Autora's POV

Ele só sabia que estava deitado em algo fofo e confortável. Alec Ligthwood abriu os olhos lentamente, e virou a cabeça para o lado ao sentir que alguém estava ali com ele. Viu Magnus deitado ao seu lado com a cabeça apoiada na mão, enquanto o olhava divertido. Alec automaticamente sentou-se ereto, ao mesmo tempo assustado e desorientado. Mas não havia sido bom ele se sentar, pois sua cabeça doeu fortemente.

- Bom dia, Alec. - Magnus disse, ainda deitado o olhando. - Como se sente?

Alec o encarou. Como ele pergunta uma coisas daquelas sabendo que ele não estava bem. Magnus deu risada, levantando-se da cama.

- Quem mandou beber tanto. E logo Vodka.

- Minha cabeça... - Resmungou Alec, massageando as têmporas.

- Ela vai ficar bem. - Assegurou Magnus.

- Magnus, não aconteceu nada entre nós dois ontem á noite que eu não me lembre, né? - Alec se assustou. Se ele lembra-se de algo, aí não estaria preocupado.

- Não. - Respondeu Magnus tristemente.

Alec se espreguiçou enquanto bocejava, levantou-se da cama completamente descabelado.

- È melhor eu ir. - Alec disse.

- Alec, você estava terrível, não quer tomar um banho aqui mesmo e se arrumar...

Alec o interrompeu.

- Não, tudo bem.

***

Era como se ele estivesse levando coronhadas do cabo da Espada Mortal na nuca. Era assim que Alec Lightwood estava se sentindo. Seus olhos estava semicerrados, incomodados com a fraca luz do sol de inverno. Os passos dele eram apressados na rua. Só mais alguns, ela dizia a si mesmo em sua mente. Não conseguia se lembrar de muito coisa. Sua mente apenas lhe dava a vaga lembrança da festa de natal que ocorrerá na casa de seu namorado, Magnus. Tudo começou quando ele resolveu experimentar uma garrafa de uma bebida que continha um cheirou forte. A bebida desceu queimando por sua garganta, mas mesmo assim, ele gostou e continuou a beber. E era até aí que ele se lembrava. Agora voltava para o Instituto, estava envergonhado consigo mesmo pelo mico que provavelmente passou, mas não se lembrava, e envergonhado por ter que encarar os pais. Ele chegou no Instituto e logo foi entrando, passando pelos corredores. Ele queria um belo de um banho, não quis tomar na casa de Magnus porque realmente queria ir embora.

- Mas olha quem chegou! - A voz da irmã ecoou pelo corredor atrás de Alec. - Acordou agora não foi?

Ela riu. E ela estava certa, Alec havia mesmo acordado tarde. Era meio dia e alguma coisa no relógio. Isabelle aproximou-se do irmão.

- Desde quando é alcoólatra? - Ela perguntou, fazendo Alec se assustar.

- Não sou alcoólatra. - Se defendeu. - Eu só passei do limite ontem a noite.

- Percebi.

Ambos foram para a cozinha onde Clary, Jace e Robert almoçavam. Alec queria uma grande caneca com bastante cafeina. Quando Jace o viu se surpreendeu.

- Ressaca de natal, - Gargalhou ele. - essa é nova para mim.

Alec precisava de café, e ignorou Jace. O pai o olhou estreitando os olhos balançando levemente a cabeça. Alec sorriu amarelo.

Enquanto neste natal todos descobriram coisas belas e promissoras, Alec descobriu que Vodka causa uma horrível ressaca, e aprendeu que: Jamais beba exageradamente numa festa de natal.

- Ei, vocês! - Sebastian entrou na cozinha estridentemente. Usava as roupas pretas dos Caçadores de Sombras e já estava armado com as lâminas serafim. - Temos uns demônios a matar.

- Espera só um pouco aí, Sebastian. - Disse Jace. - Deixa eu terminar de comer que aí eu te mato.

Sebastian bufou rolando os rolando os olhos para cima. Alec mesmo não entendia como Sebastian conseguia ter pasciência com Jace, logo ele.

- Sebastian! - Uma voz o chamou do corredor, passos rápidos podiam ser ouvidos se aproximando, logo Maryse surgiu na cozinha.

- O que foi? - Sebastian indagou roubando um biscoito de um pote que estava no balcão.

- Telefone para você. - Respondeu a mãe de Alec.

- Telefone para ele? - Disse Jace zombateiro. - Só pode ser a Lilith...

Maryse fuzilou o filho adotivo com os olhos azuis como os de Alec, porém Jace nem se tocou.

Sebastian contraiu as sobrancelhas confuso, pois não era normal alguém ligar para ele. Não mesmo. Vendo sua feição confusa, Maryse completou dizendo á ele:

- È a Camille. - Ela falou um pouco desconfortável.

Neste exato momento um garoto dos cabelos louros dourados e olhos cor âmbar amarelados, que estava sentado ao lado da namorada ruiva e almoçava, começou a gargalhar. Todos viraram os rostos para Jace, inclusive Sebastian que havia cerrado os punhos e parecia se controlar para não voar nele.

- Eu sabia que ele estava tendo algo sério com a vampira psicótica igual á ele. - Ele falou, depois olhou para Sebastian. - E eu pensei que você fosse...

Jace fez um movimento com as mãos, a abaixando, um movimento com as mãos que indica algo como: "ai, amiga!".

- Gay. - Completou Jace.

- Jace, você não devia ter falado isto... - Clary o a aconselhou depois da hora.

A única coisa que todos viram na cozinha, foi um Sebastian voando até Jace feito um louco. Como Jace estava sentado na cadeira, claro que ele acabou caindo junto com um Sebastian que estava em cima dele.

- Parem com isso! - Maryse gritou irritada.

- Parecem duas crianças! - Clary gritou tentando, em vão, separar Sebastian de Jace.

- Novidade. - Alec disse, entediado, com a caneca de café na mão apoiado na pia da cozinha. Sebastian e Jace brigando não era mesmo novidade.

Sebastian estava em cima de Jace no chão o socando, ou melhor tentando, já que Jace segurava suas mãos toda hora. Jace, parecia estar se divertindo.

- Ah!!! - Ele gritou feito mulher. - Socorro! Tem uma bicha louca em cima de mim!

- Vou te mostrar a bicha louca!

Sebastian o pegou pelo colarinho da blusa o chaqualhando.

- Jace! Jace! Jace! - Isabelle iniciou um coro, torcendo para Jace, que agora rolava com Sebastian pelo chão da cozinha.

- Garotos, parem com essa imaturidade. - Robert falou.

Socos eram distribudios aqui e ali, e ao que parecia, Jace não estava nem aí. Ele dava risadas que deixavam Sebastian irritadiço. Enquanto rolavam no chão, Maryse tentava os separar, juntamente com Robert. Clary brigava com o irmão e com o namorado. Isabelle continuava a torcer para Jace, mesmo Clary a repreendendo para não dar corda ao namorado. Alec apenas assistia a cena a sua frente calmamente, ele sabia que era para ajudar a separar Sebastian e Jace, mas hoje não era seu dia, a ressaca ainda não havia acabado.

- Sai desse corpo que não te pertence! - Jace disse, agora por cima de Sebastian, colocando a mão sobre sua cabeça. - Sai satanás!

Ele gargalhou ao ver a raiva trasbordando dos olhos como buracos negros de Sebastian.

Alec não conseguiu, e acabou por rir de Jace. Era impossível não rir de pelo menos uma coisa que Jace fazia á Sebastian. A cena toda á frente de Alec, era engraçada. Mesmo que ele não se lembra-se de muita coisa da festa de natal, sabia que havia sido inesquecível, não só para ele como para todos.

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." Charles Chaplin

Com certeza, este natal que se passou, todos os acontecimentos da noite passada, e claro, Sebastian e Jace brigando... Foi um ótimo teatro, que todos eles viveram intensamente. Porém, como todo final de uma peça de teatro, eles também merecem aplausos, não merecem Caçadores de Sombras?