Christmas Miracle escrita por Lita Black


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

One inspirada no Natal!
Feliz Natal para todas as lindas do Nyah!
Espero que gostem!



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A minha vida foi feita de sacrifícios e tristeza.

O que diriam sobre uma garota sonhadora que quer vingar na vida, mas tem que trabalhar como stripper numa daquelas casas de strip, para poder pagar a sua universidade e os seus sonhos.

Devido às condições financeiras de meus pais, tive que entrar nessa situação para poder pagar a minha universidade, sem o conhecimento dos meus pais.

Se Edward Cullen soubesse que a sua filha se estava despindo na frente de um monte de velhos tarados em troca de dinheiro, ele teria um infarto.

E aqui estou eu, dia 24 de Dezembro, véspera de Natal e a ter que inventar uma desculpa para os meus pais, tentando justificar o porquê de não passar a ceia com toda a família.

Engoli em seco, limpando algumas lágrimas teimosas que insistiam em descer pelo meu rosto, me preparando para abandonar a minha família na ceia de Natal.

-Mãe... -chamei baixinho, indicando que queria falar com ela. Ela fiz sinal às minhas tias e foi ao meu encontro.

-Renesmee... -me olhou confusa. -Onde está o seu vestido? -perguntou, me fitando.

-Eu... Não vou poder passar a ceia de Natal com vocês. O orfanato precisa da minha ajuda. -eu tinha dito à minha família que trabalhava em um orfanato. -As crianças precisam da minha ajuda. Desculpa, mãe. -tentei mentir o melhor possível.

-Outra vez? Renesmee, você mal passa tempo connosco. Não pode passar a ceia com a sua família? -insistiu, visivelmente destroçada pela minha mentira.

-Não, mãe. Sou precisa esta noite. Mas eu prometo que passarei o dia de Natal com toda a família! -garanti, forçando um sorriso. Vi a expressão de decepção da minha querida mãe, assentindo derrotada.

-Tudo bem... Vá! -incentivou, tocando o meu ombro, levemente. -Pelo menos estará a fazer o Natal de alguém um pouco melhor. -disse, tentando expressar felicidade.

Aquelas palavras me doeram. Eu só iria fazer o Natal de um monte de homens sozinhos e pervertidos. Engoli o choro e assenti, partindo.

Antes de entrar no meu carro, olhei para trás, me perdendo nas luzes de Natal, que enfeitavam toda a casa.

Gostava tanto de poder passar essa data tão especial com a minha família...

Respirei fundo e entrei no carro, o ligando e, com a ponta dos indicadores, limpando mais lágrimas teimosas.

O caminho foi passado entre lágrimas e ouvindo aquelas terríveis canções de Natal. Mas, infelizmente, cheguei ao bar.

Entrei pela porta dos fundos, sendo cumprimentada por Angela. Angela era meio que a minha maior amiga e apoio nesse sítio tão horrível.

-Feliz Natal, linda. -me desejou, me ajudando a tirar o meu casaco castanho e longo. Fiz um esforço para lhe sorrir.

-Feliz Natal, Angela. -desejei.

-Tenho pena que tenha de passar o dia 24 fazendo isso. -entrelaçou os nossos dedos e me tentou apoiar. Pisquei algumas vezes, pensando na tristeza que tudo isso me dava.

-Também tenho... -sussurrei derrotada. Angela me abandonou, indo buscar a roupa que usaria hoje. Um soutien vermelho brilhante,  uns shorts da mesma cor, com pormenores em branco e um barrete de Natal.

Seria transformada em uma Mãe Natal...

O meu estômago se revirou ao olhar a fantasia, mas eu precisava muito do dinheiro. Eu precisava de pagar a universidade de Advocacia, era o meu sonho!

Peguei nas vestimentas e me encaminhei para o banheiro, onde me vesti. Depois Angela me maquilhou e calçou.

Eu só pensava na alegria que daria aos meus pais, ao me formar. Na alegria que daria a toda a minha família ao me tornar numa advogada respeitada.

É nisso que tem que pensar, Renesmee! O caminho para lá chegar é difícil, mas quando se lá chega, tudo irá saber melhor.

-Boa sorte! -Angela me desejou. Sorri fraco em sua direção. Me virei para onde a cortina seria aberta, respirando fundo e aceitando a minha realidade.

PDV Jacob

Pouco me interessava se era dia 24 de Dezembro. Eu só queria morrer!

Não conseguia estar perto de ninguém. De minha família, de meus amigos... Tudo por causa daquela uma!

Eu a amei! Eu amei Jessica! Lhe entreguei o meu coração e a minha alma, só para a ver feliz e o que ela faz? Dorme com o meu melhor amigo! Dorme com Embry...

-Filho, onde você vai? -minha mãe perguntou alarmada, andando atrás de mim.

Eu nem sabia... Não conseguia encontrar um rumo para a minha vida...

-Não sei! Mas fique descansada, não me irei matar! -entrei no carro, tentando fechar a porta, mas minha mãe a segurou com força.

-Largue... -murmurei, irritado.

-Não! -exclamou, chateada. -Agora vai me ouvir, Jacob Black! Pare de se portar como um adolescente quebrado! Tem 30 anos, se porte como tal! Toda a família está lá dentro para a ceia de Natal, se junte a nós! -ordenou, furiosa.

Admito que fiquei com um pouco de medo da sua reação, mas ela tinha razão... Eu já tinha 30 anos... E podia fazer a porra que quissesse!

-Tem razão... TENHO IDADE PARA FAZER A MERDA QUE EU QUISER! -puxei a porta com tanta força, a arrancando de sua mão. Minha mãe espumou de raiva e começou a bater no vidro, com violência.

-JACOB BLACK! NEM PENSE EM ABANDONAR A SUA FAMÍLIA ESTA NOITE! -liguei o carro e comecei a correr em alta velocidade, me distanciando dos gritos de minha mãe.

Eu estava perdido. Era como se Jessica tivesse tirado a minha alma do meu corpo, era um pedaço de carne ambulante que não sabia o que fazer da sua vida.

É triste quando uma pessoa chega a esse ponto...

Decidi parar num pequeno bar de strip, para aliviar a dor com alguma cerveja e algumas mulheres. Estacionei o carro no pequeno parque e entrei naquele lugar.

Era um sítio escuro, como todos os bar de strip são, sendo apenas iluminado pelas luzes do palco. Me sentei numa das mesas de frente para o palco principal, pedindo uma garrafa de cerveja.

Nada melhor que afogar as mágoas em um clube de strip, dia 24 de Dezembro...

Logo uma loira quase nua, veio servir a minha cerveja, arreganhando os dentes e quase se esfregando em mim.

A minha paciência já não era muito e tive que me controlar para não ser indelicado. Apesar de tudo, não podia descarregar a minha raiva pela vadia de Jessica, em cima de outras mulheres.

Logo as luzes azuis e pretas mudaram, iluminando o palco, em tons de vermelho e branco, onde uma mulher loira, muito linda, aparecia vestida de Mãe Natal.

Mas algo era diferente... Ela era diferente!

Apesar de uma expressão sensual e uma dança atraente, os seus olhos gritavam medo e insegurança. Algo naquela garota me estava a atormentar e atrair.

Ela se movia graciosamente no palco, fazendo todos os homens a meu lado ficarem loucos por ela. E o pior, eu era um desses homens...

Passando alguns minutos, ela desapertou o seu soutien, revelando um par de seios e tamanho médio, muito apetitosos.

Todos foram à loucura quando ela fez isso, me deixando extremamente enciumado. Aquela garota era diferente, tinha algo de diferente...

Me levantei da minha cadeira, tentando fazer com que não reparassem na minha ereção por olhar aquela deusa, e fui ter com um homem que estava sentado no bar, dono do estabelecimento.

Eu já conhecia Marcus à algum tempo, apesar de não ter uma grande relação com ele, de vez em quando falávamos e tinha a certeza que me ajudaria.

-Marcus! -o cumprimentei sorridente, tentando mostrar simpatia. Ele me olhou e fez sinal para eu me sentar a seu lado.

-Ora, ora... Jacob Black no meu humilde estabelecimento no dia 24 de Dezembro. O que lhe traz aqui? -perguntou, tragando um gole da sua bebida.

-Desanuviar a cabeça. Mas... Tenho uma pergunta, ou melhor, uma proposta para lhe fazer... -Marcus me olhou interessado.

-Sou todo ouvidos!

-Quanto por um programinha especial pela loirinha que está no palco? -perguntei discretamente.

-Jacob, espero que entenda que isto não é uma casa de prostituição! Carlie não irá dormir com você! -garantiu irritado, e eu logo me desculpei.

-Não era isso que eu pretendia. Queria saber quanto por uma lap dance, em um sítio mais privado?

-Já entendi... O preço normal seria 200 dólares mas como falamos de Carlie... São 300 dólares. Ela é a minha menina de ouro, Jacob! -exclamou, rindo em seguida.

Ainda era algum dinheiro, mas eu precisava de falar com aquela mulher...

Peguei na minha carteira, retirando três notas de 100 dólares de dentro dela, colocando as notas em frente a Marcus.

-Então... Tenho direito a uma lap dance?

Marcus pegou nas três notas, olhando atentamente para elas.

-Confesso que nunca pensei que fosse pagar. Mas sim, você ganhou o direito de uma lap dance! A apresentação de Carlie está quase a terminar, depois darei ordens para ela o encontrar numa sala especial. -explicou e eu sorri internamente.

-E onde fica essa sala?

-Lana lhe levará lá, Jacob. Bom proveito! -desejou, erguendo o seu copo.

Eu iria fazer muita coisa, mas não me iria aproveitar daquela linda mulher!

PDV Renesmee

Eu estava morta de cansaço e só queria poder voltar para a minha família. Tirei a roupa, voltei a vestir a que tinha trazido no corpo e entreguei a roupa de Mamãe Natal a Angela.

-Você foi fabulosa! -elogiou, recebendo a roupa.

-Obrigada... -murmurei baixinho, desiludida por estar a passar esse dia tão especial, longe da minha família.

É pelo seu sonho Renesmee.... Tem que fazer pelo seu sonho!

-Renesmee! -a voz de Marcus se fez ouvir no camarim, me arrepiando completamente. Normalmente quando ele vinha, era para dizer que eu tinha mais algum trabalho para fazer.

Eu só quero a minha família...

-Sim? -me virei para ele, de cabeça baixa.

-Você tem mais um trabalho, hoje! Lap dance! -o meu coração gelou com as palavras.

Pior do que a apresentação em geral, era uma lap dance! Porque ali você não conseguia ignorar o olhar de cobiça sobre o seu corpo, por parte de um velho nojento qualquer.

-Em que mesa ele se encontra? -perguntei, num fio de voz. Eu faria aquilo o mais depressa possível, para depois ir encontrar a minha família.

-Você irá o encontrar na nossa sala especial. -se eu já estava com medo, fiquei completamente apavorada.

A sala especial era uma tortura...

Ninguém estava ao seu lado. Você ficava sozinha numa sala que cheirava a sexo por todo o lado, com um velho qualquer.

-A sala especial?

-Fique calma, Renesmee. Ele sabe que não pode tentar nada com você. Eu o avisei! -Marcus garantiu, mas eu não estava nem aí. Sabia que qualquer coisa de muito mau poderia acontecer.

-Ok... -suspirei rendida, indo vestir um trapo qualquer para a lap dance. Angela me ajudava, muito calada. Ela sabia que eu odiava fazer isso.

Depois de pronta, respirei fundo mais uma vez, tentando colocar para trás o que tinha que fazer.

Eu odeio tanto o Natal...

Não conseguia pensar em mais nada! Isso era tortura!

Caminhei para a sala especial, entrando sem fazer barulho e de cabeça baixa. Mas logo a levantei, assim que vi o ambiente tão claro.

Normalmente quase nunca havia luz...

-Espero que não se importe mas... O ambiente estava um pouco pesado! -uma voz linda pronunciou, e meus olhos percorreram toda a sala, até encontrar o dono.

Um homem lindo... Não, dizer que era lindo era uma afronta para o que ele realmente era. Ele tinha uma beleza perfeita! Cabelos escuros, bem arrepiados, uns olhos negros de fazer qualquer mulher se perder, um nariz redondinho, era o nariz mais lindo que já tinha visto, uns lábios bem desenhados, aquela típica barba por fazer, que normalmente deixa um homem com ar de vagabundo, mas nele... O deixava ainda mais desejoso e lindo! Além da expressão linda, ele era alto e dava para ver os seus músculos definidos, por debaixo da camisa social azul desbotada.

Também reparei nos seus olhos me analisando meticulosamente, me fazendo ficar corada. Eu nem sei porque estou corada, eu devia estar com medo...

-Não faz mal... -a minha voz não saiu mais que um sussurro. -Você pode se sentar. Eu trato do resto! -expliquei, indo em direção ao aparelho de som, mas uma mão de pele bronzeada, me impediu.

-Não! Eu não paguei para ver você dançar para mim! -o medo bombava em minhas veias, com medo do que ele iria dizer. -Eu quero conversar com você. -completou, tornando a minha expressão apavorada, numa expressão confusa.

Conversar? Nenhum homem pagaria 300 dólares para conversar com uma stripper!

Eu não conseguia dizer nada, mas o deixei pegar na minha mão e me guiar para o pequeno sofá vermelho, me sentando a seu lado.

-Desculpe mas... Ninguém pagaria tanto dinheiro para só falar com uma stripper! -falei, vendo a sua expressão divertida.

-Mas eu paguei! Qual é o seu nome? -perguntou.

-Desculpe mas eu não tenho autorização de falar meu nome verdadeiro. -avisei. Qual era a ideia desse homem!?

-Eu paguei 300 dólares para poder conhecer você e saber o máximo possível sobre você, acho que mereço saber o nome da linda mulher loira que está a meu lado. -ele me desarmou totalmente com aquelas palavras.

-Renesmee... -sussurrei. -Renesmee Carlie Cullen.

-Renesmee? -arqueou a sobrancelha, numa expressão divertida, que me acalmou por dentro. -Que nome tão invulgar... Mas fica muito bem em você! -elogiou, numa postura mais galante.

-Obrigada. E qual é o seu nome? -perguntei, um pouco mais relaxada e gostando da situação tão incomum que vivia, ao lado do homem mais lindo que já tinha visto.

-Jacob. Jacob Black. -um nome lindo para um homem lindo. Mas o apelido Black não me era estranho...

-Black? -perguntei.

-Sim. Você deve conhecer da empresa Black Motors. Eu sou o presidente e fundador. -fiquei impressionada.

Ele era bem importante... Não percebo o porquê de estar perdendo tempo comigo...

-Quantos anos você tem? -perguntei, porque para criar uma empresa que tem tanta fama, já deve ter alguns anos a mais que eu.

-Eu é que devia estar fazendo as perguntas... mas tudo bem, tenho 30. E você? -respondeu e voltou a fazer mais uma pergunta.

-Tenho 20 anos. Ainda estou no 2º ano de universidade. -respondi, e vi a sua careta. -O que foi?

-É por isso que está trabalhando aqui, para poder pagar a sua universidade, estou certo? -desviei o olhar para não o encarar. Tinha medo que ele me julgasse.

Jacob pegou delicadamente no meu rosto, me obrigando a olhar para aqueles olhos negros, lindos.

-Eu acho isso lindo! Você é uma lutadora. Isso é uma coisa em que não deve sentir vergonha! -me encorajou, me fazendo perder naqueles olhos.

Eu estava me perdendo nele...

Fechei meus olhos lentamente, sentindo somente a sua respiração próxima a meu rosto, esperando que mais algum contato existisse entre nós.

Senti os seus lábios pressionarem os meus, em movimentos delicados e deliciosos. Os meus lábios se envolveram nos dele, aproveitando todo o carinho que ele me dava.

As suas mãos davam um carinho tão gostoso em meu rosto e os seus lábios se moviam com os meus, em movimentos sincronizados e delicados.

Estremeci inteira quando senti a sua língua tocar na minha, se enrolando numa dança de carinho e prazer. Era tudo isso que Jacob estava despertando em mim.

Eu, uma simples garota, que trabalhava como stripper, para poder pagar a sua universidade e viver o seu sonho, estava a viver o sonho mais lindo da sua vida.

Jacob se deitou sobre mim, me ajeitando no sofá vermelho. Eu sabia o que iria acontecer e era exatamente o que eu queria naquele momento.

Que ele me amasse, que eu o amasse...

Quem haveria de dizer, que no dia 24 de Dezembro, abandonando a minha família para poder ganhar mais algum dinheiro nesse emprego horrível, eu haveria de conhecer um verdadeiro milagre de Natal.

...

-Feliz Natal! -senti os lábios de Jacob no meu pescoço, o beijando delicadamente.

-Feliz Natal, amor. -ri quando a sua barbar por fazer me deu cócegas. Ele também riu na cova do meu pescoço.

-Como é que a minha menina formada em Advocacia e recém senhora Black se sente? -perguntou com todo aquele carinho e devoção que me habituou, desde o dia que eu o conheci.

-Nas nuvens. Mais uma vez... -me virei para olhar aqueles olhos negros, que irradiavam felicidade. -Obrigada por tudo o que fez por mim! Você foi um milagre de Natal! -o abracei, fortemente, não o querendo largar nunca mais.

-Não precisa de agradecer! -ele segurou o meu queixo, fitando os meus olhos, intensamente. -Você é que foi o meu milagre de Natal!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Feliz Natal e um excelente Ano Novo!
Beijos!