Livro 1: Fogo escrita por Dama do Fogo


Capítulo 6
A prisioneira Dobradora de Água - Parte 6 - FINAL


Notas iniciais do capítulo

É isso, o final do primeiro episódio do LIVRO 1: FOGO... amanhã começo o episódio DOIS e espero que gostem...
PS.: OBRIGADA A ANGEL OF THE SEA, por sempre está presente nos reviews e por recomendar... fiquei muito emocionada... =p... Continuarei escrevendo essa história por causa de pessoas como vc... VALEU AMIGA!!



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Versão do Zuko (ON):

Após deixar Mayumi no lago, o príncipe Zuko chegou ao palácio sendo escoltado pelos quatro soldados da nação do fogo, que usavam a armadura que cobria a face. Sentiu-se como um verdadeiro prisioneiro.

Passou rapidamente pelos portões e seguiu diretamente para a sala de reuniões, onde achou Azula sorridente, encostada na porta.

– O papai está furioso com você. – falou ela.

– Me diz um dia em que ele não esteja furioso ou decepcionado comigo.

– É Zuzu, eu garanto que o que fez hoje foi muito pior.

– Eu sou uma pessoa livre Azula. Como pode o futuro senhor do fogo não poder nem ao menos dar um passeio SOZINHO pelas ruas, para conhecer os seus cidadãos.

– Pelo visto, você andou realmente “conhecendo a fundo” a ralé da aldeia.

– Ora sua... – o jovem ia para cima da irmã quando um dos tenentes saiu da sala e parou em frente a ele.

– Príncipe Zuko, o seu pai deseja vê-lo IMEDIATAMENTE.

Zuko agradeceu o recado e empurrou a porta, se aproximou de onde seu pai estava sentado e se ajoelhou.

– Queria me ver pai?

– Como ousa me desobedecer dessa maneira?

– Eu sinto muito por isso pai, eu apenas precisava sair um pouco, não agüentava mais ficar preso em casa.

– MENTIRA. – gritou Osai. – Eu sei muito bem que você foi se encontrar com a filha daquela cozinheira. – Zuko encarou Osai aflitamente e depois voltou a abaixar a cabeça.

– Eu sinto muito por isso pai, aconteceu. Eu não esperava me envolver emocionalmente com ninguém agora, mas o senhor sabe como é, já esteve assim com a mamãe. – Zuko permanecia falando com a cabeça baixa. – Eu sei que ela não tem dinheiro e sua família é humilde, mas eu a amo.

– E só por causa disso, resolveu trair a sua nação?

– Como assim? Eu nunca trairia a nação do fogo.

– Mas traiu, a partir do momento que você se envolveu com uma dobradora de água, você se virou contra todos nós.

– Mayumi não é dobradora de água. – falou Zuko imediatamente, ficou imaginando como ele sabia.

– Não é o que Azula me disse. – As labaredas do fogo que separava pai e filho dobraram de tamanho. Osai estava ficando irritado. – Ela viu a sua querida Mayumi dobrando a água nos campos de Orquídeas de fogo e viu também que você apenas ficou assistindo e não tomou nenhuma providencia.

– Pai por favor...

– Ela é um perigo.

– É só uma menina comum, cidadã do fogo, que morreria por essa nação.

– Será que morreria mesmo? – falou Osai sorridente.

– Eu não quis dizer isso. – Zuko ficou apreensivo.

– Está decidido. – falou o rei do fogo. – GUARDAS. – Dois homens se aproximaram do trono e fizeram uma reverencia. – Levem o príncipe Zuko aos seus aposentos, o ajudem a se vestir como um homem digno e o acompanhem até a aldeia.

– Sim senhor. – falou os homens.

– O que pretende fazer pai?

– Eu? Nada, mas você fará. – Osai desceu de onde estava e ficou de frente para Zuko. – Você vai prender essa garota em meu nome e trazê-la para cá. Amanhã bem cedo, a mandarei para a prisão onde se encontra todos os dominadores de água, PARA SEMPRE.

– Eu não irei. – Zuko ergueu a cabeça e encarou o pai. Os homens que ainda estavam saindo da sala correram e se esconderam e o fogo atrás de Osai praticamente encostou ao teto.

– Você irá Zuko ou eu juro que não a prenderei, mas a torturarei e a matarei de uma forma que você nem conseguiria imaginar. Tudo isso com minhas próprias mãos. – uma lágrima escorreu dos olhos de Zuko.

– Por favor, não...

– Veja só você. É patético.

– Está bem pai, eu irei. Contanto que nada de mal aconteça com ela na prisão. – Zuko mais uma vez abaixou a cabeça. - Dê-me a sua palavra, não de senhor do fogo, mas de pai, que ela vai ficar bem.

– Tem a minha palavra. – Zuko que estava ajoelhado, se levantou e ficou de frente para Osai, seus olhos estavam completamente molhados. Ele deu a meia volta e seguiu em direção a porta. – E outra coisa... – o príncipe se virou. –... Azula irá com você, para eu ter certeza que você mesmo dará o recado. Ao menos uma vez na sua maldita vida, honre o berço onde você nasceu e cumpra com os seus deveres de príncipe herdeiro.

Zuko nada disse, apenas abaixou a cabeça e seguiu em direção a porta. Ele tinha a certeza que Mayumi jamais o perdoaria se ela o visse lá, mas ele havia prometido a ela que a protegeria.

Por enquanto, aquela era a melhor forma.


Versão do Zuko (OFF).

– Vocês não fazem idéia do quanto foi difícil para mim, encarar Mayumi naquele dia e dizer aquelas palavras, mas eu o fiz, porque prometi protegê-la. – Zuko estava com a feição seria e fria.

– Eu não sabia disso. – falou a jovem e se levantou, tentou tocar em Zuko, mas ele se desviou.

– Agora você sabe. – falando isso ele deu as costas para ela. – Boa noite a todos.

Zuko seguiu para a sua tenda e se deitou.

– É, definitivamente, você deve perdoá-lo Mayumi. – Toph deu uma ultima pisada na terra e um terceiro, quarto e quinto traço, apareceram em baixo do nome do senhor do fogo, formando um quadrado cortado ao meio.

– É, com certeza deve fazer, mas vamos deixar isso para amanhã. – Aang bocejou. – Está na hora de dormir.

– Nada disso, agora você vai ficar sentadinho ai no seu lugar. – falou Sokka ameaçando Aang com o bumerangue. – enquanto a gente vai dormir.

– Mas... mas...

– Boa noite Aang. – falou ele e saiu abraçado a Suki. Toph foi atrás rindo. O avatar se sentou no tronco, ao lado de Mayumi.

– Eu o julguei mal durante todos esses anos. Deixei que o ódio tomasse conta de mim e ele nunca teve culpa alguma. Só estava tentando me proteger. – a jovem começou a chorar e Katara a abraçou.

– Chorar é bom. Quem sabe essas lágrimas lavam também o rancor em seu coração.

– No final tudo vai dar certo. – falou Aang e bocejou mais uma vez.

– Aang. – falou Katara. – Pode ir dormir, eu fico aqui com ela.

– Não precisa, eu quero ficar sozinha. – Mayumi olhou para Katara e ela assentiu.

– Está bem, mas sugiro que você tente dormir um pouco. Amanhã tudo será diferente, eu garanto.

– Obrigada a vocês por me ajudarem a ver a verdade e obrigado Aang, por não ter me deixado fazer uma besteira lá na prisão.

– Disponha sempre. – falou ele e sorriu. – Boa noite Mayumi e bem vinda ao grupo.

– É, bem vinda. – falou Katara e a saudou.

Os dois jovens seguiram em direção ao acampamento e Mayumi permaneceu ainda sentada por algum tempo, até que resolveu se levantar e ir até barraca de Zuko, mas ao chegar, ficou com medo de entrar e então se sentou em uma pedra próxima.

Esperaria até ele sair e assim, tentaria se redimir.


...


O sol mal havia nascido quando Zuko deixou a sua tenda. Ele respirou fundo e encarou o lugar onde ontem teve o seu “Julgamento” e nem percebeu que Mayumi o observava da pedra.

– Zuko. – falou ela baixo, não queria acordar o restante do grupo. O senhor do fogo permanecia de costas para ela. – Eu posso falar com você?

– Claro. – falou ele e se virou.

– Durante todo esse tempo eu o acusei de uma coisa, a qual você não tinha culpa e por conta disso, eu fiquei bastante magoada e com muita raiva. – Mayumi abaixou o olhar e se ajoelhou. – Me perdoe. – Zuko encarou a jovem por um tempo e então se ajoelhou de frente para ela.

– Eu não tenho o que lhe perdoar. – Ele levantou a cabeça da jovem com uma de suas mãos. – Eu sei que fui um tremendo idiota naquele dia, mas eu estava tentando apenas proteger você. – Ele sorriu. – Não sabe a vontade que tive de pegar você e sair daquele lugar o mais rápido que eu conseguisse. Poderíamos caçar e nos esconder em cavernas. – Mayumi gargalhou e Zuko a abraçou. – É bom ver seu sorriso mais uma vez.

– É bom te ver também. – ela retribuiu o abraço com um ainda mais apertado.

Enquanto Zuko e Mayumi permaneciam ajoelhados e abraçados, Aang e Katara se encontraram próximo da fogueira e ficaram observando os dois.

– Graças a Deus está tudo resolvido. – falou Katara.

– Poderemos seguir nossa viagem tranquilamente, sem brigas e nem cara feia. – falou Aang e abraçou Katara, mas antes que eles pudessem comemorar a nova paz no grupo, Sokka e Suki saíram da barraca aos berros.

– Quem lhe disse que eu ronco?

– Eu ouvi Sokka e por sua causa eu não consegui dormir em paz. – falou ela se emburrando.

– Ah, eu ronco não é? Então eu acho que você não vai querer alguém que ronca ao seu lado.

– É, não quero.

– Ótimo.

– Ótimo. – Sokka e Suki se emburraram e deram as costas um para o outro e cada um entrou em sua barraca.

– Puxa vida. – falou Aang e deu um tapa na própria testa. – O destino sempre tem um jeito de mostrar que eu estou errado, não é? – Katara começou a rir e abraçou o avatar.

– É melhor irmos embora. Até chegarmos a nação do fogo, ainda falta muito chão pela frente.



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Notas finais do capítulo

Beijos