Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, feliz 2016! Que este ano novo traga para todos muitos sonhos realizados! Bjs a todos.
Segue mais um capítulo... peço desculpas pela demora em postar, mas é que eu continuo na minha sofrência em entender a mente desse Dimitri Strigoi... espero que não tenha ficado muito confuso.

Ah, e a parte final do capítulo - a partir da chegada de Galina e Nathan - não tem no livro, então, são criações minhas para embasar uma das falas futuras de Nathan quando ele ataca Rose e o Dimitri a defende.



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Eu não me preocupei em explicar a Rose todos os meus planos. Ela os conheceria mais cedo ou mais tarde. À medida que o tempo passava, eu sentia que tudo que eu mais queria estava caminhando para se realizar, mas por hora não era bom abusar da boa vontade de Galina. O humor dela era inconstante e ela poderia mudar de ideia com relação a Rose a qualquer momento e transformá-la em comida. Claro que eu não deixaria isso acontecer, mas ainda não era hora de atacar.

Levei Rose de volta para o quarto, passando rapidamente pelos corredores. Senti um breve alívio ao perceber que Nathan não estava mais no nossa guarda. Eu realmente não queria encontra-lo novamente.

Quando finalmente entramos no quarto, rapidamente o pensamento de estar sozinho com Rose me tomou. Passei o braço em volta dela, trazendo seu corpo junto ao meu. A proximidade dela fez meu desejo arder, então puxei seu rosto e a beijei com força. O corpo quente dela em contraste com minha pele fria me fez reagir quase instantaneamente e minha excitação foi ao máximo. Rose também respondeu à altura, e revelava o quanto ela ainda me queria. Enquanto minhas mãos puxavam seu quadril para mim, as mãos dela buscavam abrir minha camisa. Por um momento, me deixei levar por todo aquele desejo que me tomava e meus lábios buscavam o corpo dela com fervor, mas, finalmente, o que sobrava do meu lado racional despertou dentro de mim. Eu não podia continuar com aquilo. Ainda não. Com um impulso, empurrei Rose para longe de mim, de forma que nos afastamos. Eu tinha que manter meu foco. Depois de tanto tempo nesse jogo, não podia baixar a guarda para Rose assim tão facilmente. Tudo aquilo tinha um propósito e eu não iria desistir dele.

“Não,” falei duramente. “Ainda não. Não até você despertar.”

“Por quê?” Ela perguntou ofegante. “O que importa? Tem... algum motivo pelo qual não podemos?”

Definitivamente, sexo entre Strigois e dhampis não era uma coisa impossível, mas também não era algo absolutamente seguro. Assim como ocorria com os Morois, uma alimentação durante o ato seria muito prazeroso e quase inevitável, mas eu sabia que o prazer de ver a vida dela se esvaindo diante de mim poderia ser maior do que qualquer outro. Em se tratando de Rose, eu não conseguia prever o quanto eu poderia me controlar, mas sabia que não a queria morta.

Deixando o meu desejo por ela de lado, eu me foquei nos meus planos e, sabendo sexo era uma moeda de troca forte para ela, me inclinei, falando próximo ao seu ouvido.

“Não, mas vai ser muito melhor se você estiver desperta. Me deixe fazer isso... me deixe fazer, e então poderemos fazer o que quisermos.”

“Não,” ela choramingou, desta vez sem mais daquela firmeza inicial. “Eu... eu tenho medo...”

Eu tentei parecer o máximo tranquilizador e me esforcei para soar com naturalidade. “Rose, você acha que eu faria qualquer coisa pra lhe machucar?”

"A mordida... a transformação vai doer..."

"Eu já disse: vai ser exatamente com o que já fizemos. Você vai gostar. Não vai doer, eu juro." Falei mansamente, ainda tentando manter a naturalidade. De fato, não doeria. As endorfinas fariam seu trabalho.

Rose desviou seu olhar. “Eu não sei,” ela falou baixo, mas de alguma forma, ainda soou firme.

Senti a frustração me tomar e soltei rapidamente Rose. Era como voltar à estaca zero. Sentei no sofá, lutando para a raiva não crescer dentro de mim, principalmente porque a conversa que havia tido com Galina no jardim ainda estava fresca na minha mente. Aquilo não ia poder durar por muito tempo.

"A paciência de Galina está acabando e a minha também."

"Você disse que ainda temos tempo... eu só preciso pensar mais..."

Eu olhei para ela, tentando enxergar o jogo dela por trás daquelas palavras. Rose era esperta, mas dessa vez astúcia dela não iria levá-la a nada. Eu tinha pensar no que fazer.

“Eu tenho ir, preciso cuidar de algumas coisas,” falei duramente.

“Desculpe,” ela respondeu baixo.

Apesar de sua voz soar fraca, eu sabia que não podia ir embora e deixa-la atenta daquele jeito, então sem que ela esperasse, me abaixei e dei uma rápida mordida em seu pescoço, senti seu sangue doce e quente descer pela minha garganta. Apesar da vontade de continuar com aquela mordida até o fim, me concentrei em beber somente o suficiente para as endorfinas tomarem conta de seu corpo. Enquanto limpava o seu sangue dos meus lábios, a observei para ter certeza que todos os seus sentidos estavam tomados. Ela me olhou com uma expressão maravilhada no rosto. Ela estendeu os braços tentando me abraçar, mas eu a deitei no sofá e fui o mais rápido que pude, em direção a porta.

"Te vejo mais tarde. Lembre-se, eu quero você – e nunca vou deixar nada ruim lhe acontecer. Eu vou lhe proteger. Mas... não posso esperar muito mais tempo."

Quando passei pelo último corredor, antes da porta de saída da mansão, me deparei com Galina e Nathan. Olhei para ambos, buscando alguma explicação daquela abordagem nas expressões deles, mas nada. Senti meu corpo reagir, mas não demonstrei qualquer sinal de preocupação. Ela olhou para mim com frieza.

"Não quero você e Nathan brigando novamente. Esta é minha propriedade e eu dou as ordens por aqui. Se não podem conviver, que saiam daqui."

Nathan deu um passo à frente e me olhou com petulância. E apesar de seus olhos não me deixarem, ele falou como se eu não estivesse ali.

"Ele me deve submissão! Eu o despertei, ele tem que se sujeitar a mim."

A minha ira cresceu e foi quase impossível exercer meu autocontrole. "Eu não lhe devo nada, a não ser uns golpes na sua cara," respondi.

"Chega!" Galina interferiu. "Você já tem uma grande concessão aqui, Belikov. Soube que você quase matou Nathan logo cedo, não vou admitir isso. Toque nele novamente e eu mesma lhe colocarei para fora daqui. E você sabe como eu expulso as pessoas que me aborrecem"

Nathan tentou reagir diante da breve insinuação de Galinda por ele ser mais fraco que eu, mas ela voltou-se para ele com a expressão ainda mais dura. "Não se meta nos negócios de Dimitri Belikov. Eu tenho interesse nisso."

Eu os olhei brevemente, sem baixar a cabeça, tentando guardar toda raiva que eu estava sentindo dentro de mim, e então saí. Eu tinha alguns assuntos de Galina para resolver. Assuntos que me irritavam em fazer. Ela sempre me encarregava em cobrar dívidas – muitos humanos insistiam em manter ligações perigosíssimas com vampiros Strigois - ou em buscar pessoas para jantar. Como eu não podia despertar qualquer sentimento de ira nela, saí e cumpri todas as obrigações. Quando retornei já era perto do amanhecer, Galina estava na confortável sala de onde comandava todos os seus negócios.

O seu sorriso abriu maliciosamente quando entrei, carregando um humano assustado. Ele suava como uma chaleira e sua respiração era muito rápida. Ele sabia que ia morrer, mas eu não me importava, ele era apenas mais uma refeição para ela.

Galina se aproximou de mim, ainda sorrindo, e não olhou para comida que eu havia lhe trazido. Seus olhos cruéis estavam em mim. Ela se esticou para chegar aos meus ouvidos, mas eu fiz questão de não me abaixar para tornar seu trabalho mais fácil.

“Coma comigo Belikov,” ela sussurrou fazendo um gesto para o humano. “Você tem o que eu preciso para me divertir por hoje.”

Eu só consegui dar um leve e malicioso sorriso. Eu mal podia esperar o dia em que iria matar Galina com minhas próprias mãos.


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Notas finais do capítulo

Galina, garota esperta! Dimitri, menino mau! ;)