Emergency escrita por Lacrist


Capítulo 25
Capítulo 24 - Nos Trilhos do Trem


Notas iniciais do capítulo

É, eu demorei MUITO pra postar, eu sei. Peço que me perdoem mesmo por ter demorado tanto para postar esse capítulo. Faculdade, trabalho e estresse me deixaram completamente sem tempo e sem inspiração para Emergency e My Cure, mas nunca passou pela minha cabeça deletar as fanfics, porque por mais que eu demorasse, eu tinha me comprometido com vocês e não queria simplesmente abandonar as fics.
Sim, esse é o último capítulo da fic, mas pretendo postar um epílogo para vocês como bônus. Para as leitoras de My Cure, aviso que também pretendo voltar a atualizá-la, só não sei quando vou ter inspiração para ela. Eu tinha um cronograma de ideias anotado mas não vou mais segui-lo.
E para quem lê Emergency (e que depois de todo esse tempo ainda sente vontade de ler esse capítulo rs), segurem seus forninhos!
Caso alguém queira adicionar uma trilha sonora nesse capítulo, sugiro que ouçam You Are In Love da Taylor Swift.
Tenham uma boa leitura.



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5 anos depois...

Enquanto Damon andava pelas ruas da cidade, ele via que nada era igual. Desde que saíra da prisão junto com Klaus, após ver que os pais de Elena e Caroline não iriam muito longe, Damon se sentia um homem diferente. Ele ainda não entendia porque Elena havia pedido aos pais para que intervissem na pena em que ele estava cumprindo se não se lembrava de nada. Se não se lembrava dele.

Mas ele não queria pensar muito naquilo. A única coisa em que Damon gostaria de se concentrar era em arrumar um emprego em algum lugar para poder se manter e fazer uma faculdade.

Ele e Klaus ainda mantinham contato. Não muito, já que ele estava bem ocupado com Caroline, sua esposa. Damon sabia que ele via Elena constantemente, porque ela era amiga próxima de Caroline, mas se Damon aprendeu alguma coisa enquanto estava na prisão, era que Elena não queria saber dele. Ele tentava se convencer de que aquilo era o certo, mesmo pensando que enquanto aquilo acontecia, uma parte dentro de si doía tanto que ele mal conseguia respirar.

Atualmente, Damon dividia um apartamento com Stefan e Rebekah enquanto ainda não conseguia um emprego. Ele sabia que as coisas seriam complicadas para ele por causa de sua ficha criminal, mas seu irmão estava confiante de que conseguiria lhe arrumar um emprego na empresa em que estava trabalhando.

O celular que Stefan havia lhe emprestado começou a tocar. Resignado, Damon atendeu sem olhar o nome que aparecia no visor:

– Oi, sou eu. Consegui descolar uma entrevista para você na empresa que estou trabalhando. – disse Stefan de forma animada do outro lado da linha.

– Sério? E quando vou precisar ir até lá? – perguntou Damon, esperançoso.

– Agora seria um ótimo momento! – disse ele, divertido.

– E você só me avisa agora? – perguntou, exasperado.

– Eu vi a roupa que você estava usando quando saiu daqui. Está bem vestido, como sempre.

– Não sabia que você era estilista.

– Muito engraçado. Agora, ande logo, por favor. Meu chefe não tem o dia todo.

– Que ótimo!

Damon desligou o telefone bufando, mas sentia uma pontada de esperança quando Stefan mencionou aquela entrevista. Esperava estar certo sobre aquela sensação tão boa que lhe atingiu.

E, caminhando para a Estação de Trem, ele se permitiu sonhar com o dia em que as coisas melhorariam para ele.

Uma das únicas coisas em que Elena não acreditava era em Horóscopo. Achava uma baboseira essa obsessão que algumas pessoas possuíam em estar todo o dia em busca de jornais, revistas e até mesmo informações na internet que pudessem lhes dizer o que aconteceria naquele dia e no resto da semana.

Enquanto ela via algumas garotas amontoadas numa cafeteria lendo seus horóscopos em uma revista como se isso fosse mudar suas vidas, ela pensava no quanto já foi uma garota esotérica antes de ser sequestrada. Mesmo não se lembrando do que aconteceu, Elena nunca mais conseguiu acreditar no que lia sobre seu signo.

Uma parte de si acreditava que era bom que seu cérebro tivesse excluído aquele acontecimento de sua mente, mas outra parte, a mais curiosa, achava que não se lembrar era a pior coisa que pôde ter acontecido com ela.

Elena tinha viajado a trabalho há alguns dias atrás e estava voltando hoje para Nova York. Ela não se sentia muito cansada, mas sabia que quando pegasse o trem que a levaria de volta para a casa, que dormiria o bastante para acordar sem olheiras.

Na noite passada, Elena havia recebido mensagens de Bonnie e Caroline. Eram fotos das duas com seus respectivos amores.

Caroline e Klaus estavam num clima de pura felicidade, assim como Bonnie e Jeremy.

Elena não podia acreditar que mesmo depois de tanto tempo, ainda não conseguia se envolver com ninguém. Era totalmente surreal.

Ela tentava jogar toda a culpa em seu sequestrador, alegando que ele a havia jogado alguma praga que a impedia de ser feliz com outra pessoa, mas acabou se lembrando que não acreditava em mais nada que não fizesse parte do mundo real. Agora, Elena era uma pessoa que trabalhava diretamente com fatos, e se eles não a dissessem nada, então, ela deveria ignorá-los.

Elena também havia recebido uma mensagem de whatsapp de Tyler e Matt, que estavam num acampamento para músicos. Quem poderia acreditar que dois dos seus melhores amigos teriam hobbys secretos?

Enquanto entrava na fila para pagar a sua passagem de volta, Elena sentiu uma coisa estranha dentro de si. Seu coração acelerou de repente e sentiu uma leve tontura.

Quando percebeu que aquilo não ia passar tão facilmente, ela se apoiou numa das pilastras da Estação de Trem e ficou esperando que aquele mal estar passasse logo.

Damon saiu da empresa de Stefan confiante. Ele sentia que o chefe havia gostado dele e isso lhe deixou bastante satisfeito. Talvez as coisas finalmente fossem se ajeitar. Talvez fosse a hora de deixar Elena ir. Seu coração tinha que libertá-la.

Ele entrou na Estação de Trem, disposto a pegar o trem de volta para o apartamento de Stefan.

Enquanto ele caminhava, ele olhava para todos os lados como se fosse a primeira vez que fazia aquilo. Damon ficara tanto tempo na cadeia que nem se lembrava de como eram as coisas do lado de fora.

Aromas diferentes invadiam o seu nariz, e lhe faziam pensar em quando era pequeno. As coisas eram difíceis, mas ele ainda podia contar com os seus pais.

Agora, ele só tinha o seu irmão.

Uma comoção perto de si fez com Damon sobressaltasse. Ele correu na direção das pessoas que estavam se amontoando em frente aos trilhos e viu uma mulher caída lá embaixo. Sua testa sangrava, e seus cabelos cobriam seu rosto.

Sem pensar duas vezes, ele pulou para salvar a mulher.

– Moça, você está bem? – ele perguntou, pegando seu rosto entre as mãos e retirando umas mechas de cabelo do seu rosto.

Ela abriu os olhos, e Damon achou que ela o havia reconhecido.

Assustado, ele mal acreditou quando viu que Elena era a mulher que estava com a testa sangrando.

Elena sentiu mãos frias em seu rosto e uma voz lhe chamando, mas ela não conseguia se concentrar naquele momento. Por uma fração de segundos, tudo o que Elena pôde ver em sua mente foi a figura de um homem todo de preto, de costas para ela.

E quando abriu os olhos, de algum modo muito estranho, sentiu que o conhecia.

Antes que ela pudesse respondê-lo, sua cabeça começou a doer, e ela fechou os olhos. Aquele mesmo homem que estava de costas, se virou. Era o mesmo homem que a amparava agora. Ele tinha um sorriso malicioso no canto dos lábios.

– Aposto 10 pratas que você não vai conseguir beber tudo sem cuspir.

Aquela foi a primeira vez que se viram.

Várias imagens passaram pela sua mente quase ao mesmo tempo. Elena se lembrou do dia em que foi sequestrada, e dos diversos acontecimentos que se sucederam aquele.

Lembra-se de que Damon (sim, esse era o nome dele) fora bem cruel consigo, mas que as coisas foram mudando de forma estranha. Lembra-se também de que não conseguia olhá-lo por mais de 3 segundos e que seu coração parecia que iria saltar pelo seu peito toda a vez que o via, coisa que aconteceu quando abriu os olhos e deu de cara com ele, bem agora.

– Você nunca se imaginou vivendo uma vida diferente? Experimentando outros sentimentos que não fossem a raiva ou a vingança?

– Pra falar a verdade... eu já imaginei sim. Mas eu cresci convicto de que nasci para ser do jeito que eu sou e não pretendo mudar por ninguém. - Nessa hora, nossos olhares se encontraram. Os grandes olhos azuis de Damon me olhavam com intensidade e eu, parecia ter entrado em estado de choque.

As lembranças eram muito intensas, e tinham um efeito tão grande em Elena que ela mal conseguia explicar.

– Então, você é do tipo de cara que não gosta de ler, estou certa? - Tentei soar despreocupada, mas percebi que minhas mãos suavam frio.

– Não, eu gosto de ler. Mas encarar você é bem mais interessante. - Damon parou de se balançar e inclinou seu corpo para frente, me olhando de forma invasiva.

Outra lembrança a invadiu:

O desejo de que aquilo fosse além os dominou por completo e quando menos esperaram, os lábios acabaram se encontrando num beijo ávido, desesperado e urgente. Um beijo que claramente reproduzia tudo aquilo que estavam sentindo. A agonia de querer e não poder ter.

Um beijo diferente do primeiro que trocaram. Um beijo totalmente verdadeiro e que parecia jogar por terra todos os anseios que dominavam seus corações. Um beijo intenso e mágico. Um beijo hipnótico.

Um beijo apaixonado.

Lembranças de Damon se declarando para ela, a ajudando e a defendendo, também tomaram conta de sua cabeça. Logo, o incêndio estava bem vívido em sua mente.

– Elena, aguente firme eu vou te tirar daí ok? Lembre-se da minha promessa. Eu sempre vou estar com você, mesmo que você não me veja ou mesmo que você não me sinta. Não se esqueça disso. - Pude ouvir Damon falar ao fundo, mas quanto mais eu tentava me concentrar, mais o meu corpo ficava mole.

Naquele momento, Elena sentiu tudo o que Damon sentiu quando perdera a memória. No incêndio, ela conseguiu captar a sua dor e desespero. Ele só queria salvá-la de tudo aquilo.

– Elena, você está bem? – A voz dele a despertou.

Ao abrir os olhos, Elena não sentiu a dor lancinante que atingia a sua testa, tampouco os murmúrios das pessoas ao redor.

Somente ele. Damon era a única pessoa que ela conseguia enxergar.

– Damon... eu te amo. – disse ela, fazendo Damon arregalar os olhos em surpresa. Elena sorriu, fazendo carinho em seu rosto. – Acabei de me lembrar de tudo.

– Mas... como? – perguntou, cada vez mais perplexo e surpreso.

– Me desculpe por ter me esquecido de você. – Elena disse, se sentindo totalmente culpada. Lágrimas invadiram os olhos de ambos.

– Não foi a sua culpa.

Elena puxou o rosto de Damon para si e o beijou de forma urgente, percebendo somente agora o quanto sentiu falta daquilo. Damon retribuiu o beijo um pouco surpreso, mas sentindo-se feliz ao mesmo tempo.

Seus corações batiam acelerado, e as mãos de ambos tremiam, ávidos por estarem mesmo vivenciando aquele momento.

Aqueles dois amantes que tanto sofreram, finalmente encontraram o caminho até o outro.

Tudo começou em um sequestro. Damon não pensava em se envolver com uma garota tão desinteressante. E Elena, não pensava em se apaixonar por alguém tão frívolo. Mas ambos se apaixonaram, e descobriram um no outro qualidades que achavam que não existiam.

Eles se envolveram, e acabaram descobrindo que se amavam, e que não podiam lutar contra aquilo.

Elena perdera a memória por anos, mas em seu âmago, ela tinha certeza de que Damon ainda estava lá, perdido dentro do limbo de sua mente.

Damon não tinha mais esperanças de ter o amor de Elena, mas ali, enquanto sentia as mãos de sua amada envolverem seus cabelos com força, ele viu que independente da situação que viveram, o amor que sentiam pelo outro não iria deixar de existir.

– Eu amo você. – murmurou ele, dando-lhe um selinho.

E ali, perto dos trilhos da Estação de Trem, eles foram unidos. Agora, nada iria separá-los. Nem mesmo o destino. Nem mesmo um incêndio.


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Notas finais do capítulo

Meninas, mais uma vez, me desculpem mesmo pela minha mega demora. Eu sei que pisei feio na bola com vocês demorando tanto para atualizar essa fic.
Passei por muita coisa no meu emprego que me deixou muito pra baixo e agora que saí de lá, vou ter mais tempo pra mim, e isso inclui escrever bastante KKKK.
Espero que vocês leiam e comentem o capítulo e que tenham gostado dessa atualização.
Tenham uma boa noite



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