Stay. escrita por Aline Silva


Capítulo 4
Capitulo 4 – Lembranças.


Notas iniciais do capítulo

Capitulo um pouco atrasado, já que a Madu me enviou ele a alguns dias...
Mas ai está! Betado, editado escrito e palpitado por mim e pela Madu.



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Acordei com a cabeça sobre o peito de Christian. Olhei para seu rosto. Ele fica tão sereno quando dorme...

Olhei para a janela, o modo como o a luz do Sol entrava indicava que já era de tarde. Pensei em me levantar, mas ficar aqui, sentindo os braços de Christian ao meu redor. Eu estou aquecida junto dele. Ele emite calor, uma luz própria. Christian é como o Sol, lindo, quente, fascinante... Porém, eu ainda tenho medo de me queima com seu fogo. Suspirei e fechei os olhos, esses pensamentos negativos não coincidem com o que fizemos horas atrás. Com mais um suspiro, comecei a me “desenrolar” dos seus braços. Eu tinha me esquecido de que ele tem o sono muito leve.

Seus olhos azuis me encaravam. Era um azul profundo,  escuro. Os olhos de Christian eram como a noite, escuros, porem, acolhedores. Seus olhos sempre foi meu ponto de paz. Eu sempre me sinto bem quando olho seus olhos.

 –Hmmm – ele murmurou preguiçosamente. Ele fechou os olhos e sorrindo. Logo abaixou sua cabeça perto da minha e cheirou meu cabelo.

Seus braços me apertaram mais junto á si. Peguei  seu braço esquerdo e olhei as horas em seu relógio 18 h.

– A gente tem que levantar... – Mesmo eu dizendo isso, não me movi um milímetro.

Christian riu de minha preguiça e me soltou. Levantei e me senti minhas bochechas arderem. Nós ainda estamos na sala. Sim, eu estou nua, na sala, com as bochechas vermelhas e vendo Christian me olhar dos pés a cabeça. Um leve sorriso surgiu em seu rosto. Sim, ele está se divertindo com a minha “timidez”. Revirei os olhos e procurei  nossas roupas. Vesti a camisa de Christian. Sua camisa me cobre até um palmo acima do joelho, é já me sinto melhor estando “vestida”.

– Você fica sexy com a minha camisa. Eu deixo você usá-la mais vezes – ele me olhava e ria. Revirei os olhos novamente e fui para a cozinha.

Eu não almocei, comi pouco no café da manhã e dormi o dia todo. E que dia...

Senti suas mãos em minha cintura, enquanto procuro alguma coisa na geladeira, me surpreendi ao encontrar a geladeira cheia. Olhei em volta e lembrei. Nós estamos na casa dele.

Seus lábios depositaram vários beijos em meu pescoço. Virei-me e o abracei, colocando minhas mãos em seu pescoço. Graças aos céus, ele vestiu uma cueca! Não existe coisa mais linda, do que Christian de cueca boxe andando pela casa.

– Vamos fazer assim, você liga pro aeroporto, pra ver nosso vôo para amanhã e vai arrumando suas malas. Vou fazer alguma coisa pra nós comermos. Jantamos, tomamos banho e terminamos de arrumar suas malas – Estremeço só de pensar na bagunça que ele faria se arrumasse  suas malas, sozinho.

– Por mim tudo bem.

Dei-lhe um selinho e o soltei. Comecei  a vasculhar os armários em busca de algo bom e rápido. Uma pena eu não ter achado miojo...

Terminei o jantar e chamei Christian. Comemos e fomos arrumar suas malas.

–Vou levar só duas malas, depois do ano novo eu volto e encaixoto o resto.

Concordei. Nós vamos para Londres passar o natal com meus pais. Voltamos e dia 28, iremos para o Havaí, para passar o ano novo com os pais dele.

– Mel, avisa sua mãe que nós vamos amanhã de manhã. Explique tudo a ela enquanto eu encho a banheira, ok?

– Ok. Já avisou seus pais?

– Sim.

Ele foi ate o banheiro e eu ouvi o barulho de banheira enchendo. Peguei meu celular e liguei para minha mãe.

Não contei sobre Christian, ela surtaria, e essa conversa não é de se resolver por telefone, do outro lado do mundo. Apenas  disse que houve um imprevisto e que só agora pude avisá-la.

Já posso ouvir os gritos dela, quando ver que eu e Christian estamos juntos novamente.

Balancei a cabeça tentando esquecer a cena. Fui até o banheiro e me sentei na bancada da pia. Fiquei observando Christian por a banheira para encher. O cheiro do meu sabonete preferido foi invadindo todo o banheiro. Só esse cheiro e o vapor da banheira já me deixam mais relaxada.

Christian me abraça, enquanto eu passo minhas pernas e as prendo em sua cintura, pondo meus braços em seu pescoço e o beijo.

– A gente vai tomar banho ou não?

Ele riu e me soltou. Desci de cima da pia e tirei a camisa de Christian.

Ele entrou na banheira. Sentei entre suas pernas e me encostei-me a seu peito, enquanto seus braços me envolviam.

Ficamos assim por alguns minutos, até Christian falar.

– Vamos dormir aqui ou na sua casa?

– Aqui, lá não tem comida. – Ele riu.

– Então você só está aqui por causa da comida de graça?

Gargalhei.

– Claro que não! Digamos que o dono da casa seja lindo, você o conhece? – Fiz uma cara de desentendida.

– Hmm, acho que eu conheço sim. É um bem gostoso?

Dei uma tapa em seu braço.

– Convencido.

– Posso te falar uma coisa?

– Fala.

– Ele não vive sem uma menina ai. Ela é bem bonita, mas também é inteligente, educada, gentil... Ele tem muita sorte de ter ela. Ele a ama tanto quanto eu amo você.

Meus olhos  marejaram e eu não pude lutar contra as lágrimas. Fechei os olhos com força e o abracei. Coloquei minha cabeça na curvatura de seu pescoço e chorei. Suas mãos esfregavam minhas costas, tentando me acalmar. Quando pude controlar o choro, sorri e beijei sua clavícula. Ele me apertou mais.

– O que foi Mel? Porque você esta triste?

– Eu não estou triste. – Funguei.

– Então porque você chorou?

– Porque eu estou feliz, idiota.

– Magoei – Ele fez biquinho, eu ri e beijei seu biquinho.

– Meu idiota.

– Seu?

– O que a sua mãe disse, quando você disse que estávamos indo amanhã?

– Eu só disse que precisei adiar a viagem.

– Por quê?

– Você sabe como a minha mãe é. Eu não quis discutir isso pelo telefone.

– Eu ainda não entendi...

– Imagina o que ela ia falar! Ela dizer pelo telefone: “Então mãe, eu não fui hoje, porque eu reencontrei meu ex-namorado e agora nós vamos passar o natal ai”. Essa coisa não se resolve pelo telefone.

– É você tem razão.

– Sabe o que eu percebi?

– Não faço a mínima idéia. Eu ainda não aprendi a ler pensamentos.

– Idiota – dei uma leve tapa em seu braço. – Eu percebi que só tem porcaria na sua cozinha. Deve ser por isso que você esta tão gordo...

Claro que eu estou brincando Christian, mesmo comendo só fest-food, conseguia manter uma condição física invejada por outros homens.  E desejado pelas vadias. Franzi o cenho com meu pensamento.

– Lá vem você me magoando de novo. Isso não é gordura, é que sou tão gostosa, que transborda.

Comecei a rir só o Christian conseguia me fazer rir tanto, com uma piada tão idiota.

Ele fez um biquinho, deixando-o mais fofo ainda, mordi seu biquinho.

– Hey! Porque você me mordeu?

– Eu gosto de morder biquinhos. Principalmente de gordinhos.

Ele espirrou água em mim.

– Eu não sou gordo. Eu malhei bastante nesse ultimo ano. Malho 3 vezes por semana.

– Está bem! Eu sei que você malha, eu só estava brincando!

– Mel...

– Fala – respondi ríspida.

– Eu to gordo? – Ele fez a carinha do gato do Shereck.

– Não Christian, você não está gordo. Ta feliz agora?

– Não, eu quero que você seja sincera.

Coloquei as mãos em seu rosto.

– Christian, você não ta gordo! E se você estivesse eu teria fechado a porta na sua cara! Eu falei aquilo para te irritar, e eu estava sendo irônica, porque você come um monte de porcaria e não engorda! E...

Continuei a tagarelar, até que ele me calou com um beijo, odeio quando falo alguma coisa, e a pessoa duvida de mim e eu tenho que achar motivos convincentes, até que a pessoa acredite.

Terminamos o banho sem mais discussões. Fui até o closet, eu ainda tenho algumas roupas aqui.

Vesti um lingerie simples e uma das camisas de linho de Christian.

Deitei na enorme cama Box, me virei de bruços e enfiei a cabeça no travesseiro e esperei Christian deitar. Ele se deitou ao meu lado, me puxando pela cintura, me fazendo deita em seu peito.

– Eu nunca mais vou trocar aquele tapete da sala. Guardo maravilhosas lembranças... Dei uma tapa em seu braço e soltei um risinho. Aquele tapete, realmente traz doces lembranças.

Isso fez minha libido se ascender. Remexi-me em cima de Christian.

– Que foi?

– Esse colchão, você o trocou? Ou ainda é o mesmo?

– Por quê?

– Só responde.

– Eu – ele parecia constrangido- Eu cortei e queimei aquele, no mesmo dia em que eu...

– Eu entendi, entendi.

Não quero me lembrar a todo o momento, da nossa separação.

– Vai me dizer por que você queria saber se era o mesmo colchão?

– Eu só estava pensando, se as lembranças dele, seriam melhores do que as do tapete...

– Não sei... – Ele disse com um tom brincalhão e malicioso. – Quer tentar?

Beijei-o, e puxei seus cabelos, enquanto ele se desfez da minha roupa.

E assim, colocamos em teste as nossas lembranças do tapete, com as do colchão.

E que lembranças...


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Notas finais do capítulo

ninguém vai comentar mesmo? '-'
Obrigada a Madu por me ajudar a manter a fic em dia, a Bia por ler a fic e me incentivar a continuar sempre, a Nana e a Thamires, que acompanham desde o inicio, e me ajudaram a dar continuidade :) amo vocês ♥ e obrigada a você, que está lendo e vai me deixar uma review ♥ ♥ ♥



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