PDV NARRADOR

–Vai sair tão cedo? - Perguntou Elena passando os braços pelo pescoços de Damon e acariciando seu cabelo. Ela possuía um sorriso angelical.

Eram oito horas da manhã e Damon estava saindo para encontrar seu pai no banco.

Já havia se passado duas semanas do incidente e Elena ignorava o ocorrido, cega pela paixão que acreditava ter por Damon.

Damon enlaçou a cintura de Elena a colando contra seu corpo e selando seus lábios as dela.

–Sim, preciso ajudar Master Salvatore - Ele rolou os olhos - Voltarei só a noite com ele.

Elena fez bico.

–E quem me fará companhia?

–Não faça esse biquinho adorável - Damon o mordeu e Elena sorriu maliciosa - Stefan lhe fará companhia.

Foi a vez de Elena rolar os olhos.

–Mas ele não pode fazer isso- Ela beijou Damon - Nem isso - Ela espalhou os beijos pelo pescoço dele - E muito menos isso - Ela mordeu a orelha dele e o fez estremecer.

–Não me provoque- Ele disse sorridente e então beijou a testa dela - Volto a noite.

Eles se separaram e Elena foi até a porta com ele.

–Vou esperar- te - Avisou ela quando ele saiu e deu um aceno, ela lhe jogou um beijo e fechou a porta.

Ela voltou para o segundo andar e pretendia ir para seu quarto, mas quando passava pelo escritório uma voz a sobressaltou.

–Como pode comer na mão dele? - Era a voz de Stefan.

Elena se virou para ele e cruzou os braços.

–É feio ouvir a conversa dos outros.

–Ele vai te magoar de novo.

Elena bufou e voltou a caminhar.

–Não, não vai, isso é por enquanto, quando nos casarmos, quando ficarmos noivos, isso vai parar.

Isso magoo Stefan, não queria ver a mulher de seus sonhos de branco que não para casar com ele.

–A é mesmo? E o que estão esperando pombinhos? Por que ele ainda não te pediu Elena? Porque ainda não são noivos? Cadê o casamento marcado Elena? Damon está fugindo! Está a magoar-te! Ele está adiando e adiando, e enquanto você se ilude há uma prostituta no colo dele!

Elena parou e virou para Stefan, seus olhos transbordavam em lágrimas, Stefan recuou e se arrependeu de suas palavras.

–Por que você se importa?! - Gritou Elena - Por que Stefan? Fala que Damon me magoa, mas tuas palvras me furaram Stefan... Agora fale! Fale por que você se importa?! Fale!

–Por que eu te amo, caramba! - Stefan gritou.

–O quê? - Elena perguntou sem voz.

Stefan jogou o livro que tinha em mão no chão e puxou delicadamente o rosto da mulher que tanto amava para o dele, juntou os dois lábios e Elena relaxou, aquele formigamento bom havia voltado, e apenas havia vontade de ter Stefan. Ela jogou os braços pelo pescoço dele e ele desceu até a cintura dela, as línguas compassadas dançando em um ritmo lento e sensual, os dedos de Elena faziam círculos nos cabelos bronze de Stefan. Ele a prensou contra a porta e beijou o pescoço dela, a mão dela voo até a maçaneta de seu quarto e o abriu para os dois entrarem, logo a porta se fechou e foi trancada, então Elena voltou a ser prensada, desta vez contra a parede, suas mãos acima de sua cabeça unidas as de Stefan que tinha a boca novamente colada a dela e a língua novamente dançando com a sua.

As mãos de Elena se apressaram na blusa de Stefan, desabotoando os botões em uma velocidade incrível, logo a camiseta estava no chão, as unhas de Elena arranharam o peito nu e definido de Stefan, o que os olhos de Elena puderam captar, ele era mais musculoso do que Damon, isso fez Elena desejar vê-lo molhado.

Logo Stefan entendeu as intenções e começou a se livrar das vestimentas de Elena, soltando seu vestido que caiu no chão. Elena enlaçou suas pernas na cintura de Stefan e ele a carregou até a cama, ele tirou a meia calça dela espalhando beijos pelas pernas de Elena.

Elena ficou consciente do que fazia, e ela não se importou. Um desejo estranho ardeu nela, algo incontrolável, algo que ela precisava saciar, ela precisava de Stefan, e agora, Damon não era nada. Ela se sentiu tão estúpida, o tempo todo, aquela brigas com Stefan, quando ele ficou do seu lado quando ela chorou, tudo. Ele sempre a amou. E agora ela sabia o que ele sentia e desejava amá-lo. Desejava tê-lo. Ela sabia que já o tinha, mas o queria para sempre. E o amor... O quê ela sentia?

Elena arrancou as calças de Stefan e ficou por cima dele, sendo sua vez de distribuir beijos pelo corpo dele, começando pela boca, dando longos beijos franceses depois descendo para o queixo onde mordeu, e depois para o pescoço onde foi depositando selinhos e arranhando onde passava, quando ela chegou lá pode ver a elevação sobre a cueca dele, e se esfregou ali, fazendo-o gemer, ela tirou a cueca com cuidado e de repente ele se virou, ficando por cima dela e tapando os gemidos dela com seus lábios, ele mordeu a orelha dela e ela estremeceu ele desceu e tirou o sutiã dela e depois sua calcinha. Ela era perfeita.

Bem, Elena estava certa, Stefan não podia fazer nada daquilo que ela fazia em Damon. Ele era melhor.

Quando os dois eram um só, Elena se sentiu completa, Elena descobriu o que viera procurar na mansão Salvatore. Ela descobriu que amava Stefan, e não era o simples desejo e prazer que lhe faziam pensar assim, ela estava amando-o. E isso era errado, pois estava apaixonada por Damon. Pelo menos estava. Não, ela ainda está. O que aconteceu com ela?

Ela caiu sobre o peito de Stefan, ambos ofegantes exaustos, sem acreditar no que haviam feito, ele olhou para ela e a puxou para mais perto de si, ela deitou no peito dele e fechou os olhos, tal como Damon fez, ele beijou a testa de Elena, e ela sentiu vários sentimentos diferentes. Quando era Damon a fazer, Elena sentia receio, vontade de se afastar, mas a ''paixão'' a fazia ficar e sorrir. Quando foi Stefan a fazer ela quis mais, quis ficar perto dele para sempre, assim para sempre. Amando para sempre. Mas isso era errado. Não podia ser assim.

–Elena? - Stefan chamou.

–Sim? - Ela olhou para ele e encontrou os olhos verdes que descobriu amar.

–Eu te amo.

Os olhos de Elena se encheram de lágrimas, Stefan as limpou.

–O que foi? Por que choras?

–Ah, Stefan! Eu te amo também, desculpe demorar em perceber, eu não sabia que todo aquele "ódio" era isso, não sabia que toda a vez que meus lábios formigavam ao te ver ou simplesmente em pensar em ti significava que eu o desejava, não sabia que o frio na barriga, os sonhos contigo, a confusão em minha mente sem saber explicar o que sentia por ti, a raiva em te ver magoado significava que eu te amava, mas, droga, eu te amo Stefan.

Stefan sorriu, ele sempre sonhou em ouvir isso da boca dela, sempre sonhou em saber que ele era o amado dela e ela a amada dele. Mas por que o choro?

–Por que chorar então?

–Porque eu não posso Stefan... Já sou de teu irmão e... - Elena se levantou e limpou as lágrimas. - Sinto muito Stefan, não posso, não envolve só a nós. Envolve a honra de nossa família.

–Elena por favor... - Ele levantou e colou sua calça.

–Stefan, não. Não prolongue isso. Sabe que seria imperdoável... E eu... Eu não sei o que sinto por Damon - Disse ajeitando o vestido tentando desviar o olhar de Stefan.

–É ilusão, Elena. - Disse acariciando o rosto da moça.

–Não. E mesmo que seja, fui destinada a ele, Stefan. Perdoe-me. - Ela disse olhando no fundo dos olhos dele.

A mão dele caiu no ar. Ele botou a camisa e se afastou.

–Tudo bem...

–Não, Stefan, espera...

–Não. Você está certa. Isso não pode continuar.

Stefan saiu do quarto e Elena ouviu uma porta bater no corredor. O que ele foi fazer?

[...]

Elena só voltou a sair do quarto de noite, mais uma vez usando a desculpa de mal estar. Ela desceu para pegar um leite quente, para ajudá-la a dormir e quando estava na escada visualizou o hall de entrada, onde estavam Master Salvatore, Damon e Stefan, com bagagens, umas duas malas.

–Tem certeza disto filho? - Perguntou Master Salvatore botando a mão no ombro do filho.

–Sim, é o melhor... Para os estudos.

–Ah, não chore de saudade irmãozinho - Brincou Damon.

–Com certeza falta sua não vou sentir - Disse o irmão. Damon calou-se.

–Quando volta? - Voltou a perguntar Master Salvatore.

–Quatro semanas.

Elena desceu as escadas rapidamente e parou no hall da entrada. Ela encarou Stefan, os olhos dela voltaram a marejar.

–Você vai embora? - Perguntou em um tom acusatório que saiu assim sem sua permissão.

–Vou - Confessou Stefan, olhando para baixo, sem querer olhar nos olhos de quem certamente o convenceria a ficar e sofrer - Vão ser apenas quatro semanas... Para estudos.

–Eu... Entendo - Disse Elena e deixou o hall, ignorando a cozinha que era seu destino e voltando para seu quarto, para o aconchego da cama, e para o seu amigo travesseiro, que absorveria suas lágrimas.