Sempre Ao Seu Lado escrita por Mahchan, maiteleme2


Capítulo 6
Capítulo 6 - Eduardo


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora. nós estamos estudando muito, é ano de vestibular. e a gente mora longe uma da outra, então quando nos encontramos, ficamos pouco tempo juntas. queremos agradecer a todas as lindas leitoras, principalmente a Karyne pela recomendação (de novo). e as que deixam comentários em todos os capítulos: LuanaLu, Apenas uma Sonhadora, BiaAlves, Syny, DreamMaker. também obrigada as que favoritaram: DezaP, Anne Weasley, Suzy Moreira, Amy Berg, BiaAlves. Um obrigada muito grande também a Syny que foi a autora da nossa linda sinopse. e é isso, curtam o capítulo. nos vemos lá em baixo

P.S.: as palavras em itálico, foram colocadas com significado irônico.



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Eu estava sentado sozinho na areia da praia, o sol estava se pondo, mesclado em cores laranja e amarelo e um pouco de vento batia em meu rosto. Olhei ao redor em busca de alguém conhecido, mas não havia ninguém. Tanto a praia quanto as ruas estavam desertas. Levantei e decidi caminhar até a casa de Paulo, que era o último lugar que me lembrava de ter estado. Assim que cheguei, avistei várias pessoas rindo e bebendo. Percebi então que estava acontecendo uma festa e eu não havia sido convidado. Muitos dos meus amigos estavam ali, incluindo a Mel. Senti-me um pouco incomodado e traído por ter sido deixado de lado. Sem saber ao certo o que fazer e com preguiça de voltar para casa, me sentei na rede vermelha que tinha na varanda.

Fiquei olhando para o céu, que agora estava mais escuro, até que ouvi o barulho da porta se abrindo e vi a Gabriele saindo lá de dentro. Ela estava com uma roupa provocativa, um vestido colado no corpo e com um decote nada inocente. Seus longos cabelos loiro escuros estavam extremamente lisos, e jogados para o lado.  

-Eduardo. – ela disse com uma voz sexy. – Que bom que você está aqui.

Eu sorri e ela se aproximou lentamente. Sentou-se em cima de mim e foi chegando mais perto. Percebi que nós estávamos muito próximos e ela passou a encostar seus lábios nos meus, beijando-me com voracidade. Passei meus braços por sua cintura trazendo-a para mais perto, enquanto ela passava os dedos pelos meus cabelos, acariciando a minha nuca. Apertei sua bunda levemente e ela se encaixou melhor no meu colo. Separamo-nos e percebi que ambos estávamos ofegantes. Ficamos encarando um ao outro, até recuperarmos o fôlego e voltarmos a encostar nossos lábios. Nesse momento, abrimos um pequeno espaço para nossas línguas, que se entrelaçaram e diminuímos o ritmo do beijo.

Ela parou de me beijar de repente e então abri meus olhos para vê-la, mas não era mais a Gabriele que estava na minha frente. A menina que estava sentada no meu colo neste momento, usava um vestido floral comportado. Ela possuía pequenas sardas e olhos mais verdes que esmeraldas, seu cabelo era loiro natural e cheirava a... no começo não identifiquei direito, mas fui preenchido por um cheiro doce e senti um gosto de Nescau e leite condensado em minha boca. Brigadeiro. A menina que estava me beijando com tanta delicadeza e carinho era a Mel.

Acordei suado e com o coração batendo rápido. Pisquei meus olhos algumas vezes e me lembrei de que estava vendo um filme chato de romance com a minha melhor amiga quando adormeci.

- Acordou dorminhoco? – perguntou a Melissa tirando as mãos do meu cabelo.

Levantei-me lentamente e observei o ambiente ao meu redor, tentando me situar do lugar em que estava.

- Boa tarde Mel. Dormi muito? – eu disse e dei uma risada.

- Já são 14h30. – ela respondeu me analisando. – Eduardo, você sabia que dormiu o filme inteiro? Isso é coisa que se faça com uma amiga? – ela tentou ficar séria, mas acabou caindo na risada.

- Por que você tá rindo idiota?

- Tua cara de sono é muito engraçada. Tá todo amassado. E o seu cabelo está todo bagunçado. – ela continuava rindo.

Levantei-me, dei um olhar de canto para ela e fui até o banheiro. Olhei-me no espelho e lavei meu rosto para dar uma acordada. A Mel tinha razão, eu estava realmente acabado. Agora que eu estava acordado, finalmente poderia evacuar, afinal eu iria errar o buraco da privada se estivesse com sono. Dei uma mijada e em seguida lavei minhas mãos. Voltei para a sala e olhei para a Melissa que estava deitada na maior folga no sofá.

- Ô preguicinha, vai tirando as patas sujas daí de cima pra eu, lindo cavalheiro dourado, poder me sentar.

- Nossa, que ogro, falar assim dos meus lindos e cheirosos pés de princesa!

Depois que ela disse isso, segurei seus tornozelos finos, sentei-me e os coloquei suavemente no chão.

- Como você é um lindo cavalheiro, que está com seu cavalo branco, óbvio, não irá se importar se uma maravilhosa dama como eu, com minha perfeita tiara de pérolas, colocar meus delicados pés aqui. – dito isso, ela jogou suas pernas em cima de minhas coxas.

Eu ia revidar, quando fui invadido novamente pelo doce cheiro que estava presente nos meus sonhos.

- Que cheiro bom é esse Mel? Você finalmente decidiu tomar banho? – eu disse provocando-a e rindo da cara que ela fez em seguida.

- Hahaha, que engraçadinho você hein Eduardo. Devia ganhar um prêmio de melhor piadista do mundo. Até deveria pensar em seguir carreira de comediante. – ela revirou os olhos e continuou – Para a sua informação meu querido amigo, eu tomo banho todos os dias, ao contrário de você que prefere esperar o fim de semana. – ela apertou suas narinas, provocando-me dessa vez.

- Não, mas falando sério, está cheirando a chocolate. – eu disse intrigado.

- É que por um acaso, eu fiz brigadeiro. Você é estúpido mesmo ou só se faz? Olha o pote na tua frente tonguinho.

   - E você deixou um pouco pra mim ou comeu tudo? Gorda do jeito que é, não duvido muito.

- Gorda só se você for cego. – ela disse e em seguida pegou o pote com uma colher e me entregou. – Pode ser a mesma colher ou você tem nojinho de mim, sua higiênica amiga, diferente de você?

Preferi ignorar o comentário e perguntei:

- Dá pra gente ver o outro filme agora que eu estou finalmente acordado, dona irônica?

- Claro querido amiguinho. – ela disse e se levantou, colocando o DVD.

Logo que o menu do filme iniciou, eu a interrompi:

- Melissa, pode ir parando, não quero ver comédia não. Pode enfiar aquela outra bagaça, chamada filme de terror, nessa bagaça chamada DVD.

- Depois de você ter dormido no meio do meu filme, que afinal é muito fofo, acho que você não está em condições de discutir comigo.

         - É verdade, é muito melhor ver o outro filme quando já estiver escuro. – eu disse e dei um sorriso malicioso.

Ela sentou-se novamente no sofá me ignorando, e apertou o botão “play” no controle remoto, dando início ao filme.

[...]

- Okok, o filme foi engraçadinho, mas agora coloca logo Evocando Espíritos 2. – eu lancei mais um sorriso torto para ela, comendo mais um pouco de brigadeiro e tomando um copo de água logo em seguida.

Já no início do filme, a Mel estava toda tensa. Em menos de 5 minutos, eu senti um chute dela no meu pote de brigadeiro, apenas porque a protagonista estava ouvindo sua mãe falar com ela em forma de espírito.

- Ei!

- Ai Eduardo, estou com medo. Desculpa. – ela disse, pegou o pote no chão e me entregou novamente.

A Melissa sentou-se no sofá com as pernas encolhidas e passou os braços ao redor delas. Colocou suas mãos na boca e começou a roer as unhas.

- Melissa, preciso colocar pimenta na sua mão pra parar com essa mania ridícula? – ela ficou sem resposta e eu continuei. – Como quer arrumar um cara com as unhas feias?

Não que eu queira que ela arranje alguém.  

- Desculpa Dudu, foi a emoção do momento.

Eu odiava quando ela colocava a mão na boca. Era coisa de menina insegura e eu sabia que ela não era assim. Em uma cena onde um outro espírito aparece na janela da cozinha, a Mel dá um pulo no sofá.

- Ah! – ela deu um grito e agarrou a minha mão com força. Assustei-me junto com ela.

- Tá louca?

Ela estava se matando de rir.

– Que medroso você, se assustou também, agora não pode me zoar. – ela disse isso e colocou a almofada na cara.

Ignorei o seu comentário e continuei assistindo o filme em silêncio. Coloquei o pote de brigadeiro que agora estava vazio em cima da mesinha de centro. Na cena em que a menina sai de casa e se dirige até o jardim, percebi que algo assustador iria acontecer, então, para tirar sarro da Mel, falei:

- Pode tirar a almofada da tua frente, essa parte nem é assustadora, ela já vai voltar atrás dos pais.

Assim que ela me obedeceu, uma mulher negra apareceu do nada na frente da criança. Como havia previsto, a Mel deu mais um grito e me bateu de leve.

- Seu filho da mãe, me enganou. Não quero mais ver essa merda de filme. – ela se levantou e saiu da sala.

Ouvi a porta do banheiro batendo e logo em seguida o barulho do chuveiro sendo ligado. Aproveitei enquanto ela estava lá e terminei de ver o filme. Quando percebi que ela estava saindo, tive uma ótima ideia. Tirei meus chinelos e andei na ponta dos pés até a parede mais próxima da porta por onde a Mel estava saindo. Assim que ela se aproximou mais de mim, saltei na sua frente, gritando e assustando-a.

- Vai se foder! – foram as carinhosas palavras que minha linda e preciosa amiga dirigiu a mim enquanto saía batendo os pés até a sala.

Notei que ela estava realmente brava comigo dessa vez, então a segui e a abracei por trás.

- Desculpa Mel, não foi minha intenção. – eu sussurrei em seu ouvido... Pera, que cheiro maravilhoso era esse? Era...? – Você não precisa ter medo, eu estou aqui contigo. Nenhum dos espíritos vai vir aqui te pegar.

Ela se virou para mim e eu senti um aroma de frutas cítricas. Será que era seu shampoo?

- Eduardo... – ela olhou fundo nos meus olhos e murmurou.

De repente, a porta se abriu com um baque e ao ouvir a voz da minha mãe, a Melissa me empurrou levemente para trás.

- Por que as luzes estão apagadas? – ela indagou.

- Nós estávamos vendo um filme de terror mãe. – eu respondi e dirigi um olhar a Mel que estava um pouco corada.

- O que vocês almoçaram hoje? – minha mãe me olhou desconfiada e colocou algumas sacolas de compras em cima da mesa de jantar.

- Ah mãe, - a Mel foi saindo da sala enquanto eu respondia. – comemos um Burguer King.

- Nossa, como vocês são saudáveis. – ela riu.

Minha mãe tinha o dom da piada, ela era muito engraçada mesmo.

- É que tem um aqui do lado, então é simples e prático mãe.

- Tudo bem. Mas então, o que você acha de eu pedir um japonês pra janta?

- Orra, já tá evoluindo pros caras de outras etnias?

Ela revirou os olhos e falou:

- Eduardo, mais respeito com a sua mãe. Mas já entendi sua resposta. – ela pegou o telefone e ligou para o restaurante.

Peguei o modem da internet que estava no computador da minha mãe e fui para o meu quarto, mexer um pouco no meu aparelho. Entrei nas minhas redes sociais e encontrei um recado nas mensagens privadas da Gabriele.

Estou com saudades lindinho! Podia passar teu número para mantermos contato.

Ela não é a pessoa mais legal do mundo, mas é uma gostosa. E eu poderia pegá-la quando viesse mais vezes para a praia, sozinho. Analisando bem a situação, resolvi digitar uma resposta para ela.

Passada uma meia hora, minha mãe gritou para mim e para a Mel, avisando que a comida estava entregue. Fui correndo para a sala e peguei um prato para mim. Servi-me e peguei uma latinha de refrigerante. Sentei-me a mesa e comecei a comer. Acho que a Melissa ainda está brava comigo, pois todas as vezes que a olhei, ela desviou o olhar.

Após terminarmos de comer, lavei as louças de todos, já que não queria minha mãe buzinando no meu ouvido e fui até o quarto da Mel.

- Você ainda está brava comigo? – eu perguntei a ela.

- Não Dudu.

- Então por que tá me tratando assim? – perguntei me aproximando dela. – Você sabe que eu não fiz por mal, né? – coloquei minha mão no seu rosto e a fiz me olhar nos olhos.

Ela desviou o olhar novamente e disse:

- Eu não estou brava, só estou cansada.

Entendi isso como uma indireta, e fui para o meu quarto. Tomei um banho e liguei para os meus amigos para ver se eles já estavam na festa.    


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Notas finais do capítulo

e aí? comentem, comentem, haha. vamos tentar fazer mais rápido.

queríamos recomendar duas fics viciantes da linda da Syny:

http://fanfiction.com.br/historia/329640/Eu_Escolho_Voce/

http://fanfiction.com.br/historia/317475/A_Procura_Do_Amor/