O Baile Dos Dezessete escrita por Katherine Madalene


Capítulo 5
Capítulo 5 Eu não posso mudar o passado


Notas iniciais do capítulo

Ufa, consegui postar a tempo!
Obrigada pelos comentários e sugestões, continuem assim!
Capitulo especial Amian!
Bjinho e curtão o capitulo!
Kathe



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Amy podia enfim ver Ian de forma clara.

Com as luzes da garagem o iluminando ela podia ver seus cabelos, cuidadosamente penteados, seus olhos cor de âmbar e seus novos e grandes músculos.

Ele estava vestido de forma muito chique. Sua fantasia retratava a roupa de um conde, com uma longa capa presa nas costas. Lindo!

- O quê você quer, Ian? – Perguntou Amy, tentando passar raiva e tédio com a voz, coisa que não conseguiu.

Ian não sabia o que falar. Sim, o grande Ian Kabra não fazia ideia de como se expressar, mesmo tendo ensaiado tantas vezes em frente ao espelho. Resolveu pular a introdução e foi logo ao ponto. Ele não conseguia se concentrar muito bem com aquela linda garota tão perto de si, então deu um passo para trás e simplesmente disse:

 - Eu quero que você me dê uma segunda chance.

- Eu já te perdoei pelo que fez comigo e com meu irmão, - começa Amy, tentando manter a voz calma e não soltar a famosa gagueira que surgia do nada quando estava com Ian. – então me diga para que você quer uma segunda chance comigo?

É obvio que ela sabia a resposta!

- Você já sabe a resposta, Amy. Eu te imploro que me dê uma segunda chance. Que me deixe provar que eu realmente mudei. – Ele diz, segurando a raiva e o desprezo por si mesmo. – Você até pode ter me perdoado, mas sua relutância em conversar sozinha comigo prova que ainda tem medo de mim.

Amy tinha certeza absoluta que seu coração iria saltar de seu peito quando disse:

- Eu não tenho medo de você... – Apenas do que sinto por você, ela completa mentalmente.

- Você acha que tudo que eu fiz e disse durante a busca pelas pistas era mentira? Você acha mesmo que quando eu te elogiava não estava sendo sincero? – Ian pergunta e sua voz mostra tristeza.

E não era? Pergunta-se a menina.

- E não era? – ela consegue formular a frase e força-la a sair por seus lábios.

- Não. Enfim, na maioria das vezes, não.

Para disfarçar o nervosismo, Amy começou a caminhar entre os carros, deslizando a mão calmamente pelo para-choque. Era esse jeito dela que deixava Ian louco. Como um simples gesto de uma simples garota poderia deixa-lo ainda mais nervoso. Antes que possa se arrepender, ele segura o pulso da garota, algo perigo, se levar em conta que a mão solta é a que está com um anel envenenado.

Mas Amy não faz nada além de observa-lo. Os olhos dela não se desgrudavam dos dele e vise-versa.

- Eu te amo, Amy. – A frase sai dos lábios do garoto de forma tão sincera que a menina dos olhos verdes não consegue deixar de sentir um formigamento em todo o seu corpo.

Canal, caverna, tubarões, venenos, perseguição... Nada disso importa!

Ela se solta da mão de Ian que ainda segurava seu pulso e diz:

- E-eu p-preciso pensar...

Os olhos âmbar a observam por mais alguns segundos antes de serem consumidos pelo ódio. Ian se afasta a chuta algumas latas de tinta vazias, que rolam pelo chão fazendo um barulho assustador.

Eu sou um completo idiota! Reclama o jovem enfurecido com si mesmo.

Ele se aproxima, tira uma pequena caixa da capa de sua fantasia e a coloca na mão de Amy, mesmo que ainda esteja queimando em raiva.

Amy o observa em silêncio. Ela sabe que ele não está com raiva dela ou com raiva por ela não ter lhe dado uma segunda chance, ela sabe que ele está com raiva de si próprio. Assim como ela estava naquele momento:

Não vou fugir desse sentimento para sempre! Preciso dele!

Ian vai até a porta e a abre. Já está quase saindo quando para e olha para Amy mais uma vez:

- Não posso mudar o passado, mas estou pedindo uma chance para mudar o futuro – Ele sai.

Assim que a porta se fecha, Amy apoia a cabeça na janela do Jeep. Ela sabia que estava sendo muito dura afinal, mesmo perdendo os pais tão jovem, ela sabia que eles a amavam e que tinham dado a vida por um bem maior.

Ma Ian Kabra não sabia o que era isso. Sua mãe sempre o teve como um simples empregado, sempre o humilhando. Ele nunca recebeu o amor de verdade dos pais, já que o senhor Kabra sempre foi um pai distante.

Ele não tinha culpa de ter feto o que fez, mesmo tendo consciência de seus atos.

Amy fecha os olhos e uma pequena batalha ocorre dentro do seu corpo. A razão contra os sentimentos. Sim, os sentimentos! Desde sempre que ela não resistia a Ian e ele sabia disso e já tinha usado isso para engana-la.

Todos merecem uma segunda chance!

Amy abre a caixa que Ian tinha dado e se depara com a delicada pulseira e seus pingente em forma de um coração com asas.

- Ian! – o grito ecoa pela garagem silenciosa, mas ela não consegue mexer seu corpo, - Ian! – grita novamente e dessa vez consegue forçar os pés a andar até a porta.

Já está quase com a mão na maçaneta quando a porta se abre bruscamente.

- O que aconteceu, Amy? – Ian pergunta, preocupado.

Mas Amy não responde, apenas se atira nos braços do rapaz e o beija.

Ian demora um segundo para processar a informação, Amy Cahill está mesmo me beijando?, e então a enrola com seus braço, a tira alguns centímetros do chão e a empurra contra um dos carros.

Ele a beija com tanta intensidade que parece que poderia morrer se ela saísse de seus braços.

Suas mãos fazem um passeio pelo corpo da menina, perfeitamente esculpido e nem um pouco escondido com aquela roupa colada, sentindo a barriguinha durinha, os braços finos presos em seu pescoço. Ele sente os seios de Amy presos contra o seu peito.

Eles param somente quando Amy se afasta um pouco, necessitando de ar.

Ofegante, ela vê o sorriso no rosto de Ian.

- Para de me olhar com esse sorriso bobo! – ela reclama, mesmo estando rindo.

Ian ri.

- Culpa sua. – ele responde – Você que me deixa bobo!

Então ele percebe que ela ainda está segurando a caixa que ele tinha dado. Ian tira a pulseira da caixa e a prende no braço da menina, beijando sua mão logo depois.

Amy acha aquilo tão fofo que apenas tem vontade de beija-lo novamente.

Ele se aproxima e cola os lábios nos dela novamente, desfrutando ao máximo. A segura pela cintura e a levanta. Aproveitando isso, Amy prende as pernas em torno do garoto e continua a beijá-lo.

Porém o segundo beijo é interrompido por gritos.

A voz de Dan, gritando o nome de Natalie.


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Notas finais do capítulo

E ai, como foi?
Estou feliz por ter conseguido postar!!!!
O que será que aconteceu com Dan e Nat para ele estar gritando desse jeito?
Só lendo para saber!!! (eu sou muuuuuito má rararara)
Talvez seja muito cedo para pedir algo do tipo, mas será que alguem está gostando o suficiente dessa história para recomenda-la?
Beijinhos,
Kathe Madalene