Dramione - When Fire Meets Ice escrita por Sofia, beaguiar


Capítulo 11
Capítulo 11 - Desmoronando


Notas iniciais do capítulo

Não vou colocar um discurso sobre a razão da demora, pois o motivo é simples: Não tenho tempo :(
Me perdoem, leitores, mas aqui está. Espero sinceramente que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/305481/chapter/11

Draco acordou exatamente quando o sol começou a subir. Lembrou-se que era domingo e tentou virar para o canto e dormir novamente, infelizmente sem sucesso.
         Levantou-se, esfregando os olhos, e admirou um pouco a vista. Sua janela dava para a parte de trás do lago, para algumas árvores isoladas, onde alguns casais iam para ficar sozinhos. Não havia ninguém ali, afinal, quem iria para os jardins num domingo ao amanhecer?
         Sem se preocupar em vestir algo por cima de sua cueca samba-canção ilustrada com pomos de ouro, pois realmente achava que ninguém estaria no Primeiro Salão, Draco saiu do quarto, atravessou o cômodo onde os capitães se encontravam para reuniões, passou pela porta, chegando ao outro cômodo, e andou em direção à pequena mesa no centro da sala, afim de pegar alguns bolinhos.
         -Malfoy, qual é o seu problema com roupas? –Ouviu uma voz perguntar atrás dele. Era Granger. Draco sorriu.
         -Não achei que alguém estaria acordado à essa hora. –Ele disse, pegando um dos bolinhos e sentando-se no tapete felpudo ao lado da garota, que vestia um roupão quentinho.
         -Está frio. –Ela disse. Draco deu de ombros e a observou melhor. Ela possuía olheiras fundas e o cabelo estava meio bagunçado, o que o loiro achava bem sexy (o garoto afastou este pensamento) e tinha uma xícara de café na mão.
         -Onde você conseguiu café? –Malfou perguntou, apenas para puxar assunto, oferencendo o bolinho.
         -Não, obrigada. –Ela sorriu devagar, deixando Draco meio tonto. Poucas garotas sorriam daquele jeito, inocentemente, sem segundas intenções para ele. –Fui à cozinha. Sou meio que amiga dos elfos, depois que convenci o Ministério a dar-lhes o direito de receber um salário.
         Malfoy sorriu. Hermione era estranha. Que tipo de bruxo de dezoito anos convenceria o Ministério a dar salário para elfos? Era totalmente incomum. A garota tinha uma originalidade tão bonita e pura que encantava qualquer um. O loiro não podia deixar de reparar que a cada vez que Hermione falava, ficava ainda mais bonita.
         -Bem, realmente sou a favor disso. A sociedade bruxa precisa de alguém como você. –O garoto disse, sendo bastante sincero, olhando para as mãos. Isso fez Hermione sorrir de novo, e Draco estava quase implorando para ela parar de fazê-lo, pois aquilo fazia com que borboletas se revirassem em seu estômago.
         Depois de alguns minutos, Hermione suspirou.
         -Malfoy, precisamos conversar.
         -Eu sei.
         Mais minutos silenciosos.
         -Você se entendeu com o Weasley?
         Hermione ficou tão surpresa por Draco ter chamado Rony de Weasley e não de pobretão que demorou algum tempo para responder.
         -Sim, nós nos entendemos. –Ela disse, colocando a cabeça entre os joelhos. –Só não de uma forma boa.
         -Vocês... Ahn...? –Balbuciou Malfoy, tentando formar uma frase que não parecesse estúpida. Estava surpreso por se encontrar naquela situação, conversando com Hermione Granger, a garota que humilhava desde pequeno, como se fossem amigos desde sempre.
         -Nós terminamos.
         Depois desta simples frase, passaram-se vários minutos. Hermione soluçava baixinho com a cabeça escondida estre as mãos. Depois de algum tempo, a garota fungou e olhou para Draco.
         -Desculpe.
         -Não há problema. Granger, eu realmente quero que sejamos amigos, tudo bem? Quero mudar, mesmo, e estou me esforçando. Acho que você pode me ajudar nisto, e pode contar comigo para qualquer coisa. –Draco falou meio embolado, despejando as palavras, como se estivesse engasgado há algum tempo.
         -Bom saber disso, Draco. É bom saber que você está mudando.
         Hermione abraçou o garoto, que ficou atônito, sem saber o que fazer. Depois de alguns segundos, apoiou as mãos desajeitadamente nas costas da garota, sentindo seu perfume, pouco antes dela o soltar.
         -Obrigada. –Hermione sorriu e saiu andando para o quarto, deixando Draco totalmente sem reação sentado no tapete.

~*~

         -Mas você ama ela, Rony!
         -Eu sei, cara, eu sei! Só que eu não sabia, ainda não sei, o que fazer!
         Harry e Rony estavam discutindo no “quarto de capitão” de Harry, que era como Rony chamava.
         -Você tem que ir atrás dela e pedir para voltar, cara! Você é louco por ela desde o primeiro ano!
         Rony suspirou, sentando-se na cama e enterrando o rosto nas mãos.
         -O que você faria, Harry? Se Gina tivesse ficado na mesma banheira com Malfoy, ele a tivesse visto nua, e depois de vocês terem conversado sobre isso, você ainda a visse abraçando-o?
         -Eu certamente ficaria bravo, Rony, mas acreditaria nos argumentos dela. Nem sempre o casal tem que concordar em tudo ou ter as mesmas opiniões. Você pensa em Malfoy de um jeito, ela pensa que ele pode ser perdoado, então qual o problema? Eles não são nem mesmo amigos. São apenas colegas.
         O ruivo levantou-se novamente, andando de um lado para o outro.
         -Eu só acho que devo esperar um pouco, ver como ela vai reagir à isso, sabe?
         -Não, não sei, Rony! Nem mesmo entendi o por quê do término. Foi apenas um mal entendido. –O moreno gesticulava desesperado, tentando fazer o ruivo perceber que aquilo tudo fora um grande exagero.
         -Harry, desculpe-me, mas é isso que vou fazer. Quero ver se Hermione vai cair em cima do Malfoy, ou algo assim...
         -Rony, para com isso! Ela nem mesmo pode conversar com ele? Aposto que se eles conversarem uma única vez, você já vai achar que estão ficando noivos. Qual é, é claro que os dois vão conversar! E nem por isso ela vai parar de gostar de você, Rony.
         -Deixe isso pra lá, Harry. Não vai mudar minha opinião. Nos falamos depois.
         O ruivo saiu rapidamente do quarto, deixando Harry sem saber o que fazer dentro do quarto.
         Harry passou a mão pelos cabelos. Seria bem estressante lidar com a situação, tendo que revezar entre Hermione e Rony, muito provavelmente escutando os dois falarem um do outro de modo exagerado e ciumento, como era no sexto ano.
         -Oi, moreno. –Gina gisse, sorrindo, enquanto entrava no quarto do garoto. –Pretende almoçar lá embaixo hoje, ou apenas ficar aqui?
         -Acho que vou ficar aqui, Gina. –Harry disse, suspirando. –Rony e Hermione terminaram.
         -Fiquei sabendo. Fui falar com ela há pouco tempo, mas ela apenas disse que não queria falar sobre aquilo e que Rony exagerou na reação. Bom, é bem previsível para alguém como meu irmão.
         Harry sorriu. Era sempre bom ter Gina por perto.
         -Eles tem que se entender.
         -Eles vão. –Disse a ruiva, encostando a mão no ombro do namorado. –Estamos falando demais, não acha?
         Gina sorriu, apoiando a mão na nuca do moreno e brincando com seus fios de cabelo enquanto ele apoiava a mão na cintura dela, para que seus lábios se encaixassem melhor. O beijo era morno e confortante.
         -Eu gosto tanto de você, Gina. –Sussurrou Harry, com sinceridade. Sentia a necessidade de dizer aquilo.
         -Eu também gosto demais de você, Harry Potter. Muito mesmo.
         Os dois sorriram, tentando aproveitar o momento antes de encostarem os lábios novamente, com leveza, antes de Gina começar a gargalhar.
         -O que foi? –Perguntou o moreno, sorrindo. Adorava o som daquele riso. –Fiz algo errado?
         -Não... Só estou lembrando de quando você estava no segundo ano, no dia dos namorados, quando Lockhart decorou o castelo daquele jeito bizarro e contratou anões para serem mensageiros de amor... E eu escrevi uma carta para você...
         -Ah, claro. Como eu poderia me esquecer de um anão se declarando para mim? “Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos/Teus cabelo, negros como um quadro de aula...”
         -“Queria que tu fosses meu, ó garoto divino/Herói que venceu o malvado Lorde das Trevas” –Completou Gina.
         Os dois gargalharam juntos. A música era ridícula.
         -Passei muita vergonha por causa disso, Gina Weasley.
         -Bem, me desculpe por isso. –A ruiva riu.
         -A boa notícia é que agora sou realmente seu, e não preciso receber músicas constragedoras.
         Harry sorriu ouvindo o riso da namorada.
         -Vem cá, ó garoto divino.
         Harry beijou os lábios da ruiva, sentindo seu gosto, apreciando o contato corporal de ambos, sentindo o cheiro de seu cabelo. Pensou que não aguentaria se tivesse que se separar dela novamente. Gina era uma das pessoas mais importantes para ele naquele momento, e Harry agradecia pelo sentimento ser recípocro.
         Queria Gina, e apenas Gina.

~*~

         Rony estava sentado na mesa da Grifinória, jantando de modo desanimado, totalmente sem fome. Passara a tarde inteira no dormitório, sem fazer absolutamente nada, pensando basicamente em Hermione.
         -Oi. –Disse Harry, sentando-se ao seu lado. O moreno passara a tarde nos jardins, andando com Gina.
         -Oi. –Respondeu o ruivo, sem esconder o desânimo.
         -Ainda esperando para ver como Hermione irá reagir? –Perguntou o moreno, começando a comer.
         -Sim. Por falar nela... –Rony apontou discretamente para a entrada do Salão, onde Hermione caminhava com Draco, falando pouco e cabisbaixos. Os dois despediram-se, envergonhados e a garota foi se sentar na mesa de sua casa, perto de algumas garotas, sem nem mesmo olhar para Rony.
         -Bom. –O ruivo suspirou. –Acho que isso resolve um pouco as coisas.
         -Rony, não exagere. Eles estavam apenas conversando, e é claro que ela não irá sentar perto de nós, e sim com Gina e as outras garotas.
         -Tudo bem, Harry, eu já entendi, ok? Estou exagerando. E daí? Você não exageraria? Caramba, não ouvi uma palavra de apoio hoje. Será que você pode ao menos ficar calado, então?
         -Rony...
         -Deixa pra lá, cara.
         O ruivo levantou-se e saiu andando, sem pensar direito. Harry largou os talheres, irritado. Sabia que aquilo iria acontecer alguma hora. Sem saber o que fazer a seguir, simplesmente voltou a comer, tentando não pensar em tudo aquilo. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Achei esse capítulo tão fofinho :3
Reviews pra mim?