PV EDWARD

Um mês e duas semanas depois...

Por meio de ultrassom e medição da circunferência da barriga de Bella descobrimos que uma semana de gravidez dela equivale a um mês de gestação humana, então agora ela estava com uma barriga correspondente a seis meses.

Eu estava deitado com ela no sofá assistindo TV quando Gabriel entrou na sala seguido de seus tios.

— Está entregue. – diz Jasper.

— Obrigado por o terem levado para caçar.

— Não precisa agradecer Edward.

— É não precisa mesmo é bem legal caçar com meu sobrinho aqui, foi divertindo, não foi Gabriel?

— Sim foi muito divertido tio Emmet caçar com vocês.

— E essa menina Bella ainda dorme quando você está acorda e fica acordada quando você quer dormir?

— Sim, Jasper e já faz algumas horas que ela nem se mexe, e eu já estou ficando com sono então é sinal que logo vai acordar. 

A hora de dormir estava sendo complicada para Bella desde quando Angelina começou a se mexer, pois ela é bem mais ativa que o Gabriel quando ele estava dentro da barriga de Bella. Nosso filho ao menos parava quando pedíamos, já nossa menina nem nos dar bola, parece que ama se mexer.

— Boa sorte na hora de dormir então.

— Obrigada Jasper, eu vou mesmo precisar.

— Então vamos Emmet.

— Vamos sim Jasper.

E se despediram da gente indo embora.

— Então a caçada com seus tios foi divertida filho.

— Muito papai.

 Gabriel me mostra em sua mente o que ele e seus tios aprontaram na caçada ao mesmo tempo em que narrava para Bella.

— Foi bem divertida mesmo.

— Oi! Irmãzinha. - Gabriel acaricia a barriga de Bella, e Angelina chutou, o que o fez abrir um lindo sorriso.

— Estou contando os dias para te ver para saber se você vai ser igual como sonhei.

— Porque você nunca a chama de Angelina? – perguntou Bella.

É verdade ele nunca mais se referiu a ela como Angelina.

— Vocês vão chamá-la de Angelina mesmo?

— E porque não iríamos filho? – quis saber.

— Porque fui eu que disse esse nome, pensei que vocês gostariam de escolher o nome dela como fizeram com o meu.

— Não filho Angelina é perfeito. – diz Bella.

— Você tem bom gosto para nomes. - o elogiei. 

— Obrigado. Vou tomar um banho. 

Bella bocejou, comecei a fazer carinho no seu cabelo e cantarolar sua música de ninar, quando adormecesse a colocaria na cama.

— Ed?

— Sim.

— Eu quero ata.

—Ata? 

— Sim aquela fruta verde, cheia de ondulações, branca por dentro e com um monte caroços pretos.

— Eu sei o que é uma ata, mas a questão é aonde é que eu vou achar ata a essas horas da noite aqui no Alasca?

— Sem ata? – Bella fala com a voz falha e os olhos marejados e lá se vai os hormônios atacar novamente.

— Não chora pequena eu vou atrás da ata nem que eu tenha que correr até a América do sul.

Gabriel voltou para a sala após terminar seu banho.

— Filho cuida da sua mãe que eu vou atrás dessa ata. E qualquer coisa chame seus avôs ou tios, está bem?

— Ok, pode ir tranquilo pai.

Depois de quatro horas voltei com as benditas atas que só fui achar na quinta cidade vizinha que andei para no fim encontrar a Bella dormindo junto com o Gabriel abraçada a ele no sofá.

Tanto sacrifício para encontrar essas atas para nada, pensei indignado.

— Pai? - sussurrou Gabriel sonolento.

— Sim, sou eu filho, volte a dormir que vou por você na cama.

 Deixo as atas sobre a mesa, o pego com cuidado para não acordar a Bella e o coloquei em sua cama, voltei para a sala para levar Bella para a cama também.

— Eu estou desejando tanto essas atas que estou até imaginando que estou sentindo o cheiro delas. 

E eu sorri.

— Ed?- enfim abri os olhos.

— Você não está imaginando consegui achar a atas. - aponto para a mesa de centro.

Me sentei ao lado dela e lhe dei um selinho, passei a mão em sua barriga  e Angelina se mexeu.

— Viu filha como o papai é bom ele conseguiu achar as atas para gente. – Bella fala animada.

Angelina se agitou ainda mais e dei um beijo na barriga de Bella.

— Vou só lavá-las e já trago para você comer pequena.

Voltei para sala e lhe entreguei as atas.

Bella começou a comer rapidamente e quando terminou a segunda fez uma careta.

— O que foi? As atas estão ruins?

— Não a fruta está boa, mas falta algo.

— Como assim?

— Falta... -pensa um pouco- sal.

— Sal?

Se fosse alguma coisa doce para comer junto até que eu entenderia, mas sal? Não dá para entender essa tendência dos desejos dela de misturar doce e salgado, não dá mesmo.

— É, pega para mim.

— Mas ...

— Não discuta só pega o sal para mim.

Fui pegar o sal e quando voltei ela já estava com todas as atas abertas.

Entreguei o saleiro e ela pôs sal nas atas, provou um pedaço e em seguida começou a por mais sal nas atas.

— Pequena já chega de sal.

— Só mais um pouco e ai vai ficar perfeito.

— Mas sal demais faz mal Bella.

— Ed, eu sou meia vampira duvido que eu vá ficar hipertensa.

— É melhor não. - pego o saleiro da mão dela.

— Pare de regular o sal, eu estou com vontade oras, quer que sua filha nasça com cara de ata sem sal. – Bella fala tomando o saleiro de mim e colocando mais sal nas atas.

E gargalhei do que ela falou.

— Não ria de mim Edward Cullen.

E parei de rir na hora, Bella grávida e irritada era uma combinação explosiva que era melhor não contrariar.

Três semanas depois...

— Venha conhecê-la meu filho. -digo a Gabriel quando entrou no quarto após o nascimento de Angelina. Que veio ao mundo rapidamente de parto normal.

Ele se sentou a beira da cama e fez um carinho no rosto de Angelina que estava no colo de Bella.

— Ela é exatamente como a gente, a pele, a temperatura, o coração tudo. 

— Sim ela é. – o confirmei.

— Você gostaria de segurá-la?

— Ah eu nunca segurei um bebê mãe, não sei se consigo.

— É claro que consegue. Posicione seus braços como os meus estão.

Ele fez e ela pôs Angelina nos braços dele.

— Agora é só erguer um pouco esse braço que está a cabeça dela.

— Assim mãe?

— Assim está bom filho.

Gabriel deu um beijo na testa da irmã  e quando voltou a olhar para Angelina ela abriu seus olhos revelando seus lindos olhos cor de chocolate igual aos de Bella.

Tirando o cabelo a Angelina é a cara da mamãe mesmo, como eu havia sonhado.— Gabriel pensou.

— Eu também acho que ela é a minha cara filho. 

Eu e Gabriel olhamos para Bella atônitos.

— Porque estão me olhando assim?

— Como sabe o que eu pensei mãe?

— Pensar? Não, você falou.

— Não mãe eu só pensei.

— Tem certeza filho? 

— Tenho mãe.

— Filho você pode transmitir seus pensamentos. – falo surpreso e maravilhado pela descoberta do dom dele.

— Será pai?

— Sim tente de novo, se concentre na sua mãe e lhe diga algo por pensamento.

Gabriel olhou nos olhos de Bella e se concentrou nela.

Eu te amo mãe. — diz Gabriel por pensamento.

— Eu também te amo filho. – diz Bella dando um lindo sorriso ao constatar que ele tinha mesmo esse dom.

—Uau! Eu posso mesmo transmitir meus pensamentos. – fala impressionado com o que podia fazer.

— O seu dom é o inverso do meu.

— Sim é mesmo pai.

— Confesso que estou com inveja do seu dom.

— Não sei por que pai, o seu dom é mais legal.

— Não se trata do dom em si, mas do fato de você ter acesso a mente da sua mãe, coisa que eu não tenho.

— Você sabe que quando me pergunta eu sempre falo o que eu estou pensando.

— Mas você edita.

— Não muito.

— O bastante para me deixar doido Bella. 

Ela e Gabriel sorriram da minha frustação.

 — Até você filha? - me indigno ao vê-la sorrir também.

E isso só fizeram os três rir mais de mim.