Only One More Day escrita por Beatriz Lee, Bia Lee II


Capítulo 1
Only One More Day




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/309844/chapter/1

Abri os olhos letamente e senti o sol bater em meu rosto, me fazendo fechar os olhos instantaneamente. Senti um braço forte rodeando minha cintura e seu cheiro tão característico invadiu meus sentidos, fazendo-me sorrir inconscientemente.

Quando tomei coragem, abri os olhos novamente. A neve caia lentamente lá fora e a vontade de ficar embaixo de minhas cobertas quentinhas ficou maior. Mas um choro me fez levantar, era Harry. Do quarto ao lado.

Me soltei do abraço de James bem devagarzinho para não o acordar. Ele dormia feito um anjo, com sua face calma e cabelos espetados como sempre. Me virei e fui até a porta, a abrindo e seguindo pelo corredor até chegar numa porta, o quarto de Harry.

Entrei e ele estava em pé no berço, chorando sem lágrimas enquanto tentava alcançar sua varinha de brinquedo que estava em cima da cômoda, ao lado do berço.

– Hey Harry – disse o pegando no colo e o ninando – Feliz natal! – peguei sua varinha de brinquedo e dei.

Ele olhou para mim com aqueles olhos verdes idênticos aos meus e soltou uma gargalhada. Fiquei confusa.

– Que foi bebe? – perguntei com uma voz melosa e infantil, que as pessoas geralmente fazem para se comunicar com bebes – do que tanto ri?

Harry gargalhava no meu colo mostrando sua gengiva sem dentes. Tacou a varinha para um lado enquanto batia palmas. Ele olhava um ponto atrás de mim e enquanto me virava bati meu corpo contra do de James, que ria.

Eu acabei rindo também lhe dando um tapa no braço. Ele enlaçou minha cintura e me deu um breve selinho.

– Feliz natal – murmurou sorrindo entre o selinho. Sorri junto.

– Feliz natal. – dei-lhe outro selinho, mais demorado que o ultimo.

Harry puxou meu cabelo, parecendo com ciúmes enquanto nos separávamos rindo e James o roubava de meu colo.

– O que temos pra hoje? – perguntou James fazendo caretas para o Harry que ria enquanto brincava com os cabelos espetados de James, iguais aos dele.

– Bem, como é natal eu pensei em nós fazermos o peru assado e, quando Sirius vir com Remo, podemos levar Harry para dar uma voltinha de vassoura, já que ele parece gostar e... – já estava toda animada quando fui cortada pelo ursinho de Harry em meu rosto – Ei!

– Acho que ele não gosta quando você fala demais, Lírio – disse James colocando Harry nos ombros e segurando suas perninhas que estavam ao redor de seu pescoço – Vamos tomar café da manhã!

– Você vai o deixar cair! – o adverti enquanto colocava o ursinho do Harry no berço.

– Relaxa ruiva, estou de óculos dessa vez – ele disse piscando pra mim enquanto atravessava a porta. Fechei a cara da lembrança de James e Harry rolando a escada pelo fato de James estar sem os óculos.

Logo segui atrás deles colocando meu cabelo para trás. Desci as escadas e vi que Harry estava sentado perto da arvore de natal, remexendo nos presentes e tentando inutilmente abrir algum.

James estava no nosso sofá, olhando curioso para o controle remoto na mão. Obviamente queria ligar a televisão.

– Lily, como uso esse controle remioto? - ele perguntou com o cenho franzido, passando a mão nos cabelos rebeldes.

– É remoto, James – disse rindo e me aproximando. Quantas vezes já não havíamos passado essa mesma situação? – E se liga aqui – apertei o botão vermelho apontando para a televisão.

– Ah, essas coisas trouxas são difíceis de lidar. Será que não tem um feitiço pra isso não? – perguntou, observando fascinado os ‘bonequinhos’, como ele mesmo dizia, se mexendo na tela.

– Não, seu bruxo folgado – disse pegando Harry no colo e indo para a cozinha – Eu já não disse pra por ele direto na cadeirinha quando acordar?

– Desculpa lírio – ele disse lá da sala, ainda absorto nas imagens. Coloquei Harry na cadeirinha e ele bateu as mãos, sorrindo. Harry sorria muito, diariamente. Talvez pelo pai dele ser um maroto besta, ou por gostar de sorrir mesmo.

Eu sorri lhe dando um beijo em sua testa. Ele era minha razão de viver.

Ele e James.

Estava fazendo a papinha do Harry quando ouvi dois gritos.

– PONTAS!

– ALMOFADINHAS!

Era Sirius, obviamente. Sinceramente, esses apelidos entre os marotos eram horríveis e doidos, mas desde quando eles eram normais?

– Sirius? – chamei e ele logo colocou o rosto para dentro da cozinha, sorrindo para mim.

Ele tinha belos olhos azuis, tempestuosos, sempre maliciosos e brincalhões. Tinha cabelos negros brilhosos que batiam no ombro e um rosto anguloso, com uma rala barba e um sorriso perfeito.

– Ruiva! – e sorrindo se aproximou de mim, me abraçando. – Feliz natal!

– feliz natal – respondi, Harry fez um barulho estranho pedindo por atenção.

– Hey campeão, sentiu falta do padrinho lindo aqui? – disse pegando Harry no colo e o girando.

– Sirius, o coloque na cadeira! Ele vai comer. Maldita mania que vocês tem de o tirar dai – ele o colocou lá enquanto eu resmungava – Cadê o Remo?

– Não sei, sinceramente – ele deu de ombros, se despindo de sua jaqueta de couro e a colocando na cadeira ao lado – ele disse que viria no mesmo horário que eu. Mas até agora...

E se foi ouvido outros gritos.

– PONTAS!

– ALUADO!

– Vocês só se cumprimentam assim? – perguntei dando uma colherada de papinha pro Harry. Olhei pro lado vendo que não recebi resposta e vi que Sirius já não estava mais lá. Revirei os olhos. Eles se viam todo dia desde o primeiro ano de Hogwarts e pareciam que faz anos quando se cumprimentam.

Continuei alimentando Harry, que começou meio relutante, mas agora comia com gosto. Logo os três entraram rindo e coversando. Remo com suas rugas prematuras, suas vestes de segunda mão e sorriso contagiante.

– Feliz natal! – ele disse me abraçando.

– Feliz natal – respondi quando ele ficou ao meu lado, acariciando a cabeça de Harry, que comia feliz.

– Sabe – comecei depois de acabar de dar a comida de Harry – vocês deviam arrumar namoradas. É difícil fazer tudo isso sozinha.

– Sou muito gostoso para ser só de uma – disse Sirius dando de ombros. – E com um gesto de varinha você termina.

– Você sabe que não se conjura comida! – disse enquanto ligava o forno – Quero ajuda de vocês. Agora!

– Eu não posso. Tenho que ficar com o Harry...

– ... tenho que ver minha vassoura...

–... deixei a tevelisão ligada...

– Venham – disse rindo e os três suspiraram juntos. – E é televisão, James.

– Ahnnhn – resmungou Harry olhando para o pai que colocara um avental com estampas de morangos.

– Até o Harry reconheceu que eu sou muito lindo de qualquer jeito – disse James, sorrindo enquanto segurava uma colher de pau e arrumava seus óculos. Era uma cena era engraçada.

– Algo me diz que é exatamente ao contrário – disse Sirius surgindo com uma câmera bruxa e logo tirou uma foto. Eu ri. Remo estava todo embolado com as cenouras e com as verduras que ele tem que cortar, também de avental de laranjas. Eu queria fazer tudo manualmente mas colocar bruxos para fazerem coisas trouxas nunca é a melhor opção que temos.

Continuamos a fazer entre risadas, coisas queimadas, explosões e brincadeiras.

Esse era um dos únicos dias que tínhamos de felicidade. Um dos únicos em que, mesmo com a guerra estourando lá fora, o bruxo mais cruel de todos os tempos a nossa procura estávamos felizes. E eu pedia a Merlin, a deus e a todos os deuses que fosse assim para sempre.

(...)

A noite já caia lá fora e Peter havia acabado de chegar. Ele não estava muito diferente do tempo da escola: baixinho, gordinho e comilão. Ele andava muito sumido, mas não falávamos nada. Cada um tinha a própria vida e ele que tinha que cuidar da própria. As vezes ele pode estar com uma mulher, quem sabe? Sozinho a vida inteira ele não pode ficar.

Ele já estava na mesa que quitutes comendo afobado como sempre fazia. Harry e James estavam sentados na frente da árvore, James sendo mais infantil que Harry. Tinha um sorriso enorme enquanto balançava os presentes para ouvir o que tinha dentro.

– Vamos abrir os presentes? – disse Remo chegando da cozinha com um copo de vinho nas mãos. Assenti sorrindo.

James pulou nos presentes e, acho que por pouco, não acabou rasgando o que tinha dentro também. Harry batia as mãos, animado, vendo a animação do pai.

Me aproximei da arvore e peguei o presente de Harry, me agachei e entreguei. Ele olhou para mim com os olhos verdes iguais aos meus e sorriu. Continuei olhando seu sorriso sem dentes, seus olhos brilhando e suas mãozinhas gordinhas. Sorri mais abertamente olhando em volta, enquanto James abraçava Sirius, seu grande irmão e amigo, agradecendo pelo presente. Remo estava agachado ao lado de Harry, o ajudando a abrir o presente e o pequeno sorria abertamente.

Pedro estava ao seu lado, também sorrindo de um modo estranho para Harry enquanto o estendia o seu presente.

Cruzei os braços, suspirando, enquanto me encostava a parede.

– Ruiva? – disse James se aproximando de mim, sorrindo e colocando as mãos em minha cintura.

– oi – sorri. Ele se aproximou e beijo meus lábios. – Posso te pedir uma coisa?

– O que você quiser – murmurou com o rosto no meu pescoço, me causando arrepios. Pode se passar o tempo que for, as sensações que James me faz sentir são inexplicáveis.

– Promete que sempre vai ser assim? – perguntei num sussurro, sentindo seu cabelo espetar meu rosto. – que sempre vamos estar juntos? Unidos?

– Prometo, lírio. Até meu ultimo dia. – ele sorriu em meu pescoço – Agora vamos antes que Harry derrube a arvore atrás de presentes.

Sorri enquanto era puxada em direção a Sirius, que berrava que ganhou um kit para manutenção de sua moto voadora. Essa não era a família mais perfeita, mas com certeza, era a melhor e mais louca família que alguém poderia ter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu quis fazer essa fic por ser apaixonada pelos marotos. Eu quase chorei escrevendo, porque quando coloquei o ponto final eu pensei em tudo que os Potter poderiam ter vivido se Voldemort não existisse, e bem, eu choro quando leio/penso meus personagens favoitos morrendo T-T
Deixem reviews, por favor. Me faz um bem imenso e me faz contirunar a escrever!
Acho que é só '-'