Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 64
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Notas iniciais do capítulo

Olous. Gnt, pelo amor de deus, alguém me socorre dessa vida. Era pra eu estar estudando para um prova que vale quarenta por cento do semestre, mas eu tinha que vir postar pra poder me concentrar. Socorro :x Enfim, problemas a parte, perdão pelo atraso (já costumeiro) E aproveitem ♥



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Como eu não estava nem um pouco interessada em distribuir tiros num monstro alado no meio de uma cidade movimentada, tentei simplesmente correr, despistar.

Não preciso nem dizer que deu super errado. Eu estava cortando caminho por um beco velho quando uma delas praticamente arrancou minha cabeça quando aterrissou na minha frente. Segurei as espadas, mas a aberração reassumiu sua forma humana e limpou a poeira do terninho.

— Guarde isso, criança, não vim lhe matar. Pelo menos não hoje. Ainda me lembro de todos os ferimentos que já me causou.

— Desculpa por isso, monstros não são grandes adeptos do diálogo.

— Vim por ordens do meu senhor, nada mais.

— Hades te enviou?

— Sim. Ele pede para que eu deixe claro todo o orgulho e gratidão que ele tem por você. E pede também para que eu lhe avise. Esta guerra é maior do que podem enfrentar, que você pode, pelo menos.

— Como é?

— Ele não quer perder mais ninguém. Por isso pede que se retire dessa loucura.

Fiquei calada por um instante. Qual era o plano de Hades dessa vez? Só ter que assumir um filho? Não, provavelmente não. Perder alguém. Ele provavelmente se referia a minha mãe. Suspirei, girando o anel no dedo.

— Manda recados de volta? – Ela esperou o que eu diria, então tomei aquilo como um bom sinal. – Avise que ficarei bem, independente do quão fraca ele acha que sou. Ele não precisa se preocupar em perder ninguém.

— Só isso?

— Sim, só isso. – Ela concordou e, numa cena grotesca de ossos estralando e asas aparecendo de suas costas, alçou voo e partiu. Respirei fundo. Eu não podia ignorar que ele provavelmente tinha razão em temer, mas eu não iria desistir. Não podia.

Não era só sobre mim. Era sobre toda uma família que eu inventei para mim. Chad e Dante, Yamamoto, Scirus, Stoll e Connor, todo mundo. Até Trianna. Não dava para simplesmente fingir que não tinha nada acontecendo. Retornei para a avenida e esperei o primeiro táxi passar.

Já era noite quando subi a colina do acampamento. Silêncio e escuro, era tudo que estava lá para me receber. Minha cabeça doía, uma dor que eu não conseguia bloquear. Estranhei. Talvez eu tivesse um limite de dor ignorada. Soltei o cabelo, sentindo algumas pontas chamuscadas e desci para o chalé.

Dante estava sentado na porta do 11, encarando o céu. Ficou de pé assim que cheguei perto, me puxando para um abraço apertado. Apertado demais. Dei um tapa em seu braço e ele entendeu, relaxando um pouco. Fechei os olhos e, naquele perfume maravilhoso que só Dante tinha, apaguei.

— Fala baixo, idiota, vai acordá-la.

— Ela já não parecia estar dormindo muito bem.

— Vocês dois podem parar e acabar isso logo?

Pisquei, meio atordoada. Quem quer que tenha dito que meu sono não fora bom, tinha razão. A enxurrada de dor que me atingiu assim que eu cai na inconsciência foi demais. Eu ainda sentia como se um trem tivesse me atropelado. E os pesadelos não facilitaram nada. Sempre o bendito doze, eu me desfazendo, Cronos no controle.

— O que?

— Bom dia, linda. – Connor. Pisquei de novo, enquanto Dante o tirava do caminho e colocava seu rosto acima do meu.

— Hey. Ai.

— Espero que isso tenha descarregado tudo guardado. – Concordei. Estava bem. Mesmo sem bloqueio, estava bem. Sorri de leve. – Hum, temos uma surpresa pra você.

— Eu não quero. Muito menos se tem dedo de vocês. – Sentei, encarando os gêmeos. Eles riram, fingindo que iam apertar minhas bochechas.

— Está bom, na verdade. Melhor do que eu esperei.

— Diga olá a nova Elgin. – Os dois praticamente bateram com o espelho na minha cara, um segundo antes de eu registrar o que tinha visto e puxá-lo para perto de novo.

— O que vocês fizeram?

— Foi culpa dele. – Olhei para Dante, esperando uma explicação. E uma que não envolvesse ele matando os dois meninos.

— Já disse que foram vocês que me assustaram. Eu percebi que seu cabelo estava um pouco queimado, o que vou querer a história depois, então pensei em cortar as pontas.

— As pontas? Arrancou uns dois palmos de cabelo. Meu cabelo. Dante!

— Foi sem querer. Esses dois acharam que seria engraçado me assustar e fizeram eu cortar uma diagonal horrenda.

— Ele estava fazendo um bom trabalho, até chegarmos. Ai demos a ideia de arrumar tudo de uma vez. Ficou mais linda ainda.

Suspirei, checando o espelho de novo. Okay, talvez eu não devesse ter xingado. Ficou bom. Confesso que até melhor do que era. E sem mechas queimadas, veja só que vantagem. Sorri, abaixando o espelho. Ele sorriu de novo, como se soubesse que tinha razão.

— Só perdoo vocês porque me deixaram bonita. Mas, não esperem que eu agradeça.

— Seu sorriso já pagou. – Dante riu, pegando a tesoura a seu lado no chão. – Já vão servir o café da manhã. Ande logo. Suas camisas estão logo ali.

E empurrou os outros dois para fora com ele. Me olhei mais uma vez no espelho antes de aceitar por inteiro o corte chanel bagunçado e fiquei de pé, procurando uma camiseta velha para vestir. Assim que me troquei, sai do chalé e fui direto para o pavilhão.

Para alguém que não via Japa a alguns dias, ele parecia com os olhos mais abertos que o normal. Ri, pegando minha comida e indo oferecer aos deuses.

“Obrigada por me vigiar, pai. Espero não desapontar.”

Num geral, foi uma refeição quieta. Eu estava com fome, então aproveitei o momento de paz. Ainda tinha que ir falar com sr. D sobre o sucesso da missão. Dante e os gêmeos se derama o trabalho de explicar meu novo visual, mas o choque ainda não tinha passado.

Sr. D me recebeu sério como sempre. Ele parecia um pouco menos afetado pela perda de um filho agora, mas seria inocência minha achar que ele não estava sofrendo. Fiz o que tinha que fazer logo e me retirei, deixando-o sozinho.

Ah, o doce cheiro de maresia. Ou cachorro molhado, tanto faz. É a mesma coisa. Sentei na areia e fiquei olhando as ondas se quebrando. Olhei o relógio. Eu estava notando que estava fazendo muito aquilo, quase sem perceber. Onze e quarenta e três. Respirei fundo.

— Qual a pressa?

Yamamoto. Com os olhos do tamanho normal e os músculos aparecendo por baixo da camiseta branca. Resmunguei em resposta, sem falar nada ao certo. Ele se sentou, puxando um pouco a calça jeans e olhou para mim.

— Que foi?

— Me diz você. Não tem nem cinco horas que está acordada e já olhou esse seu relógio umas duzentas vezes.

— Olhei?

— Quer mentir para mim, garota? O que que pega?

— Só tive esse sonho, tinha a ver com horas.

— Bom?

— Péssimo. Mas acho que não preciso me preocupar.

Ele concordou, respirando fundo. Pensou um pouco antes de, depois de um suspiro, meter a mão no bolso e tirar um brinco de lá. Um dos meus. Eu nem me importava mais. Até me esquecia disso as vezes.

— Por que sempre brincos?

— Porque você não tem muita coisa de valor. E o anel sempre volta pra você.

— E por que minhas coisas?

— Você foi a causa da ansiedade, nada mais justo. Fico feliz em te ver viva. E bem.

— O mesmo aqui. Vai sair logo.

— Vou com Chad na próxima. Mas é segredo. Seu namorado vai também, mas não é pro mesmo lugar. Enfim, sem detalhes ainda.

— Boa sorte. Vai precisar.

— Todos nós vamos. A propósito, pode respirar. Já é meio dia e um.

— Que? Ah… – Olhei o relógio. Ele tinha razão. Soltei o ar e o vi ficar de pé. – Te vejo por ai.

— É, até mais tarde. – Fiquei mais uns instantes sentada olhando o mar, antes de sentir a fome do almoço. Fiquei de pé e caminhei na direção do Pavilhão.


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Notas finais do capítulo

Ok, nada de muuuito relevante, mas não deixa de ser importante. Sdds Japa ♥ Bjs até mais vê-los :3



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