Assim que chegamos as enfermeiras me levaram na cadeira de rodas, eu não conseguia nem andar de tanta dor, estou começando a entender o porque falam tanto. Eu já estava na sala de parto, esperando a Meredith, eu estava nervosa e sozinha, cadê o Damon? minha brriga doia, a porta se abriu, vi a baxinha de cabelos castanhos e uma roupa toda branca entrar na sala.
- Meredith - gritei, ela sorriu e se aproximou.
- Calma Elena, você está em trabalho de parto, começa a respirar fundo.
- Certo, mas procura o Damon para mim?
- Claro - ela sorriu e saiu.
 Eu fiquei no quarto apenas com uma enfermeira, eu respirava fundo, respira e espira, fiz isso repetidas vezes, e a dor estava mais leve, mas mesmo assim ainda doia.
- Elena - Meredith entrou.
- Lena - Caroline entrou logo após ela. - Estamos com um problema.
- Qual?
- O Damon, ele está passando mal de nervoso - ela riu.
- Caroline, acalma ele, e traga ele aqui, não importa como. Agora - gritei a ultima palavra, e ela saiu correndo do quarto.
 Eu já não estou mais aguentando, mas não posso fazer isso sem o Damon, fiquei respirando e espirando novamente, até a porta se abrir, Damon entrou, ele estava muito palido, segurei o riso.
- Desculpa pequena, já estou aqui.
- Obrigada por vir rapido.
- Desculpa - dei de ombros.
- Pronta Elena? - Meredith sorriu.
- Pronta.
 Dois homens entraram, os enfermeiros, eles me colocaram em uma maca, e me levaram para a sala de parto, Damon estava ao meu lado, segurando firme minha mão, agradeci por isso. Me sentei na cama, e Damon ficou em pé ao meu lado.
- Elena, agora você vai ter que ser forte, e empurrar com toda a sua força.
- Meredith, eu não consigo.
- Consegue, claro que consegue, vamos lá Elena.
 Damon apertou minha mão, eu estava suando frio, fiquei na posição certa, Meredith me olhou e assentiu, respirei fundo, e comecei a fazer força, como nunca tinha feito em toda minha vida, em meio a dor, a força e toda a pressão, lagrimas invadiram meus olhos, eu não as impedi de escorrer, Damon ficou segurando minha mão, e fazendo caretas conforme eu a apertava.
- Meredith, não dá. - falei ofegante.
- Elena, você consegue. - ela respondeu.
- Amor, você consegue, pensa na sua filha, linda que em alguns minutos pode estar em seus braços.
 Juntei toda a minha força e voltei a fazer força, era como se estivesse me rasgando, e isso era a dor maior, Damon estava palido novamente, e parecia que ia desmaiar, uma das enfermeiras colocou a mão no ombro de Damon.
- Sr, por favor, se não estiver se sentindo bem, saia.
- Eu estou bem. - ele falou nervoso.
  Eu fiquei fazendo o processo todo por umas três horas, eu já não tinha mais forças, quando senti meu corpo fraquejar, minhas pernas amolecerem, meus olhos ficaram pesados, eu sentia que ia desmaiar, ouvi um barulho ao fundo, meus olhos estavam embaçados, e eu estava me sentindo mal, o ar me faltava, olhei para o Damon e ele sorria.
- Nossa pequena chegou meu amor.
- Damon... Cuida da Claire.
- Elena, o que? Elena? - meus olhos foram se fechando - Elena, fica comigo - agora ele gritava, mas sua voz estava cada vez mais distante, até que parei de ouvi-la.

POV Damon.
 Assim que ouvi aquele chorinho, meu coração se acelerou, e uma alegria enorme me invadiu, quando olhei para a Elena, ela estava mais palida, sua mão estava fria.
- Nossa pequena chegou meu amor. - falei enquanto uma lagrima caiu do meu olho.
- Damon... Cuida da Claire. - depois dessas palavras os olhos dela se fecharam e a mão dela amoleceu diante da minha, olhei para a tela que marcava os batimentos cardiacos, e vi a linha aparecendo, e aquele barulho... Não.
- Elena. Não Elena, fica comigo, não me deixa Elena - senti alguem me empurrar pra trás, e vi a enfermeira com o aparelho de choque, as lagrimas agora de tristeza escorriam feito cachoeira, uma das enfermeiras me tirou da sala.
- Abby, ela vai ficar bem não vai?
- Damon... - a baixinha morena me olhou com tristeza.
- Abby, ela tem que ficar bem, ela tem que ficar bem, para nós podermos cuidar da nossa filha.
- Damon, agora é só esperar, e rezar para ela ficar bem.
 Derrotado, cambaleei até a sala de espera, Caroline, Jeremy, Rebekah, Nate, Stefan e Klaus estavam lá, me joguei em uma das cadeiras, deixando minha cabeça jogada para trás, chorando e soluçando.
- Damon, o que foi? - gritou Caroline, fiquei em silencio.
- Responde Damon - gritou Rebekah.
- Ela... A pressão dela caiu, e o coração parou.
- O que? - gritaram todos, levantei o rosto, Nate abraçava Caroline que estava chorando em seu ombro, estavam todos chorando.
- Ela vai ficar bem, ela tem que ficar bem. - falei.
 Fiquei jogado na cadeira desconfortavel, tentando não pensar no pior, em torno de uma hora depois uma das enfermeiras apareceu sorrindo.
- O bebê está no berçario, quem quiser ve-la é só me acompanhar.
 Pude ver um ou dois sorrisos em meio as lagrimas dos presentes, mas eu...
- Você não vai Damon? - perguntou Caroline.
- Não... Era disso que eu tinha medo, era isso que eu não queria, eu perdi minha esposa, eu a perdi - abaixei a cabeça a deixando em minhas mãos, senti uma mão nas minhas costas.
- Damon, ela vai ficar bem. Anda, vamos ver a Claire.
- Caroline, eu não posso perde-la.
- Você não vai Damon, nós não vamos.
 Ela me puxou pela mão, sem vontade me levantei, ela me puxou até onde ficavam os bebês, o berçario estava cheio, a enfermeira entrou e pegou um bebê no fundo, com um cobertor rosa claro, ela trouxe o bebê até o vidro, meus olhos encontraram aquele pacotinho rosado, quase perdido entre o cobertor, ela é tão pequena.
- Parabéns mano - Stefan me abraçou, retribui.
- Obrigado irmão.
- Damon, parabéns, ela é linda - Caroline me abraçou forte.
 Todos me abraçaram, e disseram parabéns, mas eu não me sentia sortudo, ou feliz, eu posso ter perdido o amor da minha vida, esse era o meu maior pesadelo.
- Damon? - uma voz feminina veio ao fundo, me virei.
- Meredith - me animei um pouco e andei até ela - como está a Elena?
- Ela está viva - ela sorriu, eu suspirei alivido, e foi como se o mundo tivesse saido de cima das minhas costas - ela vai ter que fazer alguns exames, descansar, mas vai ficar bem.
- Ah Meredith - a abracei e todos riram - Obrigado.
- E então, papai, parabéns.
- Obrigado, ela é tão linda não é?
- Sim, é linda mesmo. A Elena não vai poder receber visitar hoje.
- Dra. Eu não vou sair daqui. - falei.
- Tudo bem Damon, você pode ficar no quarto dela.
- Obrigado Meredith.
  Depois de babarem mais um pouco na minha filha, foram todos embora, eu fui para o quarto da Elena, ela estava palida, seus labios ressecados, me sentei no sofá ao lado da janela. E fiquei lá olhando para o nada, eu não estava conseguindo dormir, eu ainda estava preocupado com a Elena.
- Damon? - ouvi uma voz rouca e fraca, me levantei rapido e andei até a cama.
- Oi pequena - meus olhos encheram de lagrimas - Ah Elena, eu fiquei con tanto medo de te perder.
- Mas não perdeu - ela sorriu fraco.
- Eu te amo tanto - a abracei.

POV Elena.
 Quando acordei só vi um lugar todo branco, com dficuldade virei a cabeça, meu marido estava sentado no sofá olhando pela janela, tentei falar mas minha voz não saiu, tentei de novo.
- Damon? - minha voz estava muito rouca.
- Oi pequena - os olhos dele encontraram os meus - Ah Elena, eu fiquei con tanto medo de te perder.
- Mas não perdeu - sorri fraco.
- Eu te amo tanto - ele me abraçou forte.
- Eu também te amo. Como ela é?
- Ela é tão linda, tão pequena.
- Quero ve-la logo.
- Amanhã pequena, agora você tem que descansar. Seus pais e os meus pais estão vindo para cá.
- Isso é bom - sorri.
- Agora dorme pequena.
 Depois dele me dar um selinho demorado, me virei um pouco para o lado, ignorando a dor no corpo e pelos remédios e o cansaço acabei pegando no sono.