seja capaz viver bem com isso.


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Notas finais do capítulo

Até amanhã!