Para Katniss escrita por Tatá Mellark


Capítulo 8
Capítulo 8 - guerra de água e sabão- Katniss


Notas iniciais do capítulo

Esse é o lado da Katniss sobre o que aconteceu. Espero que sirva para começar a esclarecer o por que dela ter saído correndo. Espero que gostem ^^
ah! não foi corrigida, só por mim mesmo, pois acabei de fazer agora( 4:55) estou louca para postar. Então, por favor, sejam bonzinhos.
Boa leitura!



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Pov Katniss

A noite com as meninas havia sido ótima, brincamos, rimos, cantamos musicas antigas e engraçadas, assistimos a uma comédia romântica ridícula e acabamos por dormi às duas da manhã. Resumindo a reunião teve sucesso, a Clove já se sentia melhor.

Tomamos nosso café da manhã voando, já que se demorássemos muito, chegaríamos atrasadas e não poderíamos correr o risco de pegar uma advertência.

Chegando ao colégio com a Foxface e a Clove, pegamos nossas coisas e descemos do meu carro. E quando olho para outro lado do estacionamento, posso ver Peeta e Marvel saindo do carro de Cato, logo sendo seguidos pelo próprio.

Não consigo conter a raiva que sinto do meu corpo, pelo fato de eu simplesmente olhar para Peeta me fazer arrepiar. É quando sou surpreendida por ele me olhando também, isso fez meu rosto esquentar. Eu estava torcendo com todas as minhas forças para não está vermelha. Mas eu ainda tinha uma divida com ele, já que o favor que ele me fez ontem foi enorme.

Contenho-me a dizer um “oi” mudo, e logo volto a minha atenção para uma conversa animada que as meninas estavam tendo. Continuamos falando de assuntos banais e engraçados enquanto nos encaminhamos para nossa sala.

A aula foi normal, mas infelizmente hoje, em plena sexta que deveria ser o dia mais feliz da semana, tem aula de história com o INSUPORTAVEL do professor Snow. Ele simplesmente não gosta de mim, vive pegando no meu pé. E eu já estou até com medo do resultado da ultima prova dele. Não sei por que, mas nunca consigo aprender com ele.

Depois que a tortura acaba, as meninas e eu vamos almoçar. Vamos almoçar hoje na casa da Clove, já que a casa dela é a mais perto entre as nossas e que já enjoamos do almoço do colégio.

Quando voltamos, Foxface corre para a biblioteca, parecia até que ela tava gostando desse castigo. Se bem que passar a tarde na biblioteca não deve ser castigo para ela.

Clove e eu vamos nos arrumas, já que o nosso castigo exigia que a gente se sujasse mais, e tínhamos que usar a farda horrorosa que os funcionários do colégio. Nos trocamos e eu acabo ficando com um macacão que mostrava as minhas pernas, o que me deixou um pouco incomodada. Principalmente depois que certo loiro ficou olhando para elas. Isso me fez corar um pouco, mas como ele estava longe acho que não percebeu. Graças a Deus!

Já estávamos atrasados, então não demoramos mais. Clove se encheu de coragem e passou como um foguete, marchando em direção ao castigo. E eu... Eu fui para a minha tortura, pelo menos já era o ultimo dia.

Já esta ficando bem perigoso passar tanto tempo assim com o Peeta. Ele com aquele jeito doce dele, mas respeitando o meu espaço como sempre. Se eu não fosse tão teimosa... Talvez eu pudesse ceder a ele e me entregar à saudade. Mas não! Ele tinha que ter sido tão idiota, e tinha que ter feito tudo que fez... E acabar me machucando tanto?!

Mas tudo bem. Não é hora para pensar nessas coisas. Brutus nos deu muito trabalho hoje e pelo que parece, acho que vou acabar saindo um pouco mais tarde em casa hoje. Começamos a trabalhar, já que agora tínhamos que fazer tudo juntos.

Já passava das quatro e meia quando resolvemos fazer uma pausa para comer alguma coisa. Em todo o tempo estava evitando conversas com Peeta. Afinal é melhor prevenir do que remediar. Mas logo que começamos a comer, Peeta começa a puxar assunto falando da Clove.

Sim, eu sei que ele só esta sendo gentil como o de costume. Não sou mal educada, temos até que uma conversa agradável. Aproveito a oportunidade para agradecer novamente por ele ter me ajudado ontem. Ele até pareceu surpreso por isso. Tenho que admitir que não é uma coisa muito comum, EU dizendo obrigada para o PEETA.

Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, Brutus já gritava nossos nomes de dentro da cozinha. Olhamos-nos um para o outro e nos levantamos para poder ver o que estava acontecendo lá dentro.

Quando chegamos lá, o Brutus está todo nervozinho e começa a reclamar por já passarem das cinco e pouco e não termos lavado a louça. Depois ainda veio com uma história que cinco e meia ele teria de sair e que todos os funcionários da cantina já tinham ido embora. E que agora Peeta e eu teríamos que ficar responsáveis por fechar a cantina. Ainda tentei reclamar e Peeta também, mas ele foi firme, e ainda fez uma graçinha sobre “fechar com chave de ouro”. Como isso me irritou!

Sem escapatória, vamos para frente da pia, onde levamos um susto. Havia três pilhas enormes de louça. Como temos que trabalhar juntos, eu fiquei encarregada de passar o sabão e ele limpava com água. Quando íamos começar a lavar, Brutus veio avisar que estava saindo e deixar as chaves conosco.

Estávamos na metade da terceira pilha, e até que tínhamos ido rápido. Foi quando sou atingida por uma jorrada de água bem no meu rosto. Pude ver que o Peeta estava se contendo para não rir, tenho certeza que ele fez de propósito.

Ele vem querer se desculpar, bancando o inocente, mas ele não me engana e acabo entrando na brincadeira. Começo a jogar sabão nele e ele água em mim, e começa a maior guerra de água e sabão. Eu estava me divertindo bastante, coisa que não costumo fazer sem as meninas a um bom tempo. Quando do nada, quando eu jogo um pouco de sabão nele, acaba caindo dentro do olho dele. O que faz com que ele dê um grito um pouco alto demais para o meu gosto.

Logo parei de rir e fico preocupada, com um pouco de cuidado vou me aproximando dele, enquanto ele faz um pouco de drama dizendo que era golpe baixo e coisas do tipo. Quando já estou mais próxima dele, posso perceber um pequeno sorriso em seu rosto, o que me trás de volta das minhas preocupações. Sinceramente eu não podia acreditar que essa confusão toda era só mais uma armação dele.

Afasto-me dele com raiva daquela situação, mas quando estava indo, acabo escorregando em toda aquela água e sabão no chão. Posso senti quando Peeta tenta me segurar, mas a tentativa é falha, já que ele também escorrega e acaba que caímos os dois no chão. Tenho que admitir que o tombo foi muito engraçado, logo levando a raiva de segundos atrás.

Mas é quando reparo que estou rindo sozinha, e reparo também como caímos, Peeta está em cima de mim. É nesse momento também que percebo que desde que caímos Peeta fica me olhando, quase posso dizer me contemplando, já que ele olhava para meu cabelo, minha boca como se nunca os tivesse visto antes.

É quando nossos olhos se encontram e eu me perco naquela imensidão azul. Ficamos um bom tempo assim, até que ele começa a se inclinar na minha direção, nossos corpos estão bem próximos. Ele tira uma mexa de cabelo que estava no meu rosto e coloca atrás da minha orelha e faz um carinho na minha bochecha. Isso sem tirar os olhos dos meus.

O mero carinho que ele fez na minha bochecha, fez com que eu fechasse meus olhos, para poder senti melhor as correntes elétricas que se espalhavam por todo o meu corpo, isso tudo pelo mero toque dele. Tenho que admitir, senti muita falta disso, dos seus carinhos, do seu toque, de tudo.

Ainda estou com meus olhos fechados, quando sinto sua respiração se aproximar e logo depois, sinto sua boca tocar a minha com delicadeza. Eu simplesmente não sabia como reagir a aquilo. Mas resolvo só senti o que estava acontecendo. Aos poucos ele vai colocando mais pressão no beijo, e eu que não sou de ferro e retribuo.

Ele não perde tempo e aprofunda mais ainda o beijo. Ele aperta a minha cintura com uma das mãos e eu me rendo e entrelaço meus dedos nos seus cabelos. Ele logo pede passagem com a língua e eu sedo sem demora, eu não tinha mais forças para resistir ao que estava acontecendo. No começo ele vai devagar, explorando a minha boca aos poucos, eu faço o mesmo, aproveitando para redescobri-lo depois de tanto tempo. Logo o beijo fica mais exigente e mais feroz, era a saudade tomando conta. Como eu havia sentido falta dele!

O ar é necessário e nos separamos, nós ficamos com nossas testas coladas. Eu ainda de olhos fechados tentando entender o que estava acontecendo. Aquilo só podia ser um sonho. Meu coração batia como um louco. É quando escuto Peeta sussurrar meu nome, eu sussurro o dele também.

É quando finalmente eu caio em mim e percebo o que está acontecendo. Abro meus olhos bruscamente e me assusto ao perceber que tudo aquilo foi real, não só um dos meus devaneios. Começo a mandar o Peeta sair de cima de mim e pela cara dele, ele não está entendendo nada. Mas não é por menos, só uma pessoa muito louca como eu faz as coisas e pensa que estava sonhando.

Ele logo sai de cima de mim e se levanta. Sendo cavalheiro como sempre, ele me oferece a mão para me ajudar a levantar. Mas eu recuso, estava com medo de qualquer contato físico com ele, era muito perigoso, não iria me arriscar a me envolver pelas reações do meu corpo novamente.

Juntando toda a concentração, coragem e força de vontade que ainda tinha, olho para ele e digo que vou embora. Antes que ele pudesse tentar mais alguma coisa, saio meio correndo meio escorregando da cozinha.

Sem perder tempo, pego a minha bolsa e vou ao banheiro trocar a farda da cantina pela roupa que eu tinha na mochila. Logo entrego a farda para o responsável noturno do colégio e vou correndo em direção ao meu carro. Entro e dirijo o mais rápido e seguro para a minha casa.

Quando chego lá subo correndo para o meu quarto, não queria falar com ninguém. Tudo o que eu queria e precisava era de um banho bem demorado e da minha cama.

Depois que eu saio do banho, percebo que a casa toda já esta escura, só está aceso o abajur do meu quarto. É quando escuto leves batidas na porta.

– Filha, ta tudo bem? – escuto minha mãe do outro lado.

– Sim está. Só estou cansada, boa noite. – digo querendo evitar uma cena de mãe preocupada.

– Tudo bem. Boa noite.

Depois que ela vai embora troco o meu roupão por um pijama bem confortável e me jogo na minha cama. Minha cabeça estava a mil por segundo. Tudo o que havia acontecido ficava girando na minha mente, me enlouquecendo.

Toco meus lábios com a ponta dos meus dedos. Sentindo-os e lembrando-me do gosto dos lábios do Peeta nos meus. Balanço a minha cabeça com um pouco de força para poder expulsar essa lembrança.

Eu não podia simplesmente me entregar a uma coisa de momento, e agir como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse feito o que fez antes. Não posso, eu não posso! Já cansei de sofrer por ele, não vou cair nos encantos dele mais uma vez. Mesmo ele tendo aqueles olhos que me atraem, aquela boca que me devora, aquelas mãos que me deixam sem saída a não ser me entregar.

Meu Deus! O que está acontecendo comigo?! Eu não posso ficar pensando assim. Não posso lembrar mais dele assim. Tenho que tirar ele da minha vida, e dessa vez para sempre!

Nunca fiquei tão feliz por ser sexta, pelo menos depois dessa confusão toda vou poder descansar. Se bem que não vou poder descansar muito, já que amanhã é a festa da Foxface e eu prometi ajudar. Pelo menos amanhã vai ser só um dia calmo para passar com as amigas e a noite uma festinha para comemorar os 17 anos da Fox. Agora só me resta rezar para o chato do irmão dela e seus amiguinhos tenham algo melhor para fazer do que ir a festa.



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Notas finais do capítulo

Não me achem brega ou coisa assim, mas esse capítulo me lembra a letra daquela musica "evidências". Fiz umas partes escutando ela :P
espero que tenham gostado.
COMENTEM!!!
Bjs, Tatá :3