– Megan, pare – pediu.

– Eu não vou parar. Sabe por quê? Porque eu odeio você. Seu filho de Apolo convencido e lindo. Eu te odeio você é chato, irritante e vem com esse seu sorriso “ui sou foda”, você me confunde e me da raiva. Sinto vontade de pegar uma espada e desferir milhões de golpes em você – percebi que estava gritando e abaixei a voz – eu só não faço isso porque sei que eu vou me machucar e... E...

Eu esperava que ele me batesse ou fizesse qualquer coisa do tipo, mas para a minha surpresa ele fez algo que eu nunca esperaria que viesse dele.

Will me puxou para si e me beijou.

Eu não achei que fosse gostar tanto.

Capitulo 4 – Isso está indo melhor do eu imaginei.

Não vou mentir, eu estava gostando muito de beijar o idiota. Era bom! Mas eu não podia fazer isso. Quem ele pensa que é para me agarrar desse jeito? Só um babaca mesmo.

– O que você acha que está fazendo? – perguntei empurrando ele.

– O que você acha? Te beijando! – exclamou como se fosse a coisa mais obvia do mundo, o que de fato era.

– Quem disse que eu queria? – EU, EU, EU!

(...)

Depois de ficar meia hora discutindo com o idiota eu saí do lago xingando e catando os meus coturnos que eu não percebi que tinham tirado. Emma, Travis e Connor gargalhavam da minha cara. Legal saber que minha vida é uma piada para eles...

Depois de uma hora no chalé tentando me convencer que pegar uma espada e corta-lo ao meio não era a melhor solução para esse problema. Troquei-me e fui procurar alguma coisa para fazer.

http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_88/set?id=66662914

De longe vi Travis e Connor sendo encurralados por três filhos de Ares. Aquela cena seria um tanto cômica se eles não corressem risco de vida. Corri até lá com medo que matassem os dois idiotas.

– Ei – chamei a atenção deles – o que foi?

– Esses dois idiotas espirraram creme de barbear na metade das pessoas do nosso chalé – disse o da frente.

– Travis, onde você comprou esse creme? Ele não acaba nunca? Puta que pariu! – exclamei fazendo os dois filhos de Hermes rir.

– Como? – perguntou um dos filhos de Ares.

– Nada, nada – falei rapidamente – olha só, deixa que eu cuido disso, ok? Eu também estou com uma puta vontade de matar eles.

– Porque eu não acredito em você? – perguntou o da frente sorrindo.

– Porque eu estou mentindo. Olha só, você está há quanto tempo aqui? – perguntei.

– Três anos – respondeu.

– Então, você os conhece melhor que eu, sabe que não adianta nada se vocês baterem neles. E se acontecer de vocês matarem eles eu vou ficar sozinha com uma amiga louca, então, por favor, não façam isso. Tenham compaixão por mim – implorei.

– Você é estranha – ele disse apenas.

– Obrigada – sorri como se fosse um elogio.

– Qual seu nome? – ele perguntou.

– Megan e o seu? – sorri.

– Christopher – retribuiu o sorriso.

– Uh, Megan, eu te amo – disse Travis e Christopher olhou para ele com raiva por ter interrompido nosso dialogo – vou deixar vocês conversarem em paz.

Ri e Christopher me acompanhou. Continuamos conversando. Ele era legal. Não conhecia os filhos de Ares, apenas sabia da fama que eles tinham e Christopher me provou que eles estavam errados.

A conversa fluía normalmente e nenhum se esforçava para rir das merdas que o outro falava. Estávamos perto de onde acontecia o treino de arco e flecha e me assustei quando uma flecha passou entre Chris e eu.

Olhei para onde a flecha tinha vindo e só vi Will com aquela cara perfeita e babaca.

– Você é retardado ou o que? – gritei para ele.

Ele correu em nossa direção. Ele parou próximo a mim e perguntou:

– Te machuquei? – Will parecia preocupado de verdade e isso me desarmou.

– Não. Você poderia tomar cuidado, não é? – perguntei e por incrível que pareça minha voz saiu doce.

– Desculpe, eu só soltei sem querer – justificou e pareceu se lembrar de algo – Percy disse que você deveria tentar arco e flecha. Já que está aqui, não quer tentar de uma vez?

Não sabia se queria ou não, mas eu precisava saber que era útil em pelo menos alguma coisa. Assenti e ele sorriu. Virei-me para Chris e disse:

– Então, a gente se mais tarde? – perguntei e ele sorriu.

– Claro!

Logo ele voltou pelo caminho que viemos. Olhei para Will que me olhava de um modo engraçado. O que tinha de errado comigo?

– O que foi? – perguntei franzindo o cenho.

– Você é estranha – disse apenas.

– Eu sei, é a segunda vez que me dizem isso e eu não sei o que quer dizer. Isso pode ter vários significados, tanto positivos quanto negativos.

Ele apenas riu e balançou a cabeça como se não acreditasse no que eu havia acabado de falar. Dei de ombros para sua reação e fui com ele até onde tinha os alvos.

Will me ensinou – entre risadas – como funcionava o arco e o que eu deveria fazer. A primeira flecha passou metros longe e foi parar em um árvore. Onde uma dríade me olhou feio e reclamou alguma coisa sobre campistas inexperientes que danificavam sua árvore.

O filho de Apolo riu da minha careta e me incentivou a tentar de novo. E adivinha? Eu não consegui! Sério, aquela coisa é de Hades! (N/A para quem não entendeu a piadinha...).

– Vamos Megan, mais uma e eu digo pro Percy desistir de você – isso foi um incentivo?

– Mais uma. E se eu acertar eu posso de dar um soco? – ironizei.

– Só se você acertar no alvo – disse rindo.

Vamos lá, Megan! Você não é tão inútil assim. É só acertar no alvo e você pode soca-lo!

Concentrando-me mais que das outras vezes eu soltei e flecha e tive que piscar inúmeras vezes até acreditar que eu havia conseguido acertar bem no alvo.

Will me olhava com um sorriso lindo no rosto. Eu estava tão feliz que joguei o arco no chão e pulei em seu colo. Jogando-nos no chão, ficando por cima dele e como se não bastasse deixando meus lábios a centímetros do dele.

E isso está indo melhor do eu imaginei...