Sempre Ao Seu Lado escrita por Mahchan, maiteleme2
Notas iniciais do capítulo
desculpa a demora. nós estamos estudando muito, é ano de vestibular. e a gente mora longe uma da outra, então quando nos encontramos, ficamos pouco tempo juntas. queremos agradecer a todas as lindas leitoras, principalmente a Karyne pela recomendação (de novo). e as que deixam comentários em todos os capítulos: LuanaLu, Apenas uma Sonhadora, BiaAlves, Syny, DreamMaker. também obrigada as que favoritaram: DezaP, Anne Weasley, Suzy Moreira, Amy Berg, BiaAlves. Um obrigada muito grande também a Syny que foi a autora da nossa linda sinopse. e é isso, curtam o capítulo. nos vemos lá em baixo
P.S.: as palavras em itálico, foram colocadas com significado irônico.
Eu estava sentado sozinho na areia da praia, o sol estava se pondo, mesclado em cores laranja e amarelo e um pouco de vento batia em meu rosto. Olhei ao redor em busca de alguém conhecido, mas não havia ninguém. Tanto a praia quanto as ruas estavam desertas. Levantei e decidi caminhar até a casa de Paulo, que era o último lugar que me lembrava de ter estado. Assim que cheguei, avistei várias pessoas rindo e bebendo. Percebi então que estava acontecendo uma festa e eu não havia sido convidado. Muitos dos meus amigos estavam ali, incluindo a Mel. Senti-me um pouco incomodado e traído por ter sido deixado de lado. Sem saber ao certo o que fazer e com preguiça de voltar para casa, me sentei na rede vermelha que tinha na varanda.
Fiquei olhando para o céu, que agora estava mais escuro, até que ouvi o barulho da porta se abrindo e vi a Gabriele saindo lá de dentro. Ela estava com uma roupa provocativa, um vestido colado no corpo e com um decote nada inocente. Seus longos cabelos loiro escuros estavam extremamente lisos, e jogados para o lado.
-Eduardo. – ela disse com uma voz sexy. – Que bom que você está aqui.
Eu sorri e ela se aproximou lentamente. Sentou-se em cima de mim e foi chegando mais perto. Percebi que nós estávamos muito próximos e ela passou a encostar seus lábios nos meus, beijando-me com voracidade. Passei meus braços por sua cintura trazendo-a para mais perto, enquanto ela passava os dedos pelos meus cabelos, acariciando a minha nuca. Apertei sua bunda levemente e ela se encaixou melhor no meu colo. Separamo-nos e percebi que ambos estávamos ofegantes. Ficamos encarando um ao outro, até recuperarmos o fôlego e voltarmos a encostar nossos lábios. Nesse momento, abrimos um pequeno espaço para nossas línguas, que se entrelaçaram e diminuímos o ritmo do beijo.
Ela parou de me beijar de repente e então abri meus olhos para vê-la, mas não era mais a Gabriele que estava na minha frente. A menina que estava sentada no meu colo neste momento, usava um vestido floral comportado. Ela possuía pequenas sardas e olhos mais verdes que esmeraldas, seu cabelo era loiro natural e cheirava a... no começo não identifiquei direito, mas fui preenchido por um cheiro doce e senti um gosto de Nescau e leite condensado em minha boca. Brigadeiro. A menina que estava me beijando com tanta delicadeza e carinho era a Mel.
Acordei suado e com o coração batendo rápido. Pisquei meus olhos algumas vezes e me lembrei de que estava vendo um filme chato de romance com a minha melhor amiga quando adormeci.
- Acordou dorminhoco? – perguntou a Melissa tirando as mãos do meu cabelo.
Levantei-me lentamente e observei o ambiente ao meu redor, tentando me situar do lugar em que estava.
- Boa tarde Mel. Dormi muito? – eu disse e dei uma risada.
- Já são 14h30. – ela respondeu me analisando. – Eduardo, você sabia que dormiu o filme inteiro? Isso é coisa que se faça com uma amiga? – ela tentou ficar séria, mas acabou caindo na risada.
- Por que você tá rindo idiota?
- Tua cara de sono é muito engraçada. Tá todo amassado. E o seu cabelo está todo bagunçado. – ela continuava rindo.
Levantei-me, dei um olhar de canto para ela e fui até o banheiro. Olhei-me no espelho e lavei meu rosto para dar uma acordada. A Mel tinha razão, eu estava realmente acabado. Agora que eu estava acordado, finalmente poderia evacuar, afinal eu iria errar o buraco da privada se estivesse com sono. Dei uma mijada e em seguida lavei minhas mãos. Voltei para a sala e olhei para a Melissa que estava deitada na maior folga no sofá.
- Ô preguicinha, vai tirando as patas sujas daí de cima pra eu, lindo cavalheiro dourado, poder me sentar.
- Nossa, que ogro, falar assim dos meus lindos e cheirosos pés de princesa!
Depois que ela disse isso, segurei seus tornozelos finos, sentei-me e os coloquei suavemente no chão.
- Como você é um lindo cavalheiro, que está com seu cavalo branco, óbvio, não irá se importar se uma maravilhosa dama como eu, com minha perfeita tiara de pérolas, colocar meus delicados pés aqui. – dito isso, ela jogou suas pernas em cima de minhas coxas.
Eu ia revidar, quando fui invadido novamente pelo doce cheiro que estava presente nos meus sonhos.
- Que cheiro bom é esse Mel? Você finalmente decidiu tomar banho? – eu disse provocando-a e rindo da cara que ela fez em seguida.
- Hahaha, que engraçadinho você hein Eduardo. Devia ganhar um prêmio de melhor piadista do mundo. Até deveria pensar em seguir carreira de comediante. – ela revirou os olhos e continuou – Para a sua informação meu querido amigo, eu tomo banho todos os dias, ao contrário de você que prefere esperar o fim de semana. – ela apertou suas narinas, provocando-me dessa vez.
- Não, mas falando sério, está cheirando a chocolate. – eu disse intrigado.
- É que por um acaso, eu fiz brigadeiro. Você é estúpido mesmo ou só se faz? Olha o pote na tua frente tonguinho.
- E você deixou um pouco pra mim ou comeu tudo? Gorda do jeito que é, não duvido muito.
- Gorda só se você for cego. – ela disse e em seguida pegou o pote com uma colher e me entregou. – Pode ser a mesma colher ou você tem nojinho de mim, sua higiênica amiga, diferente de você?
Preferi ignorar o comentário e perguntei:
- Dá pra gente ver o outro filme agora que eu estou finalmente acordado, dona irônica?
- Claro querido amiguinho. – ela disse e se levantou, colocando o DVD.
Logo que o menu do filme iniciou, eu a interrompi:
- Melissa, pode ir parando, não quero ver comédia não. Pode enfiar aquela outra bagaça, chamada filme de terror, nessa bagaça chamada DVD.
- Depois de você ter dormido no meio do meu filme, que afinal é muito fofo, acho que você não está em condições de discutir comigo.
- É verdade, é muito melhor ver o outro filme quando já estiver escuro. – eu disse e dei um sorriso malicioso.
Ela sentou-se novamente no sofá me ignorando, e apertou o botão “play” no controle remoto, dando início ao filme.
[...]
- Okok, o filme foi engraçadinho, mas agora coloca logo Evocando Espíritos 2. – eu lancei mais um sorriso torto para ela, comendo mais um pouco de brigadeiro e tomando um copo de água logo em seguida.
Já no início do filme, a Mel estava toda tensa. Em menos de 5 minutos, eu senti um chute dela no meu pote de brigadeiro, apenas porque a protagonista estava ouvindo sua mãe falar com ela em forma de espírito.
- Ei!
- Ai Eduardo, estou com medo. Desculpa. – ela disse, pegou o pote no chão e me entregou novamente.
A Melissa sentou-se no sofá com as pernas encolhidas e passou os braços ao redor delas. Colocou suas mãos na boca e começou a roer as unhas.
- Melissa, preciso colocar pimenta na sua mão pra parar com essa mania ridícula? – ela ficou sem resposta e eu continuei. – Como quer arrumar um cara com as unhas feias?
Não que eu queira que ela arranje alguém.
- Desculpa Dudu, foi a emoção do momento.
Eu odiava quando ela colocava a mão na boca. Era coisa de menina insegura e eu sabia que ela não era assim. Em uma cena onde um outro espírito aparece na janela da cozinha, a Mel dá um pulo no sofá.
- Ah! – ela deu um grito e agarrou a minha mão com força. Assustei-me junto com ela.
- Tá louca?
Ela estava se matando de rir.
– Que medroso você, se assustou também, agora não pode me zoar. – ela disse isso e colocou a almofada na cara.
Ignorei o seu comentário e continuei assistindo o filme em silêncio. Coloquei o pote de brigadeiro que agora estava vazio em cima da mesinha de centro. Na cena em que a menina sai de casa e se dirige até o jardim, percebi que algo assustador iria acontecer, então, para tirar sarro da Mel, falei:
- Pode tirar a almofada da tua frente, essa parte nem é assustadora, ela já vai voltar atrás dos pais.
Assim que ela me obedeceu, uma mulher negra apareceu do nada na frente da criança. Como havia previsto, a Mel deu mais um grito e me bateu de leve.
- Seu filho da mãe, me enganou. Não quero mais ver essa merda de filme. – ela se levantou e saiu da sala.
Ouvi a porta do banheiro batendo e logo em seguida o barulho do chuveiro sendo ligado. Aproveitei enquanto ela estava lá e terminei de ver o filme. Quando percebi que ela estava saindo, tive uma ótima ideia. Tirei meus chinelos e andei na ponta dos pés até a parede mais próxima da porta por onde a Mel estava saindo. Assim que ela se aproximou mais de mim, saltei na sua frente, gritando e assustando-a.
- Vai se foder! – foram as carinhosas palavras que minha linda e preciosa amiga dirigiu a mim enquanto saía batendo os pés até a sala.
Notei que ela estava realmente brava comigo dessa vez, então a segui e a abracei por trás.
- Desculpa Mel, não foi minha intenção. – eu sussurrei em seu ouvido... Pera, que cheiro maravilhoso era esse? Era...? – Você não precisa ter medo, eu estou aqui contigo. Nenhum dos espíritos vai vir aqui te pegar.
Ela se virou para mim e eu senti um aroma de frutas cítricas. Será que era seu shampoo?
- Eduardo... – ela olhou fundo nos meus olhos e murmurou.
De repente, a porta se abriu com um baque e ao ouvir a voz da minha mãe, a Melissa me empurrou levemente para trás.
- Por que as luzes estão apagadas? – ela indagou.
- Nós estávamos vendo um filme de terror mãe. – eu respondi e dirigi um olhar a Mel que estava um pouco corada.
- O que vocês almoçaram hoje? – minha mãe me olhou desconfiada e colocou algumas sacolas de compras em cima da mesa de jantar.
- Ah mãe, - a Mel foi saindo da sala enquanto eu respondia. – comemos um Burguer King.
- Nossa, como vocês são saudáveis. – ela riu.
Minha mãe tinha o dom da piada, ela era muito engraçada mesmo.
- É que tem um aqui do lado, então é simples e prático mãe.
- Tudo bem. Mas então, o que você acha de eu pedir um japonês pra janta?
- Orra, já tá evoluindo pros caras de outras etnias?
Ela revirou os olhos e falou:
- Eduardo, mais respeito com a sua mãe. Mas já entendi sua resposta. – ela pegou o telefone e ligou para o restaurante.
Peguei o modem da internet que estava no computador da minha mãe e fui para o meu quarto, mexer um pouco no meu aparelho. Entrei nas minhas redes sociais e encontrei um recado nas mensagens privadas da Gabriele.
Estou com saudades lindinho! Podia passar teu número para mantermos contato.
Ela não é a pessoa mais legal do mundo, mas é uma gostosa. E eu poderia pegá-la quando viesse mais vezes para a praia, sozinho. Analisando bem a situação, resolvi digitar uma resposta para ela.
Passada uma meia hora, minha mãe gritou para mim e para a Mel, avisando que a comida estava entregue. Fui correndo para a sala e peguei um prato para mim. Servi-me e peguei uma latinha de refrigerante. Sentei-me a mesa e comecei a comer. Acho que a Melissa ainda está brava comigo, pois todas as vezes que a olhei, ela desviou o olhar.
Após terminarmos de comer, lavei as louças de todos, já que não queria minha mãe buzinando no meu ouvido e fui até o quarto da Mel.
- Você ainda está brava comigo? – eu perguntei a ela.
- Não Dudu.
- Então por que tá me tratando assim? – perguntei me aproximando dela. – Você sabe que eu não fiz por mal, né? – coloquei minha mão no seu rosto e a fiz me olhar nos olhos.
Ela desviou o olhar novamente e disse:
- Eu não estou brava, só estou cansada.
Entendi isso como uma indireta, e fui para o meu quarto. Tomei um banho e liguei para os meus amigos para ver se eles já estavam na festa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
e aí? comentem, comentem, haha. vamos tentar fazer mais rápido.
queríamos recomendar duas fics viciantes da linda da Syny:
http://fanfiction.com.br/historia/329640/Eu_Escolho_Voce/
http://fanfiction.com.br/historia/317475/A_Procura_Do_Amor/