Dead Curse escrita por Miho


Capítulo 1
Capítulo 1: Dead Curse


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu tive inspiração de fazer essa Fic só por conta da música Heat-Haze Days. Sei que foi muito non-sense, mas acho que a Fic está no mínimo aceitável. Quem for educadinho e quiser deixar review, eu aceito tá -q

Antes de tudo, eu mudei uma coisa ou outra. Espero que gostem!



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– Hiyori...! Não... Hiyori, olha pra mim!

Aquilo não podia estar acontecendo. Era tão... Irreal. Eu me agarrava ao seu corpo inerte enquanto uma multidão de pessoas se amontoava ao nosso redor. Sua mão pendia, inerte ao lado do corpo enquanto eu te abraçava clamando para que aquilo tudo não passasse de um hediondo pesadelo. Em meio à multidão de pessoas, uma silhueta escura andava silenciosamente com um sorriso cínico no rosto. Ouvi um leve sussurrar. “Você mereceu”. Não, não. Aquilo não podia estar acontecendo...

***

Puxei o celular do bolso. Quinze de agosto, 12h30min da tarde. Uma típica tarde de verão. O céu estava num tom claro de azul com algumas poucas nuvens. Você estava sentada ao meu lado num balanço, com um gato que encontrou na rua no colo, simplesmente porque não tínhamos nada melhor para fazer.

– Bem, você sabe que eu odeio esse tipo de verão. –Você me disse acariciando o gato com um semblante irritado. Eu te olhei meio descrente, recebendo um sorriso em troca. – Ei! – O gato pulou de seus braços.

– Hiyori? – Te vi correndo atrás dele, enquanto repetia “espere!”. Estava indo em direção à rua. O sinal estava aberto, você entrou correndo na faixa e quando ia agarrar o gato, a luz mudou para um vermelho forte. – H- Hiyori, espera aí! – De repente, um caminhão surgiu do nada e te atingiu enquanto você gritava.

Eu estava pasmo. O sangue escorria por todos os lados, seu aroma agora mesclado com o cheiro doentio de sangue me assustava. Te olhei, amedrontado. As lágrimas escapando dos olhos enquanto a mão tampava a boca para impedir um grito desesperado. Não, aquilo não estava acontecendo.

De repente um sussurrar irônico. “Tudo isso é real”. A silhueta escura estava do outro lado da rua, me olhando com escárnio. Levantou um pouco a cabeça e sorriu, enquanto eu apertava os olhos com força, tentando tirar a imagem de seu corpo caído no chão com uma poça de sangue ao redor. O soar de uma cigarra parecia distante enquanto aquele dia claro de verão escurecia.

***

Acordei em minha cama com o Tic Tac do relógio. Que horas são? Lentamente puxei o celular para checar a hora. 15 de Agosto, pouco mais de 12h da tarde. Recordando-me do som insistente da cigarra, suspirei, trêmulo. Estava realmente assustado. Aquilo foi real?

Mais tarde, estávamos sentados no balanço, você com um gato no colo. Eu estava com um semblante preocupado, olhando o tempo todo para o chão. Mas sabe, é um pouco estranho... Ontem, nos vi caminhando por esse mesmo parque, constatei mentalmente enquanto via a mesma cena do gato pulando de seu colo. As lembranças me assolaram e eu arregalei os olhos, segurando seu pulso.

– Por que não vamos para casa? – Sugeri ofegante. Você não fez perguntas. Assentiu de leve e fomos andando lentamente até a rua.

Quando fomos passando, todos olharam para cima, abrindo a boca e soltando alguns gritos horrorizados. Eu não sabia o que estava acontecendo. Você movimentou-se para o lado como se fosse pegar minha mão. Do céu, cai uma viga de metal que atravessa seu corpo. O som das outras vigas caindo no chão e de seus gritos preencheram o espaço entre as outras árvores do parque nesta cena incomum.

Aquilo era tão irreal, pensei. As gotas de sangue respingaram em meu rosto enquanto te via caindo no chão, gemendo, com os olhos nublados de dor. A silhueta escura passou do meu lado e tocou meu ombro, sorrindo levemente. Parecia se divertir com a cena. Sorriu mais ainda e repetiu: “Isto é real”. As lágrimas escorriam de meu rosto enquanto ele se afastava lentamente, divertido. Olhei para você, minha visão borrada, tão frágil no chão, o vermelho lhe manchando o rosto e as roupas e por um momento pensei ter te visto sorrir.

***

Acordei assustado, respirando ofegante. Por que aquilo estava acontecendo? Vesti-me rapidamente, coloquei o celular no bolso e fui até o parque onde te encontrei sentada no balanço. Você sorriu quando me viu e eu senti um aperto no peito. Nada disse, agarrei seu braço e vim te arrastando pela rua com determinação. Eu iria te proteger, eu realmente iria. Enquanto subíamos as escadas, me deparei novamente com a forma vaga e escura de um menino.

Antes de tudo, senti você tropeçar e me virei para encará-la. Seus pés escorregaram e o garoto sorriu perversamente, divertido. Gritei seu nome, desesperado, seus olhos arregalados clamavam por ajuda. As lágrimas inundaram novamente meus olhos e tudo ficou borrado. Sua mão estava estendida para mim enquanto caia dois lances de escada, chocando-se contra o chão de maneira violenta. O vermelho surgiu na cena de maneira brutal, arrancando-lhe pela terceira vez a vida.

***

Atropelada, afogada, ferida, pisoteada, quedas, sufocada... Diversas foram as vezes que te vi morrer. Por décadas aquilo se repetiu, você deixando o vigor e a vaga silhueta a rir descontroladamente. Eu percebi que há muito tempo que nesse tipo de história clichê, só deveria haver um único final. Algo além desse repetitivo dia de verão tem de existir. Vagamente, vi você correndo em direção à rua.

De repente, empurro você para o lado e salto na direção da rua. Sorrio triunfante, prevendo o momento em que o caminhão se choca violentamente contra mim. Seus olhos assustados e meu corpo retorcido eram apenas reflexos borrados de sangue.

– H- Hibiya! – Ouvi sua voz num tom distante. Os olhos arregalados, as mãos apertadas e a expressão de pavor no rosto. Você se afastou, incrédula, chorando compulsivamente enquanto cobria a boca para abafar um suspiro de terror.

De relance, a vaga silhueta parecia incrédula. Me encarava sem acreditar no que havia acontecido, estaria surpreso? Feliz? Decepcionado? Talvez nunca saiba. Antes de cair no chão movendo os lábios com um sorriso desafiador, disse “você merece”. O gosto de sangue me veio à boca. Meus olhos se anuviaram. Então, era assim que você se sentia durante tanto tempo?

Ele afastou dois passos, os braços na frente do corpo, os olhos lacrimejando. Te olhei uma última vez, ao seu lado uma vaga silhueta azulada. Uma garota idêntica a você; como a outra que parecia comigo, apesar de escura. Arregalei os olhos, incrédulo, antes de tudo isso terminar. Sim, isto termina hoje.

***

15 de Agosto, pouco mais de 12h. Uma garota desperta em seu quarto, um gato está no seu colo, olhando-a. Seus olhos marejados estavam decepcionados.

– Falhei desta vez... – Piscou, deixando as lágrimas escorrerem de seus olhos. A silhueta azulada aproximou-se, sorrindo perversamente com os olhos divertidos.


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Notas finais do capítulo

Rawr! Quem gostou levanta a mão! ~Le ninguém levanta a mão~ #Okay'

Enfim, não fui bem com o final. Mas se quiserem comentar e me ajudar a melhorar em algo, eu agradeço desde já!



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