Stefan, nunca imaginou que um simples encontro mudaria tudo em sua vida.

Ele estava no ápice de sua adolescência, acabará de adentrar numas das melhores faculdades da Califórnia, e graças as suas notas já havia conseguido um estágio em dos mais famosos hospitais da região. Sua família era de classe média, batalharam muito pra que o filho estivesse nessa faculdade, podemos dizer que era o orgulho da família.

Em uma tarde de sábado, depois do expediente, decidiu ir caminhar na praça, pra distrair um pouco, porque o dia havia sido cheio. Passou em frente à sorveteria dos Banks, e como de praxe pegou um sorvete de flocos que era o seu preferido. Sentou-se no primeiro banco que avistou vazio na praça.

Por um instante se desligou do mundo, mas logo foi puxado de volta para realidade com os gritos que um casal ecoava na praça:

– Cala a boca, não me interessa, eu quero mais é que você se foda. – esbravejou o rapaz que usava uma blusa de algum time escolar.

– Mas eu não fiz nada, apenas estava conversando com ele. – tentou dizer ela, encostando a mão no rosto do rapaz.

– Tira a merda da sua mão do meu rosto, sua vádia. – disse ele praticamente levantando a mão pra ela.

A primeira reação de Stefan foi ir em defesa da moça, mesmo que não a conhecesse.

– Não faça isso cara. – disse Stefan praticamente pulando em cima da mão de Klaus.

– Tá louco! Não se mete nisso! – completou emendando um soco com a mão esquerda na cara de Stefan, que com o impacto caiu ao chão, em seguida levando rapidamente a mão na boca.

– Para com isso Klaus! – implorou Elena, praticamente de joelhos.

– Ah é então, você vai ficar em defesa dele? – indagou ele.

– Mas é claro! Ele me defendeu. – retrucou rapidamente.

– Então fique com ele. – empurrou-a com a mão direita, dando-lhe as costas em seguida.

Elena ficou aos prantos, estirada ao chão devido ao empurrão dado por Klaus. Stefan mesmo com a boca cheia de sangue tentou consolá-la.

– Tire as sua mão de mim, seu nojento. Quem mandou você se intrometer, eu já estava concertando a situação. – disse Elena, olhando-o com repudia.

– Me desculpa. – Stefan não sabia mais o que dizer, sentia-se um completo idiota.

– Se afasta de mim! – Elena levantou, sem ao menos se importa se Stefan estava bem depois do soco que havia levado, e seguiu em frente chorando.

Stefan não acreditara ainda no que havia escutado.

– Garota idiota, devia ter mesmo é levado aquele tapa. – esbravejou ele, ainda indignado.

Stefan levantou-se meio sem jeito, todos da praça olhavam-no como se fosse o condenado da situação. Ele simplesmente ignorou o constrangimento que havia passado. Queria mesmo era que aquela garota se ferrasse.

Chegando em casa, sua mãe Bonnie , indagou a situação em que seu filho havia chegado.

– O que aconteceu Steh? – era assim que sua mãe o chamava desde criança.

– Nada mãe. – disse meio sem jeito pra tentar fugir da explicação que seria quase inevitável naquele momento.

– Como nada? – olhou o friamente.

– Como eu sei que não vou conseguir sair daqui sem te dar uma explicação, vou lhe contar. Sente-se. – pediu ele com toda gentileza.

Depois de ter explicado toda a situação pra sua mãe. Ela o repreendeu, dizendo que a sua atitude tinha sido nobre, mas mal reconhecida, ela disse que ele não fizesse isso novamente, porque poderia ter sido pior a situação.

Logo após o “sermão”, ele subiu para o seu quarto para que cuidasse do ferimento que tinha no canto direito da sua boca.

– Merda isso que dá defender quem não vale à pena! – ainda estava com raiva da situação.

Tomou um banho, e decidiu ir se deitar para descansar, porque sabia que amanhã o dia seria puxado como esse.

~~*~~

O sol se infiltrava por uma fresta da cortina, que atingia diretamente o rosto de Stefan, fazendo-o acordar.

– Que horas são? – disse praticamente com os olhos fechados ainda.

Sua mãe subitamente abriu sua porta fazendo-o saltar da cama.

– Steh você está muito atrasado. – berrou ela aos quatro ventos.

Stefan, simplesmente ignorou o sermão que sua novamente lhe passava, e se aprontou rapidamente.

Desceu as escadas, olhou pra cozinha e viu o café da manhã pronto na mesa e que não podia sentir o cheiro de tão atrasado que estava.

– Caramba, será que o mundo decidiu conspirar contra mim? Ontem aquele acontecimento, hoje eu perdendo hora, justo no dia em que o responsável pelo hospital estaria lá avaliando os estagiários. – lamentou-se.

Pegou as chaves seu velho Fiat Strada.

Com toda a pressa que estava, saiu “cantando pneu”, e via a desaprovação de sua mãe da janela. Teve que estacionar seu carro um quarteirão abaixo do hospital, já que as vagas estavam todas lotadas. Pegou seu jaleco, e alguns papeis e saiu correndo. Quando por um leve descuido tropeça em alguém.

– Me desculpa moça. – disse ele recolhendo seus papeis que estavam no chão, sem olhar diretamente pra quem era.

– Não, fo-i... – gaguejou a mulher que acabara de percebe quem era. – Não acredito você novamente atrapalhando minha vida moleque.

Stefan, vendo quem era, olhou com desaprovação.