Little Sister escrita por Lu Falleiros


Capítulo 3
Significado - Para que ter memórias?


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, como você podem ver... Eu consegui escrever mais um capítulo antes de viajar... (*ufa...* Não vou levar pedradas... Por enquanto...)
Bom só quero avisar que como estou com muitas ideias, pretendo escrever mais um capítulo para postar na madrugada. Mas talvez não consiga. Tenho que ver!
Por favor não me matem, mas vou ficar uma semana fora! (Sem PC, sem internet.) Então, só poderei postar mais capítulos semana que vem. Mas pretendo escrever os capítulos (pelo menos 1 ou 2) na viajem, então postarei vários quando voltar!
Obrigada pela atenção! Espero que gostem da história! Lucyanni!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/311257/chapter/3

O resto das aulas foi incrivelmente calmo. Embora meu tornozelo doesse mais que dor de dente, eu fiquei a maior parte do tempo sentada, e na hora de ir embora fui me encontrar com a pessoa que me tinha “salvado”, eu ria sozinha, devaneando pela escola. Quando ouvi o grito da Army.

– Boa sorte! – Ela disse com um sorriso animador, boa sorte por quê? Eu estava realmente desligada.

– Vamos? – Apareceu Teito na minha frente um segundo depois, eu acho que ele viu minhas bochechas vermelhas, mas não fez nenhum alarde. O que me deixou feliz. Fui mancando ao seu lado até a porta de saída, quando reparei que estava garoando, ele não iria me acompanhar com chuva e pé mancando, não queria atrasá-lo para nada.

– Acho melhor você ir à frente... Afinal, está chovendo. – Disse olhando para baixo, esperando que ele dissesse que não.

– Ah... É, acho que não tem jeito. – Teito disse baixo, olhando para o meu rosto, e com um leve sorriso virou-se de costas para mim e se abaixou em minha frente.

– O que foi?... – Por que ele parou na minha frente naquela posição?

– Vou te carregar até a sua casa. – Ele entregou o guarda-chuva para mim, enquanto eu subia em suas costas.

– Você é muito gentil, não precisava fazer nada disso... – Disse para ele, abrindo o guarda-chuva em cima de mim, que também o protegia.

– Como não? – Ele perguntou, enquanto andávamos pela rua e todos que estavam saindo da escola comentavam algo sobre a cena. Por que as pessoas não podem simplesmente cuidar de suas vidinhas e deixar os outros em paz? – Você é uma menina. E deve ser cuidada como tal.

– O que quer dizer? – Perguntei vermelha, ele estava querendo me paparicar?

– Não, esquece está bem? – Vi que suas bochechas estavam levemente vermelhas. – Só saiba que qualquer coisa, eu vou te ajudar. Você não tem que suportar nada sozinha.

– Tudo bem... – Eu disse dando uma risada, como a conversa se desenrolou assim? Era fácil conversar com ele. Eu sentia como se o conhecesse de algum lugar. – Você... – Sussurrei para perguntar uma coisa, mas parei no começo da frase.

– Eu o quê? – Ele indagou. – Se começou, termina. – Ele ainda sorria enquanto subia a ladeira que levaria para a minha casa.

– Você sabe física? – Eu perguntei envergonhada, embora eu passasse, nunca entendia bem a matéria, era mais decorar que qualquer outra coisa.

– Por quê? Precisa de ajuda? – Ele perguntou. Eu balancei a cabeça, que estava próxima de seu pescoço, e quando o fiz meu queixo roçou por sua camisa, seu músculo estava rígido, eu era muito pesada? – Eu ajudo! – Ele respondeu bem mais alegre.

– Eu estou muito pesada? – Perguntei para ele, mudando de assunto. Estava preocupada achando que estava abusando de sua boa-vontade.

– Não... Alguém a chamou de gorda? – Eu concordei novamente, pensando no que Richard falava quase sempre. Desde que nos conhecemos ele sempre foi exigente comigo, me chamava - e chama até hoje – de gorda, sempre acha meus defeitos e os põe amostra, sempre me culpa e sempre tenta me ultrapassar em tudo que eu faço! Por que ele é assim? É tão insuportável! – Esse alguém então deve ser cego. – Teito completou. – Você é como o seu nome. Uma jovem muito bonita... – Suas bochechas estavam rosadas, mas aposto que as minhas estavam parecendo dois tomates, tentei esconde-las um pouco, escondendo meu rosto em sua camisa, mas seu cheiro só fez com que a vermelhidão piorasse. Ao perceber o que estava acontecendo, ele deu uma leve risada, mas permaneceu em silêncio.

– Obrigada pela caminhada. – Disse, quebrando a quietude que se estendera por nós, ao ver que minha casa se estendia pelo meu campo de visão. – Realmente, muito obrigada.

– Não tem de que. Você mora aqui? – Ele apontou para a minha casa, e eu concordei com a cabeça novamente. – Nós moramos perto. - Ele dirigiu o dedo indicador para a casa na minha diagonal.

– Ah! Antes de você ir, de onde você é? – Perguntei indo direto ao ponto, o japonês dele não era muito articulado, ele não parecia ser daqui. Assim como eu.

– Eu sou dinamarquês... – Ele indagou me observando esperando alguma reação... Mas ele não é loiro, foi tudo o que pensei. – Meu pai é inglês, e minha mãe dinamarquesa. Da para ver que eu me pareço mais com meu pai... – Ele riu um pouco antes de se distanciar e completar. – Até amanhã...

Eu sorri para ele, e com um aceno de mão disse – Até. – Só depois de virar de costas para ele, é que reparei em minhas mãos. Estava com seu guarda-chuva. – Ei! Seu guarda-chuva! - ele correu para pegá-los, sem permitir que eu desse um passo. Deu-me um beijo na bochecha, e sussurrou.

– Ainda bem que não correu para me devolver, ou o castigo seria pior... – Ele sorriu novamente, dessa vez um pouco diferente olhando para meu tornozelo. O que ele quis dizer com castigo?!? Eu realmente estava desligada.

Com um último suspiro entrei em casa e desmontei no sofá. Fiquei olhando para a televisão desligada, esperando que alguém aparecesse. O primeiro foi Davin que com um sorriso malicioso disse:

– A escola é um inferno... Não? – Ele riu, e pela primeira vez na vida concordei com ele. Quase acrescentei um “e tudo graças ao seu irmão”, mas preferi deixar barato. – Estou saindo! Papai e mamãe não vão jantar em casa, nem eu!

– Tudo bem! – Gritei para ele com raiva, enquanto ele trancava a porta. Aquilo seria um problema. Eu e Richard na mesma casa e sozinhos? Era bom preparar algo bom no jantar para acalmá-lo. Hoje a noite vai ser longa... Resumi-me, indo até a cozinha.

– Eu disse que te traria para casa. – Assentiu Richard pelas minhas costas, enquanto eu picava algumas batatas...

– Tinha companhia melhor! – Respondi, sem olhar em seu rosto.

– É eu vi... O que aquele cara tem de tão bom? – Ele estava falando de forma seca, o que me irritava profundamente! Eu só queria jantar e me trancar no quarto o resto da noite, o que ele tanto me enchia?

– Qual o interesse? Vai finalmente sair do armário? – Brinquei, estava querendo irritá-lo, mas seu rosto continuava sério.

– Não... Mas não quero ver você com ele. – Agora ele estava como quando quase ordenou que eu voltasse para casa com ele, estava parecendo que algumas coisas de nossa infância estavam voltando.

– Qual o seu problema? – Perguntei terminando de fritar as batatas dele, e passando para o bife.

– Já disse, não quero ver você com ele. – Ele continuava me encarando pelas costas, e agora eu estava começando a ficar nervosa. Sentia meus olhos marejando.

– Ciúmes? – Brinquei da mesma forma que ele fez de manhã no banheiro. Tentando espantar essa estranha sensação de meus pensamentos.

– É... Isso mesmo... – Ele respondeu ainda mais seco que antes. O que ele queria dizer com aquilo? Ele vai brincar até comigo agora. Já não bastam as vadiazinhas da escola?

– Ai Richard tá bom... – Disse sem paciência, um tanto irônica. Montei um prato com um bife e algumas das batatas e o entreguei, olhando com descaso completei – Jante. Estou no meu quarto... – Disse caminhando para as escadas.

– Ei! – Ele largou o prato em cima da mesa e correu para me alcançar, eu o ignorava, como se fosse um fantasma, não queria escutar a nada do que ele queria dizer. Entrei no quarto e fechei a porta. Já o aguentei por tempo demais! Eu não aguento... O dia tinha sido tão bom, e agora aqui estava eu chorando graças às lembranças.

– Lucy! Não me ignore. – Ele gritou batendo o punho na porta. – Abre a porta, Lucy! – Ele não estava esbravejando, sua voz era forte, mas calma. – Lucy! – Ele continuava a bater na porta. Mas eu não queria ouvir, as lágrimas que abriram a porta de meu passado já corriam pelas minhas bochechas, aquilo tava acontecendo... De novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que está acontecendo com Lucy? O que ela está vendo que está acontecendo de novo?? Tan-Tan...
As revelações virão no próximo capítulo!
Vamos ver o que acontece!! *.*
Obrigada por acompanharem...
Eai o que acharam??
Não esqueçam do review!!