Tony’s POV

 Coisas estranhas acontecem. Todo tempo. Mas não me refiro a Loki com seu sequestro fracassado, ou ao Bruce com sua transformação. Me refiro a coisa mais simples, mas que me faz me senti...vivo novamente, por mais difícil e estranho que seja admitir isso, mas Lilian ... Lilian me atrai novamente. Não, não. Deve ser so besteira minha, por não ter visto a mesma a um ano eu acho. Mesmo assim... Balancei a cabeça para afastar meus pensamentos indecifráveis de minha mente.  Olhei para a mulher que dormia ao meu lado. Senti-me sujo, nojento. Levantei imediatamente e fui para o banheiro deixando a água me despertar melhor.

Vesti uma camiseta, uma calça, e tênis social. Sai do quarto dando uma última olhada na mulher que estava na cama. Desci para a oficina antes que ela despertasse. Peguei um whisky sem gelo e voltei a melhorar a armadura.  Ela estava acabada da última missão. Arranhões, problemas na fiação.... Entornei logo o copo de whisky de uma fez. Depois de uma hora ouvi Brida expulsando a mulher. Ri baixo. Depois de um tempo ela desceu com uma garrafa de Jack Daniel’s, toda arrumada, pronta para ver a mãe. Eu estava sujo e suado.

- Tive o desprazer de encontrar na cozinha com uma daquelas...mulheres. Ou melhor, ela que me encontrou. – falou ela tomando um pouco do whisky.

- Desculpe filha...- deixei a armadura um pouco de lado e bebi também.

- Suba e tome um banho, você ta todo sujo, e já são 12:30, daqui a uma hora temos que ir no aeroporto busca-la, pai.

- Certo. – Beijei o topo da cabeça dela e subimos deixando lá o whisky fechado. Tomei um banho e coloquei uma calça social, blusa branca também social um com dois botões abertos que deixava o arco um pouco a vista, sapatos de couro italiano e um relógio. Peguei os óculos de sol e encontrei minha filha. Fomos em meu carro para o aeroporto buscar Lilian que chegaria em meia hora. Brida sorria animada e pelo que me disse teríamos um jantar para que Lilian conhecesse Thor. Saimos do carro, e adentramos no saguão principal do aeroporto seguindo após para o portão de desembarque que ela ia entrar.  Passava uma mão na outra. Eu estava...nervoso? Não, claro que não. Dei uma risada agoniada. Nesse momento Brida levantou os olhos para mim.

- Pai, o que foi?

- Nada, nada. Eu só....- tentei arrumar uma desculpa, mas parecia que minha genialidade e ironia tinha esvaído de minha mente.

- Esta nervoso! Esta nervoso porque vai ver a mamys! – ela reprimia um riso.

- Nem ouse rir de mim. – falei me rendendo. Essa garota sabia mesmo o que eu estava pensando.

- Não tou rindo! – falou ela erguendo as mãos em sinal de rendição. O voo foi anunciado. Ela havia chegado. Depois de uns minutos uma linda mulher surgiu pelos portões arrastando uma mala dourada de rodinhas. Seu sorriso era magnifico, aquele sorriso que me fez ficar encantado desde a primeira vez que vi.

- MÃE! – Brida correu em direção a Lilian que sorria abraçando a filha.

- Minha vida, que saudades! Então, seu pai se comportou ou te deu muito trabalho? – ela perguntava rindo.

- Eu não dou trabalho, quem deu foi ela. – sorri – É bom te ver novamente. – nos cumprimentamos friamente, apenas com um aperto de mão.

- Digo o mesmo Tony. Ela te deu trabalho? – falou minha mãe incrédula.

- Foi sequestrada, mas eu a salvei. – não pude negar que me gabei um pouco com isso na frente da Lilian.

- Hum! Muito bem, heroizinho. – com isso ela passou por mim e fomos para o carro. Um homem que trabalhava no aeroporto colocou a mala da Lilian no porta malas e seguimos para a mansão.  Quando chegamos mostrei o quarto em que ela ia ficar e a mesma foi se arrumar pra o jantar. Ou seja, isso ia demorar. Fui para a cozinha beber uma água.

- Pai?- me virei e vi Brida encostada no portal da porta. (n\a: sei que ficou repetitivo mas era necessário para explicar, sorry.)

- Diga, pequena.

- Você ainda gosta dela ...não é? – ela me colocou fácil contra a parede, sabendo logo o eu sentia...o que eu sentia e negava.

Suspirei pesado – Sim. Mas acabou filha.

- Pai, acho que não...- ela sorria escondendo algo.

- O que quer dizer com isso?  -franzi o cenho.

- Descubra. – com isso ela saiu da cozinha me deixando sozinho. Lilian...doce nome....Eu nunca deixei de ama-la, mas tínhamos sido imaturos demais para resolver o problema de nossa relação. Tínhamos terminado por causa de nossos trabalhos e complicações, por sermos orgulhosos e não admitirmos que nos precisávamos de um tempo juntos. Escolhemos nossos trabalhos.

Fui me arrumar, coloquei apenas um blazer por cima e fui chamar Brida. – Filha? Já está pronta? – entrei no quarto após bater na porta e ter sido autorizado a entrar.

- Sim, estou apenas retocando a maquiagem.

- Certo. – segui então para o quarto em que Lilian estava, ela estava linda, com um vestido preto que revelava toda suas costas, a pele levemente bronzeada e os cabelos com luzes que caiam abaixo dos ombros, e o perfume que me deixou inebriado, preso ali. Antes que ela me visse voltei a mim e bati na porta.

- Entre. – Não reagia mais por mim, estava enfeitiçado por aquela mulher que um dia eu tivera em meus braços.

- Lilian, eu vim avisar que eu e Brida estamos apenas aguardando você. – falei reprimindo minha vontade de joga-la naquela cama e ama-la até cansarmos.  

- Certo, já irei. – me retirei do quarto e fui com minha filha para o carro. Ela se sentou atrás deixando o banco ao meu lado reservado para Lilian.  Brida mexia no Iphone e eu olhava de instante em instante no relógio. Quando vi ela vinha em direção ao carro, linda como uma deusa, ela tinha sido a única que me fez ficar em um relacionamento sério.  Fomos para o restaurante e quando chegamos Thor estava lá, a espera. Sentamos a mesa e fizemos nossos pedidos. 

- É um prazer conhecer o namorado de minha filha, ela nunca me apresentava nenhum. – falou Lilian pra Thor.

- Mãe! Isso não é verdade. – Brida tentava se defender, é claro que Lilian já conhecia ele, afinal sempre fomos amigos, ela se referia a questão “namorado”.

- Eu é que tenho a honra de estar com uma mulher maravilhosa. – ele sorria. Conversamos, comemos e bebemos a noite inteira. Após umas duas horas saímos de lá.

Brida’s POV

O jantar foi excelente. Foi mais fácil de minha mãe aceitar, já que Thor estava em minha vida desde....sempre. Quando chegamos minha mãe foi para o quarto que estava e meu pai para o dele. Fiquei com meu namorado na sala vendo filmes. Assistimos a Perfume de Mulher, e começamos a ver Gigantes de Aço.

Thor’s POV

Quando chegamos ficamos vendo filme ainda, mas no meio do segundo minha amada adormeceu em meus braços. Com muito cuidado a peguei e levei para a cama.  Encostei a porta e tirei os sapatos dela. Ela era linda. Aquele cabelo, rosto, pele, cheiro, jeito...me encantavam de maneira que não conseguia larga-la. Tirei a camisa, estava agoniado com a mesma me apertando e deitei com ela de conchinha, colando meu corpo com as costas pequenas e frágeis. Rocei meu nariz no cabelo dela, deixando aquele cheiro de mulher invadir meu corpo. Dormi ali, com ela, nos braços daquela que amo.

(....) Acordei e vi que ela ainda dormia ali, tão serena e quieta, como um pequeno anjo. Sorri, permaneci ali, preso por seu cheiro. Reuni minhas forças e me levantei vestindo minha camisa. Fui até a cozinha e fiz um café da manhã com uns vinte sanduiches, uma jarra grande de suco e outra de água. Entrei no quarto e coloquei na mesa que tinha perto da janela, voltei para a cama e esperei mais uns 10 minutos até que ela acordou.

- Porque não me chamou? – ela beijou minha bochecha

- E te acordar? Você tava cansada amor, precisava de dormir.

- Tudo – bocejou- bem. Ain, que preguiça que eu tou.....- falou ela toda manhosa, tendo uma surpresa quando se virou e viu sua mesinha com o café.  – Você fez isso...para nos dois? – ela falava com a voz feliz e surpresa e antes que eu tivesse tempo para responder a mesma me abraçou pelo pescoço e caímos no chão, rindo.

- Sua boba, olha o que fez. – continuamos a rir e peguei ela nos braços e a levei até a mesa. Sentei ela com cuidado na cadeira e fiz o mesmo.

- Vamos ver se você faz boa comida ou é capaz de matar um com ela....- ela disse rindo.

- Muito engraçada você viu? Sou um ótimo cozinheiro! – disse em minha defesa

- Como? Você com certeza nem ia na cozinha em Asgard....

- Quem disse? Como acha que eu fazia meus lanches quando tinha fome de madrugada? Vai ficar caladinha quando provar. – comecei a comer um dos sanduiches.

- Vamos ver. – ela mordeu um e fez uma cara de surpresa, maravilhada com o que comia.

- Ta bom, ta bom, você sabe fazer bem isso. Agora vai sempre cozinhar para mim....- ela comeu dois sanduiches e um copo de suco, já eu comi os outros 18 e todo o resto da jarra de suco e metade da de água.

- Monstrinho!