Escrava Do Mundo Inferior escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)



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Nico Di Angelo

 Já se passaram três anos desde que a guerra contra Cronos acabou. Desde lá, na de bom aconteceu. Parece que o numero de monstros diminuiu, mal se vê missões no acampamento... Por esse motivo eu parei de ir ao acampamento. Nunca me senti confortável estando lá, sozinho, sem Bianca ao meu lado. E agora que Percy e Annabeth vão passar um tempo fora do acampamento, não tenho mais meus motivos para ficar lá. Os dois estão pensando em fazer faculdade e se casarem, algo do tipo. Fico mais no Mundo Inferior, junto com meu pai, Perséfone, Demeter e todos os mortos e fantasmas. De vez em quando eu passo uns dias no mundo mortal e outros no acampamento, mas a minha vida se resume em ajudar meu pai com o trabalho dele, ou seja, cuidar dos mortos.

 Segui reto pelo profundo corredor do castelo de meu pai. Parecia que não importa quando tempo eu fique conhecendo novas alas, o castelo era tão grande, que eu nunca iria conhecer tudo. Fui à direção ao grande salão onde jantávamos. O que é um pouco irônico, pois raramente jantávamos juntos. Cada hora alguém tinha um problema, ou problemas no trabalho de meu pai, ou Perséfone indo ao Olímpo, ou Demeter dizia que nunca mais iria ficar no Mundo Inferior e ia embora, mas ela sempre volta. O que me faz voltar à questão de ficar sozinho. Mas eu prefiro estar sozinho no mundo inferior, junto com os fantasmas e ouvindo os gritos agonizantes dos mortos.

 Como eu imaginava ninguém estava para o almoço. Uma imensa mesa estava montada para apenas uma pessoa. Sentei-me na cadeira e fiquei prestando atenção no garfo que estava em cima da mesa.

 Poucos minutos depois, uma menina apareceu na sala segurando um prato. Eu estranhei já que geralmente fantasmas me serviam. Ela seguiu, envergonhada, até mim e colocou o prato na minha frente. O cheiro da comida parecia incomodá-la, ela olhava para o prato com puro desejo. Quando a mesma percebeu o que estava fazendo, piscou duas vezes, fez uma reverencia e saiu por onde entrou, às pressas.

  Fiquei mais uns dias nessa solidão. Só que dessa vez, em todas as refeições, a mesma garota me servia. Do mesmo modo, sem dizer nada, como se estivesse com medo de mim. E isso me incomodava um pouco.

 Cinco dias depois tive minha primeira refeição junto ao meu pai, Perséfone e Deméter. Todos conversavam animadamente o que não tinham conversado nesses cinco dias. Perséfone dizendo que a primavera está chegando, meu pai dizendo sobre novas mortes e Deméter me obrigando a comer cereal no jantar.

 A mesma menina apareceu, dessa vez segurando todos os pratos de uma vez só. Percebi que ela estava vestida com as mesmas roupas de sempre. Com dificuldade ela colocou o prato da mesa de Perséfone, mas quando ela foi tentar, com mais dificuldade ainda, colocar o outro prato, deixou cair um prato de mesa.

 Meu pai, obviamente, ficou com raiva.

-Que tipo de menina é você? – meu pai gritou – Se está aqui só com esse trabalho, faça direito!

 Em um movimento rápido ela colocou os outros pratos na mesa e começou a limpar a bagunça que tinha feito.

-Ela não estava conseguindo segurar todos os pratos – eu disse – Ela não tem culpa.

 A menina nem se quer subiu o olhar, apenas limpou tudo, com a mão mesmo.

-Vamos conversar sobre isso depois – meu pai disse – Ou você quer voltar para o seu quarto?

-Não senhor – ela disse, pela primeira vez, desesperada.

-Muito bem – meu pai disse – Agora volte ao trabalho. Rápido!

 A menina tremeu com o grito de meu pai, concordou, e voltou para a cozinha.

-Quem é ela, pai? – eu perguntei.

-Uma escrava, uma morta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? A historia é boa? Devo continuar? Mandem reviews!