POV. Helga

 E com um grande estalo nos aparecemos em uma grande e ampla sala. Com cortinas que cobriam do teto ao chão, poltronas brancas e mesas de madeira, tapetes de aparência cara e rara, uma grande escada levava para os três andares superiores.

-Bom, não mudou... nada – disse Rowena com uma mescla de remorso. Seus pais suspiraram.

-Vocês tinham que ver como estava hoje de manhã. Um real bagunça se me permitem dizer.

Nós rimos e eles sorriram sem graça. Eu realmente não sabia o rumo que minha vida estava tomando, mas não me sentia bem nessa casa.

-Rowena....-a chamei por meio de sussurros- poderia me levar para meu quarto?

-Mas é claro, Hel! Mamãe,vou levar Helga para o quarto dela, com licença.

Ela não esperou os pais responderem e basicamente me puxou escada a cima. Ela sorria tanto e parecia estar leve e muito mais feliz, ela falava para sobre as coisas que gostava por aqui e eu sentia um enorme medo de que ela perdesse tudo novamente.

O nosso pequeno passeio por entre as escadas pareceu demorar anos, e eu suspeitava que Rowena estivesse fazendo isso de propósito simplesmente para poder me contar sobre sua antiga vida, mas eu estava realmente cansada e apesar de tudo, não ouvia muito do que ela tanto falava.

-Pronto aqui Helga. –ela me indicou uma porta de cor amarela e eu sorri e agradeci.

-Obrigada, Wena. Irei me deitar e em breve lhe faço companhia. –eu sorri e abracei forte- fico feliz que esteja feliz.

Eu entrei em um quarto não muito diferente do que o meu era na casa de Godric, e sem nem ao menos pensar em qualquer coisa me deitei na dura cama.

E tive meu pior pesadelo (autora: agora, recomendo vcs a lerem o cap dedicado a essa loirinha linda, pq ele vai ser bem necessário para todaaa a fic e tipo, ela dormiu teve o sonho- o especial- e acordou).

Acordei assusta e involuntariamente olhei para trás. Nada de estranho estava lá.

Minha respiração estava ofegante, minha cabeça doía e logo percebi que não era mais tarde e que as trevas já tinham caído por todo o céu.  Visualizei melhor o local, não dava para se ver quase nada e isso me apavorava. Como uma criança assustada eu me levantei da cama com a varinha nas mãos e corri para fora do quarto.

O corredor estava tão, ou mais, escuro que meu dormitório e meio desesperada acendi a luz na minha varinha.

-Lumus – os quadros reclamavam e xingavam-me de nomes desconhecidos e estranhos, mas eu não ligava.

Nem se quer sabia o que estava procurando, mas não desci as escadas e continuei no mesmo andar. Parei enfrente a uma porta antiga e preta. Curiosa como toda mulher pode ser, eu empurrei a porta e rangendo ela se abriu.

-Lumus máxima – o quarto todo fora iluminado com uma luz fraca e eu vi o que havia dentro dele.

Um quarto maior, ou igual, ao meu se encontrava atrás daquela porta. Quadros empoeirado e uma cama velha e de aparência dura, a porta de dava para a sacada estava velha e corrompida por cupins.

Adentrei no local, com a varinha ainda em mãos. Talvez não houvesse nada de diferente nele, e fosse o quarto de algum parente que nunca mais voltará. Meus sapatos faziam barulho na madeira e eu fecha os olhos a medida que dava cada passo, com medo de ser pega.

Um quadro pregado na parede em cima da cama me chamou atenção. Nele o homem de aparência jovem dormia encostado na parede. Subi em cima da cama velha, e fui me aproximando cada vez mais dele. Quando estava a menos de um palmo de distancia o homem abriu os olhos.

Fui para trás com tamanho susto e ele sorriu de lado. Sua cicatriz do lado esquerdo do rosto me era familiar, mas com medo não prestei atenção e sai às pressas no quarto.

POV. Rowena

Não esperei Helga voltar para a sala por muito tempo, eu sabia que ela estava cansada como todos os outros e por isso não me importei de vê-la sumir logo após de fechar a porta do quarto.

Eu definitivamente não estava com paciência para reconhecer todos os ligares de minha antiga casa, então mostrei os quartos para os meninos e fui me deitar.

Meu quarto era no mesmo andar que o de Helga, o que me ajudaria muito caso acontecesse alguma coisa, e não bati na porta dela, apesar de querer fazer isso. Assim que entrei no quarto e deitei na cama dormir e só fui acordada horas depois.

-Rowena...Rowena...ROWENA! –alguém me chama de longe.

-Que? Não...está tarde.

-Ro, vem cá tenho que te mostrar uma coisa – eu neguei com a cabeça- Por favor...

Abri os olhos e me vi enxergando Helga que iluminava o quarto a meia luz com a varinha. Ela tinha um olhar assombrado e desesperado.

-O que acontece?

-Desculpe-me, eu tive um pesadelo e eu entrei. Foi sem querer. –ela falava enquanto eu me levantava e pega minha varinha.

-Hel, tudo bem...

-Não. Eu entrei no quarto com a porta preta. –ela disse apontando para fora.

O quarto com a porta preta sempre fora impossível de se entrar, ninguém tinha a chave e ele era imune a feitiços.

-Como você abriu a porta?

-Ela já estava aberta.... Desculpe.

Eu reverei os olhos e a puxei pela mão para fora do quarto.

-Helga como você abriu a porta?!

-Eu disse que ela já estava aberta!

Paramos na frente da porta preta e eu girei a maçaneta, e nada. A porta continuara fechada e com o mistério que ela guardava.

-Viu? Fechada. – Helga suspirou e passou a minha frente.

Ela girou a maçaneta do mesmo jeito que eu, e a porta se abriu e eu consegui ouvir o ranger dela.

-Aberta... -ela se afastou olhando para o quarto.

Ficamos, nós duas, olhando para o quarto. As cortinas voavam por causa do vendo vindo de alguma janela aberta, os moveis antigos cobertos de poeira e alguns com panos, a luz da lua dava um ar fantasmagórico ao lugar.

-Eu não quero entrar. –disse depois de alguns minutos e ela concordou comigo.

Viramos as costas para o quarto e a porta se fechou sozinha.

-Rowena...-chamou-me Helga olhando para trás assim como eu

-Sim...?

-Posso dormir com você essa noite?

-Não poderia ser melhor

E corremos para meu quarto.

POV. Godric

Eu acordei na manha seguinte com a luz do sol batendo em meu rosto, e sorri. Sorri por saber que estava em segurança depois de tudo que passei.  E feliz por que eles, e principalmente ela, estava bem.

Eu me levantei meio sonolento e foi abrir a janela. Uma bela coruja branca entrou no aposento e sobrevoou o local, eu sorri me lembrando que essa costumava ser a coruja de minha avó. Essa não era a dela, era uma incrivelmente parecida. A verdade deveria estar morta pelo incêndio.

Ela deixou uma carta em cima da cama e piou alto antes de sair do quarto. Eu voltei e peguei a carta que ela havia me entregado, com o selo de um leão nela eu sabia que algum Gryffindor tentava se comunicar comigo nessa amanha. Eu abri a carta.

Nós estamos bem. Cuide-se.

Com amor, Sarah e Alfred Gryffindor.

Eu me levantei na cama em um pulo e corri para a sala da casa. Todos estavam sentados, conversando e rindo, animados, pois aparentemente Bran havia voltado e estava fazendo bolinhos na cozinha.

Helga e Rowena conversam em um canto, comendo bolinhos e tomavam o que mais tarde descobri ser chá e Salazar ria de alguma piada feita pelo pai de Rowena.

-Godric querido, vai ficar parado ai? Na escada? –perguntou a mãe de Ro.

-Eu....hã...

-Godric, o que aconteceu? – perguntou Helga preocupada, se levantando da poltrona.

-Meus pais eles... -todos se levantaram e me olhavam curiosos e preocupados- Eles estão vivos.