One and Only escrita por Valeska


Capítulo 15
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Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capitulo porque eu escrevi e rescrevi ele umas cinco vezes kkk
Boa leitura.



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Mesmo que a manhã de quinta-feira tinha chegado com um sol muito quente, eu não sentia vontade nenhuma de me levantar. Chequei meu celular mais uma vez e nada. Nenhuma chamada perdida, nenhuma mensagem do Ed nem da Molly. Joguei a coberta por cima da minha cabeça querendo refazer aquela semana toda. Alguém bateu na porta. Não respondi por que não queria ver ninguém.

Como eu tinha sido tão burra?! Primeiro por ter tido ataque de ciúmes por causa do Ed e da Molly e depois por ter deixado o Corey me beijar daquele jeito. Eu amava o Ed demais para ter deixado. Na verdade, eu ainda o amo e acho que sempre o amarei.

Isso pode parecer idiota, mas pra acredito que é a verdade.

Bateram na porta novamente e eu gemi. Não queria ver ninguém, queria dormir de novo e acordar daqui a 15 anos e completamente esquecida do que acontecera comigo e quem era Edward Sheeran.

Ouvi a porta se abrir e tirei o cobertor de cima de mim. Olhei e vi que era Sandra, minha tia favorita, que entrava no meu quarto. Sentei-me ainda coberta arrumando o meu cabelo. Ela deu um sorriso tímido e se sentou ao meu lado.

- Bom dia. – Falou ela. Nada respondi, pois eu sabia que mesmo que o dia acabara de começar, mas não era nada bom e eu não queria responder a ela grossamente. – Ainda está mal por causa do Ed?

- Eu não estou mal por causa do Ed. – Falei seriamente. – Estou mal pela consequência. Fiz coisas que não devia ter feito, falei coisas que não queria dizer e isso me resultou no termino com o Ed.

- Mas... – Ela me observava. Não conseguia ficar com uma pessoa me olhando por muito tempo, me sentia mal. Olhei para as minhas unhas, que estavam completamente ruídas. – Você já tentou falar com ele?

- Eu não sei como falaria com ele. Eu não posso chegar à porta dele assim do nada.

- Pode sim. – A encarei.

- Você fala como se fosse à coisa mais fácil do mundo. – Suspirei. Levantei-me e fui até o espelho. Meu reflexo era péssimo. Eu tinha emagrecido alguns quilos, meu cabelo era bagunçado e meus olhos tinham grandes olheiras.

- Sua mãe me mandou vir aqui. – A encarei com raiva. Não precisava de ninguém para me ajudar. Eu estava mal, estava, mas eu superaria. Algum dia. Não precisava de ninguém, apenas de mim mesma.

- Não sei pra que ela te chamou. – Abri meu guarda-roupa, não queria ficar mais um dia em casa.

- Eu me preocupo com você. – Ela se aproximou de mim e puxou um vestido. – Tome um banho, se arrume que eu vou te levar para sair.

Assenti. Eu precisava sair, mesmo que o meu corpo quisesse voltar para a cama e remoer, pela centésima vez, todo aquele dia.

- Para onde vamos? – Falei seguindo para o banheiro.

- Vamos passar o dia fora. – Ouvia a sua voz mais baixa, por eu estar com a porta do banheiro trancada e ela no outro cômodo, mas ainda a escutava nitidamente. - Almoçar, passear, tomar um café e depois ir ao cinema.

Tomei um banho demorado e quando já estava pronta Sandra não estava mais lá. Coloquei uma das minhas sapatilhas e desci as escadas. Ela estava sentada vendo uma serie que não reconheci qual era, porque apenas olhei de relance.

- Pronta? – Perguntou-me se levantando. Fiz que sim com a cabeça e fui até a porta.

(...)

Já estava quase escurecendo quando saímos do shopping tomando um sorvete. Trazia na mão uma sacola que tinha um livro que eu acabara de comprar. O dia tinha passado muito rápido que eu não tinha visto que já era quase 18h00. Durante o almoço ela me fez contar tudo o que tinha acontecido e eu realmente contei tudo. Não fiquei tímida, pois ela era apenas cinco anos mais velha que eu e ela me entendia como se eu fosse uma irmã.

Ela tinha a ideia fixa que eu deveria falar com o Ed e com a Molly, principalmente com Ed. Ela me dizia que tudo foi um mal entendido e me fez enxergar que o único motivo que eu havia deixado Corey me beijar foi eu estar insegura com a Molly.

Iriamos ao cinema, ver um filme qualquer. Fomos caminhando até o cinema mais próximo e a rua estava completamente vazia, mesmo que estivéssemos no centro, talvez seja porque durante a semana as pessoas não costumavam sair.

Já estávamos do lado oposto da rua do cinema e meu sorvete tinha acabado de terminar. Atravessamos a sua correndo e paramos na pequena fila que se formava, já que iria começar uma sessão.

Olhei para o começo da fila e reconheci aquele casal que se beijava, mesmo que estivesse um pouco distante. Senti uma pontada no meu coração e as lagrimas caírem. Andei em direção dos dois e sequei a lagrima que caiam. Ignorei completamente Sandra me chamando. Ed passava a mão pelas costas de Molly e ela estava pendurada no seu cabelo. Não conseguia mais chorar, estava com raiva demais e meu coração estava realmente partido. 

- Oi. – Falei sarcasticamente e eles se soltaram com o susto. Ed arregalou os olhos, assustado e Molly continuou me olhando, com que se eu fosse uma intrusa. – Parece que eu estava certa, não é?

Ed ficou me olhando, sem resposta. Sandra apareceu atrás de mim me puxando.

- Vamos embora. – Puxei o meu braço com muita força e disse alto:

- Eu não vou embora. Eles precisam saber escutar umas coisas. – Cheguei mais perto do Ed e se eu pudesse, jogava fogo em cima dele. – Você ficou falando “somos apenas amigos” e que eu saiba amigos não se beijam na porta do cinema.

- Mas você não está mais com ele. – Falou se intrometendo.

- E você cala a merda dessa sua boca imunda, sua vagabunda! – Falei mais alto que antes. Ela se assustou, nunca tinha falando com ela assim. – Foi só eu sair de cena que você já se jogou nos braços dele. Se vocês dois já não faziam isso quando estávamos juntos. – As lagrimas, enfim, chegaram aos meus olhos. – Porque você faz isso comigo? Eu te amava! – Eu já não aguentava mais nada daquilo e senti minha vista ficar embaçada por conta de tantas lagrimas.

- Luci... – Ele parecia arrependido e sua voz falhou.

- Você sabe que foi um mal entendido, você sabe que não foi culpa minha, você sabe que foi o Corey quem me beijou. – Eu soluçava e ele me olhava triste. – Eu só não lutei para fugir dele porque ele me segurava muito forte e eu estava com raiva de você...

- Vamos embora. – Repetiu Sandra, docemente. A olhei dando as costas para os dois tentando secar as lagrimas que caiam descontroladamente. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então comentem. Por favor, eu gosto de reviews.
To tentando postar um capitulo por dia. :)
lembrando que eu mudei o user @iwishteddy



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