Estavam todos esperando em baixo de uma árvore a menina do Distrito 12 descer da maldita árvore, como é o nome dela mesmo? Catnip? Kaniss? Katniss? É, seu nome era Katniss. Estávamos todos ao redor daquela árvore a observando para ver ela descia, alguma hora ela o faria, senão morreria de fome ou sede... Se ela não tivesse subido tão alto na árvore, Clove conseguiria jogar uma de suas facas certo em sua cabeça já que era muito boa com elas, naquele exato momento estava matando um coelho acertando sua perna direita com sua preferida faca.

Pegou o coelho pela perna esquerda e o jogou sobre o fogo, estava ficando muito irritada com Cato e Glimmer, eles estavam lá, se beijando como se nada estivesse acontecendo, como se não estivessem em um jogo onde só um poderia ganhar enquanto ela e Marvel ficavam olhando para eles pensando de algum modo de chamar suas atenções, já que o Lover Boy foi buscar alimento, Clove deveria afirmar que estava com ciúmes porque sempre foi fascinada pelo garoto das espadas desde quando eram crianças, quando se esbarraram na Colheita.

– Precisamos chamar a atenção deles se não eles vão ficar aí, se beijando, até morrerem por falta de ar. - Marvel falou em seu ouvido em um tom de irritação maior que o dela e Clove não pode deixar de dá um sorrisinho por saber que não era a mais incomodada ali.

– Como?

Ele pensou por um momento e disse:

– Me beija!

– Por quê? – falou alto com os olhos arregalado, mas provavelmente eles não ouviram estavam prestando atenção em “coisas” mais interessantes.

– Para chamar a atenção deles – ele falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo e ela discordou:

– Como você acha que isso pode chamar a atenção deles, você está louco?

– Vamos Clove, como você sabe.. Não vai significar nada e nós precisamos tentar alguma coisa!

– Okay – falou hesitante e depois de pensar mais um segundo, ela lhe beijou fazendo um pouco de barulho aos chocar seus lábios nos dele, chamando atenção dos dois carreiristas para eles.

Os lábios de Marvel eram duros e frios, pelo menos era como estavam agora. Mas antes de aproveitar mais um pouco, ela sentiu alguém a cutucando e se virou para ver quem era, era Cato a encarando incrédulo.

– C-Clove?

Ela olhou desafiadoramente para ele e respondeu:

– O que está olhando? Pode voltar a beijar essa loirazinha azeda, vai! – falou com a maior cara de deboche e se levantou.

Ela não aguentava mais esconder o quanto gostava ou amava Cato, mas achava que nunca ia dizer isso em voz alta, mas também achava que todos eles já tinham percebido pela cena que tinha acabado de fazer.

Não estava prestando atenção que tinha alguém estava lhe seguindo, só quando se escorou em uma árvore e pode perceber que ele havia á seguido. E ela estava aliviada que tinha contido seu choro no meio da caminhada, senão Cato já estaria perguntando o porquê, e ela não poderia dizer que era por causa dele, teria de mentir, mas não gostava de mentir para Cato, então estaria ferrada.

Desencostou-se da árvore e chegou perto dele, moveu suas sobrancelhas para cima e disse:

– Por que me seguiu? – perguntou tremendo, pois o vento começou a ficar mais forte naquele momento.

– Fiquei preocupado. – ele respondeu

– Comigo? – perguntou com espanto na voz, como assim? Ele disse que estava preocupado ela mesma ou estava ficando maluca?

– Sim, você é minha amiga, não deveria ficar preocupado com você?

– Ah... – por um momento fiquei triste, mas não podia deixa-lo perceber isso - Pensei que éramos inimigos desde quando entramos na arena, e você nunca tinha se preocupado comigo antes... Por que só agora?

–Acho que tenho alguns motivos... – ele falou e botou sua mão no queixo passeando sua mão por lá, um gesto que me fez rir.

"Porque Cato nunca tinha feito isso antes? Por que nunca me fez rir quando mais precisou?" - ela pensou - Só sua voz já era o bastante, mas nem isso ele fazia, ele a deixava sozinha, chorando onde pudesse estar.

– E eu poderia saber? – perguntou ainda com um pouquinho de risada em sua fala.

– Porque eu gosto de você – ele murmurou e tirou sua mão de seu queixo e ela parou de rir ficando apenas olhando em seus olhos azuis profundos, enquanto ele encarava os seus também, ficaram em um silêncio desconfortável, mas tinham uma razão por isso. A cabeça de Clove estava trabalhando muito mais lenta do que o normal, pensando em como "ele estava com Glimmer e agora estava dizendo que gostava de mim...?" Estava prestes a pergunta isso, até que um barulho da floresta fez nós nos virar.

Ficamos encarando a mata, pois já estava amanhecendo e deveria ter algum sinal de algum bicho venenoso, até que uma “cobra bem venenosa” saiu de onde estava. Na verdade era Glimmer, mas elas são irmãs gêmeas, não dá para diferenciar muito...

– Cato! Por que demorou tanto? – ela perguntou sorrindo quando o viu e escorou seu braço em cima do ombro dele.

– Eu... Eu vou deixar vocês á sós... – falei e me despedir de Cato só dando um aceno de mão e não acreditando que tinha quase acreditado no que ele falara.

– Clove! Clove! – Ele gritou e ela não se virou, estava com muita raiva, começou a andar em passos largos chegando perto de um lago, como ele poderia que dizer que gostava dela e depois voltava para aquela vaca?! Agora estava realmente brava.

– Clove! – ele conseguiu alcançá-la e segurou seus pulsos lhe apertando contra uma árvore que tinha ali perto – Eu gosto de você Clove, pode acreditar em mim eu não tenho nada com a Glimmer.

– Não?! E porque vocês estavam se agarrando naquele momento? – falei indignada.

– Eu só a acho... - ficou pensando até que eu respondi por ele:

– Bonita e sexy? – eu perguntei e ele concordou com a cabeça tímido.

– É, sexy. Mas tudo começou porque eu me sentia com um aperto no peito sabendo que não teria você, acho que fazia para ver se você tinha ciúmes e eu ficava com ela também porque ela concordava, mas quem eu queria mesmo era você Clove! Porque ela não tem o seu cheiro, o seu rosto, sua boca, seu nariz, e principalmente o seu jeito de ser, ela não tem nada de igual a você. E eu gosto de você, não ela!

– Eu gosto de você, amo você Cato, mas isso é difícil porque eu passei anos tentando me livrar desse sentimento e agora, que estamos prestes a morrer, você decide falar isso eu não sei como me sentir! – falando isso eles encostaram suas testas deixando suas bocas a milímetros de distância e ficaram se encarando nos olhos – Mas eu vou lutar por você até o final – então Cato a beijou e Clove não pode deixar de responder seu beijo, pois sabia que queria estar ao lado de Cato para toda sua vida, nem que terminasse naquele momento, pois soube que o cara de sua vida correspondia seu amor também.